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2006-10-27 05:17:10 · 18 respostas · perguntado por Fantasma 2 em Saúde Outras - Saúde e Beleza

18 respostas

Desencarne
Sérgio Biagi Gregório





SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Aspectos Históricos da Morte. 4. A Morte: Cultura e Religião: 4.1. Cultura Americana Versus Cultura Micronésia; 4.2. A Influência da Religião nas Atitudes dos Indivíduos. 5. A Vida após Morte: 5.1. O Existencialismo Sartreano; 5.2. O Temor da Morte; 5.3. As Concepções de Mundo e a Vida após a Morte; 5.4 Algumas Sensações Descritas pelos Espíritos Desencarnados. 6. Preparação para a Morte: 6.1. Vida bem Aplicada; 6.2. Treino para a Morte; 6.3. Perseverar até o Fim. 7. Conclusões. 8. Bibliografia Consultada.

1. INTRODUÇÃO


O objetivo deste estudo é refletir sobre a morte, um dos problemas mais difíceis de ser enfrentado, pois foi sempre vista como mistério, superstição e fascinação. Anotaremos alguns dados históricos, seus aspectos culturais e religiosos e a contribuição que o Espiritismo pode oferecer para uma melhor compreensão do tema.


2. CONCEITO


Do lat. mortem - é a cessação da vida e manifesta-se pela extinção das atividades vitais: crescimento, assimilação e reprodução no domínio vegetativo; apetites sensoriais no domínio sensitivo.


No âmbito da Doutrina Espírita, é o desprendimento total do Espírito do corpo físico em conseqüência da ruptura do laço fluídico, que prende ou liga um ao outro, quando então há o falecimento.


3. ASPECTOS HISTÓRICOS DA MORTE


Na Antigüidade prevalecia o sentimento natural e duradouro de familiaridade com a morte. Sócrates, por exemplo, ensinava-nos que a filosofia nada mais era do que uma preparação para a morte. Nas sociedades tribais, o problema da morte não existia porque o indivíduo tinha um peso muito diminuto com relação à coletividade. Deixando de viver, a pessoa imediatamente fazia parte da "sociedade dos mortos", inclusive, com a possibilidade de se comunicar com os vivos.

Durante a Idade Média, marcada pela forte influência da religião, a população era educada no sentido de aceitar a morte como um destino inexorável dos deuses. Dentro desse contexto, cada qual esperava passivamente a sua passagem deste para o outro mundo. Além disso, esse período caracterizava-se também pelo sentimento de respeito ao morto, inclusive com as cerimônias religiosas, a observância do tempo de luto, as visitas ao cemitério etc. Como as pessoas morriam em casa, as crianças podiam passar e brincar junto ao féretro, que geralmente ocupava o lugar mais destacado da casa.

Na Idade Moderna, depois de Revolução Industrial, e com o desenvolvimento do consumismo, vemos que a morte começa a ser interdita, ou seja, proibida. Como não temos mais tempo de cuidar dos velhos e dos doentes, deixamos essa incumbência para os hospitais, que estão preparados para salvar vidas e não cultuar a morte. Em certo sentido, a morte é um fracasso da medicina. Depois de morto, o defunto é encaminhado ao necrotério, onde se faz o velório. Tudo isso longe das crianças. Para elas diz-se que teve um sono duradouro e está descansando nos jardins do Éden. A sofisticação chega ao ponto de se criar o "Funeral Home", casa de embelezamento de cadáveres. (Aries, 1977)


4. A MORTE: CULTURA E RELIGIÃO


4.1. CULTURA AMERICANA VERSUS A CULTURA MICRONÉSIA


O Dr. Frank Mahoney, professor de Antropologia da Universidade do Havaí, mostrou a diferença entre a cultura americana e a da sociedade Micronésia, a dos Trukeses. Os americanos negam a morte e o envelhecimento; os habitantes das ilhas Truk (Pacífico) ratificam-na. Relutamos em revelar nossa idade; gastamos fortunas para esconder nossas rugas; preferimos enviar nossos velhos aos asilos. Para os Trukeses, a vida termina aos 40 anos de idade: aí começa a morte. (Kübler-Ross, s.d.p.)


4.2. A INFLUÊNCIA DA RELIGIÃO NAS ATITUDES DOS INDIVÍDUOS


As religiões têm exercido poderosa influência nas atitudes dos indivíduos com relação ao passamento para a outra dimensão de vida.


Para os judeus, a lei permite ao moribundo que vai morrer por sua casa em ordem, abençoar a família, enviar mensagem aos que lhe parecem importantes, e fazer as pazes com Deus. A confissão in extremis é considerada importante elemento na transição para o outro mundo.


Para o hinduismo, na morte a alma ou essência espiritual (atman) do indivíduo é eterna. Como tal, não é atingida pelas várias alterações no estado de existência porque passa o fenomenal eu ou ego (jiva) em cada período de vida.


Para o Budismo, a vida depois da morte é um problema sobre o qual nada pode ser dito. Não nega nem afirma a vida após a morte. Deixa essa questão em aberto.


Para o Catolicismo, a vida depois da morte está inserida na crença de um Céu, de um Inferno e de um Purgatório. Dependendo de seus atos, ele se dirige para cada um desses lugares circunscritos nos espaço. . (Kübler-Ross, s. d. p.)


Para o Espiritismo, a vida depois da morte reveste-se de substancial significado, pois iremos tanto para lugares iluminados como para trevosos, dependendo do estado de nossa consciência.


5. A VIDA APÓS A MORTE


5.1. O EXISTENCIALISMO SARTREANO


De acordo com Sartre, filósofo francês, na sua teoria sobre o Existencialismo, o indivíduo tem uma única existência, que corresponde aos seus 5... 10... 20... ou mais anos de idade. Para ele, não há vida nem antes do nascimento e nem depois da morte. Acha que cada um nasce como uma tabula rasa e vai impregnando o seu o seu ser com as experiências provenientes das escolhas efetuadas. Como conseqüência, a angústia passa a ser a sua ferramenta de análise.


5.2. O TEMOR DA MORTE


Allan Kardec, no livro O Céu e o Inferno, trata exaustivamente do problema da morte. Diz-nos que o temor da morte decorre da noção insuficiente da vida futura, embora denote também a necessidade de viver e o receio da destruição total. Segundo o seu ponto de vista, o espírita não teme a morte, porque a vida deixa de ser uma hipótese para ser realidade. Ou seja, continuamos individualizados e sujeitos ao progresso, mesmo na ausência da vestimenta física.


5.3. AS CONCEPÇÕES DE MUNDO E A VIDA APÓS A MORTE


Os pensadores da humanidade desenvolveram, ao longo do tempo, três concepções de mundo: Materialista, Idealista e Religiosa. De acordo com essas concepções, construíram as diversas doutrinas. As mais importantes para o propósito de nossos estudos dizem respeito ao Niilismo, ao Panteísmo, ao Dogmatismo Religioso e ao Espiritismo.

Para o Niilismo, a matéria sendo a única fonte do ser, a morte é considerada o fim de tudo. Para o Panteísmo, o Espírito, ao encarnar, é extraído do todo universal; individualiza-se em cada ser durante a vida e volta, por efeito da morte, à massa comum. Para o Dogmatismo Religioso, a alma, independente da matéria, é criada por ocasião do nascimento do ser; sobrevive e conserva a individualidade após a morte. A sua sorte já está determinada: os que morreram em "pecado" irão para o fogo eterno; os justos, para o céu, gozar as delícias do paraíso. Para o Espiritismo, o Espírito, independente da matéria, foi criado simples e ignorante. Todos partiram do mesmo ponto, sujeitos à lei do progresso. Aqueles que praticam o bem, evoluem mais rapidamente e fazem parte da legião dos "anjos", dos "arcanjos" e dos "querubins". Os que praticam o mal, recebem novas oportunidades de melhoria, através das inúmeras encarnações. (Kardec, 1975 p. 193 a 200)


5.4 ALGUMAS SENSAÇÕES DESCRITAS PELOS ESPÍRITOS DESENCARNADOS


1) Todos afirmam se terem encontrado novamente com a forma humana, nessa existência.

2) Terem ignorado, durante algum tempo, que estavam mortos.

3) Haverem passado, no curso da crise pré-agônica, ou pouco depois, pela prova da reminiscência sintética de todos os acontecimentos da existência que se lhes acabava.

4) Acolhidos pelos familiares e amigos.

5) Haverem passado "sono reparador".

6) Meio espiritual radioso e maravilhoso ou tenebroso.

7) Terem passado por um túnel. (Bozzano, 1930)


6. PREPARAÇÃO PARA A MORTE


6.1. VIDA BEM APLICADA


O excesso de preparação para a morte é um erro. A única preparação verdadeiramente útil para uma boa morte é uma vida bem aplicada. Assim, o perdão aos inimigos, o sentimento de dever cumprido e a clareza de consciência têm um peso bem maior do que toda a preparação formal. Observe a morte de Sócrates: obrigado a beber cicuta, partiu com a consciência tranqüila, enquanto os seus juízes deveriam sofrer as conseqüências daquela injustiça.


6.2. TREINO PARA A MORTE


O Espírito Irmão X, no capítulo 4 do livro Cartas e Crônicas, lembra-nos de alguns detalhes sumamente valiosos para enfrentarmos a morte com tranqüilidade. Diz-nos ele:

Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia. Diminua gradativamente a volúpia de comer carne dos animais;

Os excitantes largamente ingeridos constituem outra perigosa obsessão. Não se renda à tentação dos narcóticos;

Deixe os testamentos em dia;

Não se apegue demasiado aos laços consangüíneos.

Convença-se de que se você não experimenta simpatia por determinadas pessoas, há muita gente que suporta você com muito esforço. (Xavier, 1974)


6.3. PERSEVERAR ATÉ O FIM


Para contratarmos casamento, obtermos um cargo e aspirarmos a uma posição social vantajosa recorremos aos conselhos, precauções e dietas. E para alcançar o Reino de Deus, o que fazemos? Que procedimento seguimos? Pouco ou quase nada.

Persuadamo-nos, pois, que a felicidade eterna é para nós o negócio mais importante, o negócio único, o negócio irreparável se não o pudermos realizar.


Francisco Hazzera, assim se expressou: "Tu, meu filho, terás carreira brilhante: serás bom advogado, depois prelado, a seguir cardeal, quem sabe? Talvez papa... mas e depois? E depois?" É sobre "o depois" que devemos posicionar o nosso pensamento. Quais são as conseqüências de nossas escolhas? Elas servem para a nossa evolução ou para a nossa ruína?


7. CONCLUSÕES


Enfrentemos a morte com a mesma determinação com a qual enfrentamos a vida. Se, todas as noites, pudermos "morrer" tranqüilos, o passamento definitivo não nos acarretará problema algum, pois o desprendimento fará parte de nossa natureza.



8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA


ARIES, P. História da Morte no Ocidente: da Idade Média aos nossos Dias. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1977.
BOZZANO, Ernesto. Crise da Morte. Rio de Janeiro: FEB, 1930.
KARDEC, A. Obras Póstumas. 15. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.
KUBLER-ROSS, E. Morte - Estágio Final da Evolução. Rio de Janeiro: Record, [s.d. p.]
XAVIER, F. C. Cartas e Crônicas, pelo Espírito Irmão X. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1974.

2006-10-27 07:39:22 · answer #1 · answered by Anonymous · 0 0

algo que sem dúvida acontecerá

2006-10-28 08:41:57 · answer #2 · answered by Anonymous · 0 0

É a única certeza absoluta dessa vida.
Temos que nos preparar para ela, tanto a nossa como das pessoas que amamos.
Gosto de pensar que é uma simples viagem, uma passagem para um mundo melhor, uma outra dimensão da vida e que vamos reencontrar todos novamente.
Tem gente que acha tudo isso bobagem, mas me fala que teoria materialista consolou alguém desesperado pela perda de alguém querido? Teoria que não ajuda nada, pra mim não presta.
Já passei por isso quando meu pai partiu. Deu pra segurar bem a barra, gosto de pensar que ele continua vivo, que vou revê-lo um dia, só tenho que lidar com a saudade

2006-10-27 05:35:58 · answer #3 · answered by Harmony 7 · 0 0

A morte é o fim da vida e ocorre quando o corpo perde sua capacidade de mantê-la, por esgotamento e envelhecimento ou por traumas e doenças. Isso em sentido "clínico". Em sentido religioso, cada religião tem a sua própria concepção do que seja a morte: passagem para outra vida, período de "sono" até um julgamento, ida ao céu/pergatório/inferno, espera para iniciar outra vida. Para os materialistas, é o fim sem nada mais depois.

2006-10-27 05:32:36 · answer #4 · answered by ddelund 7 · 0 0

Uma certeza

2006-10-27 05:31:51 · answer #5 · answered by danny 1 · 0 0

A morte é a única certeza que temos na vida. Viver é preciso, morrer é consequência. Encarar a morte é muito difícil, perder entes queridos e imaginar que nós próprios teremos um fim, não é muito agradável. O melhor é ter fé em Deus, e tentar seguir a vida da melhor forma possível, fazendo o bem e aproveitando o máximo.

2006-10-27 05:31:28 · answer #6 · answered by ? 4 · 0 0

A nossa única certeza

2006-10-27 05:24:53 · answer #7 · answered by ♥Anônima♥ 4 · 0 0

não perde por esperar

2006-10-27 05:22:28 · answer #8 · answered by adm.gommes 3 · 0 0

acidente? natural?provocada?nao sei, nunca morri... agora se for sobre o medo da morte, nao tenho medo, ela vai acontecer mesmo.

2006-10-27 05:21:05 · answer #9 · answered by Anonymous · 0 0

Te garanto q eu vou morrer

2006-10-27 05:20:22 · answer #10 · answered by Naomi 3 · 0 0

Morreu!!!

2006-10-27 05:19:16 · answer #11 · answered by Farinha 2 · 0 0

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