2005,Nissan GT-R Proto Concept
R33 Nissan Skyline GT-R LM
2001 Xavini HIROTO NISMO Skyline GT-R
Nissan Skyline Unlimited V12
Nissan Skyline A200GT
Nissan Skyline Prince A200GT
e vai...
O Godzilla sobre rodas
Como a Nissan transformou o pacato Skyline em um
dos esportivos mais potentes e famosos do mundo
Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação
A origem do Skyline data de 1955, quando a Prince Motor Company -- empresa fundada três anos antes pela Tama Electric Car Company, fabricante de veículos elétricos -- lançou o modelo ALSI-1, com motor da Fuji Precision Industries de 1,5 litro e 60 cv. Em 1966 o governo japonês sugeria a criação de grandes empresas para competir no mercado internacional, o que levou a Prince a fundir-se com a Nissan.
Em 1969 o Skyline acabava de estrear a marca Nissan. A versão 2000 GT-R já entregava 160 cv, com um seis-em-linha de 2,0 litros derivado das pistas
Versões mais esportivas já existiam em 1961, como o Skyline Sport BLRA-3 de 1,9 litro e 94 cv. Mas foi em 1964 que nasceu um marco: o Skyline 2000 GT, destinado a competições, que trazia o compartimento do motor ampliado em 20 cm para alojar o seis-em-linha de 2,0 litros do modelo Gloria. O sucesso da versão levou a Prince a produzi-la em série, em duas opções de rua: GT-A, com um carburador e 105 cv, e GT-B, com três Webers 40, alta taxa de compressão, 125 cv e câmbio de cinco marchas.
A versão GT-R de 1970: primeiro cupê de uma série de grande sucesso
Esta quase venceu nas pistas o Porsche 904 GTS, feito notável para um sedã quatro-portas, que não era um puro carro-esporte como o alemão. Em 1968 a linha era substituída pela série 1500, ainda com a marca Prince; dois meses depois, recebia o nome Nissan Skyline. O motor era o seis-em-linha de 2,0 litros, comando de válvulas no cabeçote e 105 cv. No ano seguinte vinha o novo 2000 GT-R, com uma versão de 160 cv do mesmo motor, similar à do Nissan R 380 de competição. Em 1970 ganhava carroceria de duas portas.
O nome Skyline já representava muito para os japoneses quando, em 1972, surgia a nova geração C110, que incluía os potentes 2000 GT-X (130 cv) e GT-R (160 cv), de duas e quatro portas. A sigla GT-R desaparecia em 1977, com a geração C211, cuja versão de topo -- lançada em 1980 -- era a 2000 GT-ES, com turbocompressor e 140 cv, um modo de atender às normas de emissões poluentes.
Agressividade era o destaque na geração C110, de 1972. O GT-R, na foto, mantinha os 160 cv e vinha com duas ou quatro portas
A série R3X Em 1981 a Nissan inaugurava a série R3X, ou seja, começando pela R30 e chegando à atual R34. A primeira geração, com linhas retas e pouco esportivas, recebia em 1982 as versões 2000 GT e 2800 GT de seis cilindros. Havia também o Skyline RS, com um quatro-cilindros de 2,0 litros e 150 cv, que no ano seguinte recebia um turbo para chegar a 190 cv -- mais tarde passaria a 250 cv, com o uso de resfriador de ar. Conhecido como RS-X ou Turbo C, esse Skyline obteve êxito nas ruas e nas pistas.
O Skyline seguinte, o R30, usava também um quatro-cilindros de 150 cv. Nesta versão, a RS Turbo de 1982, passavam a 190 cv
A geração seguinte, R31, parecia mais voltada ao conforto que à esportividade, mas isso logo mudou. Um novo seis-em-linha 2,0 turbo, de 180 cv, inaugurava a família de motores até hoje utilizada no modelo, embora a versão cupê chegasse só em 1986. O GTS-X de 1988, de 190 cv, introduzia o sistema HICAS (High Capacity Active Steering, ou direção ativa de alta capacidade), que esterçava as rodas traseiras no mesmo sentido das dianteiras para contribuir na estabilidade -- não para facilitar manobras em locais estreitos, como em outros sistemas do gênero
A geração R31 estava mais sóbria e menos esportiva, como neste GTS-X
de 1986. Dois anos depois viria o sistema HICAS de direção nas quatro rodas
Em 1989 chegava o Skyline R32, em versões sedã e cupê, com tração traseira ou integral. Ao seis-cilindros 2,0 de 155 cv eram adicionados depois um turbo de 215 cv, no GTS-T Type M, e um 2,5 aspirado de 180 cv. A sigla GT-R retornava depois de uma década, no modelo que seria conhecido por "Godzilla", em alusão ao assustador réptil do desenho animado japonês. Uma de suas atrações era a tração integral com repartição variável de torque -- de 100% às rodas traseiras até 50/50, de acordo com a aderência.
No GTR R32, lançado em 1989, a novidade da tração integral com divisão de torque variável, de acordo com a aderência. Seu estilo agressivo combinava com o apelido de Godzilla
O sistema Super-HICAS aperfeiçoava a direção nas quatro rodas e o motor de seis cilindros e 2,6 litros, com dois turbos, chegava a 280 cv -- poderiam ser mais, não fosse a limitação da legislação japonesa. De 0 a 96 km/h bastavam 4,8 s, tão rápido quanto um Ferrari F355. Sua versão de corrida venceu tantas vezes no Grupo A nipônico que a categoria foi abolida, por falta de concorrentes para a Nissan.
R33 era a geração seguinte, pouco maior e mais pesada, portanto menos ágil. Lançadas em 1995, as versões GT-S incluíam os 2,5-litros de 190 cv e 255 cv, este com turbo. O GT-R chegava com melhor distribuição de torque, mantendo-se no limite legal de 280 cv, e sistemas aprimorados de tração e direção integrais. A divisão NISMO (Nissan Motorsports) fez uma versão para o Grupo A e pôde oferecer ao público 99 unidades do Skyline 400R, em 1996.
Em 1995 vinha o Skyline R33, aqui na versão GT-R de 280 cv. A partir dele a divisão NISMO fez o 400R, um modelo de competição com versão de rua de 400 cv
Era a versão de rua de um carro de corrida, por isso liberada do limite de 280 cv: extraía 400 cv a 6.800 rpm do motor biturbo de 2,8 litros, com tração integral. Houve também uma única unidade do GT-R LM, de 305 cv e tração traseira apenas, construída para homologação. Outro R33 muito especial era o Autech GT-R, um quatro-portas feito à semelhança do GT-R cupê para celebrar os 40 anos do Skyline. A NISMO preparou uma versão de 380 cv do carro, com o estilo agressivo baseado no 400R.
Para muitos o R32 permanecia o melhor Skyline, por sua agilidade e dimensões compactas. A Nissan ouviu os entusiastas ao desenvolver a geração R34, que chegava com motores de 140, 193 e 280 cv nas versões GT. A GT-R aparecia logo depois, detendo o recorde para carros de produção no circuito alemão de Nürburgring até ser superado pelo Porsche 911 Turbo da série 996 (saiba mais sobre o GT-R R34).
A última geração, R34, mantém a potência limitada a 280 cv, mas preparadores a levam a mais de 1.000 cv. O desenho musculoso remete ao R32 e a eletrônica comanda a tração e a direção integrais
Assim o Skyline tornou-se um verdadeiro mito japonês. Enquanto a fábrica mantinha-se nos 280 cv permitidos, os preparadores o levaram além dos 1.000 cv (veja o GT-R de 850 cv da Blitz), tornando-o rápido e sedutor como nenhum outro modelo nipônico. Uma história que ganha um novo capítulo em agosto (saiba mais), mas com certeza não termina por aqui.
2006-11-18 05:41:15
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answer #1
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answered by dousdoro 2
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