Mestre dos Sapos:
Vejo muitos disparates nas respostas a sua pergunta.
Algumas com alguma verdade.
Esta não é a primeira vez que esta pergunta aparece.
Especialmente para os católicos e protestantes, peço que tenham paciência, leiam todo o artigo apesar de ser longo; se tiverem acresso às referencias, consultem-nas, e se forem humildes entenderão perfeitamente que o Verdadeiro Deus tem um Nome Pessoal, e Quer ser chamado pelo seu nome pessoal, não importa a adaptação que se fez à lingua que não o hebraico.
Todos os humanos tem um nome pessoal. A maior pessoa do Universo não teria ? Seria completamente sem nexo.
Vale a pena ler tudo, apesar de longo, e de preferncia consultando a sua tradução da Bíblia.
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JHVH - Jeová, Javé, Iavé, Iaveh.
[forma causativa, no imperfeito, do verbo hebr. ha·wáh (vir a ser; tornar-se); significando: “Ele Causa que Venha a Ser”].
O nome pessoal de Deus. (Is 42:8; 54:5) Embora as Escrituras o designem por títulos descritivos, tais como “Deus”, “Soberano Senhor”, “Criador”, “Pai”, “o Todo-poderoso” e “o Altíssimo”, a sua personalidade e os seus atributos — quem e o que Ele é — são plenamente resumidos e expressos apenas por este nome pessoal. — Sal 83:18.
A Pronúncia Correta do Nome Divino. “Jeová” é a pronúncia mais conhecida do nome divino, em português, embora a maioria dos hebraístas seja a favor de “Javé” (ou “Iahweh”). Os manuscritos hebraicos mais antigos apresentam este nome na forma de quatro consoantes, comumente chamadas de Tetragrama (do grego te·tra-, que significa “quatro”, e grám·ma, “letra”). Estas quatro letras (escritas da direita para a esquerda) são הוהי e podem ser transliteradas em português como YHWH (IHVH, ou JHVH).
As consoantes hebraicas do nome, portanto, são conhecidas. A questão é: Quais são as vogais que devem ser combinadas com as consoantes? Sinais vocálicos só vieram a ser utilizados no hebraico na segunda metade do primeiro milênio EC. Além disso, devido a uma superstição religiosa que teve início séculos antes, os sinais vocálicos encontrados em manuscritos hebraicos não nos fornecem a chave para determinar que vogais devem aparecer no nome divino.
Em determinado período, surgiu entre os judeus uma idéia supersticiosa, de que era errado até mesmo pronunciar o nome divino (representado pelo Tetragrama). Não se sabe exatamente em que se baseou originalmente a descontinuidade do uso deste nome. Alguns sustentam que o nome era considerado sagrado demais para ser proferido por lábios imperfeitos. Todavia, as próprias Escrituras Hebraicas não apresentam nenhuma evidência de que quaisquer dos verdadeiros servos de Deus alguma vez hesitassem em proferir o nome Dele. Documentos hebraicos não-bíblicos, tais como as chamadas Cartas de Laquis, mostram que o nome era usado na correspondência comum na Palestina na última parte do sétimo século AEC.
Outro conceito sustenta que se pretendia impedir que povos não-judaicos conhecessem o nome e possivelmente o usassem mal. Todavia, o próprio Jeová disse que faria com que ‘seu nome fosse declarado em toda a terra’ (Êx 9:16; compare isso com 1Cr 16:23, 24; Sal 113:3; Mal 1:11, 14), para ser conhecido até mesmo aos seus adversários. (Is 64:2) De fato, o nome era conhecido e usado por nações pagãs tanto antes da Era Comum como nos primeiros séculos dela. (The Jewish Encyclopedia [A Enciclopédia Judaica], 1976, Vol. XII, p. 119) Outra alegação é que o objetivo era proteger o nome contra o uso em ritos mágicos. Neste caso, trata-se de raciocínio fraco, pois é óbvio que, quanto mais misterioso se tornasse o nome por falta de uso, tanto mais serviria para os objetivos dos praticantes da magia.
Quando se arraigou essa superstição? Assim como não se tem certeza do motivo ou motivos originalmente apresentados para se descontinuar a usar o nome divino, assim também há muita incerteza quanto à época em que tal conceito supersticioso realmente se arraigou. Alguns afirmam que começou após o exílio babilônico (607-537 AEC). Esta teoria, porém, baseia-se numa suposta redução do uso do nome por parte de escritores posteriores das Escrituras Hebraicas, conceito este que um exame mais detido mostra inválido. Malaquias, por exemplo, foi evidentemente um dos últimos livros das Escrituras Hebraicas a ser escrito (na última metade do quinto século AEC), e dá grande destaque ao nome divino.
Muitas obras de referência sugerem que o nome deixou de ser usado por volta de 300 AEC. Evidência para esta data foi supostamente encontrada na ausência do Tetragrama (ou de uma transliteração dele) na tradução Septuaginta grega das Escrituras Hebraicas, iniciada por volta de 280 AEC. É verdade que as cópias mais completas dos manuscritos da Septuaginta agora conhecidas seguem uniformemente o costume de substituir o Tetragrama pelas palavras gregas Ký·rios (Senhor) ou The·ós (Deus). Estes manuscritos principais, porém, remontam apenas ao quarto e ao quinto séculos EC. Descobriram-se recentemente cópias mais antigas, embora em forma fragmentária, que provam que as cópias mais antigas da Septuaginta continham deveras o nome divino.
Uma delas são os restos fragmentários dum rolo de papiro duma parte de Deuteronômio, alistado como P. Fouad Inventário N.° 266. Apresenta regularmente o Tetragrama, escrito em caracteres hebraicos quadrados, em cada ocorrência no texto hebraico traduzido. Os peritos datam este papiro como do primeiro século AEC, e neste caso foi escrito quatro ou cinco séculos antes dos manuscritos já mencionados.
Quando foi que os judeus, em geral, realmente pararam de pronunciar o nome pessoal de Deus?
Assim, pelo menos em forma escrita, não existe evidência sólida de qualquer desaparecimento ou desuso do nome divino no período AEC. No primeiro século EC, surge pela primeira vez alguma evidência duma atitude supersticiosa para com esse nome. Josefo, historiador judeu que descendia duma família sacerdotal, ao narrar a revelação que Deus forneceu a Moisés no local do espinheiro ardente, diz: “Então, Deus lhe revelou Seu nome, que antes disso não tinha chegado aos ouvidos dos homens, e sobre o qual estou proibido de falar.” (Jewish Antiquities [Antiguidades Judaicas], II, 276 [xii, 4]) No entanto, a declaração de Josefo, além de ser inexata quanto a se conhecer o nome divino antes de Moisés, é vaga e não revela de forma clara exatamente qual era a atitude geral prevalecente no primeiro século quanto a se pronunciar ou empregar o nome divino.
A Míxena judaica, uma coleção de ensinos e de tradições rabínicos, é um tanto mais explícita. Credita-se sua compilação ao rabino Judá, o Príncipe, que viveu no segundo e no terceiro séculos EC. Parte da matéria da Míxena relaciona-se claramente às circunstâncias anteriores à destruição de Jerusalém e do seu templo, em 70 EC. No entanto, certo perito diz a respeito da Míxena: “É extremamente difícil decidir que valor histórico devemos atribuir a qualquer tradição registrada na Míxena. O espaço de tempo, que talvez tenha contribuído para obscurecer ou distorcer as lembranças de épocas tão diferentes; as sublevações políticas, as mudanças e as confusões resultantes de duas rebeliões e de duas conquistas romanas; os padrões prezados pelo partido dos fariseus (cujas opiniões a Míxena registra), que não eram os do partido dos saduceus . . . — estes são fatores a que se deve dar o devido peso na avaliação do caráter das declarações da Míxena. Além disso, há muita coisa no conteúdo da Míxena que se encontra num ambiente de discussão acadêmica travada só pela discussão, (conforme parece) com pouca pretensão de registrar usos históricos.” (The Mishnah [A Míxena], traduzida para o inglês por H. Danby, Londres, 1954, pp. xiv, xv) Algumas das tradições da Míxena referentes à pronúncia do nome divino são como segue:
Relacionado com o anual Dia da Expiação, a tradução da Míxena por Danby declara: “E quando os sacerdotes e o povo, que estavam de pé no Pátio do Templo, ouviam o Nome Expresso sair da boca do Sumo Sacerdote, costumavam ajoelhar-se, e curvar-se, e prostrar-se, e dizer: ‘Bendito seja o nome da glória do seu reino para todo o sempre!’” (Yoma 6:2) A respeito das bênçãos sacerdotais diárias, Sotah 7:6, diz: “No Templo, eles pronunciavam o Nome assim como estava escrito, mas, nas províncias, usavam uma palavra substituta.” Sanhedrin 7:5, declara que o blasfemador não era culpado ‘a menos que tivesse pronunciado o Nome’, e que, num julgamento que envolvesse uma acusação de blasfêmia, usava-se um nome substituto até que toda a evidência tivesse sido ouvida; daí, pedia-se em particular à testemunha principal que ‘dissesse expressamente o que ouvira’, presumivelmente usando o nome divino. Sanhedrin 10:1, ao alistar aqueles “que não têm parte no mundo vindouro”, declara: “Abba Saul diz: Também aquele que pronunciar o Nome com as suas letras corretas.” Todavia, apesar destes conceitos negativos, encontramos também, na primeira seção da Míxena, a injunção positiva de que “o homem deve cumprimentar seu próximo com [o emprego de] o Nome [de Deus]”, citando-se então o exemplo de Boaz (Ru 2:4). — Berakhot, 9:5.
Estes conceitos tradicionais, encarados pelo que possam valer, talvez revelem uma tendência supersticiosa de evitar o uso do nome divino algum tempo antes de o templo de Jerusalém ser destruído em 70 EC. Mesmo então, diz-se explicitamente que eram primariamente os sacerdotes que usavam um nome substituto para o nome divino, e isso apenas nas províncias. Adicionalmente, o valor histórico das tradições da Míxena é questionável, conforme vimos.
Não existe, portanto, nenhuma base genuína para se atribuir a qualquer época anterior ao primeiro e ao segundo séculos EC o desenvolvimento do conceito supersticioso que exigia a descontinuação do uso do nome divino. Chegou deveras a época, contudo, em que, ao fazer a leitura das Escrituras Hebraicas na língua original, o leitor judeu, em vez de pronunciar o nome divino, representado pelo Tetragrama, o substituía por ’Adho·naí (Soberano Senhor) ou por ’Elo·hím (Deus). Nota-se isto no fato de que, quando os sinais vocálicos passaram a ser empregados, na segunda metade do primeiro milênio EC, os copistas judeus inseriram no Tetragrama os sinais vocálicos quer de ’Adho·naí, quer de ’Elo·hím, evidentemente para alertar o leitor a proferir essas palavras, em lugar de pronunciar o nome divino. Caso ele estivesse usando a tradução Septuaginta grega das Escrituras Hebraicas em cópias posteriores, o leitor, naturalmente, encontraria o Tetragrama já inteiramente substituído por Ký·rios e The·ós.
Traduções para outras línguas, tais como a Vulgata latina, seguiram o exemplo destas cópias posteriores da Septuaginta grega. A versão católica de Antônio Pereira de Figueiredo (originalmente de 1778-1790), baseada na Vulgata latina, por isso, não traz o nome divino no texto principal, ao passo que a Trinitariana e a versão Matos Soares empregam Senhor ou Deus (às vezes todo em maiúsculas) para representar o Tetragrama nas Escrituras Hebraicas.
Qual é a pronúncia correta do nome de Deus?
Na segunda metade do primeiro milênio EC, peritos judeus introduziram um sistema de sinais para representar as vogais ausentes no texto consonantal hebraico. Com referência ao nome de Deus, em vez de inserir os sinais vocálicos corretos dele, colocaram outros sinais vocálicos para lembrar ao leitor que ele devia dizer ’Adho·naí (que significa “Soberano Senhor”) ou ’Elo·hím (que significa “Deus”).
O Códice Leningrado B 19A, do século 11 EC, tem no Tetragrama os sinais vocálicos para rezar Yehwáh, Yehwíh e Yeho·wáh. A edição de Ginsburg do texto massorético tem no nome divino sinais vocálicos para que reze Yeho·wáh. (Gên 3:14 n) Os hebraístas em geral são a favor de “Yahweh” (Iahweh, ou Javé, em Bíblias católicas) como a pronúncia mais provável. Salientam que a forma abreviada do nome é Yah (Jah, na forma latinizada), como no Salmo 89:8 e na expressão Ha·lelu-Yáh (que significa “Louvai a Jah!”). (Sal 104:35; 150:1, 6) Também as formas Yehóh, Yoh, Yah e Yá·hu, encontradas na grafia hebraica dos nomes Jeosafá, Josafá, Sefatias e outros, podem todas ser derivadas de Yahweh. As transliterações gregas feitas pelos primitivos escritores cristãos indicam uma direção algo similar por usar grafias tais como I·a·bé e I·a·ou·é, as quais, conforme pronunciadas em grego, se assemelham a Yahweh (Iahweh). Ainda assim, de modo algum há unanimidade sobre o assunto entre os peritos, sendo alguns a favor de ainda outras pronúncias, tais como “Yahuwa”, “Yahuah” ou “Yehuah”.
Visto que, atualmente, não se pode ter certeza absoluta da pronúncia, parece não haver nenhum motivo para abandonar, em português, a forma bem conhecida, “Jeová”, em favor de outra pronúncia sugerida. Se tal mudança fosse feita, então, a bem da coerência, deviam ser feitas alterações na grafia e na pronúncia de uma infinidade de outros nomes encontrados nas Escrituras: Jeremias seria mudado para Yir·meyáh, Isaías se tornaria Yesha‛·yá·hu, e Jesus seria ou Yehoh·shú·a‛ (como no hebraico), ou I·e·soús (como no grego). O objetivo das palavras é transmitir idéias; em português, o nome Jeová identifica o verdadeiro Deus, transmitindo esta idéia mais satisfatoriamente, hoje em dia, do que qualquer dos substitutos sugeridos.
Muitos peritos e tradutores atuais da Bíblia advogam que se siga a tradição de eliminar o nome distintivo de Deus. Não só alegam que a incerteza a respeito da pronúncia do nome justifica tal proceder, mas também sustentam que a supremacia e a existência ímpar do verdadeiro Deus tornam desnecessário que Ele tenha um nome específico. Tal conceito não encontra respaldo nas Escrituras inspiradas, quer nas dos tempos pré-cristãos, quer nas Escrituras Gregas Cristãs.
O Tetragrama ocorre 6.828 vezes no texto hebraico da Biblia Hebraica e da Biblia Hebraica Stuttgartensia. Nas Escrituras Hebraicas, a Tradução do Novo Mundo contém o nome divino 6.973 vezes, porque os tradutores, entre outras coisas, levaram em conta que, em alguns lugares, os escribas haviam substituído o nome divino com ’Adho·naí ou ’Elo·hím. (Veja o apêndice na NM, pp. 1501, 1502.) A própria freqüência do aparecimento do nome atesta sua importância para o Autor da Bíblia, que leva este nome. Seu uso em todas as Escrituras ultrapassa em muito o de quaisquer títulos, tais como “Soberano Senhor” ou “Deus”, aplicados a Ele.
Digno de nota, também, é a importância atribuída aos próprios nomes nas Escrituras Hebraicas e entre os povos semíticos. O professor G. T. Manley indica: “Um estudo da palavra ‘nome’ no V[elho] T[estamento] revela o quanto esta palavra significa em hebraico. O nome não é simples rótulo, mas é representativo da verdadeira personalidade daquele a quem pertence. . . . Quando uma pessoa coloca seu ‘nome’ numa coisa ou em outra pessoa, esta passa a ficar sob sua influência e proteção.” — New Bible Dictionary (Novo Dicionário da Bíblia), editado por J. D. Douglas, 1985, p. 430; compare isso com Everyman’s Talmud (O Talmude de Todos), de A. Cohen, 1949, p. 24; Gên 27:36; 1Sa 25:25; Sal 20:1; Pr 22:1;
Em vista desta evidência, parece bem incomum verificar que os exemplares existentes de manuscritos do texto original das Escrituras Gregas Cristãs não contenham o nome divino na sua forma plena. Por isso, o nome não consta também na maioria das traduções do chamado Novo Testamento. Todavia, este nome aparece nessas fontes na sua forma abreviada em Revelação (Apocalipse) 19:1, 3, 4, 6, na expressão “Aleluia” (pelo menos nestas traduções da Bíblia em Português - ~João F. de Almeida, Bíblia de Jerusalém, Centro Bíblico Católico,, Pontificio Instituto Bíblico, Matos Soares). A convocação registrada ali, como feita por filhos espirituais de Deus: “Louvai a Jah!”, torna clara que o nome divino não era obsoleto; era tão vital e pertinente como no período pré-cristão. Então, por que a ausência da sua forma plena nas Escrituras Gregas Cristãs?
Por que não consta o nome divino, na sua forma plena, em nenhum manuscrito antigo disponível das Escrituras Gregas Cristãs?
O argumento apresentado por longo tempo era o de que os escritores inspirados das Escrituras Gregas Cristãs citaram as Escrituras Hebraicas à base da Septuaginta, e que, visto que esta versão substituíra o Tetragrama por Ký·ri·os ou The·ós, esses escritores não empregaram o nome Jeová. Como se tem demonstrado, este argumento já não é mais válido. Comentando que os fragmentos mais antigos da Septuaginta grega deveras contêm o nome divino em sua forma hebraica, o Dr. P. Kahle diz: “Sabemos agora que o texto grego da Bíblia [a Septuaginta], no que tange a ter sido escrito por judeus para judeus, não traduziu o nome divino por kyrios, mas o Tetragrama escrito com letras hebraicas ou gregas foi retido em tais MSS [manuscritos]. Foram os cristãos que substituíram o Tetragrama por kyrios, quando o nome divino em letras hebraicas não era mais entendido.” (The Cairo Geniza [A Genizá do Cairo], Oxford, 1959, p. 222) Quando é que ocorreu esta mudança nas traduções gregas das Escrituras Hebraicas?
Evidentemente ocorreu nos séculos que se seguiram à morte de Jesus e de seus apóstolos. Na versão grega de Áquila, que data do segundo século EC, o Tetragrama ainda aparecia em caracteres hebraicos. Por volta de 245 EC, o famoso perito Orígenes produziu sua Hexapla, uma reprodução em seis colunas das inspiradas Escrituras Hebraicas: (1) no hebraico e aramaico original, acompanhado por (2) uma transliteração para o grego, e pelas versões gregas (3) de Áquila, (4) de Símaco, (5) da Septuaginta e (6) de Teodócio. À base da evidência das cópias fragmentárias agora conhecidas, o professor W. G. Waddell diz: “Na Hexapla de Orígenes . . . as versões gregas de Áquila, de Símaco, da LXX [Septuaginta], todas representaram JHVH [IHVH] por ΠΙΠΙ; na segunda coluna da Hexapla, o Tetragrama foi escrito em caracteres hebraicos.” (The Journal of Theological Studies [A Revista de Estudos Teológicos], Oxford, Vol. XLV, 1944, pp. 158, 159) Outros crêem que o texto original da Hexapla de Orígenes usava caracteres hebraicos para o Tetragrama em todas as suas colunas. O próprio Orígenes declarou que “nos manuscritos mais fiéis, O NOME está escrito em caracteres hebraicos, contudo, não nos [caracteres] hebraicos atuais, mas nos mais antigos”.
Ainda no quarto século EC, Jerônimo, o tradutor da Vulgata latina, diz no seu prólogo dos livros de Samuel e de Reis: “E encontramos o nome de Deus, o Tetragrama [i.e., הוהי], em certos volumes gregos mesmo hoje, expresso em letras antigas.” Numa carta escrita em Roma, em 384 EC, Jerônimo declara: “O nono [nome de Deus] é o Tetragrama, que eles consideravam [a·nek·fó·ne·ton], isto é, inefável, e se encontra escrito nestas letras: Iode, Hê, Vau, Hê. Certos ignorantes, devido à similaridade dos caracteres quando as encontravam nos livros gregos, estavam acostumados a ler ΠΙΠΙ [letras gregas que correspondiam às romanas PIPI].” — Papyrus Grecs Bibliques (Papiros Bíblicos Gregos), de F. Dunand, Cairo, 1966, p. 47, n. 4.
Portanto, os chamados “cristãos” que “substituíram o Tetragrama por kyrios” nas cópias da Septuaginta não foram os primitivos discípulos de Jesus. Foram pessoas de séculos posteriores, quando a predita apostasia já estava bem desenvolvida e havia corrompido a pureza dos ensinos cristãos. — 2Te 2:3; 1Ti 4:1.
Usado por Jesus e seus discípulos. Assim, nos dias de Jesus e de seus discípulos, o nome divino, definitivamente, aparecia em cópias das Escrituras, tanto em manuscritos hebraicos como em manuscritos gregos. Será que Jesus e seus discípulos empregavam o nome divino ao falarem ou escreverem? Em vista da condenação, por parte de Jesus, das tradições dos fariseus (Mt 15:1-9), seria muitíssimo desarrazoado concluir que Jesus e seus discípulos permitissem que as idéias farisaicas (tais como as registradas na Míxena) os governassem neste assunto. O próprio nome de Jesus significa “Jeová É Salvação”. Ele declarou: “Vim em nome de meu Pai” (Jo 5:43); ensinou seus seguidores a orar: “Nosso Pai nos céus, santificado seja o teu nome” (Mt 6:9); suas obras, disse ele, eram feitas “em nome de meu Pai” (Jo 10:25); e, em oração, na noite anterior à sua morte, disse que tinha tornado manifesto o nome de seu Pai a seus discípulos, e pediu: “Santo Pai, vigia sobre eles por causa do teu próprio nome” (Jo 17:6, 11, 12, 26). Em vista de tudo isto, quando Jesus citava as Escrituras Hebraicas, ou as lia, certamente empregava o nome divino, Jeová. (Compare Mt 4:4, 7, 10, com De 8:3; 6:16; 6:13; também Mt 22:37 com De 6:5; e Mt 22:44 com Sal 110:1; bem como Lu 4:16-21 com Is 61:1, 2.) Logicamente, os discípulos de Jesus, incluindo os escritores inspirados das Escrituras Gregas Cristãs, seguiriam o exemplo dele nisto.
Por que, então, não consta o nome nos manuscritos agora existentes das Escrituras Gregas Cristãs ou do chamado Novo Testamento? Evidentemente, porque na época em que essas cópias agora existentes foram feitas (a partir do terceiro século EC), o texto original dos escritos dos apóstolos e discípulos já havia sido alterado. De modo que copistas posteriores, sem dúvida, substituíram o nome divino na forma do Tetragrama por Ký·ri·os e The·ós. Isto é precisamente o que os fatos mostram ter sido feito em cópias posteriores da tradução Septuaginta das Escrituras Hebraicas.
Restauração do nome divino em traduções. Reconhecendo que deve ter acontecido assim, alguns tradutores têm incluído o nome Jeová em sua versão das Escrituras Gregas Cristãs. The Emphatic Diaglott (A Diaglott Enfática), uma tradução do século 19, feita por Benjamin Wilson, contém diversas vezes o nome Jeová, especialmente quando os escritores cristãos citavam as Escrituras Hebraicas. Mas, já no século 14, o Tetragrama tinha passado a ser usado nas traduções das Escrituras Cristãs para o hebraico, a começar com a tradução de Mateus para o hebraico, incorporada na obra ’É·ven bó·hhan de Shem-Tob ben Isaac Ibn Shaprut. Sempre que Mateus citava as Escrituras Hebraicas, esta tradução usou o Tetragrama em cada ocorrência. Muitas outras traduções para o hebraico seguiram o mesmo costume desde então.
Quanto à correção deste proceder, observe a seguinte declaração feita por R. B. Girdlestone, ex-diretor de Wycliffe Hall, Oxford. Esta declaração foi feita antes de vir a lume a evidência de manuscritos de que a Septuaginta grega originalmente continha o nome Jeová. Disse ele: “Se esta versão [Septuaginta] retivesse a palavra [Jeová], ou mesmo tivesse usado uma palavra grega para Jeová e outra para Adonai, tal emprego, sem dúvida, teria sido retido nos discursos e nos argumentos do N. T. Assim, nosso Senhor, ao citar o Salmo 110, em vez de dizer: ‘Disse o Senhor ao meu Senhor’, poderia ter dito: ‘Jeová disse a Adoni.’”
Prosseguindo nessa mesma base (que a evidência demonstra agora tratar-se de fato real), ele acrescenta: “Supondo que um perito cristão estivesse empenhado em traduzir o Testamento Grego para o hebraico, ele teria de considerar, cada vez que a palavra Κύριος ocorresse, se havia algo no contexto que indicasse o verdadeiro equivalente hebraico; e esta é a dificuldade que surgiria ao se traduzir o N. T. para todas as línguas, caso se permitisse a permanência do título Jeová [na tradução Septuaginta] no V. T. As Escrituras Hebraicas seriam um guia em muitos trechos: assim, sempre que ocorre a expressão ‘o anjo do Senhor’, sabemos que a palavra Senhor representa Jeová; chegaríamos a uma conclusão similar sobre a expressão ‘a palavra do Senhor’, se o precedente estabelecido no V. T. fosse seguido; o mesmo se daria também no caso do título ‘o Senhor dos Exércitos’. Inversamente, sempre que ocorre a expressão ‘Meu Senhor’ ou ‘Nosso Senhor’, devíamos saber que a palavra Jeová seria inadmissível, e teriam de ser usadas Adonai ou Adoni.” (Synonyms of the Old Testament [Sinônimos do Velho Testamento], 1897, p. 43) É nessa base que traduções das Escrituras Gregas (mencionadas antes) contêm o nome Jeová.
Emprego Inicial do Nome e Seu Significado - Êxodo 3:13-16 e 6:3 são freqüentemente mal aplicados como significando que o nome de Jeová foi revelado pela primeira vez a Moisés, algum tempo antes do Êxodo do Egito. Na verdade, Moisés suscitou a pergunta: “Suponhamos que eu vá ter com os filhos de Israel e deveras lhes diga: ‘O Deus de vossos antepassados enviou-me a vós’, e eles deveras me digam: ‘Qual é o seu nome?’ O que hei de dizer-lhes?” Isto, porém, não significa que ele ou os israelitas não conhecessem o nome de Jeová. O próprio nome da mãe de Moisés, Joquebede, significa “Jeová É Glória”. (Êx 6:20) A pergunta de Moisés provavelmente se relacionava com as circunstâncias em que se encontravam os filhos de Israel. Por muitas décadas, estiveram sujeitos à dura escravidão, sem nenhum sinal de qualquer alívio. A dúvida, o desânimo e a fraqueza na fé quanto ao poder e ao propósito de Deus de libertá-los, mui provavelmente se haviam infiltrado em suas fileiras. (Observe também Ez 20:7, 8.) Portanto, se Moisés dissesse que viera simplesmente em nome de “Deus” (’Elo·hím) ou do “Soberano Senhor” (’Adho·naí), isto talvez não significasse muito para os israelitas sofredores. Sabiam que os egípcios possuíam seus próprios deuses e senhores, e, sem dúvida, ouviam zombarias por parte dos egípcios, de que os deuses deles eram superiores ao Deus dos israelitas.
Ademais, devemos ter presente que os nomes naquele tempo possuíam verdadeiro significado, e não eram apenas “rótulos” para identificar a pessoa, como o são atualmente. Moisés sabia que o nome de Abrão (que significa “Pai É Enaltecido (Exaltado)”) foi mudado para Abraão (que significa “Pai Duma Multidão”), fazendo-se esta mudança devido ao propósito de Deus para com Abraão. Assim, também, o nome de Sarai foi mudado para Sara, e o de Jacó para Israel; em cada caso, a mudança revelava algo fundamental e profético a respeito do propósito de Deus para com eles. Moisés talvez se perguntasse se Jeová se revelaria então sob algum novo nome, de modo a lançar luz sobre o Seu propósito para com Israel. Dirigir-se Moisés aos israelitas em “nome” Daquele que o enviou significava que era o representante Dele, e a enorme autoridade com que Moisés falaria seria determinada por esse nome e seria proporcional a ele, ou com o que representava. (Veja Êx 23:20, 21; 1Sa 17:45.) Assim, a pergunta de Moisés era significativa.
A resposta de Deus, em hebraico, foi: ’Eh·yéh ’Ashér ’Eh·yéh. Algumas traduções vertem isto como “EU SOU O QUE SOU”. Todavia, deve-se notar que o verbo hebraico ha·yáh, do qual deriva a palavra ’Eh·yéh, não significa simplesmente “ser”. Antes, significa “vir a ser; tornar-se”, ou “mostrar ser”. Não se faz aqui referência à auto-existência de Deus, mas ao que ele pretende tornar-se para com outros. Portanto, a Tradução do Novo Mundo verte corretamente a expressão hebraica acima como “MOSTRAREI SER O QUE EU MOSTRAR SER.” Depois disso, Jeová acrescentou: “Isto é o que deves dizer aos filhos de Israel: ‘MOSTRAREI SER enviou-me a vós.’” — Êx 3:14 n.
Que isto não significava nenhuma mudança no nome de Deus, mas apenas um vislumbre adicional da personalidade de Deus, é depreendido de suas palavras adicionais: “Isto é o que deves dizer aos filhos de Israel: ‘Jeová, o Deus de vossos antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó enviou-me a vós.’ Este é o meu nome por tempo indefinido e esta é a recordação de mim por geração após geração.” (Êx 3:15; compare isso com Sal 135:13; Os 12:5.) O nome Jeová deriva do verbo ha·wáh, “vir a ser; tornar-se”, e realmente significa “Ele Causa que Venha a Ser”. Isto revela Jeová como Aquele que, com ação progressiva, causa que se torne o Cumpridor de promessas. Assim, ele sempre faz com que seus propósitos se realizem. Apenas o verdadeiro Deus poderia legítima e autenticamente levar tal nome.
Isto nos ajuda a entender o sentido da declaração posterior de Jeová a Moisés: “Eu sou Jeová. E eu costumava aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-poderoso, mas com respeito ao meu nome Jeová não me dei a conhecer a eles.” (Êx 6:2, 3) Uma vez que o nome Jeová foi usado muitas vezes por esses antepassados patriarcais de Moisés, é evidente que Deus queria dizer que Ele se manifestara a eles na qualidade de Jeová apenas de forma limitada. Para ilustrar isto, dificilmente se poderia dizer que aqueles que conheciam o homem Abrão realmente o conheciam como Abraão (que significa “Pai Duma Multidão”) enquanto ele só tinha um filho, Ismael. Quando nasceram Isaque e outros filhos, e eles começaram a ter descendentes, o nome Abraão assumiu maior significado ou importância. Assim, também, o nome Jeová assumiria então um significado ampliado para os israelitas.
“Conhecer”, portanto, não significa necessariamente apenas estar a par ou saber de algo ou de alguém. O tolo Nabal conhecia o nome de Davi, mas, ainda assim, indagou: “Quem é Davi?”, no sentido de perguntar: “Que importância tem ele?” (1Sa 25:9-11; compare isso com 2Sa 8:13.) Assim, também, Faraó dissera a Moisés: “Quem é Jeová, que eu deva obedecer à sua voz para mandar Israel embora? Não conheço Jeová, e ainda mais, não vou mandar Israel embora.” (Êx 5:1, 2) Com isso, Faraó evidentemente queria dizer que não conhecia a Jeová como o verdadeiro Deus, ou como tendo qualquer autoridade sobre o rei do Egito e seus assuntos, nem como tendo qualquer poder para efetivar Sua vontade, conforme anunciada por Moisés e Arão. Contudo, então, Faraó e todo o Egito, junto com os israelitas, viriam a conhecer o verdadeiro significado deste nome, da pessoa que ele representava. Conforme Jeová mostrou a Moisés, isto seria o resultado de Deus executar Seu propósito para com os israelitas, libertando-os, dando-lhes a Terra da Promessa, e assim cumprindo Seu pacto com os antepassados deles. Desta forma, como Deus disse: “Sabereis certamente que eu sou Jeová, vosso Deus.” — Êx 6:4-8;
O professor de Hebraico, D. H. Weir, disse portanto corretamente que aqueles que afirmam que Êxodo 6:2, 3, assinala a primeira vez que se revelou o nome Jeová, “não estudaram [estes versículos] à luz de outros textos; senão, teriam percebido que com nome deve-se querer dizer aqui não as duas sílabas, que compõem a palavra Jeová, mas a idéia que esta expressa. Quando lemos em Isaías, cap. lii. 6: ‘Portanto, meu povo conhecerá o meu nome’; ou em Jeremias, cap. xvi. 21: ‘Saberão que meu nome é Jeová’; ou nos Salmos, Sal. ix. [10, 16]: ‘Os que conhecem o teu nome confiarão em ti’; vemos imediatamente que conhecer o nome de Jeová é algo bem diferente de se conhecer as quatro letras que o compõem. É saber por experiência que Jeová realmente é aquilo que seu nome declara que é. (Veja também Is. xix. 20, 21; Ez. xx. 5, 9; xxxix. 6, 7; Sal. lxxxiii. [18]; lxxxix. [16]; 2 Cr. vi. 33.)” — The Imperial Bible-Dictionary, Vol. I, pp. 856, 857.
O nome Jeová não foi pela primeira vez revelado a Moisés, porque certamente o primeiro homem o conhecia. O nome aparece inicialmente no Registro divino em Gênesis 2:4, após o relato sobre as obras criativas de Deus, e ali identifica o Criador dos céus e da terra como “Jeová Deus”. É razoável crer que Jeová Deus tenha informado Adão deste relato da criação. O registro de Gênesis não menciona Ele fazer isso, mas tampouco diz explicitamente que Jeová revelou a origem de Eva a Adão quando este despertou. No entanto, as palavras de Adão, ao receber Eva, mostram que ele tinha sido informado sobre o modo de Deus tê-la produzido do corpo do próprio Adão. (Gên 2:21-23) Sem dúvida, houve muita comunicação entre Jeová e seu filho terrestre que não se encontra incluída no relato breve de Gênesis.
Eva é a primeira pessoa humana de que se relata especificamente ter usado o nome divino. (Gên 4:1) Ela obviamente aprendeu esse nome de seu marido e cabeça, Adão, de quem também ficou sabendo da ordem de Deus a respeito da árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau (embora, novamente, o registro não diz diretamente que Adão transmitiu esta informação a ela). — Gên 2:16, 17; 3:2, 3.
Conforme se mostra no artigo ENOS, o princípio de se “invocar o nome de Jeová” nos dias de Enos, neto de Adão, evidentemente não era em fé, nem da maneira aprovada por Deus. Pois, relata-se que entre Abel e Noé apenas o filho de Jarede, Enoque (não Enos) “andou com o verdadeiro Deus” em fé. (Gên 4:26; 5:18, 22-24; He 11:4-7) Por meio de Noé e sua família, o conhecimento sobre o nome divino sobreviveu para o período pós-diluviano, para além do tempo da dispersão dos povos na Torre de Babel, e foi transmitido ao patriarca Abraão e seus descendentes. — Gên 9:26; 12:7, 8.
2006-11-26 23:53:18
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answer #1
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answered by WDR 4
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