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A sua religião é capaz de responder racionalmente isso com algo mais que: "É vontade de Deus?"

2006-11-23 06:19:14 · 17 respostas · perguntado por Juliana C 2 em Sociedade e Cultura Religião e Espiritualidade

17 respostas

Trouxe aqui um texto que mostra bem a explicação da Doutrina Espírita para essa importante questão:

Causas Anteriores das Aflições

6. Mas, se há males nesta vida cuja causa primária é o homem, outros há também aos quais, pelo menos na aparência, ele é completamente estranho e que parecem atingi-lo como por fatalidade. Tal, por exemplo, a perda de entes queridos e a dos que são o amparo da família. Tais, ainda, os acidentes que nenhuma previsão poderia impedir; os reveses da fortuna, que frustram todas as precauções aconselhadas pela prudência; os flagelos naturais, as enfermidades de nascença, sobretudo as que tiram a tantos infelizes os meios de ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a idiotia, o cretinismo, etc.

Os que nascem nessas condições, certamente nada hão feito na existência atual para merecer, sem compensação, tão triste sorte, que não podiam evitar, que são impotentes para mudar por si mesmos e que os põe à mercê da comiseração pública. Por que, pois, seres tão desgraçados, enquanto, ao lado deles, sob o mesmo teto, na mesma família, outros são favorecidos de todos os modos?

Que dizer, enfim, dessas crianças que morrem em tenra idade e da vida só conheceram sofrimentos? Problemas são esses que ainda nenhuma filosofia pôde resolver, anomalias que nenhuma religião pôde justificar e que seriam a negação da bondade, da justiça e da providência de Deus, se se verificasse a hipótese de ser criada a alma ao mesmo tempo que o corpo e de estar a sua sorte irrevogavelmente determinada após a permanência de alguns instantes na Terra. Que fizeram essas almas, que acabam de sair das mãos do Criador, para se verem, neste mundo, a braços com tantas misérias e para merecerem no futuro urna recompensa ou uma punição qualquer, visto que não hão podido praticar nem o bem, nem o mal?

Todavia, por virtude do axioma segundo o qual todo efeito tem uma causa, tais misérias são efeitos que hão de ter uma causa e, desde que se admita um Deus justo, essa causa também há de ser justa. Ora, ao efeito precedendo sempre a causa, se esta não se encontra na vida atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa existência precedente.

Por outro lado, não podendo Deus punir alguém pelo bem que fez, nem pelo mal que não fez, se somos punidos, é que fizemos o mal; se esse mal não o fizemos na presente vida, tê-lo-emos feito noutra. E uma alternativa a que ninguém pode fugir e em que a lógica decide de que parte se acha a justiça de Deus.

O homem, pois, nem sempre é punido, ou punido completamente, na sua existência atual; mas não escapa nunca às conseqüências de suas faltas. A prosperidade do mau é apenas momentânea; se ele não expiar hoje, expiará amanhã, ao passo que aquele que sofre está expiando o seu passado. O infortúnio que, à primeira vista, parece imerecido tem sua razão de ser, e aquele que se encontra em sofrimento pode sempre dizer: 'Perdoa-me, Senhor, porque pequei.

7. Os sofrimentos devidos a causas anteriores à existência presente, como os que se originam de culpas atuais, são muitas vezes a conseqüência da falta cometida, isto é, o homem, pela ação de uma rigorosa justiça distributiva, sofre o que fez sofrer aos outros. Se foi duro e desumano, poderá ser a seu turno tratado duramente e com desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer em humilhante condição; se foi avaro, egoísta, ou se fez mau uso de suas riquezas, poderá ver-se privado do necessário; se foi mau filho, poderá sofrer pelo procedimento de seus filhos, etc.

Assim se explicam pela pluralidade das existências e pela destinação da Terra, como mundo expiatório, as anomalias que apresenta a distribuição da ventura e da desventura entre os bons e os maus neste planeta. Semelhante anomalia, contudo, só existe na aparência, porque considerada tão-só do ponto de vista da vida presente. Aquele que se elevar, pelo pensamento, de maneira a apreender toda uma série de existências, verá que a cada um é atribuída a parte que lhe compete, sem prejuízo da que lhe tocará no mundo dos Espíritos, e verá que a justiça de Deus nunca se interrompe.

Jamais deve o homem olvidar que se acha num mundo inferior, ao qual somente as suas imperfeições o conservam preso. A cada vicissitude, cumpre-lhe lembrar-se de que, se pertencesse a um mundo mais adiantado, isso não se daria e que só de si depende não voltar a este, trabalhando por se melhorar.

8. As tribulações podem ser impostas a Espíritos endurecidos, ou extremamente ignorantes, para levá-los a fazer uma escolha com conhecimento de causa. Os Espíritos penitentes, porém, desejosos de reparar o mal que hajam feito e de proceder melhor, esses as escolhem livremente. Tal o caso de um que, havendo desempenhado mal sua tarefa, pede lha deixem recomeçar, para não perder o fruto de seu trabalho As tribulações, portanto, são, ao mesmo tempo, expiações do passado, que recebe nelas o merecido castigo, e provas com relação ao futuro, que elas preparam. Rendamos graças a Deus, que, em sua bondade, faculta ao homem reparar seus erros e não o condena irrevogavelmente por uma primeira falta.

9. Não há crer, no entanto, que todo sofrimento suportado neste mundo denote a existência de uma determinada falta. Muitas vezes são simples provas buscadas pelo Espírito para concluir a sua depuração e ativar o seu progresso. Assim, a expiação serve sempre de prova, mas nem sempre a prova é uma expiação. Provas e expiações, todavia, são sempre sinais de relativa inferioridade, porquanto o que é perfeito não precisa ser provado. Pode, pois, um Espírito haver chegado a certo grau de elevação e, nada obstante, desejoso de adiantar-se mais, solicitar uma missão, uma tarefa a executar, pela qual tanto mais recompensado será, se sair vitorioso, quanto mais rude haja sido a luta. Tais são, especialmente, essas pessoas de instintos naturalmente bons, de alma elevada, de nobres sentimentos inatos, que parece nada de mau haverem trazido de suas precedentes existências e que sofrem, com resignação toda cristã, as maiores dores, somente pedindo a Deus que as possam suportar sem murmurar. Pode-se, ao contrário, considerar como expiações as aflições que provocam queixas e impelem o homem à revolta contra Deus.

Sem dúvida, o sofrimento que não provoca queixumes pode ser uma expiação; mas, é indício de que foi buscada voluntariamente, antes que imposta, e constitui prova de forte resolução, o que é sinal de progresso.

10. Os Espíritos não podem aspirar à completa felicidade, enquanto não se tenham tornado puros: qualquer mácula lhes interdita a entrada nos mundos ditosos. São como os passageiros de um navio onde há pestosos, aos quais se veda o acesso à cidade a que aportem, até que se hajam expurgado. Mediante as diversas existências corpóreas é que os Espíritos se vão expungindo, pouco a pouco, de suas imperfeições. As provações da vida os fazem adiantar-se, quando bem suportadas. Como expiações, elas apagam as faltas e purificam. São o remédio que limpa as chagas e cura o doente. Quanto mais grave é o mal, tanto mais enérgico deve ser o remédio. Aquele, pois, que muito sofre deve reconhecer que muito tinha a expiar e deve regozijar-se à idéia da sua próxima cura. Dele depende, pela resignação, tornar proveitoso o seu sofrimento e não lhe estragar o fruto com as suas impaciências, visto que, do contrário, terá de recomeçar.

NINGUÉM FOGE À LEI DA REENCARNAÇÃO.


ONTEM, atraiçoamos a confiança de um companheiro, induzindo-o à derrocada moral. HOJE, guardâmo-lo na condição do parente difícil, que nos pede sacrifício incessante.

ONTEM, abandonamos a jovem que nos amava, inclinando-a ao mergulho na lagoa do vício. HOJE, têmo-la de volta por filha incompreensiva, necessitada do nosso amor.

ONTEM, colocamos o orgulho e a vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos felizes. HOJE, partilhamos com ele, à feição de esposo despótico ou de filho-problema, o cálice amargo da redenção.

ONTEM, esquecemos compromissos veneráveis, arrastando alguém ao suicídio. HOJE, reencontramos esse mesmo alguém na pessoa de um filhinho, portador de moléstia irreversível, tutelando-lhe, à custa de lágrimas, o trabalho de reajuste.

ONTEM, abandonamos a companheira inexperiente, à míngua de todo auxílio, situando-a nas garras da delinqüência. HOJE, achâmo-la ao nosso lado, na presença da esposa conturbada e doente, a exigir-nos a permanência no curso infatigável da tolerância.

ONTEM, dilaceramos a alma sensível de pais afetuosos e devotados, sangrando-lhes o espírito, a punhaladas de ingratidão. HOJE, moramos no espinheiro, em forma de lar, carregando fardos de angústia, a fim de aprender a plantar carinho e fidelidade.

À frente de toda dificuldade e de toda prova, abençoa sempre e faze o melhor que possas.

Ajuda aos que te partilham a experiência, ora pelos que te perseguem, sorri para os que te ferem e desculpa todos aqueles que te injuriam...

2006-11-23 06:25:40 · answer #1 · answered by Antonio Vieira Sobrinho 7 · 2 0

Já existe uma explicação científica para alguns casos... especialmente para a síndrome de down....
Sou espírita (Allan Kardec) e o espiritismo explica isso com a reencarnação.
Uma coisa é certa: não é da vontade de Deus, q é soberanamente justo e bom. Jesus já nos preveniu: “a cada um será dado segundo as suas obras” portanto, somente o fato de ter vivido em outros tempos e reencarnado agora pode explicar o fato de uma criança nascer com alguma deficiência.
É a lei de causa e efeito ou de ação e reação.

2006-11-23 14:39:38 · answer #2 · answered by Flor de lis 3 · 1 0

O espiritismo explica racionalmente que é reflexo de atitudes infelizes de outras vidas, como suicídios, drogas, vícios que deterioram o corpo, etc.
Cada ação tem sua reação correspondente.
Bjs

2006-11-23 14:34:10 · answer #3 · answered by Anonymous · 1 0

leia kardec, eu li e aceito o que li!!

2006-11-23 14:26:59 · answer #4 · answered by Anonymous · 1 0

Deus controla tudo, mas Ele e' como um Rei; os ministros (semideuses) que estão envolvidos com as coisa praticas e o publico.
De acordo com o Hinduísmo, cada pessoa nasce da forma e nas condições que merecem, de acordo com as ações passadas. Se a pessoa foi muito pecaminosa, por exemplo, explodiu o próprio corpo, ela nascera com o corpo todo ruim; se ela usou droga, nascera com problemas cerebrais, etc. Uma pessoa linda, famosa com certeza foi uma pessoa que fez atividades boas para os outros e respeitou o próprio corpo. Então que faremos nessa vida, também determinara nosso próximo corpo.

2006-11-23 14:26:37 · answer #5 · answered by Anonymous · 1 0

Você quer respostas racionais através da religião?

Um cientista pode lhe dar respostas racionais.

A religião foi feita para ser seguida, não questionada.

2006-11-23 14:22:56 · answer #6 · answered by Beakman 5 · 3 2

Minha religião é capaz de responder assim mesmo. Os espíritas têm como resposta uma expiação de atos de vidas passadas. Eu não acho nada disso. Não compreendo bem o mecanismo que fez com que eu seja eu e não outra pessoa mas creio que fui eu mesmo quem escolheu. Não sei o momento que minha alma se prendeu no meu corpo, e quem disser que sabe está mentindo, portanto acho que certas doenças como Sindrome de Down são detectáveis pelo espírito bem no início da gravidez, mas uma outra causada por um acidente no parto, por exemplo, não. Logo posso acreditar que um Down escolheu vir assim, mas alguém com seqüelas irreversíveis por ter faltado oxigênio no cérebro na hora do parto, não. A não ser que a alma se prenda na pessoa depois de um certo tempo de nascido, o que não acredito. Devemos considerar também que o nosso tempo de permanência na Terra é ínfimo perto da eternidade. Proporcionalmente nosso tempo de vida em relação à eternidade deve ser muito menor do que a dor que a mulher sente no parto em relação à sua vida inteira, e nenhuma mulher deixa de ter um filho porque sentirá alguns minutos de dor. Bom, isso tudo é para dizer que não acredito em nada predeterminado com relação à nossa vida, estamos aqui para aprender e que doenças tanto podem ser acidentais como conseqüência de nossos atos (um câncer no pulmão porque fumamos, por exemplo). Acho que Deus não nos colocou aqui para um Show deTruman.

2006-11-23 15:25:23 · answer #7 · answered by Anonymous · 0 0

como espírita que sou concordo com alguns que responderam racionalmente à luz da doutrina espírita que diz que por trás de uma causa existe um efeito pelo qual ninguem foge das leis cosmicas que regem o universo e que consequentemente são as leis divinas. o espírito, essência divina que somos nós não morreremos nunca apenas mudamos de plano, voltamos prá casa que é o plano espiritual e, as consequências dos vícios, da má conduta, o sexo desenfreado, as drogas, o suicídio, tudo isso serão consequências que advirão na próxima reencarnação, como uma maneira ressarcir os débitos com as leis divinas. nós mesmos nos punimos quanto a esta questão e a vontade de Deus sempre foi fazer-nos felizes e não infelizes. um abraço fraternal prá ti!

2006-11-23 15:08:06 · answer #8 · answered by Mari 3 · 0 0

A religião não explica, só a ciência. Mas alguns metidos procuram "culpados" por uma deformação dizendo que Deus não gosta que uma mulher aceite transar antes do casamento e aí "castiga" enviando um filho "com defeito", algumas correntes religiosas diz que é uma "alma ruim" que se apodera da alma da criança, deformando-a. e assim por diante.

2006-11-23 14:32:26 · answer #9 · answered by Anonymous · 0 0

Sou catolica´- nao sei
mas o espiritismo diz que essas pessoas sao suicidas e provavelmente se mataram com um tiro na cabeça em vidas passadas ...

2006-11-23 14:29:27 · answer #10 · answered by Anonymous · 0 0

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