O tratamento da Hérnia de Hiato tem boa chance de cura: consiste, basicamente, em emagrecer e ter dieta regrada.
-Fazer refeições pequenas e frequentes.
· Evitar a ingestão de alimentos muito gordos.
· Evitar a ingestão de alimentos muito doces (chocolate, geleias, marmelada, etc).
· Evitar a ingestão de hortelã-pimenta, cebola crua, picantes e tomate.
· Não beber grande quantidade de líquidos às refeições principais (é preferível ingerir líquidos no intervalo das refeições).
· Evitar bebidas alcoólicas, gaseificadas, café (com ou sem cafeína), sumos de laranja e limão.
· Não comer próximo da hora de deitar (de preferência, nas 3 horas antes de se deitar).
· Passear um pouco após as refeições.
· Não fumar.
· Evitar roupa muito apertada no abdómen.
· Evitar posições ou tarefas que obriguem à flexão do tronco, comprimindo o abdómen.
· Emagrecer (em caso de peso excessivo).
· Elevar a cabeceira da cama cerca de 20 cm (em especial, nos casos de refluxo ou azia nocturnos).
Se o tratamento clínico não proporcionar melhora deve entao
optar pelo tratamento cirúrgico, através do qual se fecha o hiato alargado e se reforça a válvula esofágica.
2006-11-28 05:02:30
·
answer #1
·
answered by ♥Erika♥ 6
·
1⤊
1⤋
Hérnia Hiatal
A hérnia hiatal é uma protrusão de uma porção do estômago de sua posição abdominal normal, através do diafragma. Em uma hérnia hiatal por deslizamento, a junção entre o esôfago e o estômago e uma porção do estômago, que estão normalmente localizadas abaixo do diafragma protruem acima do mesmo. Em uma hérnia hiatal paraesofágica, a junção entre o esôfago e o estômago encontra-se no local normal, abaixo do diafragma, mas uma porção do estômago é empurrada para cima, atravessa o diafragma, e localiza-se ao lado do esôfago. A causa da hérnia hiatal normalmente é desconhecida. Ela pode ser congênita ou pode ser resultante de uma lesão.
Sintomas
Mais de 40% dos indivíduos apresentam hérnia hiatal por deslizamento. Contudo, a maioria é assintomática. Os sintomas que ocorrem são pouco importantes. Geralmente, a hérnia hiatal paraesofágica é assintomática. No entanto, ela pode ser encarcerada ou comprimida pelo diafragma e o seu suprimento sangüíneo torna-se comprometido. Esse encarceramento (denominado estrangulamento) é uma condição dolorosa e grave que exige um tratamento cirúrgico imediato. Raramente, em ambos os tipos de hérnia, o indivíduo pode apresentar sangramento microscópico ou maciço do revestimento da hérnia.
Diagnóstico e Tratamento
Normalmente, as radiografias revelam claramente a presença de uma hérnia hiatal, embora possa ser necessário que o médico pressione o abdômen com força para revelar uma hérnia hiatal por deslizamento. Geralmente, a hérnia hiatal não requer um tratamento específico, mas o refluxo gastroesofágico concomitante deve ser tratado. A hérnia hiatal paraesofágica deve ser corrigida cirurgicamente para prevenir o estrangulamento.
Refluxo Gastroesofágico
O refluxo gastroesofágico (refluxo ácido) é o fluxo retrógrado do conteúdo gástrico para o interior do esôfago. O revestimento do estômago o protege contra os efeitos de seus próprios ácidos. Como o esôfago não possui um revestimento protetor similar, o ácido gástrico que reflui para o seu interior causa dor, inflamação (esofagite) e danos. O ácido reflui quando o esfíncter inferior do esôfago não funciona adequadamente. A força da gravidade contribui para o refluxo quando o indivíduo permanece deitado. O grau de inflamação causado pelo refluxo depende da acidez do conteúdo gástrico, do volume de ácido gástrico presente no esôfago e da capacidade do esôfago de eliminar o líquido regurgitado.
Sintomas e Complicações
Sintomas e Complicações O sintoma mais evidente do refluxo gastroesofágico é a pirose (azia), uma dor tipo queimação subesternal. A dor, a qual sobe no tórax e pode irradiar-se ao pescoço, à garganta ou mesmo ao rosto, é causada pelo refluxo gastroesofágico. Em geral, a pirose ocorre após as refeições ou quando o indivíduo encontra-se deitado e pode ser acompanhada pela regurgitação do conteúdo gástrico até a boca ou por uma salivação excessiva. A salivação excessiva, resultante da irritação da porção inferior do esôfago pelo ácido gástrico, é denominada “ardor gástrico”
As complicações do refluxo gastroesofágico incluem o estreitamento de uma área do esôfago (estenose péptica esofágica), a úlcera esofágica e alterações pré-cancerosas do revestimento esofágico (síndrome de Barrett). A inflamação do esôfago costuma causar dor durante a deglutição e um sangramento, em geral pequeno, mas que pode ser abundante. O estreitamento (estenose) torna cada vez mais difícil a deglutição de alimentos sólidos.
As úlceras pépticas esofágicas são feridas abertas e dolorosas do revestimento esofágico. Normalmente, a dor situa-se sob o esterno ou logo abaixo do mesmo e ela é comumente aliviada com o uso de antiácidos. A cicatrização exige drogas que reduzem o ácido gástrico durante um período de quatro a doze semanas. As úlceras cicatrizam lentamente, tendem a recorrer e, geralmente, acarretam uma estenose esofágica após a cicatrização.
Diagnóstico
Os sintomas sugerem o diagnóstico. Algumas vezes, é necessária a realização de estudos radiográficos, da esofagoscopia (exame do esôfago com o auxílio de um tubo de visualização flexível), da manometria (mensuração das pressões) do esfíncter esofágico inferior, da pHmetria esofágica (para verificação da acidez) e da prova de Bernstein (teste de infusão de uma substância ácida no esôfago), para ajudar na confirmação do diagnóstico e verificar possíveis complicações.
A prova de que os sintomas são decorrentes do refluxo gastroesofágico é melhor fornecida por uma biópsia (exame microscópico de uma amostra de tecido) ou pela prova de Bernstein, independentemente dos achados radiográficos ou esofagoscópicos. A biópsia também é a única forma confiável para se detectar a síndrome de Barrett. Na prova de Bernstein, uma solução ácida é instilada na porção inferior do esôfago. A prova indica que o problema é refluxo gastroesofágico quando os sintomas surgem rapidamente e, em seguida, desaparecem quando é instilada uma solução salina na porção inferior do esôfago. A esofagoscopia pode identificar várias causas e complicações possíveis.
O exame microscópico de uma amostra de tecido (biópsia) coletada do esôfago pode identificar com precisão o refluxo gastroesofágico, mesmo quando não é observada uma inflamação durante a esofagoscopia As radiografias realizadas após o paciente ingerir uma solução de bário e deitar-se em um plano inclinado com a cabeça mais baixa que os pés revelam o refluxo do bário do estômago para o esôfago. O médico pode pressionar o abdômen para aumentar a probabilidade de refluxo. As radiografias realizadas após a ingestão do bário também podem revelar úlceras esofágicas ou uma estenose esofágica. A manometria (mensurações das pressões) ao nível do esfíncter esofágico inferior indicam a sua força e podem diferenciar entre um esfíncter normal de um com função comprometida.
Tratamento
Várias medidas podem ser tomadas para aliviar o refluxo gastroesofágico. A elevação da cabeceira da cama cerca de quinze centímetros pode impedir o refluxo de ácido gástrico durante o sono. Também pode ser útil a abstenção de café, bebidas alcoólicas e outras substâncias que estimulam fortemente o estômago a produzir ácido.
Além disso, o indivíduo pode tomar um antiácido uma hora após as refeições e um outro na hora de dormir para neutralizar o ácido gástrico e reduzir o escape através do esfíncter esofágico inferior. O uso de medicamentos (p.ex., cimetidina ou ranitidina) pode reduzir a acidez gástrica. Também devem ser evitados determinados alimentos (p.ex., gorduras e chocolate), o tabagismo e determinados medicamentos (p.ex., anticolinérgicos), pois todos esses fatores aumentam a tendência ao escape através do esfíncter esofágico inferior. O médico pode prescrever uma droga colinérgica (p.ex., betanecol, metoclopramida ou cisaprida) para fazer com que o esfíncter esofágico inferior feche com mais força.
A cirurgia de emergência não é necessária, exceto quando a hemorragia decorrente da esofagite é maciça. Entretanto, o sangramento pode recorrer. A estenose esofágica é tratada com medicamentos e dilatações repetidas, as quais são realizadas com o uso de balões ou velas (dilatadores metálicos com calibre progressivamente maiores). Se a dilatação for bem sucedida, a estenose não limitará seriamente o que o indivíduo pode comer. O tratamento, com omeprazol ou lansoprazol, ou a cirurgia podem reduzir a inflamação intensa, a hemorragia, a estenose, as úlceras ou os sintomas não responsivos a outros tratamentos. O omeprazol e o lansoprazol são os medicamentos mais eficazes para a cura rápida da inflamação do esôfago causada pelo refluxo. A síndrome de Barrett, um distúrbio pré-canceroso, pode ou não desaparecer quando o tratamento alivia os sintomas.
(Extraído do Manual Merck de Saúde da Família)
2006-11-28 12:49:48
·
answer #2
·
answered by carvalhoclinico 5
·
3⤊
2⤋