Tratamento
A FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA não tem cura, sendo o tratamento realizado com o objetivo de melhorar os sintomas e diminuir a progressão da doença. O tratamento atualmente recomendado deve incluir, se possível: Anti-inflamatório - um corticosteróide (prednisona, por exemplo), associado com: Imunossupressor - droga que reduz a resposta imune do organismo (azatioprina ou ciclofosfamida)
É preciso que você saiba que este tratamento é efetivo em uma parcela de pacientes e que a melhor resposta ocorre nos casos onde a doença está numa fase mais inicial. Outros fatos que devem ficar claro sobre o tratamento são: a necessidade de um acompanhamento de perto pelo seu médico, pois as medicações podem causar efeitos colaterais (indesejáveis) de maior ou menor intensidade saber que mesmo naquelas pessoas que têm boa resposta às medicações, seus efeitos não ocorrem em dias, mas sim em meses (em geral são necessários de 3 a 6 meses para se avaliar a resposta).
Para pacientes com menos de 60 anos, que não responderam ao tratamento e se enquadram num perfil já estabelecido, pode ser indicado o transplante pulmonar. Apesar de, no momento, o tratamento da fibrose pulmonar idiopática não ser definitivo, vários centros no exterior estão em busca de melhores drogas para tentar bloquear a doença.
O que eu posso fazer para ajudar no meu tratamento?
Se você tem diagnóstico de FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA, você pode colaborar de várias formas: Use as medicações prescritas da forma como seu médico orientou; Se você fuma, tente parar o quanto antes. Converse com seu médico para que juntos tenham maior chance de sucesso; Alimente-se bem e de forma balanceada. Experimente comer menores quantidades de forma mais freqüente. È mais confortável respirar com o estômago mais vazio; Tente realizar algum exercício físico como caminhar ou pedalar uma bicicleta estacionária. Sempre antes de iniciar um programa novo de exercício converse com seu médico; Considere participar de um programa de reabilitação pulmonar que visa aumentar sua resistência, ensinar técnicas de respiração e conservação de energia, bem como lhe oferecer maior integração social; Utilize o oxigênio suplementar como orientado pelo seu médico. O oxigênio não vicia e quando indicado fará você ter menos falta de ar; Entre em contato com seu médico a fim de esclarecer dúvidas sobre sua doença
Há algum tratamento novo para Fibrose Pulmonar Idiopática?
Várias pesquisas estão sendo desenvolvidas testando uma variedade de novas drogas como: Agentes anti-fibróticos - interferon; Agentes anti-oxidantes - para prevenir lesão tecidual pulmonar; Anticorpos monoclonais, etc.
Mensagem para os familiares dos pacientes com FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Cuidar de uma pessoa com um problema de saúde debilitante, determina impacto tanto físico como emocional. A melhor maneira de ajudar é estar informado sobre a doença e tentar fazer com que as necessidades do dia a dia do seu familiar sejam supridas. Isto tudo sem esquecer de cuidar de você mesmo.
Você e seu familiar passarão por momentos de ansiedade e estresse e será necessário que ambos mantenham o auto-controle. Para ajudar na redução do estresse, tente fazer exercícios regulares, aprender técnicas de relaxamento e pedir ajuda quando necessário.
Mensagem final
As doenças crônicas como a FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA são um desafio para todos os envolvidos: pacientes, familiares, médicos, enfermeiros, etc. É preciso que haja clareza de informações, o paciente e seus familiares devem estar conscientizados e sem dúvidas sobre a doença e a equipe multiprofissional deve estar habilitada para tratar do paciente como um todo. É necessário haver diálogo, cumplicidade nas decisões e confiança a fim de que obstáculos possam ser superados, objetivando sempre a dignidade e uma melhor qualidade de vida para os pacientes.
2006-11-27 21:33:27
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answer #1
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answered by Carol 4
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Fibrose Pulmonar Idiopática
A fibrose pulmonar é causada por muitas doenças, especialmente por aquelas que envolvem alterações do sistema imune. No entanto, apesar das muitas causas possÃveis, em 50% dos indivÃduos que apresentam fibrose pulmonar, a causa jamais é identificada. Considera-se que esses indivÃduos apresentam uma fibrose pulmonar idiopática (alveolite fibrosante, pneumonia intersticial). O termo idiopático(a) significa “de origem desconhecida”.
Sintomas e Diagnóstico
Os sintomas dependem da extensão da lesão pulmonar, da velocidade com que a doença evolui e da presença de complicações (p.ex., infecções e insuficiência cardÃaca). Os sintomas principais apresentam um inÃcio insidioso, como dificuldade respiratória durante o esforço e diminuição da força. Os sintomas mais comuns são tosse, perda de apetite, perda de peso, cansaço, fraqueza e dores vagas no tórax. Nas fases mais avançadas da doença, à medida que a concentração de oxigênio no sangue diminui, a pele pode tornar-se azulada e as pontas dos dedos podem espessar ou apresentar baqueteamento (forma de baqueta de tambor). O esforço excessivo do coração pode levar a uma insuficiência cardÃaca. Essa insuficiência cardÃaca causada por uma doença pulmonar subjacente é denominada cor pulmonale. Uma radiografia torácica pode revelar a presença de tecido cicatricial nos pulmões e a formação de cistos. No entanto, em algumas ocasiões, a radiografia torácica é normal, inclusive quando os sintomas são graves. As provas da função pulmonar comprovam que o volume de ar retido pelos pulmões é inferior ao normal. A gasometria arterial revela uma concentração baixa de oxigênio no sangue. Para confirmar o diagnóstico, pode ser realizada uma biópsia (remoção de pequeno fragmento de tecido pulmonar, que é submetido ao exame microscópico) com o auxÃlio de um broncoscópio. Muitas vezes, é necessária uma amostra maior, que deve ser removida cirurgicamente. A pneumonia intersticial descamativa, uma variante da fibrose pulmonar idiopática, apresenta os mesmos sintomas, mas o aspecto microscópico do tecido pulmonar é distinto. Outra variante, a pneumonia intersticial linfóide, envolve principalmente os lobos inferiores do pulmão. Aproximadamente um terço dos casos ocorre em indivÃduos portadores da sÃndrome de Sjögren. A pneumonia intersticial linfóide também pode ocorrer em crianças e em adultos infectados pelo HIV. A pneumonia evolui lentamente, mas pode levar à formação de cistos nos pulmões e ao desenvolvimento de um linfoma.
Causas Comuns da Fibrose Pulmonar
Alterações do sistema imune (artrite reumatóide, esclerodermia, polimiosite e, raramente, lúpus eritematoso sistêmico)
Infecção (vÃrus, riquétsias, micoplasmas, tuberculose disseminada)
Poeiras minerais (sÃlica, carbono, limalha metálica, asbesto) Poeiras orgânicas (fungos, excrementos de aves) Gases, fumaças e vapores (cloro, dióxido de enxofre) Radioterapia ou radiação industrial Medicamentos e substâncias tóxicas (metotrexato, bussulfano, ciclofosfamida, ouro, penicilamina, nitrofurantoÃna, sulfonamidas, amiodarona, paraquat)
Tratamento e Prognóstico
Se as radiografias torácicas ou a biópsia pulmonar revelarem qua a cicatrização não é extensa, o tratamento usual é a administração de um corticosteróide (p.ex., prednisona). O médico avalia a resposta do paciente com o auxÃlio de radiografias torácicas e de provas da função pulmonar. Alguns indivÃduos não beneficiados com o uso da prednisona apresentam uma melhoria do quadro com o uso da azatioprina ou da ciclofosfamida. Outros tratamentos visam o alÃvio dos sintomas: a oxigenoterapia, quando a concentração de oxigênio no sangue encontra-se baixa; a antibioticoterapia para o tratamento de infecções; e medicamentos especÃficos para a insuficiência cardÃaca. Vários serviços médicos vêm realizando transplantes de pulmão em indivÃduos com fibrose pulmonar idiopática grave.
O prognóstico é muito variável. A maioria dos pacientes piora. Alguns sobrevivem por muitos anos, enquanto outros morrem em poucos meses. A pneumonia intersticial descamativa responde melhor ao tratamento com corticosteróides, o tempo de sobrevida é maior e a taxa de mortalidade é menor para os indivÃduos que apresentam essa variante. Algumas vezes, os corticosteróides aliviam a pneumonia intersticial linfóide.
(ExtraÃdo do Manual Merck de Saúde da FamÃlia)
2006-11-28 20:54:37
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answer #2
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answered by carvalhoclinico 5
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