Ausência congênita do coração.
Ausência de coração no feto.
A síndrome de acardia fetal é uma rara complicacao de gestacoes gemelares monozigóticas, ocorrendo uma vez em cada 35.000 partos. O prognóstico é fatal para todos gêmeos acárdicos e para 50-75 por cento dos gêmeos normais. Neste trabalho é apresentado um caso de hemiacardia fetal (acardia parcial) em gravidez gemelar. O diagnóstico foi feito utilizando-se ultra-sonografia, ecocardiografia fetal e foi confirmado após o parto. (AU).
2006-11-03 07:37:02
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answer #1
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answered by nic 4
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Bom, essa é uma grande definição para Acardia, se servir para você:
A Síndrome de Transfusão gêmelo-gemelar, cuja incidência é de 1 em cada 35.000 gestações, é uma complicação da gestação gemelar monocoriônica decorrente do desequilíbrio entre as circulações fetais que ocasiona um estado nutricional discrepante entre os fetos de contituição genética idêntica. Desenvolvem-se anastomoses vasculares placentárias entre as circulações fetais com estabelecimento de fluxo unidirecional tipo arterial ou arterio-venoso não-compensado apartir do qual desenvolve-se a síndrome TRAP ( Twin Reversed Arterial Perfused) ficando assim um feto vivendo em hipervolemia e o outro em hipovolemia.
Em casos graves, ocorrem acentuadas mal formações, acardia ou hemicardia fetal e óbito intra-uterino de um dos fetos. Trouxeram uma ultrassonografia com relato de gestação gemelar monocoriônica, com um dos fetos em óbito e com acentuadas alterações morfológicas apresentando polo cefálico atrofiado, com ausência de crânio e face fetal, extenso edema de partes moles circundando todo o tórax e abdome, com acardia fetal e extenso derrame pericárdico, não se visualizando membros superiores, apenas membros inferiores sem a formação do pé. A paciente foi submetida a cesariana com retirada de 1 feto vivo, sem alterações anatômicas aparentes e outro tão hidrópico e mal formado que praticamente não se reconhecia a forma humana. O feto vivo nasceu com Apgar 6, com 2,050 Kg de peso e evoluiu com melhora do quadro de hipoxemia inicial. O segundo feto em óbito e pesando 2,700 Kg.
Este é um caso raro de Síndrome de Transfusão gêmelo-gemelar, pois trata-se de alto nível de redirecionamento sanguíneo placentário com obtenção de um feto receptor hidrópico, em óbito e sendo classificado dentro dos padrões morfológicos como Holoacárdico acéfalo, com crânio, tórax e membros superiores não desenvolvidos e membros inferiores desenvolvidos. Faz-se de extrema importâcia a detecção desta Síndrome o mais precoce possível com base em achados sonográficos que lhe são patognomônicos, conhecer profundamente sua fisiopatologia e os métodos de conduta diante desses casos, com uso de condutas não-invasivas com indometacina para diminuir o polidrâmnio que ocorre com o feto receptor, e condutas invasivas com amniocentes seriadas com septostomia e fotocoagulação a laser para bloquear as anastomoses placentárias, bem como saber quando adotar a conduta expectante em alguns casos. Essa patologia traz em si inúmeros questionamentos sobre fisiopatologia e tratamento, mas com o aumento da incidência de gestações gemelares em nosso meio, torna-se vital o seu conhecimento, bem como a tentativa de adequar as técnicas terapêuticas existentes para uma boa conduta nesses casos.
2006-11-03 16:02:29
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answer #3
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answered by Htinha ; * 2
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