Os Templários
Abençoados e Amaldiçoados pelos Papas e Idealizados Pelos Maçons
Por João Flávio Martinez
A Ordem dos Cavaleiros Templários foi instituída em 1119 por Hughes de Payns, com a anuência papal de Urbano II, tendo como objetivo dar segurança aos lugares e templos sagrados de Jerusalém, que havia sido conquistada em 1099 pela primeira cruzada.
Em 1127, o Rei de Jerusalém, Balduíno II, pediu ao Papa, sanção papal para a nova Ordem dos Templários, e solicitou-lhe para definir a regra para a vida e conduta de seus membros. Regras e normas foram dadas e a Ordem dos Cavaleiros Templários passou a ser mais do que uma instituição militar, passou a ser uma ordem de Monges Guerreiros de Cristo. Votos de castidade, benção de armas e promessas de descanso eterno, caso morressem na batalha, eram algumas das indulgências concedidas aos cavaleiros de Cristo. Nesses cavaleiros estava incutida a idéia de que matar em nome de Deus era justificável e de que morrer por Ele, santificável. Parece que o Papa, para poder atingir mais facilmente seus ideais, usou a mesma filosofia islâmica da Jihad ou guerra santa, mas com uma roupagem ideológica cristã. O abade de Clairvaux, apoiado pelo papa, desfilou um discurso acalorado em favor dos Cavaleiros Templários dando-lhes autoridade para matar em nome de Deus:
"Na verdade, os cavaleiros de Cristo travam as batalhas para seu Senhor com segurança, sem temor de ter pecado ao matar o inimigo, nem temendo o perigo da própria morte, visto que causando a morte, ou morrendo quando em nome de Cristo, nada praticam de criminoso, sendo antes merecedores de gloriosa recompensa... aquele que em verdade, provoca livremente a morte de seu inimigo como um ato de vingança mais prontamente encontra consolo em sua condição de soldado de Cristo. O soldado de Cristo mata com segurança e morre com mais segurança ainda... Não é sem razão que ele empunha a espada! É um instrumento de Deus para o castigo dos malfeitores... Na verdade, quando mata um malfeitor, isso não é homicídio... e ele é considerado um carrasco legal de Cristo contra os malfeitores" (01).
Pouco tempo depois, no Concílio de Toeis, foram redigidos os estatutos dos templários, imitando a ordem de São Benedito, porém os cavalheiros eram de precária religiosidade, quebrando em pouco tempo todos os votos, incluindo os de pobreza e castidade, tendo como alegação a riqueza e o harém de Salomão. Um grande número de burgueses se alistou na ordem, e a religiosidade acabou cedendo lugar ao orgulho, avidez, luxúria, mas sem jamais deixar de defender o papado que lhes deu total liberdade.
O Declínio dos Templários
Foi no início do século XIV que, com a liderança de Jacques de Molay a Ordem entrou num período de acusações e decadência, culminando com sua extinção. Isso porque, independente do país onde estavam instituídos, os Templários somente reconheciam a autoridade do Papa. Conseqüentemente, os reis de diversos países em que os Templários habitavam consideravam a ordem com antipatia e desdém. Em 1307, o rei francês Filipe IV, o Belo, colocou seus olhos no tremendo poder político e nas riquezas dos Cavaleiros Templários franceses. Portanto, ele decidiu planejar como derrubar a ordem e confiscar suas riquezas. O rei infiltrou doze de seus homens em diversos comandos dos Templários, esses espiões serviram bem ao rei em seu plano de destruir os Cavaleiros Templários. Quando o rei atacou na alvorada do dia 13 de outubro de 1307, ele estava bem preparado com uma lista de crimes dos quais os Templários seriam acusados. Estas foram algumas das acusações: Heresia contra a Igreja Católica Romana; Adoração a objetos satânicos; Rejeição de Jesus Cristo, exemplificada por rituais onde se cuspia e pisava-se na cruz; Sodomia e outros atos de homossexualidade. Em toda a história, essas acusações são comuns contra ordens que exigem o celibato. O celibato entre homens comumente resulta em práticas homossexuais.
Além dessas acusações, os Templários confessaram a adoração de um ídolo barbudo, aparentemente uma cabeça, a quem chamavam de Baphomet. Mas quem seria esse ídolo? Algumas fontes afirmam o seguinte:
"O símbolo do Baphomet foi usado pelos Cavaleiros Templários para representar Satanás. O Baphomet representa os poderes das trevas combinados com a fertilidade do bode. Em sua forma 'pura', o pentáculo é mostrado envolvendo a figura de um homem nos cinco pontos da estrela - três pontas para cima e duas pontas para baixo, simbolizando a natureza espiritual do homem." (02)
"Baphomet: o bode que era o ídolo dos Templários... Algumas autoridades afirmam que Baphomet era uma cabeça monstruosa, outros que era um demônio na forma de bode.... Uma figura mágica e panteísta do Absoluto. A tocha entre os dois cifres representa o equilíbrio e a inteligência da tríade. A cabeça do bode, que é sintética, inclui algumas características do cachorro, do touro e da mula... As mãos são humanas... elas formam os sinal do esoterismo em cima e embaixo, para transmitir mistério aos iniciados... e apontam para duas luas crescentes... A parte inferior do corpo está coberta... A barriga do bode é bem proporcional... O bode tem seios femininos.... Em sua fronte, entre os chifres e abaixo da tocha, está o sinal do microcosmo, ou o pentáculo com uma ponta na ascendente..."(03).
Mesmo sem ignorar a perseguição política e os interesses comerciais do Rei Felipe, todas as conjecturas apontam para um desvio profundo da primordial vocação ideológica e religiosa que tinham os Templários. Agora eles haviam se tornados esotéricos e defendiam um sistema de doutrina religiosa bizarra, uma mistura de esoterismo, cabala, cristianismo, judaísmo, islamismo... Enfim, em uma salada bem confusa se tornaria a Ordem dos Templários que chegaria, oficialmente, ao seu fim com a sua extinção pelo papa Clemente V em 1313.
O Renascimento dos Templários e a Maçonaria
"É provável que a Ordem dos Templários tenha funcionado por algum período na clandestinidade, com seus membros reunindo-se secretamente... Uma das causas de sua subsistência talvez tenha sido a manutenção de atividades secretas, hipótese levantada por alguns historiadores... Não seria surpreendente constatar-se o funcionamento de ordens esotéricas com raízes no movimento dos Templários. Independente de como isso se deu, o fato é que existem algumas organizações que se consideram descendentes diretas da Ordem dos Templários de Jerusalém... Entre essas organizações está a maçonaria... Contudo, nem todos os maçons são Templários. O Templário é apenas uma parte da estrutura maçônica conhecida... Por isso mesmo, assume-se como organização fraternal cristã, fundada no século XI..." (adaptado - 01)
Alguns historiadores acreditam que os Cavaleiros Templários escaparam das perseguições do rei Filipe IV de França e do Papa Clemente V, fugindo para a Escócia e para a Inglaterra, e renomeando o grupo para Maçonaria. A fundação da Grande Loja Maçônica, em 1717, seria o restabelecimento dos Templários.
Sobre a Maçonaria, alguns estudiosos afirmam que ela está ligada às lendas de Ísis e Osíris, do Egito; ao culto a Mitra, vindo até a Ordem dos Templários e à Fraternidade Rosacruz entre outros elementos.
2006-11-11 09:52:59
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answer #1
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answered by Anonymous
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Os Templários.
A Ordem dos Cavaleiros Templários foi sem dúvida a mais importante e poderosa organização militar e religiosa da Idade Nédia. Originada em consequência do movimento das Cruzadas,muitas especulações surgiram a respeito desta enigmática Ordem de Cavaleiros Medievais que, em seus dois séculos de existência, passou da pobreza a um império de glórias e riquezas e daí a uma trágica e violenta queda.
Em 1118, Hughes de Payens, um cavaleiro que lutou ao lado do comandante Godofredo de Bulhão durante a primeira Cruzada, se apresentou ao Rei latino de Jerusalém, Balduíno II, juntamente com outros oito cavaleiros franceses, com o ardente desejo de defender o reino cristão e proteger a rota de peregrinação que ia de Jafa a Jerusalém. Balduíno acolheu o seu projeto e destinou a eles uma mesquita erigida ao lado das ruínas do antigo Templo de Salomão, para que servisse de quartel-general. A Ordem passou, então, a ser conhecida como "Cavaleiros do Templo de Salomão", ou ainda "Podbres Cavaleiros de Cristo", pois, como monges que eram, os guerreiros haviam feito votos de pobreza e de humildade, cujo símbolo era o selo contendo dois cavaleiros montados num único cavalo.
Os Cavaleiros do Templo, ou Templários, como ficaram mais conhecidos, não tinham regras bem definidas. Assim, Hughes partiu ao Ocidente em busca de reconhecimento da Ordem pela Igraja e de novos adeptos. Durante o Concílio de Troyes, em 1128, Bernardo de Clairvaux, um dos grandes responsáveis pela ascenção da Ordem, redigiu as regras, de São Benedito, um conjunto de rigorosos deveres militar-religiososs. A Ordem foi, então, aprovada e reconhecida pelo Papa Honório III e passou a utilizar o hábito branco com uma cruz vermelha. Deviam ainda conservar a barba, os cabelos rasos, vestir-se com humildade e fazer os votos de castidade, pobreza, caridade e obediência aos ofícios religiosos.
Apesar das severas regras monásticas, a Ordem recebia constantemente novos membros e crescia rapidamente, movida pelo fervor religioso, pela busca de perigosas aventuras e pela Lei da Progenitura, que desamparava boa parte dos nobres cavaleiros,já que concedia somente ao promogênito a herança dos títulos de nobreza e das posses da família.
Em 1130, Hughes retornou à Palestina, agora como primeiro grâo-mestre da Ordem dos Templários, com um pequeno, mas bem treinado, exercito recrutado por ele, prepararo para o combate e para o auxílio aos peregrinos.
Entretanto, antes menmo de ter provado seeu real valor, as autoridades eclesiàsticas presentearam os membros da Ordem com todo tipo de favores, cumulando-os de privilégios. O Papa Inôcencio,em 1139, libertou-os da influência real, tornando-os subordinados apenas ao próprio Papa. Suas propriedades foram associadas aos bens da Igreja e isentas dopagamento de taxas.
Por outro lado, as inumeras doações da nobreza e da realeza deixaram a Ordem cada vez mais rica e poderosa. Em pouco ttempo, os Templários tornaram-se os donos de imensos castelos, fortes, monastérios,comendadorias e propriedades espalhadas por toda a Europa e Oriente. Aos poucos, suas atividades se diversificaram através de minérios e de uma extensa frota de návios e acabaram por desenvolver o comércio, a cultura, a comunicação, a tecnologia e a engenharia. Por fim, pelo acúmulo de riquezas, criaram um sistema decréditos de transferências de valores e de empréstimos que os tornaram verdadeiros precursores dos banqueiros.
Em 1187, os Templários perderam o controle de Jerusalém para o sultão egípcio Saladim, mas conseguiram se instalar novamente em seu quertel-general, em 1228,quando Frederico II retomou o controle da cidade. Pouco tempo depois, em 1244, a Ordem foi novamente expulsa pelas forças Turcas e forçada a se mudar para São João d'Acre,onde permaneceu até 1291, quando a cidade caiu definitivamente nas mãos dos muçulmanos. Os Cavaleiros do Templo se exilaram em Chipre,mas logo retornaram à Europa.
Em 1298,otemplário Jacques de Moley foinomeado grão-mestre,numa época em que a organização passava por momentos difíceis,já que os sarracenos estavam derrotando os cruzados e retomando a posse de cidades importantes. Jacques deparou-se, então, com um grande inimigo,o Rei francês Filipe IV,que então tinha enormes dívidas com a Ordem e passou a cobiçar as suas riquezas.
Filipe IV "o Belo", monarca áido e inescrupuloso,em sua desesperadora situação econômica,decidiu iniciar a cobrança de impostos do clero francês, mas encontrou forte resistência do Papa Bonifácio VIII. O conflito entre Filipe e Bonifácio teve seu apogeu quando o Papa ameaçõu excomungar o Rei. Em 1303, Filipe, furiosos e num ato de insanidade, mandou prender o santo Padre sob a acusação de heresia, mas a burguesia francesa conseguiu a libertação de Bonifácio VIII, que então retornou a Roma. Meses depois, ele veio a falecer e, então, foi nomeado à frentew da Igreja Bento IX, que manteve uma postura rígida contra Filipe. Alguns meses mais tarde, misteriosamente, Bento morreu envenenado.
A escolha do novo Papa teve influência direta de Felipe. Bertrand de Gott, ambicioso arcebispo de Bordéus, fez uma aliança com o Rei francês e, em troca da eleição, concordou, entre outras coisas, em reconciliar a Igreja com a realeza francesa, cedendo a ele os dízimos cobrados pela Igreja, e a "perdoar" o erro de Bonifácio VIII, procurando destruir e anular sua memória.
Bertrand foi coroado Papa com o codinome de Clemente V e, a partir de então, Filipe contou com o seu apoio na perseguição aos templários. Primeiramente, tentaram uma fusão dos Cavaleiros do Templo com a Ordem dos Hospitalários,mas Jacques de Moley opôs-se energicamente. Depois, Filipe pediu que seu filho fosse aceito na Ordem. Sua intenção era transforma-lo no futuro grão-mestre, e assim, adquirir as riquezas da organização,mas Jacques negou-se a admiti-lo.
Finalmente,emoutubro de 1307,com a auseência de Clemente,Filipe armou uma cilada e decretou a prisão de todos osTemplários sob diversas acusações heréticas, entre elas a de que adoravam um demônio intitulado "Baphomet". Simultaneamente, milhares de cavaleiros foram presos em todo território francês e imediatamente interrogados pelos comissários da Santa Inquisição até confessarem suas heresias. Jacques de Moley e outros templários foram torturados por vários anos, até que seus acusadores conseguiram as confissões que permitiram Clemente V abolir a Ordem dos Templários em 1312.
Jacques de Moley, último grão-mestre da Ordem dos Cavaleiros do Templo, foi condenado à fogueira em 1314, em Paris. Mas, antes de morres,intimou Filipe e Clemente a comparecerem perante o tribunal Divino para receber o justo castigo. Curiosamente, Clemente V morreu quarentea dias depois, e, Filipe IV, cerca de oito meses após a morte de Jacques de Moley.
Hoje, quase setecentos anos depois da extinção da Ordem dos Templários,muitas questões ainda permanecem obscuras. Muitos mistérios nãoforam elucidados e muitos mitos foram criados emtorno dessa famosa organização que tem inspirado escritores e artistas. Alguns defendem a tese de que a Ordem não teria acabado com amorte de Jacques: outros de que muitos cavaleiros templários teriam-se juntado a outras ordens,como a dos Hospitalários ou a de Sion: e que alguns destes monges-guerreiros teriam-se exilado na Escócia e fundado lá a franco-maçonaria: que eram detentores de secretos conhecimentosmísticos e iniciáticos que possuiam o Santo Graal e a Arca da Aliança. Mas isso já é outra história!...
2006-11-11 19:17:09
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answer #2
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answered by MDC 1
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Era um grupo de cavaleiros da idade média, da época das cruzadas.
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, melhor conhecida como Ordem dos Templários é uma Ordem de Cavalaria criada em 1118, na cidade de Jerusalém, por nove cavaleiros de origem francesa, entre os quaisTobias Kunde, Hugo de Payens e Geoffroy de Saint-Omer, visando a defesa dos interesses e proteção dos peregrinos cristãos na Terra Santa.
Sob a divisa Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam (Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai a glória), tornou-se, nos séculos seguintes, numa instituição de enorme poder político, militar e económico.
Inicialmente, as suas funções limitavam-se à proteção dos peregrinos que se deslocavam aos locais sagrados, nos territórios cristãos conquistados na Terra Santa, durante o movimento das Cruzadas. Nas décadas seguintes, a Ordem beneficiou-se de inúmeras doações de terra na Europa que lhe permitiram estabelecer uma rede de influências em todo o continente.
Sugere-se que a maçonaria teve sua disseminação através das crenças missigenadas dos templáriose que deles se originou a busca pelo Santo Graal.
Suas maiores ordens estavam em Portugal, França e na Escócia.
2006-11-11 18:13:38
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answer #3
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answered by jorge luiz stein 5
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A ordem dos templáris era composta por nove cavaleiros.
Foi instituida em 1119 por Hughes de Payns, com a anuência Papal. Tendo como objetivo dar protecção aos lugares do templo sagrado de Jerusalem e lutavam contra os poderes das trevas.
2006-11-11 18:07:20
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answer #4
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answered by Soraya 6
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A ORDEM DOS TEMPLÁRIOS
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, melhor conhecida como Ordem dos Templários é uma Ordem de Cavalaria criada em 1118, na cidade de Jerusalém, por nove cavaleiros de origem francesa, entre os quaisTobias Kunde, Hugo de Payens e Geoffroy de Saint-Omer, visando a defesa dos interesses e proteção dos peregrinos cristãos na Terra Santa.
Sob a divisa Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam (Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai a glória), tornou-se, nos séculos seguintes, numa instituição de enorme poder político, militar e económico.
Inicialmente, as suas funções limitavam-se à protecção dos peregrinos que se deslocavam aos locais sagrados, nos territórios cristãos conquistados na Terra Santa, durante o movimento das Cruzadas. Nas décadas seguintes, a Ordem beneficiou-se de inúmeras doações de terra na Europa que lhe permitiram estabelecer uma rede de influências em todo o continente.
Origem do nome e lendas
Com a tomada de Jerusalém pela primeira cruzada e o surgimento de um reino cristão, nove cavaleiros que dela participaram pediram autorização para permanecer na cidade e proteger os peregrinos que para lá se dirigiam. O rei de Jerusalém, Balduíno II, permitiu que os estábulos sobre as ruínas do Segundo Templo de Salomão, naquela cidade, lhes servissem de sede.
Estes cavaleiros fizeram voto de pobreza e seu símbolo passou a ser o de um cavalo montado por dois cavaleiros. Em decorrência do local de sua sede, do voto de pobreza e da fé em Cristo surgiu o nome da ordem, Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, ou simplesmente Cavaleiros Templários.
Segundo uma versão da lenda, nos primeiros nove anos de existência esses cavaleiros dedicaram-se a escavações feitas nos alicerces de sua sede, até terem encontrado documentos e riquezas que os tornaram poderosos. Supostamente, sob o Segundo Templo, local mais sagrado dos antigos Judeus, jaziam riquezas ocultas pelos sacerdotes antes da conquista e destruição de Jerusalém pelos romanos no ano de 70.
Segundo outras versões da lenda, os cavaleiros teriam encontrado o Santo Graal, cálice utilizado por Jesus Cristo na Última Ceia, e que teria sido utilizado para coletar o seu sangue quando de sua crucificação.
As versões são acordes em que o que foi encontrado foi levado pelos cavaleiros templários, sigilosamente para a Europa, onde a Ordem teria alcançado do Papa Inocêncio II uma bula pela qual obtinham poderes ilimitados, sendo declarados "isentos de jurisdição episcopal", constituindo-se, desse modo, em um poder autônomo, independente de qualquer interferência, política e religiosa, quer de reis quanto de prelados.
A partir de então, a Ordem teria se expandido rápidamente, quer em número quer em poder político, acumulando vastos domínios em mais de dez países, vindo a enriquecer ainda mais através da concessão de créditos a reis, nobres e prelados, cobrando juros sobre esses recursos, instituindo o embrião do moderno sistema bancário.
No século XIV, a Ordem teria alcançado tamanho poder que Filipe IV de França e o Papa Clemente V, colocaram em prática uma estratégia para esmagá-la e apoderar-se de seus recursos.
O Papa enviou instruções secretas, lacradas, a serem abertas simultâneamente por suas forças, por toda a Europa, no dia 13 de outubro de 1307. Nesse dia, ao serem abertas, os destinatários tomaram conhecimento da afirmação do Pontífice de que Deus viera a ele em uma visão, alertando-o de que os Templários eram hereges, culpados de adoração ao demônio, homossexualismo, desrespeito à Santa Cruz, sodomia e outros comportamentos blasfemos. Como Papa, recebera de Deus a ordem de purificar a Terra, reunindo todos os Templários e torturando-os até que confessassem os seus crimes contra Deus.
A operação foi um sucesso e inúmeros Templários foram presos, torturados e queimados em fogueiras como hereges.
O rei Filipe tentou tomar posse dos tesouros dos templários, no entanto quando seus homens chegaram ao porto, a frota templária já havia partido misteriosamente com todos os tesouros, e jamais foi encontrada. Os possíveis destinos dessa frota seriam Portugal, onde os templários seriam protegidos; a Inglaterra, onde se poderiam refugiar por algum tempo, e a Escócia onde também se poderiam refugiar com bastante segurança.
O último grão mestre templário, Jacques de Molay, após dez anos na prisão, prestes a ser executado na fogueira em 1314, amaldiçoou aqueles que causaram tão injusta perseguição, convocando-os a prestar contas a Deus no prazo de um ano. A maldição dirigia-se específicamente ao rei Filipe IV, ao Papa Clemente V e a Guilherme de Nogaret, guarda do Selo Real. Coincidentemente os três personagens vieram a falecer naquele prazo. Complementarmente, nenhum dos filhos de Filipe IV conseguiu se manter no trono ou deixar descendentes, encerrando-se a Dinastia Capetiana e abrindo uma crise sucessória que mergulhou a França na Guerra dos Cem Anos.
Alguns fatos
A mistura da hierarquia monástica e militar atraiu muitos filhos de nobres, em geral aqueles que não receberiam qualquer herança em razão da regra da primogenia, para suas fileiras.
A valentia e destreza demonstrada em várias batalhas, tornava a participação na ordem uma forma atrativa de servir a Deus e ganhar respeitabilidade na sociedade, sendo certo que a ordem era vista como uma nova cavalaria, cujos membros mesclavam atuação guerreira com a salvação espiritual.
Uma das principais características da ordem era sua autonomia em relação à hierarquia da igreja, sendo certo que seus membros só se sujeitavam ao próprio Papa. Tal autonomia os isentava do pagamento de dízimos, e permitia que mantivessem seus próprios cultos, padres, capelões, cemitérios etc.
O reconhecimento da ordem, ocorrido no Concílio de Troyes, e seu posterior crescimento está intimamente ligada à atuação de São Bernardo de Claraval que advogou em seu favor perante o Papa e a nobreza européia da época, ressaltando seus ideais. A regra que estabelecia o modo de viver dos cavaleiros templários também foi escrita por São Bernardo, que era sobrinho de um dos nove cavaleiros que a fundaram. Tal regra previa o voto de pobreza e de celibato.
Após a consolidação de sua força na Europa, quando passaram a ser proprietário de vastas áreas e de diversas fortalezas, os Templários foram os precursores do cheque e do sistema financeiro internacional. Evidentemente, transportar riquezas na Idade Média representava um enorme risco. Assim, qualquer viajante poderia depositar determinada quantia em uma fortaleza templária e receberia um documento cifrado que poderia ser descontado em qualquer outra fortaleza, pagando-se um percentual por tais serviços. Além disso, os templários fizeram empréstimos a diversos reinos, o que demonstrava o seu poder econômico.
Como a função inicial da ordem era proteger os peregrinos que se dirigiam a Terra Santa, a ordem passou a manter relações diplomáticas com vários infiéis. Para evitar conflitos, tolerava os ritos e as crenças dos muçulmanos e judeus e muitos de seus membros aprenderam o idioma dos inimigos da cruz para evitar a negociação por meio de intérpretes. Tais fatos foram amplamente usados nas acusações feitas mais tarde contra a ordem.
De certa forma, a ascensão meteórica dos Templários levou à sua própria queda. Segundo alguns, um pouco das razões de sua queda foram causadas pelo fato de Filipe IV, o belo, ter tentado entrar para a ordem templária, mas ter sido recusado. Além disso, num levante de seus súditos, o rei francês foi obrigado a se refugiar dentro de uma fortaleza templária até que a situação fosse controlada. O sentimento de impotência diante da ordem templária, aliado à dificuldade financeira pela qual os cofres do reino se encontravam, além da ambição por documentos contendo informações sobre tecnologia naval (que seria posteriormente usada por Colombo, Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama) motivou a idéia de destruição dos templários e apoderamento de seus vastos recursos. Assim, com medo do estado dentro do seu próprio estado, o rei Filipe IV, com apoio do Papa Clemente V, que devia favores ao rei e foi eleito papa em razão da pressão das tropas francesas, planejou a destruição da Ordem do Templo.
Em todo o território francês, os cavaleiros do Templo foram presos simultaneamente a 13 de Outubro de 1307, uma sexta-feira. (Inclusive, alguns dizem, que vem deste evento a a lenda de as Sextas-Feiras 13 serem dias de azar). Por terem sido submetidos a tortura, a maioria admitiu práticas consideradas hereges, como adorar um ídolo chamado Baphomet, homossexualidade ou cuspir na cruz. O papa aprovou a sua extinção no Concílio de Viena de 1311-1312, tendo a maioria dos cavaleiros da ordem sido executada na fogueira, incluindo o seu grão-mestre Jacques de Molay em 1314.
O julgamento dos templários se arrastou por anos e embora muitos de seus membros tenham sido condenados e queimados, a ordem em si não foi considerada culpada. Todavia, as máculas decorrentes das diversas acusações impediram sua continuidade.
Influências
Quando os Templários passaram a ser perseguidos na França, Portugal recusou-se a obedecer à ordem de prisão de seus membros. Na verdade os portugueses tinham os Templários em alta conta, já que ajudaram nas guerras de Reconquista que expulsaram os mouros da península Ibérica, e possuiam grande tecnologia de locomoção terrestre e marítima, útil a D. Dinis (1279-1325).
Assim, após a aniquilação dos Templários na maior parte da Europa, a Ordem continuou em Portugal, como Ordem de Cristo (da qual o Infante D. Henrique foi grão-mestre). Toda a hirerarquia foi mantida e na cruz vermelha sobre o pano branco, símbolo templário, foi acrescida uma nova cruz branca em seu centro, simbolizando a pureza da ordem.
A Ordem de Cristo herdou todos os bens dos Templários portugueses e desempenhou um papel fulcral nos descobrimentos portugueses. Por um lado, emprestaram recursos para a coroa portuguesa financiar o avanço marítimo, por outro, transmitiu à chamada Escola de Sagres todo o vasto conhecimento que já dispunham sobre navegação após anos singrando o mar Mediterrâneo. Essa ligação íntima explica porque as caravelas portuguesas tinham suas velas pintadas com a cruz templária.
Alguns templários também se dirigiram para a Escócia, onde foram recebidos de bom grado e se incorporaram ao exército escocês. A experiência e destreza dos cavaleiros templários foi importante nas batalhas que culminaram com a libertação do país da dominação inglesa. Apesar disso, nunca mais alcançaram a importância anterior.
Segundo alguns, na Escócia ela gozou de liberdade suficiente para continuar suas atividades sem ser incomodada pela inquisição da Igreja Católica, tendo se misturado a fraternidades maçônicas, donde se originou, segunda a lenda, a Franco-Maçonaria, rito escocês.
Mestres
1. Hughes de Payens|Huguens de Payns (1118-1136)
2. Robert de Craon (Robertus Burgundio) (1136-1146)
3. Everard des Barres (Ebrardus de Barris) (1146-1149)
4. Bernard de Tremelay (1149-1153)
5. André de Montbard (1153-1156)
6. Bertrand de Blanchefort (1156-1169)
7. Philippe de Milly (Philippus de Neapoli/de Nablus) (1169-1171)
8. Odo de St Amand|Odo (Eudes) de St Amand ou Odon de Saint-Chamand (1171-1179)
9. Arnaud de Toroge (Arnaldus de Turre Rubea/de Torroja) (1179-1184)
10. Gerard de Ridefort|Gérard de Ridefort (1185-1189)
11. Robert de Sablé (Robertus de Sabloloi) (1191-1193)
12. Gilbert Horal (Gilbertus Erail/Herail/Arayl/Horal/Roral) (1193-1200)
13. Phillipe de Plessis / Plaissie`/ Plesse` /Plessiez (1201-1208)
14. Guillaume de Chartres ou Willemus de Carnoto (1209-1219)
15. Pedro de Montaigu|Pierre (Pedro) de Montaigu (Petrus de Monteacuto) (1219-1230)
16. Armand de Périgord (Hermannus Petragoricensis) ou Hermann de Pierre-Grosse (???-1244)
17. Richard de Bures (1245-1247)
18. Guillaume de Sonnac (Guillelmus de Sonayo) (1247-1250)
19. Renaud de Vichiers (Rainaldus de Vicherio) (1250-1256)
20. Thomas Bérard (1256-1273)
21. Guillaume de Beaujeu (Guillelmus de Belloico) (1273-1291)
22. Thibaud Gaudin (Thiband Ggandin) (1291-1292)
23. Jacques de Molay (1292-1314)
2006-11-11 18:06:23
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answer #5
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Era uma ordem religioso-militar, do século 12, cujos interesses originais eram guardar as estradas e proteger os peregrinos que se dirigiam aos “lugares santos” de Jerusalém. A ordem foi dissolvida em 1312, e os “Temple Gardens” (Jardins do Templo), terreno que certa vez pertencia aos “Templários”, em Londres, foi concedida a um grupo de advogados.
2006-11-11 17:58:55
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