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2006-11-14 09:30:25 · 8 respostas · perguntado por lutilemos 1 em Ciências e Matemática Medicina

8 respostas

O que é?

O priapismo é uma ereção persistente e freqüentemente dolorosa, com duração maior que 4 horas. Essa ereção peniana pode ocorrer após o orgasmo, mas geralmente não acompanha o desejo sexual. É uma emergência urológica que pode levar ao quadro de impotência sexual definitiva, e por isso merece pronto atendimento, no hospital mais próximo.

Tipos

Existem dois tipos principais de priapismo. O primeiro ocorre por lesão venosa. Há uma obstrução no conjunto de veias que drenam o pênis, impedindo que o sangue presente no órgão, retorne ao corpo. A pressão do sangue dentro do pênis se eleva e falta oxigênio para o tecido peniano, gerando um quadro de dor intensa. O priapismo venoclusivo prolongado pode levar a fibrose do pênis e perda da capacidade de atingir uma ereção, observando-se alterações celulares significativas em apenas 24 horas.

O outro tipo ocorre por uma lesão arterial, onde há a ruptura de uma ou mais artérias que levam o sangue até o pênis. O sangue passa a chegar em grande volume e de forma rápida ao órgão, enquanto o escoamento é lento, gerando um estado de ereção prolongada. Como não há deficiência de chegada de sangue às fibras sensitivas do pênis, geralmente não há dor.

A grande diferença é que neste tipo, a consistência do pênis não é de tanta rigidez como no caso da lesão venosa. Isso ocorre porque o sangue consegue deixar o pênis, mesmo que de forma mais lenta que sua chegada a ele, gerando um estado parcial de ereção, que pode perdurar por um longo período, sem causar dor e muitas vezes sem prejudicar o ato sexual.

Causas

O priapismo venoso pode ocorrer devido a doenças como anemia falciforme, doenças neurológicas que causam lesão de fibras nervosas envolvidas no mecanismo de ereção (hérnia de disco intervertebral), infiltração tumoral, pneumonia recente por micoplasma, intoxicação por monóxido de carbono, malária e outras. Também pode ser causado pelo uso de alguns medicamentos como hidralazina, metoclopramida, omeprazol, hidroxizina, tamoxifeno, testosterona, hipotensores (prazosin), antidepressivos (Prozac), ou anticoagulantes (heparina), além de substâncias injetadas no pênis para provocar ereção artificial (papaverina, fentolamina, prostaglandina E1), e abuso de bebidas alcoólicas e drogas (cocaína). Acidentes com grande lesão do períneo e hemorragia local, podem comprometer a drenagem do sangue peniano também levando ao quadro de priapismo.

Já o priapismo arterial ocorre devido à ruptura das artérias que levam o sangue para o pênis como trauma perineal e/ou peniano.

Idade

O priapismo tem sido descrito em quase todas as idades, desde a fase de lactente até a idade avançada. Em adolescentes e adultos jovens, ele associa-se, frequentemente ao abuso de álcool e drogas, anemia falciforme e leucemia. Já nos idosos vem sendo relacionado ao câncer.

Diagnóstico

O diagnóstico de priapismo é simples, pois pode ser baseado na história do paciente, que é clássica.

No caso de priapismo arterial de alto fluxo, o início dos sintomas pode ser mais demorado em relação à lesão aguda. Quando secundário a causas arteriais geralmente provoca menos tumescência, sendo significativamente menos doloroso que o priapismo venoso.

Os pacientes com priapismo venoclusivo, no entanto, relatam ereção extremamente dolorosa, podendo estar presente por horas a dias. Deve-se detalhar o uso de drogas, incluindo as terapêuticas e as ilícitas.

A presença de priapismo deve ser confirmada pelo achado de um pênis ereto ou semi-ereto sem a participação da glande ("cabeça" do pênis) e dos corpos esponjosos (tecido que envolve a uretra), que devem se apresentar flácidos. Logo, se trata de uma ereção dos corpos cavernosos exclusivamente.

Exames complementares como Doppler peniano e angiografia peniana seletiva podem ser necessários. O primeiro geralmente é utilizado na diferenciação de priapismos de alto e baixo fluxos, enquanto o segundo pode ser necessário para identificar o ponto da fístula, no priapismo de causa arterial.

Tratamento

O priapismo muitas vezes necessita de atendimento médico URGENTE. Os objetivos do tratamento são esvaziar os corpos cavernosos intumescidos, melhorar a dor do paciente, e prevenir a impotência definitiva.

No caso da lesão venosa, a primeira conduta é puncionar o pênis para aspirar o sangue que se encontra estagnado dentro de pênis. Pela mesma punção deve-se introduzir substâncias como noradrenalina que podem ajudar na detumescência peniana (regressão da ereção). Caso essa manobra não solucione o problema, há necessidade de intervenção cirúrgica, para se criar uma comunicação de escape do sangue (shunt) e com isso, permitir a saída do sangue do interior do pênis.

Na lesão arterial, muitas vezes a ligadura cirúrgica da artéria sangrante ou a obstrução dessa artéria por cateterismo (embolização), resolve o problema.

Caso a busca por atendimento médico seja tardia, com permanência do priapismo por várias horas e conseqüente ocorrência de fibrose dos corpos cavernosos, há a possibilidade de comprometimento definitivo das ereções, quando a única solução passa a ser o uso de prótese peniana.

Há também a possibilidade de outros tratamentos, para casos especiais, como no priapismo secundário à doença falciforme, onde poderá ser necessária uma transfusão de sangue ou uso de oxigênio hiperbárico.

Como se previne?

A prevenção, na maioria dos casos, fica impossibilitada pelo desconhecimento da causa do priapismo.

Os pacientes que fazem uso de drogas intracavernosas para promover a ereção, no entanto, devem ter conhecimento do risco de priapismo. Caso sofram uma ereção persistente, por mais de 2 horas após a aplicação da droga, devem procurar um serviço de emergência ou seu urologista. Nos casos em que o priapismo é provocado por medicamentos, a partir de sua identificação, eles devem ser evitados. Em pacientes com doenças sanguíneas, uma boa hidratação, oxigenação, transfusões e outras alternativas mais específicas são necessárias.

Os pacientes com crises repetidas de priapismo devem ser orientados para evitarem a permanência de distensão de bexiga, aumentarem a ingestão de líquidos e diminuírem as atividades sexuais, além de terem infecções do trato urinário baixo e próstata investigadas e tratadas.

2006-11-14 09:40:42 · answer #1 · answered by Joicedijo 4 · 0 0

PRIAPISMO

O que é?

É uma ereção persistente (mais de 4 horas), freqüentemente dolorosa, desencadeada ou não pela atividade sexual. O nome priapismo vem da mitologia grega na qual Príapo, filho de Afrodite, era conhecido pelo seu falo longo e ereto. É uma emergência urológica!

A sua ocorrencia é baixa: 1,5 casos por 100000 habitantes por ano. Em homens acima dos 40 anos, a incidência aumenta para 2,9 por 100000 habitantes por ano.

Como se desenvolve?

O priapismo pode ocorrer em qualquer idade. Na adolescência está muitas vezes associado à doenças do sangue, como a leucemia e anemia falciforme. Nas demais idades, geralmente é idiopática (sem causa específica). Nos idosos pode estar associada a neoplasias. Vários fatores estão relacionados como possíveis causadores de priapismo: abuso de álcool ou drogas, traumas genitais, doenças inflamatórias. A causa idiopática (desconhecida) é a mais freqüente. A utilização de drogas injetadas diretamente no pênis (no corpo cavernoso) a fim de provocar ereções tem aumentado a freqüência de priapismos. Dentre essas drogas, a que causa mais priapismo é a papaverina.

O que se sente?

O paciente queixa-se de uma ereção que não regride e é acompanhada geralmente de dor.

Como o médico faz o diagnóstico?

O diagnóstico é simples baseado na história do paciente. Ao exame físico, nota-se uma ereção do pênis sem a participação da glande ("cabeça" do pênis) e dos corpos esponjosos (tecido que envolve a uretra). Logo, se trata de uma ereção dos corpos cavernosos exclusivamente.

Como se trata?

Existem dois tipos de priapismo. O priapismo de baixo fluxo (venoclusivo), mais frequente. Está associado à diminuição do retorno venoso. É doloroso devido à má oxigenação do pênis. O outro tipo é o de alto fluxo (arterial), menos frequente. É indolor e geralmente causado por trauma peniano.

Através da análise do sangue coletado do pênis diretamente (gasometria dos corpos cavernosos) tem-se uma diretriz para o tratamento, que pode se constituir em:
aspiração do corpo cavernoso (drenagem)
aspiração do corpo cavernoso com injeção de drogas vasoativas (vasoconstritores)
aspiração e lavagem do corpo cavernoso
tratamento cirúrgico (a fim de criar comunicações entre o corpo cavernoso e corpo esponjoso)


Nos casos em que não há resolução do priapismo ou que este permaneceu várias horas sem tratamento, ocorre a fibrose dos corpos cavernosos com comprometimento futuro das ereções. A única solução é a prótese peniana.

Como se previne?

Como na maioria das situações o priapismo é idiopático, fica difícil a prevenção. Os pacientes que usam drogas intracavernosas para promover a ereção devem ser alertados para o risco de priapismo. Se a ereção perdurar por mais de 2-3 horas após a aplicação da droga, um serviço de emergência ou um urologista deve ser procurado. Nos casos em que o priapismo é ocasionado por drogas via oral, estas deverão ser evitadas. Para pacientes com doenças sanguíneas, a hidratação, oxigenação, alcalinização, transfusões e outras alternativas mais específicas são necessárias.

2006-11-14 09:38:25 · answer #2 · answered by Marivaldo L 6 · 1 0

priapismo:
PRIAPISMO

O que é?

É uma ereção persistente (mais de 4 horas), freqüentemente dolorosa, desencadeada ou não pela atividade sexual. O nome priapismo vem da mitologia grega na qual Príapo, filho de Afrodite, era conhecido pelo seu falo longo e ereto. É uma emergência urológica!

A sua ocorrencia é baixa: 1,5 casos por 100000 habitantes por ano. Em homens acima dos 40 anos, a incidência aumenta para 2,9 por 100000 habitantes por ano.

Como se desenvolve?

O priapismo pode ocorrer em qualquer idade. Na adolescência está muitas vezes associado à doenças do sangue, como a leucemia e anemia falciforme. Nas demais idades, geralmente é idiopática (sem causa específica). Nos idosos pode estar associada a neoplasias. Vários fatores estão relacionados como possíveis causadores de priapismo: abuso de álcool ou drogas, traumas genitais, doenças inflamatórias. A causa idiopática (desconhecida) é a mais freqüente. A utilização de drogas injetadas diretamente no pênis (no corpo cavernoso) a fim de provocar ereções tem aumentado a freqüência de priapismos. Dentre essas drogas, a que causa mais priapismo é a papaverina.

O que se sente?

O paciente queixa-se de uma ereção que não regride e é acompanhada geralmente de dor.

Como o médico faz o diagnóstico?

O diagnóstico é simples baseado na história do paciente. Ao exame físico, nota-se uma ereção do pênis sem a participação da glande ("cabeça" do pênis) e dos corpos esponjosos (tecido que envolve a uretra). Logo, se trata de uma ereção dos corpos cavernosos exclusivamente.

Como se trata?

Existem dois tipos de priapismo. O priapismo de baixo fluxo (venoclusivo), mais frequente. Está associado à diminuição do retorno venoso. É doloroso devido à má oxigenação do pênis. O outro tipo é o de alto fluxo (arterial), menos frequente. É indolor e geralmente causado por trauma peniano.

Através da análise do sangue coletado do pênis diretamente (gasometria dos corpos cavernosos) tem-se uma diretriz para o tratamento, que pode se constituir em:
aspiração do corpo cavernoso (drenagem)
aspiração do corpo cavernoso com injeção de drogas vasoativas (vasoconstritores)
aspiração e lavagem do corpo cavernoso
tratamento cirúrgico (a fim de criar comunicações entre o corpo cavernoso e corpo esponjoso)


Nos casos em que não há resolução do priapismo ou que este permaneceu várias horas sem tratamento, ocorre a fibrose dos corpos cavernosos com comprometimento futuro das ereções. A única solução é a prótese peniana.

Como se previne?

Como na maioria das situações o priapismo é idiopático, fica difícil a prevenção. Os pacientes que usam drogas intracavernosas para promover a ereção devem ser alertados para o risco de priapismo. Se a ereção perdurar por mais de 2-3 horas após a aplicação da droga, um serviço de emergência ou um urologista deve ser procurado. Nos casos em que o priapismo é ocasionado por drogas via oral, estas deverão ser evitadas. Para pacientes com doenças sanguíneas, a hidratação, oxigenação, alcalinização, transfusões e outras alternativas mais específicas são necessárias.

2006-11-14 09:38:09 · answer #3 · answered by Anonymous · 1 0

Priapismo é o nome de uma doença caracterizada por ereção constante do pênis, ocorrendo mesmo após o orgasmo. Geralmente, pode ser doloroso a experiência, mas existem casos em que não há dor, sendo menos frequentes. A ereção dura em média 4 horas, e pode levar à impotência sexual. O recomendando é procurar um urologista prontamente

2006-11-17 04:25:14 · answer #4 · answered by Anonymous · 0 0

Priapismo ocorre também, entre outros sinais e sintomas, após mordedura de alguns animais peçonhentos, como o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), e a aranha Latrodectus curacaviensis (viúva-negra, flamenguinha).

2006-11-17 02:57:13 · answer #5 · answered by caxinha 3 · 0 0

egoístas...não deixaram nada pra mim responder rsssss depois de tanta explicação não tenho nada a dizer exceto que é isto mesmo

2006-11-14 10:18:52 · answer #6 · answered by lizborges35 4 · 0 0

O Priapismo ocorre quando a ereção se prolonga mesmo após um orgasmo. É uma doença que pode levar ao quadro de impotência sexual definitiva.

2006-11-14 10:14:53 · answer #7 · answered by Ternurinha 6 · 0 0

Pesquisei e encontrei as informações abaixo. Espero que lhe sejam úteis:
Priapismo é a ereção dolorosa e persistente do pênis, associada ou não ao estímulo sexual. Priapismo prolongado é uma emergência urológica que requer intervenção urgente a fim de evitar fibrose irreversível do pênis e impotência. Diversos procedimentos terapêuticos, incluindo: hidratação, analgesia, eritrocitaférese, vasodilatadores, hidroxiuréia, hormônios (dietil-estilbestrol), aspiração do corpo cavernoso e administração local de drogas vasoativas, e atamento cirúrgico (fístula caverno-esponjosa) têm sido propostos no tratamento do priapismo.
Você tem uma ótima fonte de informações aqui mesmo no Yahoo, basta entrar com a palavra chave, de preferência entre aspas e encontrará clínicas especializadas, folheteria explicativa, monografias e entrevistas com médicos que entendem do assunto.

2006-11-14 10:11:06 · answer #8 · answered by Pensando em voltar... 7 · 0 0

O priapismo é uma ereção persistente e freqüentemente dolorosa, com duração maior que 4 horas. Essa ereção peniana pode ocorrer após o orgasmo, mas geralmente não acompanha o desejo sexual. É uma emergência urológica que pode levar ao quadro de impotência sexual definitiva, e por isso merece pronto atendimento, no hospital mais próximo.

Tipos

Existem dois tipos principais de priapismo. O primeiro ocorre por lesão venosa. Há uma obstrução no conjunto de veias que drenam o pênis, impedindo que o sangue presente no órgão, retorne ao corpo. A pressão do sangue dentro do pênis se eleva e falta oxigênio para o tecido peniano, gerando um quadro de dor intensa. O priapismo venoclusivo prolongado pode levar a fibrose do pênis e perda da capacidade de atingir uma ereção, observando-se alterações celulares significativas em apenas 24 horas.

O outro tipo ocorre por uma lesão arterial, onde há a ruptura de uma ou mais artérias que levam o sangue até o pênis. O sangue passa a chegar em grande volume e de forma rápida ao órgão, enquanto o escoamento é lento, gerando um estado de ereção prolongada. Como não há deficiência de chegada de sangue às fibras sensitivas do pênis, geralmente não há dor.

A grande diferença é que neste tipo, a consistência do pênis não é de tanta rigidez como no caso da lesão venosa. Isso ocorre porque o sangue consegue deixar o pênis, mesmo que de forma mais lenta que sua chegada a ele, gerando um estado parcial de ereção, que pode perdurar por um longo período, sem causar dor e muitas vezes sem prejudicar o ato sexual.

Causas

O priapismo venoso pode ocorrer devido a doenças como anemia falciforme, doenças neurológicas que causam lesão de fibras nervosas envolvidas no mecanismo de ereção (hérnia de disco intervertebral), infiltração tumoral, pneumonia recente por micoplasma, intoxicação por monóxido de carbono, malária e outras. Também pode ser causado pelo uso de alguns medicamentos como hidralazina, metoclopramida, omeprazol, hidroxizina, tamoxifeno, testosterona, hipotensores (prazosin), antidepressivos (Prozac), ou anticoagulantes (heparina), além de substâncias injetadas no pênis para provocar ereção artificial (papaverina, fentolamina, prostaglandina E1), e abuso de bebidas alcoólicas e drogas (cocaína). Acidentes com grande lesão do períneo e hemorragia local, podem comprometer a drenagem do sangue peniano também levando ao quadro de priapismo.

Já o priapismo arterial ocorre devido à ruptura das artérias que levam o sangue para o pênis como trauma perineal e/ou peniano.

Idade

O priapismo tem sido descrito em quase todas as idades, desde a fase de lactente até a idade avançada. Em adolescentes e adultos jovens, ele associa-se, frequentemente ao abuso de álcool e drogas, anemia falciforme e leucemia. Já nos idosos vem sendo relacionado ao câncer.

Diagnóstico

O diagnóstico de priapismo é simples, pois pode ser baseado na história do paciente, que é clássica.

No caso de priapismo arterial de alto fluxo, o início dos sintomas pode ser mais demorado em relação à lesão aguda. Quando secundário a causas arteriais geralmente provoca menos tumescência, sendo significativamente menos doloroso que o priapismo venoso.

Os pacientes com priapismo venoclusivo, no entanto, relatam ereção extremamente dolorosa, podendo estar presente por horas a dias. Deve-se detalhar o uso de drogas, incluindo as terapêuticas e as ilícitas.

A presença de priapismo deve ser confirmada pelo achado de um pênis ereto ou semi-ereto sem a participação da glande ("cabeça" do pênis) e dos corpos esponjosos (tecido que envolve a uretra), que devem se apresentar flácidos. Logo, se trata de uma ereção dos corpos cavernosos exclusivamente.

Exames complementares como Doppler peniano e angiografia peniana seletiva podem ser necessários. O primeiro geralmente é utilizado na diferenciação de priapismos de alto e baixo fluxos, enquanto o segundo pode ser necessário para identificar o ponto da fístula, no priapismo de causa arterial.

Tratamento

O priapismo muitas vezes necessita de atendimento médico URGENTE. Os objetivos do tratamento são esvaziar os corpos cavernosos intumescidos, melhorar a dor do paciente, e prevenir a impotência definitiva.

No caso da lesão venosa, a primeira conduta é puncionar o pênis para aspirar o sangue que se encontra estagnado dentro de pênis. Pela mesma punção deve-se introduzir substâncias como noradrenalina que podem ajudar na detumescência peniana (regressão da ereção). Caso essa manobra não solucione o problema, há necessidade de intervenção cirúrgica, para se criar uma comunicação de escape do sangue (shunt) e com isso, permitir a saída do sangue do interior do pênis.

Na lesão arterial, muitas vezes a ligadura cirúrgica da artéria sangrante ou a obstrução dessa artéria por cateterismo (embolização), resolve o problema.

Caso a busca por atendimento médico seja tardia, com permanência do priapismo por várias horas e conseqüente ocorrência de fibrose dos corpos cavernosos, há a possibilidade de comprometimento definitivo das ereções, quando a única solução passa a ser o uso de prótese peniana.

Há também a possibilidade de outros tratamentos, para casos especiais, como no priapismo secundário à doença falciforme, onde poderá ser necessária uma transfusão de sangue ou uso de oxigênio hiperbárico.

Como se previne?

A prevenção, na maioria dos casos, fica impossibilitada pelo desconhecimento da causa do priapismo.

Os pacientes que fazem uso de drogas intracavernosas para promover a ereção, no entanto, devem ter conhecimento do risco de priapismo. Caso sofram uma ereção persistente, por mais de 2 horas após a aplicação da droga, devem procurar um serviço de emergência ou seu urologista. Nos casos em que o priapismo é provocado por medicamentos, a partir de sua identificação, eles devem ser evitados. Em pacientes com doenças sanguíneas, uma boa hidratação, oxigenação, transfusões e outras alternativas mais específicas são necessárias.

Os pacientes com crises repetidas de priapismo devem ser orientados para evitarem a permanência de distensão de bexiga, aumentarem a ingestão de líquidos e diminuírem as atividades sexuais, além de terem infecções do trato urinário baixo e próstata investigadas e tratadas.

2006-11-14 09:39:01 · answer #9 · answered by . 2 · 0 0

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