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2006-11-24 01:27:55 · 6 respostas · perguntado por giza.ferreira 1 em Saúde Saúde Feminina

6 respostas

Nódulo hipoecóico, também conhecidos como hipoecóides ou hipoecogênicos são nódulos que aparecem na ultra-sonografia e não é possível, por alguma razão técnica, discriminar se era sólido ou cístico (cheio de líquido) e normalmente são de análise benigna ou provavelmente benigna. São muito comuns.
O risco de câncer é muito pequeno, porém é preciso o acompanhamento periódico pra ver se há evolução....

2006-11-27 23:56:30 · answer #1 · answered by Preciosa 3 · 14 2

NÓDULO TIREOIDEO
1. Introdução:
Os nódulos tireóideos podem fazer parte de doenças não neoplásicas da
tireóide como o bócio colóide adenomatoso e as tireoidites, assim como de
doenças neoplásicas benignas e malignas. O grande dilema do clínico é
diferenciar os nódulos benignos dos malignos e selecionar os pacientes que
devem ser encaminhados para tratamento cirúrgico.
2. Prevalência
A presença de nódulo tireóideo na população geral é um achado bastante
comum, principalmente no sexo feminino (aproximadamente 6 mulheres para cada
homem) e aumenta com a idade. Estudos ultra-sonográficos têm mostrado que 30
a 50% dos adultos assintomáticos apresentam nódulos denominados
incidentalomas.
3. História e exame físico
Aspectos que contribuem para o diagnóstico etiológico benigno:
• História familiar de tireoidite de Hashimoto.
• História familiar de nódulo tireóideo benigno.
• Sintomas de hipo ou hipertireoidismo.
• Nódulo de superfície lisa, elástico e móvel à deglutição
Aspectos que contribuem para o diagnóstico etiológico maligno:
• História de irradiação externa do pescoço, usualmente na infância.
• História familiar de câncer tireóideo.
• Nódulo endurecido, de superficie irregular e fixo à deglutição
• Presença de linfoadenopatia cervical.
4. Avaliação laboratorial
Os pacientes portadores de nódulos tireóideos geralmente apresentam função
tireóidea normal e a dosagem sérica de T4 livre e TSH estão normais.
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O hipertireoidismo clínico (T3, T4 T4livre elevados e TSH baixo) ou subclínico
(T3, T4, T4 livre normais com TSH baixo) pode estar presente nos pacientes
portadores de adenoma tóxico ou bócio multinodular tóxico.
O hipotireoidismo clínico (T4 e T4 livre baixos e TSH elevado) e subclínico (T4
e T4 livre normais com TSH discretamente elevado) pode estar presente em
pacientes portadores de tireoidite crônica autoimune e os níveis de anticorpos antitireoideanos
(Ac anti-tireoglobulina e Ac anti-tireoperoxidase) frequentemente
estão elevados.
A dosagem de tireoglobulina sérica pode estar elevada, principalmente nos
pacientes que apresentam aumento do volume glandular.
5. Avaliação cintilográfica
A cintilografia e captação da tireóide com radioiodo ou tecnécio está indicado
na suspeita clínica e laboratorial de nódulo autônomo.
A maioria dos nódulos benignos são frios à cintilografia (hipocaptantes).
Nódulos hipercaptantes, também chamados de nódulos “quentes”, de regra, são
benignos e podem corresponder a adenoma folicular ou bócio colóide
adenomatoso. Por outro lado, os carcinomas de tireóide, normalmente se
apresentam “frios” à cintilografia. Portanto, a cintilografia não é útil para diferenciar
nódulos benignos de malignos, exceto se o nódulo for “quente”; nesse caso
podemos descartar malignidade.
6. Avaliação ultra-sonográfica:
Deve ser realizada rotineiramente com a finalidade de confirmar o diagnóstico
clínico, determinar se o nódulo é único ou múltiplo, verificar as características
macroscópicas do nódulo como contorno (regular ou irregular), ecogenicidade
(normal, aumentada ou diminuida) , presença ou não de áreas líquidas ou
calcificações. A presença de uma ou mais características acima pode direcionar o
raciocínio clínico para um provável nódulo benigno ou suspeito para malignidade.
Características sugestivas de benignidade: nódulo anecóico
(correspondente a cisto puro), nódulo isoecóico (ecogenicidade semelhante ao
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do parênquima tireóideo normal, isto é com quantidade normal de células e
colóide) ou hiperecóico (ecogenicidade maior que o parênquima normal
representa maior quantidade de colóide em relação ao de células foliculares,
geralmente presente no bócio colóide), presença de halo hipoecóico periférico,
nódulo misto (semelhante a esponja).
Características suspeitas para malignidade: contorno irregular ou borrado,
nódulo hipoecóico (predomínio de células e colóide escasso ou ausente) e
presença de microcalcificações.
Classificação ultra-sonográfica dos nódulos:
Grau I (benigno): imagem anecóica arredondada, de contorno regular
compatível com cisto de tireóide.
Grau II (benigno): nódulo misto semelhante a uma esponja e imagens
nodulares sólidas com ecogenicidade normal (isoecóica) ou aumentada
(hiperecóica), podendo apresentar calcificações ou áreas líquidas são
sugestivas de bócio colóide adenomatoso ou adenoma folicular.
Grau III (indeterminado ou duvidoso): nódulo único de ecogenicidade normal
(isoecóica) inserida em glândula de volume e textura normais; nódulo de
ecogenicidade diminuida (hipoecóica), de contornos regulares, podendo
apresentar área liquida e cisto com componente sólido em sua parede.
Embora, a maioria desses nódulos sejam benignos, cerca de 10% desses
nódulos podem corresponder a carcinomas de tireóide.
Grau IV (suspeito para malignidade): nódulo sólido hipoecóico, de contornos
irregulares e com microcalcificações é considerado suspeito para malignidade
e sugestivo de carcinoma papilífero. Em mais de 50% dos casos, a citologia
aspirativa confirma a suspeita.
Os nódulos classificados ultra-sonograficamente como grau I e II são
considerados benignos e podem ser acompanhados clinicamente; os nódulos
grau III e IV devem ser submetidos à punção aspirativa por agulha fina
(PAAF), para exame citológico.
7. Avaliação citológica
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A punção aspirativa por agulha fina é o método mais sensível para diferenciar
nódulos benignos de malignos.
Classificação citológica:
Grau I (benigno): A presença de agrupamentos de células foliculares, por
vezes em arranjo folicular, cromatina uniformemente distribuída acompanhada
de regular ou grande quantidade de colóide é sugestiva de bócio colóide
adenomatoso; o encontro de linfócitos em diferentes fases de maturação
acompanhado de células foliculares benignas ou células de Hürthle é
compatível com tiroidite crônica autoimune.
Grau II (indeterminado): grande quantidade de células em arranjo sólido ou
folicular, podendo apresentar discreta variação de volume nuclear, cromatina
regularmente distribuída, nucléolos por vezes proeminentes, colóide escasso
ou ausente, é encontrado em nódulos adenomatosos e nas neoplasias
foliculares. Apenas 15% desses casos podem corresponder a carcinoma de
tireóide.
Grau III (suspeito): Grande quantidade de células em arranjo sólido ou
folicular, variação do volume nuclear (anisocariose), cromatina irregularmente
distribuída, nucléolos proeminentes e colóide escasso ou ausente é
considerado suspeito para neoplasia maligna de tireóide.
Grau IV (maligno): Citologia compatível com carcinoma papilífero (mais
freqüente), carcinoma medular, carcinoma anaplásico.
8. Conduta nos nódulos de tireóide.
Exames laboratoriais: TSH e T4 livre, Anticorpo anti-TPO
Ultra-som cervical para determinar volume da tireóide, quantidade e
característica do(s) nódulo(s). Nódulos considerados benignos ao ultra-som
não necessitam obrigatoriamente serem submetidos à punção aspirativa por
agulha fina para estudo citológico e podem ser acompanhados clinicamente.
Nódulos classificados como grau III ou IV devem ser avaliados pelo exame
citológico.
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Nódulos que apresentem citologia benigna, podem ser acompanhados
clinicamente: nódulos com citologia indeterminada e características ultrasonográficas
benignas também podem ser acompanhadas clinicamente.
Nódulos com citologia indeterminada e características ultra-sonográfica
suspeita e nódulos com citologia suspeita ou maligna devem ser
encaminhados para tratamento cirúrgico.
Caso clínico
Uma mulher com 46 anos de idade é encaminhada ao endocrinologista
após o ginecologista ter constatado que apresentava um aumento assimétrico da
glândula tireóide. A paciente não se queixava de sintomas locais cervicais nem
apresentava sintomas sugestivos de hiper ou hipotireoidismo, exceto por discreto
ganho de peso e obstipação intestinal intermitente nos últimos 5 anos.
Ao exame físico a paciente com 1,70 cm de altura e peso de 88 kg
encontra-se clinicamente eutireóidea. Na região cervical anterior, a traquéia está
centrada e não há linfoadenopatia. A palpação revela um nódulo com 2,0 cm de
diâmetro, firme, móvel à deglutição e elástico no pólo inferior do lobo direito. O
lobo esquerdo é normal à palpação.
􀀢 Qual exame seria mais apropriado para a avaliação adicional da
paciente?
􀀢 Qual procedimento diagnóstico, no momento, seria mais útil na
determinação se o nódulo é benigno ou maligno?
Referências:
- Tomimori E.K., Camargo R.Y. A., Bisi H., Medeiros-Neto G. Combined ultrasonographic
and cytological studies in the diagnosis of thyroid nodules. Biochimie 81, p.447-452, 1999.
Medeiros-Neto G, Camargo R.Y.A., Tomimori E.K.
- Nódulos tireóideos: guia prático para diagnóstico e tratamento. Arq Bras Endocrinol
Metabol, vol 42, nº 4, Agosto, 1998.

2006-11-24 01:37:45 · answer #2 · answered by Marivaldo L 6 · 4 1

nodular hiperecoica na cortical inferior do rim esquerdo

2014-11-20 04:27:53 · answer #3 · answered by ? 1 · 1 0

Na regiao epigastrica esquerda massa hipoecoica que mede cerca de 11,7x,8,7cm.

2016-04-26 06:34:52 · answer #4 · answered by Anonymous · 0 0

Tem alguma problema ,se for mas de um carocinho ? Do lado direito da virilha ? Mas não é dolorido, já está quase um mês, um um mês por aí !! Pode ser oque ?

2015-08-04 08:55:08 · answer #5 · answered by ? 1 · 0 0

esse nódulo hipoecóico eheterogeneo no terço médio do lobo esquerdo tem 12mm pergunto é normal ou tem como aumentar Quais o sitomas

2015-03-15 08:49:39 · answer #6 · answered by ? 1 · 0 0

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