Separei um texto que vai te explicar direitinho essa questão. leia com atenção, por favor:
"E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dos mortos.
"E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem os escribas que é mister que Elias venha primeiro?
"E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas;
"Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do Homem.
"Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista" - (Mateus, cap. 17 - 9 a 13).
4.0 - A REENCARNAÇÃO
A reencarnação era uma idéia comum nos tempos de Jesus. Nas Escrituras Sagradas, o ponto onde o Mestre refere-se a ela de forma clara e inequívoca é a passagem em que Ele, depois de descer do Monte Tabor, onde mantivera contato com seus amigos espirituais, afirma de modo inquestionável que João Batista teria sido a reencarnação do antigo profeta Elias.
Os Espíritos foram criados simples e ignorantes. No início, não possuem o conhecimento do bem ou do mal. São dotados do germe da inteligência e, com o tempo, adquirem consciência de si mesmos. Sua constituição, como já dissemos, é abstrata e o modo como foram criados ainda não foi revelado totalmente pelos Espíritos superiores.
Todo Espírito está destinado à perfeição, e como não poderia atingi-la numa só vida, Deus concede-lhe outras existências, para que possa crescer em inteligência e moralidade. O renascimento sucessivo do Espírito na dimensão material é chamado reencarnação.
A evolução do Espírito se dá progressivamente, pois ela está intimamente ligada à experiência. Através de lutas expiatórias e provas, o Espírito caminha em busca da própria iluminação e aperfeiçoamento. Ao iniciar sua jornada encarnatória nos primeiros estágios evolutivos, o Espírito sofre todo tipo de influências, boas e ruins. Como é ignorante, suas tendências o levam a vivenciar experiências no campo do erro. Nem todos os Espíritos passam pelo caminho do mal, mas obrigatoriamente passam pelo da ignorância.
O Criador concede ao Espírito a liberdade de ceder ou resistir às más influências. Trata-se do "livre arbítrio". Esta liberdade de agir como bem entende, desenvolve-se à medida em que ele adquire consciência de si mesmo. Isso faz com que tenha o mérito de suas próprias ações.
"Se o homem tivesse sido criado perfeito, seria levado fatalmente ao bem; ora, em virtude de seu livre arbítrio, ele não é fatalmente levado nem ao bem nem ao mal. Deus quis que ele fosse submetido à lei do progresso e que esse progresso fosse o fruto de seu próprio trabalho, a fim de que tivesse o mérito desse trabalho, do mesmo modo que carrega a responsabilidade do mal que é feito por sua vontade" - (Allan Kardec - A Gênese, cap. III, item 9).
Uma encarnação pode ser livre, compulsória ou missionária, dependendo da evolução e da necessidade do Espírito. Cada existência na matéria significa um passo a mais na busca do aperfeiçoamento moral e intelectual. O Espírito pode, por má vontade ou preguiça, manter-se estacionado, mas nunca regride a estágios inferiores ao que se encontra. Tudo o que ele adquire em uma encarnação faz parte de seu patrimônio espiritual e ele poderá usar em outras experiências, para seu crescimento.
O número de encarnações necessárias ao esclarecimento definitivo do Espírito varia entre eles. Os que estiverem imbuídos de boa vontade, tendem a atingir a perfeição mais rápido. Os que se deixam iludir no caminho, perdem tempo e demoram mais para atingir o grau de Espíritos puros. Tudo funciona mais ou menos como numa escola, onde se aprende muito, pouco ou nada, de acordo com o esforço de cada um. E como numa escola, aqueles que não adquirirem condições não poderão ascender a classes mais adiantadas.
É durante suas reencarnações que o Espírito tem oportunidades para reparar erros e sofrer experiências libertadoras. O mundo material é, portanto, uma importante escola de aprendizado. No mundo espiritual se colhe os frutos daquilo que se planta em vida. Todos os Espíritos sofrem as vicissitudes da existência corpórea; uns para expiar seus erros; outros, mais evoluídos, para provarem virtudes ou cumprirem missões.
A reencarnação é a chave que explica a Justiça e a Misericórdia de Deus. Através dela, todas as aparentes injustiças podem ser compreendidas. Todos os erros podem ser redimidos por meio de novas experiências e os Espíritos, cedo ou tarde, encontram o caminho do Bem.
"Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens" - (I Coríntios, 15.19).
4.1 - LEI DE CAUSA E EFEITO
O Criador concede a seus filhos o livre arbítrio, ou seja, a liberdade de agirem como bem entenderem. Porém, todas essas ações estão sujeitas a uma lei natural de justiça, chamada de "causa e efeito", "ação e reação" ou "plantio e colheita". É por meio desta lei que somos responsáveis por tudo quanto fazemos ao próximo ou ao nosso próprio Espírito.
Livre é a semeadura das atitudes, porém, obrigatória é a colheita de suas consequências. Uma má ação, que prejudique o próximo ou a nós mesmos, resultará numa reação contrária de igual intensidade. Esta é uma maneira sábia da Lei ensinar a não repetirmos o erro. A Lei não castiga, mas corrige.
O princípio de causa e efeito não foi criado pelo Espiritismo. Ele é uma das leis da Física promulgada pelo sábio Isaac Newton, que tem o seguinte enunciado:
"A toda ação realizada num determinado sentido, corresponderá uma reação de mesma intensidade e direção oposta".
Muitos sofrimentos de pessoas ou povos que se observam na atualidade, são perfeitamente explicados pelo mecanismo da ação e reação da Lei de Deus. Obras más, de encarnações passadas neste ou noutros mundos, provocam colheitas desagradáveis na presente existência. Do mesmo modo, se o Bem for objeto de preocupação das criaturas, o futuro guardará para elas uma situação de paz, satisfação e felicidade.
A dor moral ou física deve ser encarada sem revoltas, pois geralmente são resgates ou provas necessárias ao adiantamento do Espírito. A aceitação das próprias dores produz alívio moral e ajuda na solução definitiva do problema. Só o esclarecimento pode retirar o homem do estado de revolta diante do sofrimento. A fé raciocinada é seguro escudo nas aflições pelas quais necessitamos passar.
De posse deste conhecimento corretivo da Lei, nós, seres humanos, devemos nos empenhar em ações de justiça e de benemerência para com o próximo, estimulando assim a Lei Divina em favor de nós mesmos.
"Porém os males mais numerosos são aqueles que o homem criou para si, por seus próprios vícios, aqueles que provêm de seu orgulho, de seu egoísmo, de sua ambição, de sua cobiça, de seus excessos em todas as coisas; aí está a causa das guerras e das calamidades que elas geram, das dissensões, das injustiças, da opressão do fraco pelo mais forte, enfim, da maior parte das moléstias" - (Allan Kardec - A Gênese, cap. III, item 6).
4.2 - CARMA
Carma é uma palavra sânscrita* que significa ação. Não é um termo encontrado na Codificação Espírita, mas é usado hoje por muitos dos que se interessam pelo Espiritismo. Achamos por bem comentar seu significado de modo que se possa compreender seu real sentido.
Pode-se afirmar que o Carma é a história do Espírito, desde que teve sua primeira encarnação no plano material. Quando começou sua ação evolutiva, teve início seu Carma.
Ao contrário do que se pensa, Carma não é sinônimo de sofrimento. Carma é a "gravação" psíquica, existente no Espírito, contendo suas ações. É uma espécie de bagagem histórica, que lhe é própria. São suas virtudes, defeitos, créditos, débitos e tendências que formam a personalidade. A cada encarnação o Carma se modifica pela experiência na matéria. A educação e os costumes do povo onde o Espírito encarna dão a ele novas características morais e intelectuais.
A lei de causa e efeito, agindo nas encarnações, regula a evolução do Carma modificando e renovando o patrimônio psicológico do Espírito.
* O sânscrito é uma das mais antigas línguas da Índia.
4.3 - A MORTE
Para sofrer suas experiências no mundo material, o Espírito se une a um corpo carnal, através do perispírito que lhe serve de elo. O corpo funciona como um instrumento de trabalho para a criatura. É movido por uma espécie de força motriz, derivada do "fluido vital".
A morte é a desorganização do corpo carnal. À medida que envelhece, ele desgasta-se materialmente. Quando ocorre a morte física há o consequente desligamento entre o perispírito e o corpo orgânico. Esse desprendimento faz com que a entidade retorne ao plano espiritual, que é a sua verdadeira pátria. No Espiritismo, a morte é denominada "desencarnação".
Logo depois da morte do corpo carnal, o Espírito fica mais ou menos confuso quanto ao seu novo estado. Esta situação chama-se "perturbação" e vai cessando gradualmente, variando em termos de tempo de acordo com o nível evolutivo do Espírito.
Aos poucos, o desencarnado vai tomando consciência de sua nova condição de Espírito livre e sua mente vai se adaptando à dimensão espiritual. Com essa melhoria, começa a compreender o estado de liberdade e anseia pelo progresso. Alguns Espíritos desencarnados ficam em estado de perturbação por muito tempo. A perturbação é um estado psíquico transitório que pode durar de alguns minutos a anos.
4.4 - A VIDA DOS ESPÍRITOS
Após a morte física, as obras que se realizou no plano material determinam a situação de vida que o Espírito vai ter no plano espiritual.
No intervalo de suas existências corpóreas o Espírito permanece por tempo mais ou menos longo no mundo espiritual, onde é feliz ou infeliz segundo o bem ou mal que tenha praticado. A vida espiritual é na verdade sua verdadeira vida, seu estado definitivo. Nela ele progride igualmente e adquire conhecimentos especiais que não poderia adquirir na Terra. É onde se prepara para novas lutas no campo da matéria até que tenha se tornado puro e sem necessidade de novas experiências carnais.
O Espírito, portanto, depois de desencarnado, vai habitar em regiões astrais com as quais possui afinidade moral. Para facilitar o entendimento dos que estão iniciando no estudo da ciência espírita, falaremos desses lugares utilizando a forma como são concebidos pelo povo. Mas lhes daremos as características difundidas, aceitas e explicadas pela Doutrina Espírita.
a) O inferno
O Inferno é uma expressão bíblica, usada pelas religiões convencionais para designar as regiões espirituais onde habitam os maus Espíritos. A imagem que foi feita dele na doutrina cristã foi originada do paganismo, perpetuada pelos escritos dos poetas gregos. Não tendo o perfeito entendimento da vida espiritual nem da justiça de Deus, imaginou-se que os homens maus só poderiam merecer um castigo eterno.
A Doutrina Espírita veio nos esclarecer sobre esse importante dogma das penas eternas, difundido pelas religiões oficiais da época. Ensina que o Inferno é a morada temporária de entidades primitivas e malignas, inimigas dos princípios do Bem e revoltadas contra a misericórdia de Deus. Nessas regiões permanecem transitoriamente as almas dos que se comprazem no assassínio, no furto, na mentira, na luxúria e nas paixões humanas.
Os Espíritos desencarnados que vão para essas regiões astrais não ficam nelas definitivamente, como se pensava a princípio. Eles permanecem ali por períodos variáveis, até que surjam novas oportunidades de reencarnação. Todos os Espíritos inferiores, habitantes das dimensões trevosas, cedo ou tarde encontrarão sua luz através do esclarecimento reencarnatório.
Ou seja, o inferno, ou trevas segundo a Doutrina Espírita, é um estado de consciência compartilhado por aqueles cujos defeitos e sentimentos ruins predominam em suas personalidades, que se inclinam ao mal e nele se comprazem. São apenas irmãos imperfeitos e ignorantes, que têm o inferno dentro de suas próprias consciências e que, através de novas oportunidades dadas pelo Pai Celestial, através de sucessivas experiências encarnatórias também alcançarão a perfeição.
b) O purgatório
Purgatório é um termo usado comumente no Catolicismo. Foi criado pela "necessidade" de abrigar as almas dos que não eram muito maus para habitar o inferno, nem tão bons para merecer o céu. Nas obras espíritas acessórias, convencionou-se denominá-lo pela expressão "Umbral" e diz-se que é a região espiritual purgatorial próxima da Terra. A maioria dos recém-desencarnados passa um período mais ou menos longo neste lugar, ou situação psíquica, a fim de refletir sobre suas obras. O Umbral é uma dimensão de muito sofrimento. Abriga grande número de entidades em condições de dor e angústia. Aí instalam-se as colônias socorristas, tais como "Nosso Lar" e outras narradas na literatura mediúnica, para amparo dos Espíritos que são recolhidos nessas situações. Allan Kardec diz que o purgatório dos Espíritos também pode ser os mundos de expiação.
"O purgatório não é, portanto, uma idéia vaga e incerta: é uma realidade material que vemos, tocamos e sofremos. Ele se encontra nos mundos de expiação e a Terra é um deles. Os homens expiam nela o seu passado e o seu presente em benefício do seu futuro" - (Allan Kardec - O Céu e o Inferno, cap. V, item 4).
c) O paraíso
É a região astral onde moram os Espíritos puros e os bons Espíritos, que já adquiriram saber e moralidade. Esses planos são denominados popularmente de "paraísos" ou "colônias de luz". Alguns Espíritos que habitam essas regiões estão livres de encarnações, outros não. Os Espíritos puros podem reencarnar-se em mundos mais ou menos atrasados, para cumprirem missões.
Entretanto, não são mundos de contemplação como nos acostumamos a pensar. Ao contrário, são lugares de trabalho e ação no campo do Bem e do Saber. É onde o Espírito experimenta a verdadeira felicidade.
"A felicidade dos Espíritos bem-aventurados não está na ociosidade contemplativa, que seria, como frequentemente se diz, uma eterna e fastidiosa inutilidade.
"...A suprema felicidade consiste em desfrutar todos os esplendores da Criação, que nenhuma linguagem humana poderia exprimir, que a mais fecunda imaginação não poderia conceber. Consiste no conhecimento e compreensão de todas as coisas, na ausência de qualquer sofrimento físico e moral, na satisfação íntima, na serenidade do Espírito que nada altera, no amor que une a todos os seres e portanto na ausência de todo o aborrecimento proveniente da relação com os maus, e acima de tudo na visão de Deus e na compreensão de seus mistérios revelados aos mais dignos" - (Allan Kardec - O Céu e o Inferno, cap. III, item 12).
2006-11-18 23:37:04
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answer #2
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answered by Anonymous
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Esse versículo que vc acabou de citar não desmente de forma nenhuma a reencarnação. Paulo apenas afirmou que após cada desencarnação nós recebemos um julgamento por parte das Leis Divinas e também de nossa própria consciência, o qual determina se nos dirigiremos para as Regiões Celestiais ou para as Zonas de Sofrimento regenerador. Posteriormente, depois de um tempo mais ou menos longo nessas moradas Celestiais, nós somos encaminhados a novas encarnações, ´´Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.`` (Efésios 4:13)
A Reencarnação é uma das mais sublimes provas da Bondade Divina que nos oferece inúmeras chances para que alcançemos a Felicidade, Amor e Sabedoria Sublimes que nos estão destinadas.
´´Nascer, morrer, renascer ainda, progredir continuamente, tal é a Lei`` (Allan Kardec)
Como a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corporal, pode acabar de se depurar?
– Submetendo-se à prova de uma nova existência.
Como a alma realiza essa nova existência? É pela sua transformação como Espírito?
– A alma, ao se depurar, sofre sem dúvida uma transformação, mas para isso é preciso que passe pela prova da vida corporal.
A alma tem, portanto, que passar por muitas existências corporais?
– Sim, todos nós temos muitas existências. Os que dizem o contrário querem vos manter na ignorância em que eles próprios se encontram. Esse é o desejo deles.
Desse princípio parece resultar que a alma, após ter deixado um corpo, toma outro, ou seja, reencarna em um novo corpo. É assim que se deve entender?
– Evidentemente.
Qual é o objetivo da reencarnação?
– Expiação, melhoramento progressivo da humanidade. Sem isso, onde estaria a justiça?
O número de existências corporais é limitado ou o Espírito reencarna perpetuamente?
– A cada nova existência, o Espírito dá um passo no caminho do progresso. Quando se libertar de todas as suas impurezas, não tem mais necessidade das provações da vida corporal.
O número de encarnações é o mesmo para todos os Espíritos?
– Não; aquele que caminha rápido se poupa das provas. Todavia, essas encarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porque o progresso é quase infinito.
Em que se torna o Espírito após sua última encarnação?
– Espírito bem-aventurado; é um Espírito puro.
Em que se baseia o dogma da reencarnação?
– Na justiça de Deus e na revelação, e repetimos incessantemente: um bom pai deixa sempre para seus filhos uma porta aberta ao arrependimento. A razão não vos diz que seria injusto privar, para sempre, da felicidade eterna todos aqueles cujo aprimoramento não dependeu deles mesmos?
Não são todos os homens filhos de Deus? Só homens egoístas podem pregar a injustiça, o ódio implacável e os castigos sem perdão. Todos os Espíritos estão destinados à perfeição, e Deus lhes fornece os meios de alcançá-la pelas provações da vida corporal. Mas, na Sua justiça, lhes permite cumprir, em novas existências, o que não puderam fazer, ou acabar, numa primeira prova.
Não estaria de acordo nem com a igualdade, a justiça, nem com a bondade de Deus condenar para sempre os que encontraram, no próprio meio em que viveram, obstáculos ao seu melhoramento, independentemente de sua vontade. Se a sorte do homem estivesse irrevogavelmente fixada após a morte, Deus não teria pesado as ações de todos numa única e mesma balança e não agiria com imparcialidade.
A doutrina da reencarnação, que consiste em admitir para o homem diversas existências sucessivas, é a única que responde à idéia que fazemos da justiça de Deus em relação aos homens que se acham numa condição moral inferior; a única que pode nos explicar o futuro e firmar nossas esperanças, porque nos oferece o meio de resgatar nossos erros por novas provações. A razão nos demonstra essa doutrina e os Espíritos a ensinam.
O homem que tem consciência de sua inferioridade encontra na doutrina da reencarnação uma esperança consoladora. Se acredita na justiça de Deus, não pode esperar achar-se, perante a eternidade, em pé de igualdade com aqueles que agiram melhor do que ele. Contudo, o pensamento de que essa inferioridade não o exclui para sempre do bem supremo que conquistará mediante novos esforços o sustenta e lhe reanima a coragem. Quem é que, no término de sua caminhada, não lamenta ter adquirido muito tarde uma experiência que não pode mais aproveitar? Porém, essa experiência tardia não está perdida; tirará proveito dela numa nova vida. (O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec)
A REENCARNAÇÃO ESTÁ NA BÍBLIA
Autor: Carlos César Barro
Jesus Cristo havia subido ao monte Tabor com três de seus discípulos para orar: Pedro, Thiago e João. Chegando ao topo, o Mestre se transfigura perante os apóstolos e eis que aparecem junto deles Moisés e Elias, já falecidos há centenas de anos, que conversam com o Senhor. Depois, Ele e seus seguidores desceram da pequena elevação e se envolvem no diálogo que colocamos ao lado.
Nas Escrituras Sagradas, mais precisamente no livro de Malaquias, há uma profecia afirmando que antes da vinda do Messias, o profeta Elias deveria novamente retornar. Sem entendê-la direito, os Escribas e os Fariseus, religiosos da época e inimigos de Jesus, apegavam-se nela para afirmarem que o Mestre não era o Filho de Deus, pois não tinham visto a Elias.
Indagado sobre a vinda do profeta, Jesus responde que ele já havia nascido, e que ninguém o tinha reconhecido. Então, os apóstolos compreenderam que se tratava de João Batista, a quem o Mestre se referia.
Em outra passagem anterior à citada, Jesus também afirma que João era Elias : ...Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João. E se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça (Mateus 11: 13 a 15).
João Batista era primo de Jesus, filho de Izabel e Zacarias. É importante não confundir este João com o apóstolo do mesmo nome, chamado o Evangelista. O Batista começou a pregar no deserto, onde morava. Vestia-se de pele de animais e comia mel silvestre e gafanhotos. Sua pregação era muito enérgica, conclamando o povo a seguir os ensinamentos morais das Escrituras. Quando alguém se convertia a sua doutrina, prometia que dali em diante sua vida iria mudar. João mergulhava esta criatura nas águas do Jordão, num ato simbólico de batismo, para selar o compromisso. Este ato foi chamado de "batismo pela água". Daí o nome "Batista". Note que na época só se batizavam adultos.
Chegando Jesus à margem do Jordão, foi também batizado por João, "para que se cumprissem as antigas profecias". Este acontecimento marcou o início da vida pública do Mestre e o declínio da pregação do Batista. João foi preso pelo rei Herodes, por causa das críticas que ele fazia ao adultério do rei com sua cunhada Herodias, mulher de seu irmão Felipe. No aniversário do rei, Herodias pediu a cabeça de João. A história dos Evangelhos ilustra a vida de trabalho do Batista, à causa do Bem.
O Evangelho de Lucas, capítulo I, versículos 36 a 45, pode ser analisado. Nele, é contada a história da gravidez de Izabel, mãe do Batista, prima de Maria, a mãe de Jesus. João nasceu de parto normal, como outra criança qualquer. Conclui-se pois, que se Jesus afirmou que João era o Elias da profecia, deu inequívoco testemunho de que o Espírito ou a Alma pode entrar no ventre da mãe para nascer de novo.
Existem outras passagens que mostram que alguns judeus acreditavam na reencarnação. Muitas vezes perguntavam ao Mestre se ele era um dos antigos profetas que havia voltado (veja Mateus 16: 13 a 16). Se eles assim questionavam, é que entendiam que os Espíritos tinham possibilidade de viverem outras vidas.
Quanto a Jesus não ter utilizado o termo "reencarnação" naquela época, ele mesmo responde numa conversa com Nicodemos, o fariseu simpático a Jesus:
Em verdade te digo que aquele que não nascer de novo , não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode retornar ao ventre de sua mãe? Jesus respondeu: Na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito. Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. Nicodemos respondeu: Como pode ser isso? Jesus disse: Tu és mestre de Israel e não sabes disso? ... Se vos falei de coisas terrestres e não crestes, como crereis se vos falar das celestiais? (S. João, cap.III - vers. 3 a 12).
Jesus deixa claro que nem todos estavam aptos a entenderem a verdade como ela hoje nos é apresentada pela Doutrina. Afinal, a encarnação do Mestre foi há quase dois mil anos. Não havia condições intelectuais para se entender as abstrações da vida espiritual. Por este motivo, o Mestre sempre dizia os que têm olhos para ver, vejam; os que têm ouvidos para ouvir, ouçam. Não falou claramente da reencarnação, nem da vida após a morte, mas o fez nas entrelinhas. As Escrituras Sagradas nos fornecem subsídios importantes para crermos na reencarnação como dádiva de Deus.
BANCO DE DADOS
Jornal "A Voz do Espírito"
São José do Rio Preto - SP (extraído do site: http://www.walviana.hpg.ig.com.br/textos...
NINGUÉM FOGE À LEI DA REENCARNAÇÃO.
ONTEM, atraiçoamos a confiança de um companheiro, induzindo-o à derrocada moral. HOJE, guardâmo-lo na condição do parente difícil, que nos pede sacrifício incessante.
ONTEM, abandonamos a jovem que nos amava, inclinando-a ao mergulho na lagoa do vício. HOJE, têmo-la de volta por filha incompreensiva, necessitada do nosso amor.
ONTEM, colocamos o orgulho e a vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos felizes. HOJE, partilhamos com ele, à feição de esposo despótico ou de filho-problema, o cálice amargo da redenção.
ONTEM, esquecemos compromissos veneráveis, arrastando alguém ao suicídio. HOJE, reencontramos esse mesmo alguém na pessoa de um filhinho, portador de moléstia irreversível, tutelando-lhe, à custa de lágrimas, o trabalho de reajuste.
ONTEM, abandonamos a companheira inexperiente, à míngua de todo auxílio, situando-a nas garras da delinqüência. HOJE, achâmo-la ao nosso lado, na presença da esposa conturbada e doente, a exigir-nos a permanência no curso infatigável da tolerância.
ONTEM, dilaceramos a alma sensível de pais afetuosos e devotados, sangrando-lhes o espírito, a punhaladas de ingratidão. HOJE, moramos no espinheiro, em forma de lar, carregando fardos de angústia, a fim de aprender a plantar carinho e fidelidade.
À frente de toda dificuldade e de toda prova, abençoa sempre e faze o melhor que possas.
Ajuda aos que te partilham a experiência, ora pelos que te perseguem, sorri para os que te ferem e desculpa todos aqueles que te injuriam...
A humildade é a chave de nossa libertação.
E, sejam quais sejam os teus obstáculos na família, é preciso reconhecer que toda construção moral do Reino de Deus, perante o mundo, começa nos alicerces invisíveis da luta em casa.
Da obra: Amor e Vida em Família. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 1995
Deus é eterno, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom.
Criou o Universo que compreende todos os seres animados e inanimados, materiais e imateriais. Os seres materiais constituem o mundo visível ou corporal e os seres imateriais o mundo invisível ou espírita, ou seja, dos Espíritos.
O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevivente a tudo. O mundo corporal não é senão secundário; poderia cessar de existir, ou não ter jamais existido, sem alterar a essência do mundo espírita.
Os Espíritos revestem, temporariamente, um envoltório material perecível, cuja destruição, pela morte, os torna livres.
Entre as diferentes espécies de seres corpóreos, Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos Espíritos que atingiram um certo grau de desenvolvimento, o que lhes dá a superioridade moral e intelectual sobre outros.
A alma é um Espírito encarnado, do qual o corpo não é senão um envoltório.
Há no homem três coisas: 1o – o corpo ou ser material análogo aos dos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2o – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3o – o laço que une a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
O homem tem assim duas naturezas: pelo corpo, participa da natureza dos animais, dos quais tem o instinto; pela alma, participa da natureza dos Espíritos.
O laço ou perispírito que une o corpo e o Espírito é uma espécie de envoltório semi-material. A morte é a destruição do envoltório mais grosseiro, o Espírito conserva o segundo, que constitui para ele um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, mas que pode, acidentalmente, tornar-se visível e mesmo tangível, como ocorre no fenômeno das aparições.-
O Espírito não é assim um ser abstrato, indefinido, que só o pensamento pode conceber; é um ser real, circunscrito, que, em certos casos, é apreciado pelos sentidos da visão, audição e tato.
Os Espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais nem em força, nem em inteligência, nem em saber, nem em moralidade.
Os da primeira ordem são os Espíritos superiores, que se distinguem dos outros pela sua perfeição, seus conhecimentos, sua aproximação de Deus, a pureza de seus sentimentos e seu amor ao bem; são os anjos ou Espíritos puros. As outras classes se distanciam cada vez mais dessa perfeição; os das classes inferiores são inclinados à maioria das nossas paixões: o ódio, a inveja, o ciúme, o orgulho, etc.; eles se comprazem no mal. Entre eles há os que não são muito bons nem muito maus, mais trapalhões e importunos que maus, a malícia e as inconseqüências parecem ser sua diversão: são os Espíritos estouvados ou levianos.
Os Espíritos não pertencem perpetuamente à mesma ordem. Todos progridem, passando por diferentes graus de hierarquia espírita.
Esse progresso ocorre pela encarnação, que é imposta a uns como expiação e a outros como missão. A vida material é uma prova que devem suportar por várias vezes, até que hajam alcançado a perfeição absoluta. É uma espécie de exame severo ou depurador, de onde eles saem mais ou menos purificados.
Deixando o corpo, a alma reentra no mundo dos Espíritos, de onde havia saído, para retomar uma nova existência material, depois de um lapso de tempo mais ou menos longo, durante o qual permanece no estado de Espírito errante.
O Espírito, devendo passar por várias encarnações, disso resulta que tivemos várias existências e que teremos ainda outras, mais ou menos aperfeiçoadas, seja sobre a Terra, seja em outros mundos.
A encarnação dos Espíritos ocorre sempre na espécie humana: seria um erro acreditar que a alma ou Espírito possa se encarnar no corpo de um animal.
As diferentes existências corporais dos Espíritos são sempre progressivas e jamais retrógradas; mas a rapidez do progresso depende dos esforços que fazemos para atingir a perfeição.
As qualidades da alma são a do Espírito que está encarnado em nós; assim, o homem de bem é a encarnação do bom Espírito, e o homem perverso a de um Espírito impuro.
A alma tinha sua individualidade antes da sua encarnação e a conserva depois da sua separação do corpo.
Na sua reentrada no mundo dos Espíritos, a alma aí reencontra todos aqueles que conheceu sobre a Terra, e todas as suas existências anteriores se retratam em sua memória com a lembrança de todo o bem e de todo o mal que fez.
O Espírito encarnado está sob a influência da matéria; o homem que supera essa influência pela elevação e depuração de sua alma, se aproxima dos bons Espíritos com os quais estará um dia. Àquele que se deixa dominar pelas más paixões e coloca toda a sua alegria na satisfação dos apetites grosseiros, se aproxima dos Espíritos impuros, dando preponderância à natureza animal.
Os Espíritos encarnados habitam os diferentes globos do Universo.
Os Espíritos não encarnados ou errantes não ocupam uma região determinada e circunscrita; estão por toda a parte, no espaço e ao nosso lado, nos vendo e nos acotovelando sem cessar; é toda uma população invisível que se agita em torno de nós.
Os Espíritos exercem, sobre o mundo moral e mesmo sobre o mundo físico, uma ação incessante. Agem sobre a matéria e sobre o pensamento, e constituem uma das forças da Natureza, causa eficiente de uma multidão de fenômenos, até agora inexplicados, ou mal explicados, e que não encontram uma solução racional senão no Espiritismo.
As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos solicitam para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suporta-las com coragem e resignação; os maus nos solicitam ao mal: é para eles uma alegria nos ver sucumbir e nos assemelharmos a eles.
As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As ocultas ocorrem pela influência, boa ou má, que eles exercem sobre nós com o nosso desconhecimento; cabe ao nosso julgamento discernir as boas e más inspirações. As comunicações ostensivas ocorrem por meio da escrita, da palavra, ou outras manifestações materiais, e mais freqüentemente por intermédio dos médiuns que lhes servem de instrumento.
Os Espíritos se manifestam espontaneamente ou por evocação. Podem-se evocar todos os Espíritos: aqueles que animaram homens obscuros, como aqueles de personagens mais ilustres, qualquer que seja a época na qual tenham vivido; os de nossos parentes, de nossos amigos ou de nossos inimigos, e com isso obter, por comunicações escritas ou verbais, conselhos, informações sobre a sua situação no além-túmulo, sobre seus pensamentos a nosso respeito, assim como as revelações que lhes são permitidas nos fazer.
Os Espíritos são atraídos em razão de sua simpatia pela natureza moral do meio que os evoca. Os Espíritos superiores se alegram nas reuniões sérias onde dominem o amor do bem e o desejo sincero de se instruir e se melhorar. Sua presença afasta os Espíritos inferiores que aí encontram, ao contrário, um livre acesso, e podem agir com toda liberdade entre as pessoas frívolas ou guiadas só pela curiosidade, e por toda parte onde se encontrem os maus instintos. Longe de deles obter bons avisos ou ensinamentos úteis, não se deve esperar senão futilidades, mentiras, maus gracejos ou mistificações, porque eles tomam emprestado, freqüentemente, nomes venerados para melhor induzir ao erro.
A distinção dos bons e dos maus Espíritos é extremamente fácil. A linguagem dos Espíritos superiores é constantemente digna, nobre, marcada pela mais alta moralidade, livre de toda paixão inferior; seus conselhos exaltam a mais pura sabedoria, e têm sempre por objetivo nosso progresso e o bem da Humanidade. A dos Espíritos inferiores, ao contrário, é inconseqüente, freqüentemente trivial e mesmo grosseira; se dizem por vezes coisas boas e verdadeiras, mais freqüentemente, dizem coisas falsas e absurdas, por malícia ou por ignorância. Eles se divertem com a credulidade e se distraem às custas daqueles que os interrogam, se vangloriando da sua vaidade, embalando seus desejos com falsas esperanças. Em resumo, as comunicações sérias, na total acepção da palavra, não ocorrem senão nos centros sérios, naqueles cujos membros estão unidos por uma comunhão de pensamentos para o bem.
A moral dos Espíritos superiores se resume, como a do Cristo, nesta máxima evangélica: “Agir para com os outros como quereríamos que os outros agissem para conosco”; quer dizer, fazer o bem e não fazer o mal. O homem encontra neste princípio a regra universal de conduta para as suas menores ações.
Eles nos ensinam que o egoísmo, o orgulho, a sensualidade, são paixões que nos aproximam da natureza animal e nos prendem à matéria; que o homem que, desde este mundo, se desliga da matéria pelo desprezo das futilidades mundanas, e pelo amor ao próximo, se aproxima da natureza espiritual; que cada um de nós deve se tornar útil segundo suas faculdades e os meios que Deus colocou entre suas mãos para o provar; que o Forte e o Poderoso devem apoio e proteção ao Fraco, porque aquele que abusa de sua força e do seu poder, para oprimir seu semelhante, viola a lei de Deus. Ensinam, enfim, que, no mundo dos Espíritos, nada podendo ser oculto, o hipócrita será desmascarado e todas as suas torpezas descobertas; que a presença inevitável, e de todos os instantes, daqueles para com os quais agimos mal, é um dos castigos que nos estão reservados; que ao estado de inferioridade e de superioridade dos Espíritos são fixados penas e gozos que nos são desconhecidos sobre a Terra.
Mas eles nos ensinam também que não há faltas irremissíveis, e que não possam ser apagadas pela expiação. O homem encontra o meio, nas diferentes existências, que lhe permite avançar, segundo seu desejo e seus esforços, na senda do progresso e na direção da perfeição que é seu objetivo final.
Fonte:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec
http://www.omensageiro.com.br/doutrina
2006-11-18 23:56:22
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answer #8
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answered by Antonio Vieira Sobrinho 7
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