Cara Nathalia,
neoplasia é qualquer distúrbio de crescimento anormal de células em uma determinada região do corpo, podendo ser maligno ou benigno.
Um tumor cerebral (neoplasia cerebral) benigno é uma massa de tecido cerebral anormal, mas não canceroso. Vários tipos de tumores benignos podem crescer no cérebro. Eles são denominados de acordo com as células ou tecidos específicos que lhes deram origem: os schwannomas originam-se das células de Schwann que envolvem os nervos; os ependimomas são originários de células que revestem a superfície interior do cérebro; os meningiomas são originários das meninges, o tecido que reveste a superfície exterior do cérebro; os adenomas são originários de células glandulares; os osteomas, de estruturas ósseas do crânio; e os hemangioblastomas, dos vasos sangüíneos. Certos tumores cerebrais benignos (p.ex., craniofaringiomas, cordomas, germinomas, teratomas, cistos dermóides e angiomas) podem inclusive estar presentes no momento do nascimento ou em tenra idade, como parece ser o caso de seu amigo. Os meningiomas geralmente são benignos, mas reaparecem após serem extirpados.
Esses tumores ocorrem mais freqüentemente em mulheres e quase sempre surgem entre os quarenta e sessenta anos de idade, mas também podem começar a se desenvolver na infância ou mais tarde. Os sintomas e os perigos inerentes a esses tumores dependem do seu tamanho, da rapidez de seu crescimento e de sua localização no cérebro. Se eles crescerem muito, podem causar uma deterioração mental semelhante à demência. Os tumores cerebrais malignos mais comuns são as metástases de um câncer originado em outra parte do corpo. Os cânceres da mama e do pulmão, o melanoma maligno e os cânceres de células sangüíneas (p.ex., leucemia e linfoma) podem disseminar-se para o cérebro. As metástases podem desenvolver-se em uma única área do cérebro ou em várias partes diferentes, o que felizmente não é o caso pelo que você descreveu.
Os tumores cerebrais primários originam-se no interior do cérebro. Mais freqüentemente, são gliomas, os quais desenvolvem-se a partir de tecidos que circundam e dão sustentação às células nervosas. Vários tipos de glioma são malignos e o glioblastoma multiforme é o tipo mais comum. Outros tipos incluem o astrocitoma anaplásico de crescimento rápido, o astrocitoma de crescimento lento e os oligodendrogliomas. Os meduloblastomas, mais raros, geralmente afetam crianças antes da puberdade ( o que pode ser o caso de seu amigo ). Os sarcomas e os adenocarcinomas são cânceres mais raros que se desenvolvem a partir de estruturas não nervosas. Os tumores cerebrais ocorrem com igual freqüência em homens e mulheres, mas alguns tipos são mais comuns em homens e outros, mais freqüentes em mulheres.
Tratamento
O tratamento de um tumor cerebral depende de sua localização e de seu tipo. Quando possível, ele é removido cirurgicamente. Muitos tumores cerebrais podem ser removidos sem causar lesão ou causando pouca lesão cerebral. No entanto, alguns desenvolvem-se em uma área que torna a sua remoção difícil ou impossível sem que estruturas essenciais sejam destruídas. Algumas vezes, a cirurgia causa uma lesão cerebral que pode acarretar paralisia parcial, alterações da sensibilidade, fraqueza e déficit intelectual. Apesar disso, a remoção de um tumor é essencial quando ele ameaça estruturas cerebrais importantes. Mesmo quando a remoção cirúrgica não consegue curar o câncer, a cirurgia pode ser útil para reduzir o volume do tumor, aliviar os sintomas e ajudar o médico a determinar o tipo específico do tumor e se outros tratamentos, como a radioterapia, são justificáveis.
Alguns tumores benignos devem ser removidos cirurgicamente porque o seu crescimento contínuo em um espaço limitado pode causar uma lesão grave ou a morte. Quando possível, os meningiomas geralmente são removidos e a remoção pode ser geralmente realizada com segurança e completamente. Entretanto, os menin-giomas muito pequenos e aqueles que ocorrem em indivíduos idosos não necessitam ser extirpados. A maioria dos outros tumores benignos (p.ex., schwannomas e ependimomas) são tratados de forma parecida. Algumas vezes, a radioterapia é realizada após a cirurgia para destruir as células tumorais remanescentes. A maioria dos tumores cerebrais, especialmente os malignos, são tratados com uma combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Após ter sido extirpado a maior quantidade possível do tumor, inicia-se a radioterapia.
Como você pode ver, as neoplasias cerebrais são muitas e seu tratamento é diversificada. Cada caso deve ser acompanhado e analisado pelo oncologista e por um neuro-cirurgião preferencialmente, pois só assim é possível estabelecer uma conduta adequada. Baseando-se em suas informações, que na verdade foram poucas, eu diria que o melhor é esperar antes de optar por uma decisão cirurgíca, já que esta neoplasia é benigna, de crescimento lento e sem comprometimento de regiões e funções cerebrais. Seu amigo tem razão em não querer operar já que riscos sempre existem. A decisão, sempre em conjunto com o médico responsável, deve levar em conta os riscos versus benefícios inerentes a tal procedimento. O importante é estar atento e fazer um acompanhamento periódico e rigoroso. E também é importante lembrar que a medicina humana ainda é muito limitada, principalmente nos casos que envolvem o cérebro. E que nunca é demais termos fé em algo superior (seja Deus, Alá, Buda, etc...), e crer que milagres são possíveis para aquele em que nada é impossível.
Acredite que tudo vai dar certo. Torço pelo melhor para seu amigo e você.
Abraços, Moran
2006-11-22 22:49:09
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answer #1
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answered by Moran 5
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O acompanhamento do tumor , deve ser periódico, pois precisa estar atento ao seu possível crescimento, é como se fosse uma bomba! Graças a Deus é benigno, o problema ,é se encontrar num lugar tão delicado quanto ao cérebro, a cirurgia é muito delicada sim, mais hoje em dia, dificilmente acarreta em morte, a medicina tem ótimos profissionais nesta área...aconselhe seu colega aos exames periódicos, e qualquer alteração no crescimento, incentive-o a fazer a cirurgia e cortar o mal pela raíz.
2006-11-22 22:54:07
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answer #3
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answered by Patricinha 1
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TUMOR É TUMOR. MAS NO CÉREBRO É COMPLICADO.
CONHEÇO UM CAMARADA QUE PERDEU PARTE DE SEU CÉREBRO E CONTINUA LÚCIDO E VIVO.
HOJE, AS OPERAÇÕES NO CÉREBRO TÊM AVANÇADO MUITO, É CLARO QUE OS RISCOS SÃO EXTREMOS, MAS SE VÊ GRANDES RESULTADOS.
FOSSE A POUCOS ANOS ATRÁS, SERIA COMPLICADO. A MORTE ERA QUESTÃO DE UM BISTURI.
MAS, GRAÇAS A DEUS, HOJE, É UMA QUESTÃO PURA DE DESTREZA E HABILIDADE DO MÉDICO.
2006-11-22 21:58:56
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answer #5
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answered by William Bakana 3
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