“EU ME senti muito pressionado a conter meus sentimentos”, explica Miguel, ao relembrar a morte do pai. Para Miguel, controlar seu pesar era a coisa varonil a fazer. No entanto, mais tarde deu-se conta de que isso era errado. Assim, quando o amigo de Miguel perdeu o avô, Miguel sabia o que fazer. Ele diz: “Uns dois anos atrás, eu daria umas batidinhas no ombro dele e diria: ‘Seja homem.’ Agora, toquei no braço dele e disse: ‘Seja você mesmo. Isso o ajudará a enfrentar a situação. Se quiser que eu vá embora, irei. Se quiser que eu fique, ficarei. Mas não tenha receio de dar vazão aos seus sentimentos.’”
Mariana também se sentiu pressionada a conter seus sentimentos quando morreu o marido dela. “Estava tão preocupada em ser um bom exemplo para os outros”, lembra-se ela, “que não me permiti demonstrar os sentimentos normais. Mas, por fim, aprendi que tentar ser um esteio para os outros não me ajudava em nada. Comecei a analisar minha situação e a dizer: ‘Chore se tiver vontade de chorar. Não tente ser forte demais. Desabafe.’”
De modo que tanto Miguel como Mariana recomendam: Demonstre seu pesar! E têm razão. Por quê? Porque externar o pesar é a necessária vazão emocional. Dar vazão aos seus sentimentos pode aliviar a pressão a que está submetido. A expressão normal das emoções, se acompanhada de entendimento e de informações exatas, permite que você coloque seus sentimentos na perspectiva correta.
Naturalmente, nem todos expressam o pesar da mesma forma. E fatores tais como se a morte do ente querido se deu subitamente, ou se a morte ocorreu depois de longa enfermidade, talvez influam na reação emocional dos que ficam. Mas uma coisa parece certa: reprimir os sentimentos pode prejudicá-lo tanto física como emocionalmente. É muito mais saudável que expresse seu pesar. Como? As Escrituras contêm alguns conselhos práticos.
Como dar vazão ao pesar?
Falar pode ser de ajuda para dar vazão ao pesar. Após a morte de todos os seus dez filhos, bem como de outras tragédias pessoais, o antigo patriarca Jó disse: “Minha alma certamente se enfada da minha vida. Vou externar [hebraico: “dar vazão”] a minha preocupação comigo mesmo. Vou falar na amargura da minha alma!” (Jó 1:2, 18, 19; 10:1) Jó não conseguiu mais reprimir sua preocupação. Precisava dar vazão a ela; tinha de “falar”. De modo similar, o dramaturgo Shakespeare escreveu em Macbeth: “Deixe o pesar expressar-se em palavras; o pesar não expresso sussurra ao coração sobrecarregado e lhe sugere que se quebrante.”
Portanto, expressar seus sentimentos a um “verdadeiro companheiro” que o ouça com paciência e compreensão pode trazer-lhe certa medida de alívio. (Provérbios 17:17) Expressar em palavras experiências e sentimentos muitas vezes torna mais fácil compreendê-los e lidar com eles. E se quem escuta for alguém que já perdeu um ente querido e que lidou eficazmente com sua própria perda, você poderá aproveitar algumas sugestões práticas sobre como enfrentar o problema. Quando sua filha morreu, certa mãe explicou por que lhe ajudou conversar com outra mulher que sofrera uma perda similar: “Saber que outra pessoa passou pela mesma coisa, conseguiu superá-la e também levar uma vida quase normal, foi para mim muito fortalecedor.”
O que se dá quando você não se sente bem à vontade para falar sobre os seus sentimentos? Davi, depois da morte de Saul e de Jonatã, compôs uma endecha muito emocional, na qual deu vazão ao seu pesar. Esta composição de lamento tornou-se por fim parte do registro escrito do livro bíblico de Segundo Samuel. (2 Samuel 1:17-27; 2 Crônicas 35:25) De forma similar, alguns acham mais fácil expressar-se por escrito. Certa viúva contou que ela punha seus sentimentos por escrito e depois, dias mais tarde, lia o que havia escrito. Achou que isso lhe dava um valioso alívio.
Quer por conversar, quer por escrever, comunicar seus sentimentos pode ajudá-lo a aliviar seu pesar. Pode também ajudar a esclarecer mal-entendidos. Certa mãe enlutada explica: “Meu esposo e eu ouvimos falar de outros casais que se divorciaram depois de terem perdido um filho, e não queríamos que isso acontecesse conosco. Assim, toda vez que nos sentíamos irados, querendo culpar um ao outro, conversávamos sobre isso até esclarecer as coisas. Acho que ficamos realmente mais achegados por fazer isso.” Assim, expressar seus sentimentos pode ajudá-lo a entender que, embora você tenha sofrido o mesmo tipo de perda, outros podem demonstrar o pesar de modo diferente — ao seu próprio ritmo e do seu próprio modo.
Outra coisa que pode facilitar dar vazão ao pesar é chorar. Há “tempo para chorar” diz a Bíblia. (Eclesiastes 3:1, 4) O falecimento de alguém que amamos certamente é uma ocasião assim. Verter lágrimas de pesar parece ser uma parte necessária do processo de restabelecimento.
Uma jovem explica como uma amiga íntima a ajudou a suportar a situação quando sua mãe faleceu. Relembra: “Minha amiga estava sempre disponível. Ela chorava junto comigo. Conversava comigo. Eu podia ser bem franca quanto às minhas emoções, e isso era importante para mim. Não tinha de me sentir embaraçada por chorar.” (Veja Romanos 12:15.) Nem deve você envergonhar-se das suas lágrimas. Conforme já vimos, a Bíblia está cheia de exemplos de homens e de mulheres de fé — incluindo Jesus Cristo — que abertamente verteram lágrimas de pesar sem aparente embaraço. — Gênesis 50:3; 2 Samuel 1:11, 12; João 11:33, 35.
Talvez ache que suas emoções, por um tempo, serão um tanto imprevisíveis. Pode chorar sem aviso antecipado. Certa viúva verificou que fazer compras num supermercado (algo que muitas vezes fizera junto com o marido) podia fazê-la chorar, especialmente quando, por hábito, pegava itens que tinham sido favoritos do seu marido. Seja paciente consigo mesmo. E não pense que tem de segurar as lágrimas. Lembre-se de que são uma parte natural e necessária do pesar.
Como enfrentar o sentimento de culpa
Conforme já mencionado, alguns têm sentimentos de culpa depois de perderem um ente querido na morte. Isto talvez ajude a explicar o profundo pesar do fiel homem Jacó, quando foi levado a crer que seu filho José tinha sido morto por “uma fera selvagem”. O próprio Jacó enviara José para ver como estavam passando seus irmãos. De modo que Jacó provavelmente foi afligido por sentimentos de culpa, tais como: ‘Por que mandei José sozinho? Por que o mandei a uma região cheia de feras selvagens?’ — Gênesis 37:33-35.
Talvez julgue que alguma negligência da sua parte contribuiu para a morte do seu ente querido. Compreender que o sentimento de culpa — real ou imaginária — é uma reação normal ao pesar já pode por si só ser de ajuda. De novo, não precisa guardar seus sentimentos para si. Conversar sobre quão culpado se sente pode dar-lhe o alívio de que precisa.
Reconheça, porém, que não importa quanto amemos outra pessoa, não podemos controlar sua vida, nem podemos impedir que “o tempo e o imprevisto” sobrevenham aos que amamos. (Eclesiastes 9:11) Além disso, sem dúvida, sua motivação não era má. Por exemplo, por não marcar uma consulta médica mais cedo, será que pretendia que seu ente querido adoecesse ou morresse? Claro que não! Então, será que é mesmo culpado de causar a morte dele? Não.
Certa mãe aprendeu a lidar com o sentimento de culpa quando sua filha morreu num acidente de carro. Ela explica: “Senti-me culpada de a ter mandado fazer algo. Mas, vim a compreender que era ridículo eu sentir-me assim. Não havia nada de errado em mandá-la ir junto com o pai em certa incumbência. Foi apenas um terrível acidente.”
‘Mas há tanta coisa que eu gostaria de ter dito ou feito’, talvez diga. É verdade, mas quem dentre nós pode dizer que fomos pai, mãe ou filho perfeitos? A Bíblia lembra-nos: “Todos nós tropeçamos muitas vezes. Se alguém não tropeçar em palavra, este é homem perfeito.” (Tiago 3:2; Romanos 5:12) Portanto, aceite o fato de que você não é perfeito. Remoer continuamente “por que não fiz isso ou aquilo” não muda nada, mas pode retardar sua recuperação.
Se tiver motivos válidos para achar que sua culpa é real, não imaginária, então considere o fator mais importante para se livrar do sentimento de culpa — o perdão de Deus. A Bíblia assegura-nos: “Se vigiasses os erros, ó Jah, ó Jeová, quem poderia ficar de pé? Pois contigo há o verdadeiro perdão.” (Salmo 130:3, 4) Não pode voltar ao passado e modificar alguma coisa. No entanto, pode suplicar o perdão de Deus pelos erros do passado. Daí, o que fazer? Pois bem, se Deus promete apagar seus pecados, não devia você também perdoar a si mesmo? — Provérbios 28:13; 1 João 1:9.
Como enfrentar o sentimento de ira
Sente-se também um tanto irado, talvez com os médicos, as enfermeiras, os amigos ou mesmo com a pessoa falecida? Reconheça que isso também é uma reação comum diante da perda. Sua ira talvez seja o acompanhamento natural da dor que sente. Uma escritora disse: “Somente por ficar cônscio da ira — não dando vazão a ela, mas sabendo que a sente — poderá ficar livre de seu efeito destrutivo.”
Pode também ser de ajuda expressar ou compartilhar a ira. Como? Certamente não em acessos incontrolados dela. A Bíblia adverte que a ira prolongada é perigosa. (Provérbios 14:29, 30) Talvez derive consolo de conversar sobre ela com um amigo ou uma amiga compreensivos. E outros descobriram que fazer exercícios vigorosos quando estão irados lhes dá um bem-vindo alívio. — Veja também Efésios 4:25, 26.
Embora seja importante ser franco e honesto a respeito dos seus sentimentos, cabe uma palavra de cautela. Há uma grande diferença entre expressar seus sentimentos e lançá-los sobre outros. Não há necessidade de culpar outros pela ira e frustração que você sente. Portanto, fale sobre os seus sentimentos, mas não de modo hostil. (Provérbios 18:21) Há uma grande ajuda para suportar o pesar, e nós a consideraremos agora.
A ajuda de Deus
A Bíblia assegura-nos: “Perto está Jeová dos que têm coração quebrantado; e salva os que têm espírito esmagado.” (Salmo 34:18) Sim, acima de tudo, sua relação com Deus pode ajudá-lo a suportar a morte de um ente querido. Como? Todas as sugestões práticas oferecidas até agora baseiam-se na Palavra de Deus, a Bíblia, ou estão em harmonia com ela. A aplicação delas pode ajudá-lo a enfrentar a situação.
Além disso, não subestime o valor da oração. A Bíblia insta conosco: “Lança teu fardo sobre o próprio Jeová, e ele mesmo te susterá.” (Salmo 55:22) Se conversar sobre seus sentimentos com um amigo compassivo já pode ajudar, quanto mais lhe ajudará derramar seu coração ao “Deus de todo o consolo”! — 2 Coríntios 1:3.
Não é o caso de que a oração simplesmente nos faça sentir melhor. O “Ouvinte de oração” promete dar espírito santo aos seus servos que sinceramente o pedirem. (Salmo 65:2; Lucas 11:13) E o espírito santo, ou a força ativa, de Deus pode dar-lhe “poder além do normal”, para agüentar um dia após outro. (2 Coríntios 4:7) Lembre-se: Deus pode ajudar seus servos fiéis a suportar qualquer tipo de problema com que talvez se confrontem.
Certa mulher que perdera uma filha na morte lembra-se de como o poder da oração ajudou a ela e ao marido a suportar a perda. “Quando à noite ficávamos sozinhos em casa e o pesar se tornava simplesmente insuportável, orávamos em voz alta”, explica ela. “A primeira vez que tivemos de fazer algo sem ela — a primeira reunião de congregação a que fomos, o primeiro congresso a que assistimos — oramos pedindo força. Quando nos levantávamos de manhã e a realidade da situação parecia insuportável, orávamos a Jeová para que nos ajudasse. Por algum motivo, era para mim realmente traumático entrar em casa sozinha. Assim, toda vez que voltava para casa sozinha, eu simplesmente fazia uma oração a Jeová, pedindo que me ajudasse a manter um pouco de calma.” Esta mulher fiel crê firme e corretamente que essas orações fizeram diferença. Você também pode verificar que, em resposta às suas persistentes orações, ‘a paz de Deus, que excede todo pensamento, guardará o seu coração e as suas faculdades mentais’. — Filipenses 4:6, 7; Romanos 12:12.
A ajuda que Deus dá realmente faz a diferença. O apóstolo cristão Paulo declarou que Deus “nos consola em toda a nossa tribulação, para que possamos consolar os que estiverem em qualquer sorte de tribulação”. É verdade que a ajuda divina não elimina a dor, mas pode torná-la mais suportável. Isto não significa que não mais chorará ou que se esquecerá do seu ente querido. Mas poderá restabelecer-se. E então, aquilo que tiver passado pode torná-lo mais compreensivo e compassivo para ajudar outros a suportar uma perda similar. — 2 Coríntios 1:4.
Uma esperança certa para os mortos
UMA mulher de uns 25 anos escreveu: “Em 1981, minha mãe adotiva morreu de câncer. Sua morte foi muito dolorosa para mim e para meu irmão adotivo. Eu tinha 17 anos, e meu irmão, 11. Senti muita falta dela. Sendo que me ensinaram que ela estava no céu, eu queria suicidar-me para ficar com ela. Tinha sido minha melhor amiga.”
Parece muito injusto que a morte deva ter o poder de tirar-nos alguém que amamos. E quando isso acontece, a idéia de nunca mais poder conversar com a pessoa amada, nem rir com ela ou abraçá-la pode ser muitíssimo difícil de suportar. Essa dor não necessariamente desaparece por se lhe dizer que seu ente querido está no céu.
A Bíblia, porém, oferece uma esperança bem diferente. Conforme já notamos, as Escrituras indicam que é possível você no futuro próximo estar novamente com seu ente querido que faleceu, não num céu desconhecido, mas aqui mesmo na Terra, em condições pacíficas e justas. E, naquela época, os humanos terão a perspectiva de usufruir saúde perfeita, e nunca mais terão de morrer. ‘Pura ilusão!’ alguns talvez digam.
O que seria preciso para convencê-lo de que esta é uma esperança certa? Para crer numa promessa, terá de certificar-se de que aquele que a faz tem tanto a disposição como a capacidade de cumpri-la. Então, quem é que promete que os mortos viverão outra vez?
Na primavera (do hemisfério norte) de 31 EC, Jesus Cristo destemidamente prometeu: “Assim como o Pai levanta os mortos e os faz viver, assim também o Filho faz viver os que ele quer. Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz [a de Jesus] e sairão.” (João 5:21, 28, 29) Sim, Jesus Cristo prometeu que milhões de pessoas agora mortas viverão outra vez nesta Terra e terão a perspectiva de permanecer nela para sempre em condições pacíficas, paradísicas. (Lucas 23:43; João 3:16; 17:3; note o Salmo 37:29 e Mateus 5:5.) Visto que Jesus fez esta promessa, pode-se confiar que ele está disposto a cumpri-la. Mas, tem ele a capacidade para fazer isso?
Menos de dois anos depois de Jesus fazer esta promessa, ele demonstrou de forma poderosa que tanto está disposto como capacitado para realizar a ressurreição.
“Lázaro, vem para fora!”
Foi uma cena comovente. Lázaro estava gravemente enfermo. Suas duas irmãs, Maria e Marta, mandaram avisar Jesus, que se encontrava no outro lado do rio Jordão: “Senhor, eis que aquele por quem tens afeição está doente.” (João 11:3) Elas sabiam que Jesus amava Lázaro. Não desejaria Jesus visitar seu amigo doente? É curioso que Jesus, em vez de ir logo a Betânia, permaneceu onde estava por mais dois dias. — João 11:5, 6.
Lázaro morreu algum tempo depois de a notícia sobre sua doença ter sido enviada. Jesus sabia quando Lázaro morreu, e pretendia fazer algo a respeito. Quando Jesus por fim chegou a Betânia, seu querido amigo já estava morto por quatro dias. (João 11:17, 39) Poderia Jesus trazer de volta à vida alguém que já estava morto todo esse tempo?
Quando Marta, uma mulher de ação, soube que Jesus se aproximava, saiu correndo ao seu encontro. (Note Lucas 10:38-42.) Sensibilizado pelo seu pesar, Jesus assegurou-lhe: “Teu irmão se levantará.” Quando ela indicou que tinha fé numa ressurreição futura, Jesus disse-lhe claramente: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem exercer fé em mim, ainda que morra, viverá outra vez.” — João 11:20-25.
Chegando ao túmulo, Jesus mandou tirar a pedra que vedava a entrada. Daí, depois de orar em voz alta, ele ordenou: “Lázaro, vem para fora!” — João 11:38-44.
Todos os olhos se fixaram no túmulo. Então, saindo da escuridão, surgiu uma figura. Tinha os pés e as mãos amarrados com faixas, e o seu semblante enrolado num pano. “Soltai-o e deixai-o ir”, ordenou Jesus. Caíram as últimas bandagens. Sim, era Lázaro, o homem que estivera morto por quatro dias! — João 11:44.
Aconteceu mesmo?
O relato da ressurreição de Lázaro é apresentado no Evangelho de João como fato histórico. Os pormenores são vívidos demais para se tratar de lenda. Questionar sua historicidade equivale a questionar todos os milagres registrados na Bíblia, inclusive a ressurreição do próprio Jesus Cristo. E negar a ressurreição de Jesus é negar a inteira fé cristã. — 1 Coríntios 15:13-15.
Na realidade, se você aceita a existência de Deus, não deve ter nenhum problema para crer na ressurreição. Para ilustrar: Alguém pode gravar num vídeo-tape sua última vontade e testamento, e, depois de morrer, seus parentes e amigos podem vê-lo e ouvi-lo explicando como seu patrimônio deve ser usado. Cem anos atrás, algo assim era inimaginável. E para alguns que hoje vivem em partes remotas do mundo, a tecnologia da gravação em vídeo está além de compreensão, a ponto de parecer milagrosa. Se os princípios científicos estabelecidos pelo Criador podem ser usados pelos humanos para reconstruir tal cena visível e audível, não deve o Criador ser capaz de fazer muito mais? Portanto, não é razoável que Aquele que criou a vida seja capaz de recriá-la?
O milagre de Jesus fazer Lázaro reviver serviu para aumentar a fé em Jesus e na ressurreição. (João 11:41, 42; 12:9-11, 17-19) Isto revela também, de modo comovente, a disposição e o desejo de Jeová e do seu Filho de realizar a ressurreição.
‘Deus terá saudades’
A reação de Jesus à morte de Lázaro revela a grande ternura do Filho de Deus. Seus profundos sentimentos naquela ocasião indicam claramente seu desejo de ressuscitar os mortos. Lemos: “Maria, chegando assim ao lugar onde Jesus estava e avistando-o, prostrou-se aos seus pés, dizendo-lhe: ‘Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido.’ Jesus, portanto, quando a viu chorar e que os judeus que vieram com ela choravam, gemeu no espírito e ficou aflito; e disse: ‘Onde o deitastes?’ Disseram-lhe: ‘Senhor, vem e vê.’ Jesus entregava-se ao choro. Portanto, os judeus começaram a dizer: ‘Vede, quanta afeição tinha por ele!’” — João 11:32-36.
A sincera compaixão de Jesus é indicada aqui por três expressões: “gemeu”, “ficou aflito” e “entregava-se ao choro”. Essas palavras, na língua original, usadas para registrar essa emocionante cena, indicam que Jesus ficou tão profundamente comovido pela morte de seu querido amigo Lázaro e por ver a irmã de Lázaro chorar, que Seus olhos transbordaram de lágrimas.
O que é tão notável é que Jesus antes já havia trazido dois outros de volta à vida. E ele tinha a plena intenção de fazer o mesmo com Lázaro. (João 11:11, 23, 25) No entanto, “entregava-se ao choro”. Portanto, trazer humanos de volta à vida para Jesus não é meramente um procedimento. Seus sentimentos ternos e profundos, conforme manifestados nesta ocasião, revelam claramente seu intenso desejo de desfazer os danos causados pela morte.
Visto que Jesus é ‘a representação exata do próprio ser de Jeová Deus’, esperamos corretamente nada menos de nosso Pai celestial. (Hebreus 1:3) Acerca da disposição do próprio Jeová de realizar a ressurreição, o fiel homem Jó disse: “Morrendo o varão vigoroso, pode ele viver novamente? . . . Tu chamarás e eu mesmo te responderei. Terás saudades do trabalho das tuas mãos.” (Jó 14:14, 15) A palavra na língua original traduzida aqui “terás saudades” denota o sincero anelo e desejo da parte de Deus. (Gênesis 31:30; Salmo 84:2) É evidente que Jeová deve estar intensamente interessado na ressurreição.
Podemos realmente crer na promessa da ressurreição? Sim, não há dúvida de que Jeová e seu Filho tanto estão dispostos como habilitados a realizá-la. O que significa isso para você? Significa que você tem a perspectiva de ser reunido com entes queridos falecidos aqui mesmo na Terra, mas em condições bem diferentes!
Jeová Deus, que deu início à humanidade num lindo jardim, prometeu restabelecer o Paraíso aqui na Terra sob o governo do Seu Reino celestial nas mãos do agora glorificado Jesus Cristo. (Gênesis 2:7-9; Mateus 6:10; Lucas 23:42, 43) Neste restabelecido Paraíso, a família humana terá a perspectiva de usufruir uma vida sem fim, livre de todas as doenças e moléstias. (Revelação [Apocalipse] 21:1-4; note Jó 33:25; Isaías 35:5-7.) Também terão desaparecido todo o ódio, preconceito racial, violência étnica e opressão econômica. Será nesta Terra purificada que Jeová Deus, por meio de Jesus Cristo, ressuscitará os mortos.
Esta é agora a esperança da mulher cristã mencionada no início desta parte. Alguns anos depois da morte de sua mãe, as Testemunhas de Jeová ajudaram-na a fazer um meticuloso estudo da Bíblia. Ela relembra: “Chorei, depois de aprender sobre a esperança da ressurreição. É maravilhoso saber que verei minha mãe outra vez.”
Se o seu coração ansiar similarmente rever um ente querido, as Testemunhas de Jeová terão prazer em ajudá-lo a aprender como poderá fazer sua esta esperança certa. Contate-as no Salão do Reino mais próximo de onde mora.
2006-11-29 09:48:59
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answer #2
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answered by ? 3
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Fernado, eu posso imaginar como você está se sentindo, porque alguns entes queridos meus foram antes de mim para o mundo dos espiritos, mas, a certeza de que vou encontrá-los quando eu também desencarnar faz com que eu aceite os designios de Deus.......... A terra é como se fosse uma grande escola onde viemos para corrigir nossas imperfeições e pagar nossas dividas de outras existencias, quando cumprimos nossa missão aqui o nosso espírito parte para a pátria espiritual, onde ele reencontra seus amigos desta e de outras encarnações, mas eles precisam continuar sua evolução espiritual, por isso, continue o seu aprendizageo aqui na terra e deixe que eles sigam a sua caminhada em paz...... Não esqueça de fazer preces pedindo a JESUS que os ilumine, mais não fique chamando por eles em pensamentos ou palavras porque isso faz com que eles se sintam tristes por ver o seu sofrimento....... Não sofra e nem provoque o sofrimento deles, quando eles vierem em seu pensamento diga a eles também em pensamento sigam a sua caminhada em paz, faça uma prece e procure esqueçe-los......Não é fácil eu sei, mas para ajudar procure ler alguma obra de Francisco Cândido Xavier, tem um livro dele que é ENXUGANDO LÁGRIMAS é um livro de mensagens de algumas pessoas que partiram e as mensagens são para os familiares, procure por este livro em uma livraria espírita, tenho certeza que vai te ajudar muito....
Segue uma prece retirada o Livro Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Karded, para voce faer por eles e depois da prece voce tambem se sentirá mais confortado:
Dignai-vos, Deus, acolher favoravelmente a prece que vos dirijo pelo espírito de..................................... fazendo-lheentrever vossas divinas luzes e que seja fácil o caminho da felicidade eterna. Permiti que os bons Espíritos lhe leve minhas palavras e pensamentos. E tu, que eu tanto queria neste mundo, ouve a minha voz que te chama para dar-te prova da minha afeição! Deus permitiu que fosse libertado antes de mim, e eu não poderia lamenta-lo sem demonstrar egoísmo, porque isso equivaleria a desejar que continuasses sujeito as penas e sofrimentos da vida. Espero, pois, com resignação, o momento da nossa união, nesse mundo mais feliz, a que chegastes antes de mim.
Sei que nossa separação é momentanea e que, por mais longa que me pareça, sua duração desaparecerá ante a eterna felicidade que Deus promete aos seus eleitos. Que sua bondade me proteja, a fim de que nada faça que possa retardar esse instante desejado e que essa mesma bondade me ´preserve do saofrimento de não te encontrar ao deixar meu cativeiro terreno. Como é doce e consoladora a certeza de não haver entre nós, mais do que um vél vaterial, que te esconde ao meu olhar! A certeza de que podes estar aqui, ao meu lado, ver-me e ouvir-me como outrora! De que não me esqueces, da mesma maneira como não te esqueço! De que os nossos pensamentos se confundem incessantemente , e de que o teu me segue e me ampara sempre! Que a paz do Senhor Esteja contigo!
Faça esta prece e se sentirá bem melhor.... Que a paz do Senhor esteja contigo!... Um beijo em seu coração!
2006-11-29 12:55:25
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answer #6
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answered by Á amizade é como uma flor 7
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