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A infecção pelo Mycobacterium tuberculosis pode ou não resultar em doença. Logo após inalação de aerossóis contendo microorganismos viáveis, estes são fagocitados por células de defesa (macrófagos) nos pulmões, no interior das quais alguns são destruídos e outros resistem, multiplicam-se ativamente, disseminando-se para os gânglios linfáticos próximos (como os do hilo pulmonar).

Nos dias que se seguem, tanto no foco pulmonar inicial, como nos gânglios regionais (conjunto denominado complexo primário da tuberculose) a medida que o número de bacilos aumenta, acaba por atrair novas células de defesa e desencadear resposta imunológica celular específica, que será crítica para impedir o avanço do processo infeccioso. Contudo, alguns bacilos escapam e disseminam-se através dos vasos linfáticos e sanguíneos podendo atingir, virtualmente, qualquer tecido ou órgão. Nesta fase da infecção, conhecida como tuberculose primária, os indivíduos acometidos geralmente não apresentam qualquer alteração clínica, embora o complexo primário (pequena lesão parenquimatosa pulmonar associada a aumento de linfonodo no hilo pulmonar ou mediastino) possa ser surpreendido através de uma radiografia de tórax. Menos comumente, os mecanismos de defesa iniciais podem não ser inteiramente eficazes e possibilitar o avanço do foco pulmonar primário, que aumenta progressivamente, sofre necrose central e pode disseminar-se pelo restante dos pulmões (broncopneumonia) e para a cavidade pleural que envolve os pulmões (tuberculose pulmonar primária progressiva). Estes indivíduos, que constituem a minoria dos infectados, apresentam manifestações precoces e exuberantes, incluindo febre alta, prostração intensa, sudorese noturna e tosse produtiva. Em pessoas que ainda não receberam tratamento, o sarampo pode tornar a tuberculose mais grave.

Na maioria dos infectados a resposta imune celular específica desencadeada é geralmente capaz de deter o agente infeccioso, no entanto, alguns microorganismos, persistem viáveis num estado de latência, multiplicando-se muito lentamente. A despeito da persistência destes focos latentes, a maioria dos infectados (mais de 90%) permanece assintomática pelo resto da vida. Em alguns indivíduos, entretanto, meses ou anos mais tarde, estes focos latentes podem ser reativados, ocorrendo novamente multiplicação rápida da bactéria, o que resulta em manifestações clínicas da doença (tuberculose pós-primária). O intervalo de tempo (período de incubação) decorrido entre a aquisição da infecção e o desenvolvimento das manifestações clínicas da tuberculose é, em geral, prolongado (meses, anos). No primeiro ano após a infecção cerca de 3 a 4% dos indivíduos adoecem. As manifestações clínicas resultantes são muito variáveis, dependendo do órgão acometido e, habitualmente, evoluem de forma insidiosa, em semanas ou meses.
Mais raramente, particularmente em imunodeficientes e em menores de 1 ano, a resposta imune celular desencadeada, pode não ser suficiente para deter a disseminação do processo infeccioso por via sanguínea e linfática e as manifestações da tuberculose podem surgir de forma mais aguda (dias) e evoluir rapidamente com envolvimento pulmonar difuso (tuberculose "miliar") e acometimento generalizado de órgãos e glândulas. Em geral, esta forma de tuberculose disseminada caracteriza-se por febre, perda de peso, palidez (anemia), prostração progressiva, aumento dos linfonodos, do fígado e do baço. As manifestações respiratórias (tosse, dor torácica, falta de ar) também são freqüentes. Podem surgir lesões na pele e nas mucosas e o sistema nervoso central pode ser afetado (meningoencefalite). A forma disseminada, é a apresentação mais grave da tuberculose. Se não adequadamente tratada resulta invariavelmente em morte.

2006-11-07 12:16:56 · answer #1 · answered by Anonymous · 1 0

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