A estrutura organizacional é a forma que as empresas encontram de agrupamento de pessoas visando a distribuição de poder para maximizar o lucro.
As organizações estão sempre à procura do melhor arranjo estrutural que possibilite a otimização do desempenho. E conforme pode ser observado na literatura, é comum a estrutura ser conseqüência da estratégia adotada pela organização. Sobre este importante aspecto Donaldson (1998, p. 119) afirma que “A teoria da contingência sustenta que a estratégia leva à estrutura”.
Porém, a tradicional estrutura funcional especializada fayoliana produz uma série de disfunções se aplicadas ipsis literis na organização contemporânea. Por isso, elas devem buscar novas formas de reunir pessoas, objetivos e processos para atender melhor seus clientes.
Para Galbraith (2002, p.17) a estrutura possui quatro dimensões estratégicas: especialização, forma/modelo, distribuição de poder e departamentalização. A especialização é a forma de agrupamento por especialidade e concentração de know-how possibilitando rapidez, motivação e baixo custo de coordenação.
A forma/modelo determina a quantidade de pessoas que podem ser gerenciadas por um líder. Esse número varia bastante, sendo que estudos demonstraram que freqüentemente eles ocorrem em quantidade de 7, 17 e 75 pessoas (ibidem, p. 20). A distribuição de poder é a delegação de autoridade na estrutura que caracteriza diferentes níveis de centralização ou descentralização. Por fim a departamentalização, que agrupa numa mesma estrutura formal pessoas de funções, produtos ou especialidades similares.
3.2 Estrutura funcional
Galbraith (2002, p. 23-37) descreve os mais comuns tipos de estrutura, começando pela estrutura funcional. É uma organização em agrupamentos por atividades ou funções. Desenvolvimento de produtos, operação e marketing formam sub-grupos ligados à mesma liderança, porém separados funcionalmente. Esse modelo propicia fácil comunicação entre os colegas, alto nível de especialização, alavancagem operacional e escala de produção.
As fraquezas ficam por conta da dificuldade em administrar um portfólio grande de produtos e comunicação entre departamentos.
3.3 Estrutura por produto
Devido ao problema da gestão da diversidade de produtos citado acima, uma opção seria a estruturação por produto, que divide a estrutura em partes especializadas em linhas de produto comuns. Ainda segundo Galbraith (ibidem, p. 26) este modelo é a melhor forma para reduzir o ciclo de vida do produto.
As desvantagens se apresentam quando as divisões executam projetos semelhantes em paralelo, quando tendem a reinventar a roda e perder de escala de produção. Como alternativa à essa última fraqueza podemos inserir uma estrutura funcional lateral que se incumbe das funções comuns. Isso se denomina estrutura híbrida.
3.4 Estrutura orientada ao mercado
São estruturas orientadas ao mercado, clientes ou ramos da indústria. Atualmente este é o modelo mais popular. Seus benefícios explicam isso. A primeira razão é a possibilidade de atendimento diferenciado à clientes com forte poder de compra. A segunda é o ganho obtido por meio de instalações dedicadas, com enorme ganho de escala. A terceira é o aumento do poder de resposta à tendência de terceirização de atividades não fim. E finalmente, o fortalecimento do relacionamento com o mercado para obtenção de informações cruciais para o desenvolvimento de todos os aspectos do negócio.
As desvantagens deste modelo são basicamente as mesmas da estrutura por produto.
3.5 Estrutura Geográfica
As estruturas geográficas consistem em arranjos locais para atender determinados clientes, para a redução dos custos de transporte/atendimento ou para o aproveitamento de recursos naturais. No caso de prestação de serviços profissionais, é comum o deslocamento das atividades para regiões onde há custos de técnicos mais baratos que nas regiões habitualmente localizadas.
O relacionamento também é uma conseqüência importante, pois aproxima a operação de seus mercados consumidores possibilitando a adaptação ou desenvolvimento de produtos e serviços específicos às necessidades desse mercado.
3.6 Estrutura por Processos
As organizações estruturadas por processos são aquelas onde os processos-chave são identificados e dirigidos por um único líder para reduzir as disfunções do relacionamento interfuncional. É uma abordagem resultante dos esforços pela qualidade total que também contribui para a redução do ciclo de vida de produtos e melhoria da qualidade.
Segundo Galbraith (2002, p. 34) o modelo ainda possibilita redução de inventário, giro de caixa mais rápido, redução de custos e diminuição de atividades redundantes.
3.7 Estruturas organizacionais reconfiguráveis
Em seu livro, Galbraith (2002, p. 73) sustenta que, devido às mudanças no contexto interno e externo, as organizações tem gastado muito tempo e energia na gestão da mudança. Tal situação poderia ser minimizada se elas desenhassem estruturas mais maleáveis, que pudessem ser reorganizadas rapidamente em caso de necessidade. Isso poderia ser obtido por meio de uma estrutura em que todas as funções se relacionarem com as demais, o que poderia ser representado na forma de uma estrela relacional.
Para Galbraith “quando as vantagens de produto não são sustentáveis, os vencedores serão aqueles que criarem uma série de vantagens de curto prazo”. O modelo de organização reconfigurável é o resultado da aplicação de três competências organizacionais: primeiro, organização de times e uma rede de relacionamentos interdepartamentais. Segundo, o uso de administração de custos, marketing e instrumentos para coordenar os vários times. Finalmente, o desenvolvimento de acordos de parceria para assegurar competências não existentes internamente (p. 75).
Os modelos apresentados pelo autor são simples, úteis e facilmente observáveis na vida prática. Todos os modelos são exemplificados, apesar de sempre em organizações de grande/muito grande porte. Creio não ter sido a intenção do autor restringir seu uso apenas neste contexto.
A contribuição de Galbraith para a discussão acerca do desenho organizacional nesta obra é bastante significante ao leitor iniciante.
2006-12-09 08:09:39
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answer #1
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answered by Basket B 5
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a estrutura funciona assim.
tem o patrão, o dono quem manda e desmanda e
tem o filho do patrão quer mandar e desmandar e
tem o empregado que faz tudo e
na maioria das vezes não é devidamente reconhecido pela empresa (ou pelo menos deveria ser).
2006-12-08 02:49:34
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answer #2
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answered by alceu 7
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