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Leia o que aconteceu, no dia 06/12/2006, na Rua Santa Ifigênia, em São Paulo:
O diretor mundial de propriedade intelectual da gigante americana Microsoft, Keith Beeman, comanda um exército de 500 profissionais contra a falsificação de softwares de um escritório envidraçado, com vista para as congeladas Montanhas Cascade, na cobertura de um dos 100 prédios que compõem o conglomerado da empresa em Seattle (EUA). Mas larga o seu conforto e sai em percorrendo feiras especializadas em produtos piratas e falsificados no mundo inteiro.
O fio da meada com que a equipe de Beeman tece a complexa rede mundial de pirataria termina, no Brasil, nas mãos de um garoto de 20 anos, mulato de cabelos rastafári, 2º grau incompleto, que passa os dias atrás de uma barraca de papelão vendendo cópias toscas de programas no maior centro de eletrônicos do País, a Rua Santa Ifigênia, e atende pelo sugestivo nome de Mouse.
Ontem (06/12/2006), as duas pontas dessa rede, em uma espécie de jogo de gato e rato da pirataria, se encontraram. Num giro pelo centro, Beeman conheceu Mouse e outros ambulantes como ele que, em uma barraquinha atrás da outra, apresentaram ao executivo as "últimas novidades" da sua Microsoft: o Windows Vista e o Office 2007, cujo lançamento mundial para consumidores só ocorrerá em janeiro.
Mouse desconfiou do gringo de pele branca e cabelos ruivos, camisa e calça de linho para enfrentar o calor, mas o executivo, esfregando os dedos na frente do garoto, se fez entender. "Ah, ele quer saber quanto? R$ 10", disse. Caro? "Caro é o original. Esse é falso e expira em alguns meses porque é uma cópia beta (feita do produto de teste). Se quiser o que não expira, custa R$ 20, mas tem de esperar uns dias", respondeu o garoto, fazendo o executivo americano descendente de escoceses arregalar os olhões azuis, surpreso com as cópias de um produto que sequer está à venda pela empresa e com a honestidade do menino.
"O mais impressionante é a sinceridade dele com o cliente." E se o software não funcionar? "Não tem problema, dou assistência", disse o garoto, entregando o número do celular.
Acostumado a aventurar-se por barracas de bugigangas na Índia, China, Rússia - nos últimos quatro anos, rodou mais de 30 países, o executivo se surpreendeu com o visual tosco das cópias vendidas na Santa Ifigênia e com a forma como são comercializadas. Jovens como Mouse exibem na calçada cartazes de papelão com xerox das capas de CD, CD-ROM e DVDs disponíveis. O comprador escolhe o que quer levar, confia o dinheiro ao vendedor, que some nas dezenas de portinhas suspeitas, entre pontos comerciais legais espalhados pela rua, para buscar a encomenda. "Eu mesmo não tenho nada", diz o camelô. Assim, evitam batidas policiais, pois não pode ser flagrado com os produtos.
"Eles não escondem que vendem produtos piratas. Na China, por exemplo, os falsificadores tentam aproximar o visual do produto original e vendê-lo como tal, assim como fazem com as bolsas Louis Vuitton", compara o executivo. "Mas o fato de se preocuparem em esconder os produtos é sinal de avanço, de que sabem que estão fazendo algo fora da lei e podem ser pegos. Quando comecei, não havia sequer essa preocupação."
Receita. Ambulantes como Mouse estão no fim da linha de um negócio que já é a principal fonte de receita do crime organizado, segundo a Interpol, movimentando U$ 516 bilhões por ano - mais do que os U$ 322 bilhões do narcotráfico - e que encontra os principais pontos de comércio do Brasil em locais como a Rua 25 de Março e calçadas da Santa Ifigênia, em São Paulo.
Precisa dizer mais?
Veja fotos: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,AA1376995-5598-310,00.html
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2006-12-09 09:00:42
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answer #1
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answered by Biggi 7
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acho que nada pode ou deve justificar os erros. eu, não compro nada que não seja original pois na minha cabeça eu estaria incentivando o crime.
2006-12-09 02:45:20
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answer #2
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answered by Stella 2
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Concordo! Não há explicação plausível para preços tão abusivo. Imposto não justifica, pois os produtos piratas não pagam impostos, mas pagam suborno e quando não arcam com prejuízo da apreensão da mercadoria. Dinheiro para novos investimento, também não, pois linha de crédito e incentivos culturais do governo e patrocinadores não faltam. Incentivo e proteção aos direitos autorais também não, pois, tirando os grandes astros e cantores, a maioria tem pequena participação nos lucros. A tia do cafezinho (como no comercial anti pirataria) faça-me rir! Sem hipocrisia, se não fosse os piratas imagine só o preço dos originais! Pirataria, para mim é grande estabilizador de preços.
2006-12-09 02:20:46
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answer #3
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answered by ELVIS 3
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Concordo plenamente com você! E não me venham com esse papo que comprando produtos piratas,estamos causando desemprego,pois, hoje, a indústria pirata emprega muito mais gente do que a oficial, basta ver o tamanho do camelódromo aqui no Rio, na Saara, sem contar os espalhados pelas ruas e nem com aquele papo de que o produto pirata vai estragar seus aparelhos,conversa fiada do lobby das grandes empresas! Se se tem lucro vendendo 3,4 CDs por 10,00,porque a indústria cobra 30,00 por cada um?? O mesmo vale para outros produtos!! Mas,como existe gente que dá 500,00 ou 600,00 em um tênis ou uma calça jeans, em detrimento da situação da grande maioria do nosso povo, que ganha um salário mínimo e não tem acesso nem mesmo a uma alimentação digna, vamos fazer o quê?? Um abraço!!
2006-12-09 02:07:07
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answer #4
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answered by ◘ Ysis ◘ 7
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Ninguèm acaba mais com a pirataria, um exemplo disso são os Partidos Piratas que estão crescendo em vários países.
Site do Partido Pirata espanhol:
http://www.partidopirata.es
Acho um absurdo o preço de um CD original, principalmente pra mim que gosto de rock alternativo e indie, as vezes só acho o CD importado e aí é praticamente o dobro do preço! E sem contar que a única diferença é a capinha. Não compro CD original há anos.....
2006-12-09 01:58:41
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answer #5
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answered by Anonymous
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Elas não estão favorecendo aos consumidores preços acessívieis aos cd originais
2006-12-09 01:53:49
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answer #6
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answered by Anonymous
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Eu concordo com vc sobre o custo mas não quanto ao motivo .
Vc sabia que um BMW custa aqui no Brasil masi que o dobro que nos EUA ?
Bom o fabricante não fica aqui , ele é Alemão , porque sera que custa tanto assim então o mesmo carro ?
Por que sera que os Produtos chineses são tão mais baratos que os nacionais ?
Sugiro (não é um nome japones ) pesquizar a carga de imposto que pagamos para produzir ,trabalhar,transportar,e comercializar ."Reclame do efeito mas saiba a causa"
2006-12-09 01:52:49
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answer #7
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answered by jose b 7
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