Não ouça conselhos de leigos, procure um médico, ainda mais que "cada caso é um caso diferente!"
O ideal é fazer o qnto antes pra que incomode menos...
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SAÚDE
Médicos recomendam: operação de fimose só depois dos 3 anos
Há uns anos, era quase consenso entre pais e pediatras: o menino nasceu com fimose, então opera logo. Mas essa prática vem mudando. Urologistas já derrubaram esse mito e alertam: o melhor é esperar e operar só depois dos 3 anos de idade.
Em sentido contrário, vai o alerta médico sobre a criptorquidia: resolver logo, com cirurgia antes dos 2 anos. Criptorquidia ou criptorquia é uma má-formação congênita, que atinge 1 em cada 20 meninos recém-nascidos, na qual o testículo fica na região pubiana e não completa sua descida à bolsa testicular ou escroto (nomes médicos do popular "saquinho").
Antigamente, os pais eram orientados a esperar até os 10 anos - às vezes, mais - para resolver o problema do testículo que não desceu. "Isso é um erro, porque pode causar até infertilidade", avisa o uropediatra Aguinaldo César Nardi.
Nardi explica que o testículo deve ficar fora do corpo porque não suporta a temperatura interna, em torno de 37°C. "Se ficar muitos anos dentro, o testículo reduz a produção de hormônios masculinos e ainda atrofia as células germinativas, ou seja, menino pode crescer estéril", explica.
Foi essa possibilidade que assustou os pais de Hugo, 1 ano e 10 meses, operado há dois meses. "No último ultra-som antes do parto, a médica já nos preveniu, mas avisou que poderia descer", conta a mãe Ana, 22 anos. "Esperamos até 1 ano e meio e, aconselhados pelo pediatra, optamos pela cirurgia", completa.
Além disso, a cirurgia tem importância psicológica, porque corrige uma anomalia visível do aparelho sexual.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia, a incidência de criptorquidia é maior entre os prematuros - cerca de 30%. Em 99% dos casos, com a ajuda de hormônios, o testículo desce sozinho antes de o bebê completar 1 ano.
CIRURGIA - Rafael Tognato, 1 ano e meio, vem tomando os remédios e o testículo está começando a descer, afastando a necessidade de cirurgia. Já seu irmão, Pedro Tognato, 3, não teve a mesma sorte.
"Os hormônios surtiram pouco efeito e o médico aconselhou que fizéssemos a cirurgia", conta a mãe Cíntia Ceroni Tognato, 34.
"Foi rápida e tranqüila, ele entrou de manhã no hospital e, à noite, já estava em casa. Aproveitamos a anestesia geral e já fizemos também a fimose", conta.
Nos dois casos, o procedimento é ambulatorial (centro cirúrgico simples), usa-se anestesia geral e há cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos planos de saúde.
"Mas tive que brigar, porque o plano alegou que era má-formação congênita e não cobriria. Ameacei ir aos jornais, Procon, defesa do consumidor, aí fizeram", revela Cíntia.
Já na fimose, os médicos recomendam que se espere até os três anos para evitar o contato com toxinas da urina e das fezes no bebê que usa fralda.
Fimose é a situação na qual a pele que recobre a glande (pontinha do pênis) é grudada e não abre, impedindo a sua exposição - o que dificulta a higiene e pode acarretar infecções. "Mas é também uma defesa da natureza, pois a pele da glande é muito sensível e não deve ficar exposta a urina, fezes e ao atrito da fralda", defende Clóvis Francisco Constantino, 50, presidente da Sociedade de Pediatria do Estado de São Paulo.
"Com o tempo, a pele vai se soltando sozinha. E até 3, 4 anos, o pintinho pode abrir normalmente. Se não, aí pode-se pensar na cirurgia", completa.
Rafael Borin, 8, foi operado neste ano. "Acho que decidimos tarde. Mas quando bebê, o médico desaconselhou", conta a mãe Rosângela Borin, 41.
Ela diz que não houve problemas e que no mesmo dia Rafael já estava em casa. "Só é difícil segurar a criança na recuperação. Ele reclamava um pouco do incômodo dos pontos. Tem que tomar cuidado, repousar, evitar correr e jogar bola por uma semana. O menino fica doido", diz Rosângela.
"Essa cirurgia, a postectomia, corta a pele do prepúcio sobre a glande deixando-a definitivamente descoberta. Em termos religiosos, a postectomia é chamada de circuncisão e é tradição entre judeus e muçulmanos, que cortam o prepúcio de seus filhos com oito dias e até 1 ano, respectivamente. "Desaconselhamos a retirada do prepúcio, mas respeitamos as opções culturais e religiosas dos pais", diz Constantino.
No passado, a retirada do prepúcio, mesmo sem fimose, já foi defendida como método preventivo do câncer. Nos EUA, onde 80% dos homens são circuncidados, virou febre. Mas os médicos comprovaram que o risco de câncer está associado à higiene e não à existência do prepúcio. Verificou-se que homens não-circuncidados que fazem a limpeza correta da glande não têm mais câncer que os circuncidados.
2006-12-01 05:57:26
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answer #8
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answered by Anonymous
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