A BUSCA CONSTANTE DA SANTIDADE
Texto Bíblico Básico (Galátas 5:1,16-25)
Texto Áureo (Hebreus 12:14)
Esboço da Lição
Introdução
1 –Santificação: Resultado da Justificação
2 –Qual o Significado de Andar no Espírito?
3 –A Prática da Santidade
Conclusão
Objetivos
Compreender a necessidade de viver em santidade.
Demonstrar santidade em toda a sua maneira de viver.
Aprender a dar lugar para o Espírito Santo operar em sua vida.
Palavra Introdutória
“Será que ainda se pode falar em santidade? Em santificação? Até onde se percebe, muitos obreiros não estão mais falando nesses assuntos, no púlpito. Parece que estamos vivendo a era da "mundialização" eclesial. Há uma perda de identidade muito grande por parte de igrejas, que antes eram bem conhecidas por sua liturgia, postura, valores, cultura, história, não só em termos de usos e costumes, mas de ética, moral e santidade. Estamos assistindo à maior avalanche da influência do mundo sobre as igrejas, de que se tem conhecimento. E isso não é bom, pois o que deveria ocorrer seria o contrário, ou seja, a influência das igrejas sobre o mundo. As igrejas mudam. A Igreja, não. Como "sal da terra" e "luz do mundo" (Mt 5.13-16), os crentes deveriam exercer uma influência maior sobre a sociedade em que estão inseridos. Certamente, esta influência existe e é muito benéfica, pois são inúmeros os testemunhos de vidas transformadas pela pregação da palavra de Deus. Entretanto, o nível dessa influência parece que tem diminuído à proporção que o tempo passa. A corrupção, no País, aumenta; a depravação, também. Precisamos ser "irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus, inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual" resplandeçamos "como astros no mundo" (Fp 2:15). Para que isso aconteça, precisamos de pastores santos, educadores santos, empresários santos, professores e alunos santos, militares santos, jovens e adultos, santos. O Espírito Santo exorta, através do Apóstolo Pedro, que "como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: sede santos, porque eu sou santo" (1 Pe 1:13-16). Sem incorrer na generalização, que seria injusta, pode-se ver que essa santificação "em toda a maneira de viver" não tem sido praticada em muitas denominações, igrejas e ministérios. A influência profana tem invadido muitas áreas da vida eclesiástica. Na área do louvor, o que se assiste é uma onda de imitação dos estilos mundanos, nas letras, no ritmo, na melodia. Basta ligar o televisor, e lá está um conjunto, integrado por moças em trajes sensuais; rapazes de brinco na orelha, muitas vezes apresentando-se com danças e coreografias, que produzem um efeito muito mais artístico do que espiritual sobre a platéia. A Palavra de Deus clama por um louvor santo. Os chamados "shows", os "louvorzões", a nosso ver, chamam muito mais a atenção para os cantores, grupos e bandas, do que para a pessoa quem se deveria dirigir a adoração, que é nosso Senhor Jesus Cristo. Nota-se que existe um verdadeiro "culto ao barulho", em que se destacam muito mais a bateria, com os instrumentos de percussão em alto volume, em detrimento da melodia e da mensagem aos ouvintes. Isso é imitação dos roqueiros, que não fazem questão de que as letras das músicas sejam entendidas. O que importa é o barulho, o ritmo. Não é à toa que o Senhor diz, através do profeta: "Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias dos teus instrumentos" (Amós 5:23). Na pregação, vêem-se preletores que se esforçam para passar uma mensagem técnica, "enlatada", preparada para ser consumida ao gosto dos ouvintes. Às vezes, são mensagens agressivas, atacando pastores; às vezes, são mensagens demagógicas, para agradar ao público. Será isso pregação santa? No comportamento de muitos crentes a falta de santificação é tanta, que já é grande a lista de pessoas evangélicas, inscrita no Serviço de Proteção ao Crédito, por comprarem e não pagarem, em empresas de evangélicos e de não-evangélicos, causando escândalo ao bom nome do Senhor. No casamento, que deveria ser venerado por todos (Hb 13.4), há uma profanação tremenda em muitos lares. Esposos não amam as respectivas esposas, e vice-versa, contrariando a Bíblia. Em muitos lares, pais não amam os filhos e vice-versa, gerando, em lares, verdadeiro campo de batalha, levando o descrédito ao poder transformador do evangelho. O lar deve ser santo. Os seus integrantes devem buscar a santificação (Hb 12.14), para que seja uma continuação da igreja, e a igreja uma continuação dos lares. Infelizmente, há mais televisores ligados, em casas de crentes, do que Bíblias abertas. Há mais crentes assistindo programas de entretenimento do que realizando o Culto Doméstico. Não é sem razão, que o número de divórcios entre evangélicos está aumentando assustadoramente. É a falta de santificação das relações conjugais, do relacionamento entre pais e filhos, que tiram as casas da rocha e as põem sobre a areia movediça do modernismo, do liberalismo e do relativismo. Mas, com fé na Palavra de Deus, cremos que a orientação (inspirada) do apóstolo Pedro é muito válida para a preservação da qualidade de vida dos crentes de hoje. Ele nos exorta a cingir os entendimentos, como filhos obedientes, e não nos conformarmos com as concupiscências mundanas, e a sermos santos em toda a nossa maneira de viver, ou seja, em todas as áreas de nossa vida, seja espiritual, emocional, familiar, profissional, financeira, etc. Assim, falar em santidade foi, é e será sempre uma mensagem atual e indispensável, para que os cristãos cumpram o seu papel, como "sal da terra" e "luz do mundo", "porquanto escrito está: sede santos, porque eu sou santo”. Obviamente muitas são às áreas de abrangência da santidade porém o que denotamos aqui é despertarmos a mente para a necessidade essencial da santidade pois que diz: Hb 12:14 “Segui a paz com todos, e a SANTIFICAÇÃO, sem a qual ninguém verá o Senhor”.
1 – Santificação: Resultado da Justificação. 1.1.) O que se entende por santificação. 1.2.) O Caminho para santificação. 1.3) Alcançando a santificação. A santificação do espírito. A santificação da alma. A santificação do corpo.
Espírito - Alma - Corpo : Na tradução da Bíblia para o português, três palavras do grego foram traduzidas como vida. Porém, essas palavras são palavras distintas ora significando vida no espírito, ora vida na alma e ora vida do corpo. Vida no Espírito: Zoé (Chay no hebraico); vida da qualidade de Deus, vida no espírito, vida eterna. Vida na Alma: Psyche (Nephesh no hebraico); vida racional, vida da alma, a vida do homem. Vida no Corpo: Bios; o presente estado de existência, vida natural. Vida da carne corrompida após o pecado. Vemos que a Bíblia, no original, trata de cada parte especificamente. Veremos que cada uma delas tem um centro pessoal e atributos também específicos, apesar da interação muito forte entre essas partes; podemos chamar de "vidas próprias". Lembrar que ainda estamos falando do homem como foi criado originalmente por Deus. a) Corpo : Levítico 17:11; a vida da carne está no sangue. Algumas traduções dizem: a alma da carne está no sangue, e isso traz muita confusão. O correto é: a vida da carne está no sangue. Em várias passagens as palavras vida e alma confundem-se. Levítico 17:14; a vida de toda a carne é o sangue. Deuteronômio 12:23; o sangue é a vida. Gênesis 9:4; a carne com sua vida, isto é, o sangue. Carne refere-se ao corpo; portanto o corpo tem uma vida própria. Se uma pessoa se cortar ou se ferir, com perda grande de sangue, caso não for socorrida, inclusive com uma transfusão de sangue, a pessoa morre. Morre porque o corpo acabou? Não, morre porque o que dá vida a seu corpo, na forma atual, é o sangue. Muitas vezes dizemos: a alma saiu do corpo e o corpo morreu. Muitas pessoas pensam assim: porque a alma saiu, então o corpo morreu. Isso não é verdade. A Bíblia nos informa: porque o corpo morreu, a alma saiu. Gênesis 35:18; ao sair-lhe a alma (porque morreu). Precisamos entender que cada uma das três partes do homem, de certa forma, é um centro pessoal com vida própria. A vida do nosso corpo está no sangue. O corpo é um centro pessoal com vida própria; o corpo tem uma vida própria do corpo. Quando o corpo deixa de ter a vida do corpo, a alma então sai. Porque o corpo morreu, porque parou de funcionar, fisicamente falando (por velhice ou por algum outro problema), então a alma sai, pois não tem mais nada para fazer ali. Mas o que faz o corpo? O corpo possui atributos que são somente do corpo, p.ex.: andar, beber água, etc. Apesar de não separar-se da alma nem do espírito para andar ou beber água, essas funções são somente do corpo. Os cinco sentidos são funções exclusivas do corpo: ver, ouvir, cheirar, saborear e tocar. Agora, quando digo: "eu te amo", não é uma função do corpo, é uma emoção que está ligada exclusivamente a alma. b) Alma : A alma é a manifestação do ser humano, é a sua personalidade. A alma é formada por: mente, emoção e vontade. O tempo todo estamos trabalhando nessas três áreas; meu intelecto (minha mente) está raciocinando, estou tendo algum tipo de emoção e a minha vontade é o resultado do que estou fazendo, é o que escolhi fazer. A vontade é o resultado do que a minha mente propôs. A vontade concretiza, manifesta, o que se passa em meu intelecto e em minhas emoções. Tudo o que faço, é porque exerci vontade para cumprir. A alma é o centro dos nossos problemas. Com nossa alma é impossível compreendermos as coisas de Deus, pois Deus colocou o espírito no homem para ter comunhão com o homem no espírito. O nosso intelecto está interligado aos nossos sentidos e quando raciocina ou quando quer entender alguma coisa, naturalmente diz: "preciso ver", "preciso entender como funciona", "se não entender como vou crer?" As coisas de Deus são espirituais e são pela fé, você não vai ver nada. Porém, o intelecto pede para ver. Imaginem se todas as pessoas não se manifestassem, se fossem como um poste: não abrissem a boca, não tivessem sentimento, sem intelecto, nenhuma vontade, isso seria nada, isso seria um poste. O que faz você vir aqui? Foi uma decisão na sua alma. O que fez você colocar essa roupa hoje? O que fez a sua vida estar no ponto em que está? O que faz você atrair ou não pessoas para que gostem de você? O que faz você ter problemas ou sucessos? O que faz as pessoas te conhecerem é elas relacionarem-se com você, conhecerem a manifestação do seu intelecto, a sua vontade e as suas emoções. A alma é a manifestação do homem neste planeta. A minha alma é o centro de comunicação com meus semelhantes; é nessa comunicação que vem amizade ou inimizade. A minha alma é a manifestação de como eu sou e não tem nada a ver com o corpo ou o espírito. Quando vou para um lugar tranqüilo, digo que me alegra e que traz paz para minha alma, ou então digo que não gosto de tal lugar. O corpo e o espírito não têm nada com isso, o que manifestei é um sentimento, uma emoção, e sentimento está na alma. É verdade que o corpo será levado a ver coisas, será comandado pela alma. A alma tem também o seu centro pessoal, ela age e vive no intelecto (na mente), nas emoções e na vontade. Na alma é que reside o nosso "livre arbitrium", a nossa vontade, que é soberana. Ela pode ser influenciada pelo corpo ou pelo espírito, mas é soberana; quando decido algo está decidido. Alma e corpo são muito interligados. Os cinco sentidos do corpo: ver, ouvir, cheirar, saborear e tocar, são as janelas da minha alma. O que os cinco sentidos fazem, é levar informações para minha alma. Vejo, ouço, daí reajo na minha personalidade, na minha alma. Podemos dizer que somos o resultado do que vemos e do que ouvimos. Por isso, precisamos selecionar o que ver e ouvir, para que a nossa manifestação seja em padrão correto. Tudo em mim entra pelo ouvido ou pelo olho (em situação normal); é levado para dentro. Então, a minha emoção e a minha mente, vão sendo treinadas para o bem ou para o mal, para rir ou ficar triste, a partir do que vejo e do que ouço. Eu sinto, eu quero, eu penso, são ações na alma e só na alma. O corpo tem ações físicas, porém a alma se expressa através do corpo. Quando você está alegre ou triste e as pessoas olham para seu rosto logo vão notar, pois o corpo reflete a nossa alma. Provérbios 15:13; o coração alegre aformoseia o rosto. Provérbios 2:10-11. Se a alma influencia o corpo, o corpo também influencia a alma. Há um intercâmbio muito grande entre alma e corpo. A Bíblia chama esse intercâmbio, esse relacionamento muito próximo, de homem exterior; é a manifestação da alma influenciada pelo corpo. 2 Coríntios 4:16; o nosso homem exterior se corrompe, vai envelhecendo, vai tendo problemas.Aqui já falando do homem caído, ou seja, após o pecado. Já o nosso homem interior, que é a nossa alma influenciada pelo espírito, se renova de dia em dia; isso falando para as pessoas que já aceitaram a Jesus como Salvador e têm um espírito novo, sem pecado. Veremos mais adiante que existe uma luta entre espírito e corpo, uma luta interna muito grande, para comando da alma. A alma, influenciada pelo corpo, preocupa-se com o mundo natural. Recebendo informações através do corpo, a alma reage para com o mundo natural e para com os nossos semelhantes. Já o espírito age e reage para com as coisas espirituais, age e reage com o mundo espiritual. A Bíblia define também o que se chama de homem natural (corpo + alma) e homem espiritual. 1 Coríntios 2:14-15; o homem natural não entende as coisas do espírito. Então, com a alma e o corpo não é possível entendermos as coisas de Deus; isso é básico para entendermos tudo. O homem natural é assim chamado, pois a alma e o corpo comunicam-se com o mundo natural. Porém, embora o espírito fique isolado, ele está ali o tempo todo. O homem natural não tem um espírito recriado, não tem então a comunicação com o céu. O homem natural, só entende o mundo natural: o que vê, o que pode ser explicado, o que entende. Já o homem espiritual, é aquele que tem o seu espírito recriado. 1 Coríntios 2:14~16, nos fala da diferença entre homem espiritual e homem natural. O V.16 nos aponta que podemos ter a mente de Cristo. Com o nosso espírito recriado, nossa alma volta a condição de comando originalmente criada por Deus e passa então pelo processo chamado de santificação; processo esse de mudança do padrão da alma para tudo o que Deus programou. Santificação é a transferência da vida de Cristo, do padrão da Palavra de Deus, para nossa vida; é por isso que mudamos. Quando isso acontece, passamos a viver o que Paulo nos disse em Gálatas2:20.
2 – Qual o significado de Andar no Espírito. 2.1.) A luta constante. 2.2.) Separados do mundo.
Entendemos que alguém está andando em espírito quando podemos observar que nele(a) é gerado o fruto do Espírito Santo a saber: Gálatas 5:22; Amor: A palavra no original é ÁGAPE, amor altruísta. É amor mais do que emoções. Não é apenas um sentimento, é ação. O verdadeiro amor age em favor do outro. Foi assim o amor de Deus para conosco, João 3:16 e Romanos 5:8. A ordem para amar não é opcional. O amor ao próximo é o primeiro sinal de que nascemos de novo e que o Espírito Santo atua em nós. Não podemos agir diferente de Jesus que manifestou amor, Marcos 10:13-16, as crianças; Marcos 10:21, ao jovem rico; João 11:36, a Lázaro e Lucas 19:41-44, a Jerusalém. O amor é uma virtude que deve estar acima de quaisquer circunstâncias em nossas vidas. Se "amarmos a Deus sobre todas as coisas", não teremos problemas com o próximo e nem com a gente mesmo, Mateus 22:34-40. Alegria: O termo no original é CHARA, que tem o significado de "ALEGRIA DE VIVER". A palavra tem a mesma raiz de CHARIS, graça, o que denota a idéia geral de REGOZIJO. O mundo de hoje não tem alegria, não consegue achar a fonte da verdadeira alegria e contentar-se com prazeres superficiais, por isso o sistema mundial é repleto de sombras e desilusões. Deus dirige sua alegria pelo Espírito Santo para nossas vidas tristes e cheias de problemas, fazendo-nos entender que a alegria espiritual, o regozijo no Senhor, independe das circunstâncias. Este termo, CHARA, como alegria, aparece 60 vezes no Novo Testamento e Jesus nos dá exemplo de que uma vida alegre para com Deus resulta em bem-estar espiritual, social e psicológico, João 2.2, João 15.11, e Hebreus 12.2. "A alegria é a bandeira que tremula na torre do palácio quando o rei está presente". Paz: O termo no original é EIRÉNE, paz, harmonia. A palavra paz entrou no Novo Testamento com uma história grandiosa por traduzir o termo hebraico SHALON, que significa paz com o sentido de conjunto de "tudo quanto contribui para o bem do homem". Quando nos entregamos a preocupações limitamos a ação do Espírito Santo em nossas vidas e isso prejudica nossa relação íntima com Deus. A paz de Deus em nossas vidas é precedida pela paz com Deus, que é muito mais do que ausência de conflitos internos ou externos, visto que a paz do Espírito Santo não depende de circunstâncias felizes por ser um estado de alma, tal qual o ensino de Jesus em Mateus 6.25, que se completa quando olhamos para João 14.27 e 16.33. A paz do Espírito Santo em nossas vidas, na nossa relação pessoal com Deus, é como Paulo afirma em Filipenses 4.7, que extrapola a capacidade de compreensão. Em meio as crises, quando tudo parece perdido, temos paz com Deus. Nossas Relações Interpessoais: Longanimidade, Benignidade e Bondade - Gálatas 5.22: Longanimidade: O termo no original é MAKROTHUMÍA. Não é uma palavra composta, mas sua formação tem dois radicais significativos, MAKRO, grande, extenso e THÚMIA (deriva de THUMOS, ânimo, disposição), que associadas significa PACIÊNCIA, LONGANIMIDADE, PERSEVERANÇA e até mesmo a FIRMEZA. É uma qualidade dada pelo Espírito Santo para se tolerar, pacientemente, os defeitos dos outros, não se deixando arrebatar por explosões, de ira e furor, que podem dificultar e até mesmo romper o relacionamento interpessoal. Longanimidade é a tolerância que suporta as injúrias e as ações malignas do outro sem permitir-se a ira ou a ânsia de vingança. Na verdade, é a capacidade de resistência às controvérsias. Essa mesma idéia de longanimidade é utilizada para expressar a atitude de Deus para com nossos pecados e para descrever a virtude de ter-se paciência para com as pessoas, suas fraquezas, falhas, ignorância e pecados. Jesus, como homem, nos deixou alguns exemplos de longanimidade tais como os registrados em Mateus 15.15-20, Mateus 16.5-12, Lucas 9.51-55 e João 13.3-5. Se exercitarmos a longanimidade nas pequenas frustrações e nas pequenas irritações diárias, estaremos preparados para resistir grandes batalhas. A longanimidade como virtude que integra o Fruto do Espírito Santo que deve ser fato em nossas vidas. É o brilho transcendente de um coração amoroso e meigo no trato para com os outros. Benignidade: O termo no original é CHRESTOTES, que significa gentileza, bondade. Esse termo também serve para indicar EXCELÊNCIA DE CARÁTER. Podemos dizer que a idéia seria de alguém cheio de Espírito Santo, que mantém sua integridade de caráter, expressando gentileza e delicadeza visando inibir a rudez e a grosseria do outro, bem como a sua própria. Muitas vezes em nosso desprezo pelo pecado nos tornamos rudes e grosseiros com o pecador. A benignidade é justamente a capacidade de se exercer justiça sem perder a compaixão. Numa cultura ocidental, machista como a nossa, é muito difícil exercer a gentileza sem ser criticado ou estigmatizado. Sempre se coloca em dúvida gestos de delicadeza, visto que a sociedade só e gentil em busca de seus interesses. Não podemos agir assim, se manifestamos o Fruto do Espírito Santo em nossas vidas. A benignidade, que é a gentileza que expressa a integridade da alma, deve ser uma realidade entre os cristãos. O melhor exemplo e padrão de benignidade, embora o termo não apareça, é o de Jesus na profecia de Isaías 42.1-4, verso 3 em especial. Um coração gentil é um coração contrito que chora pela dificuldade dos maus e pela integridade dos bons. Bondade: O termo no original é CHRESTOTES ou AGATHOSUNE que são termos como que sinônimos e significam ambos, BONDADE, RETIDÃO ou GENEROSIDADE. Refere-se à qualidade das pessoas que são guiadas pelo bem e que desejam o que é bom, o que representa os mais elevados conceitos éticos e morais. No contexto bíblico, afirmar que alguém é bom é dizer que esta pessoa é semelhante a Deus. Verificamos tal virtude em uma pessoa quando esta se dispõe a ajudar àqueles que passam por necessidades. Bondade, como elemento do Fruto do Espírito Santo, é a qualidade do cristão em ser generoso, de atitudes gentis, para com os outros sem interesses escusos, mas de maneira natural, como conseqüência de um caráter bondoso. Jesus no trato com as pessoas agia de forma bondosa a ponto de afirmarem sobre ele: "Ele é bom", João 7.12. A bondade como Fruto do Espírito Santo depende do caráter cristão desenvolvido, visto que a bondade é uma forma especial de verdade e beleza no comportamento humano guiado pelo Espírito Santo. Nosso Relacionamento com o nosso Interior: Fidelidade, Mansidão e Domínio Próprio - Gálatas 5.22-23: Fidelidade: O termo no original é PISTIS, fidelidade, confiabilidade, fidedignidade. No Novo Testamento o termo PISTIS significa fé, quando fala de virtudes teológicas. É a fé que salva. Mas no caso dessa lista de Gálatas 5.22-23 as virtudes alistadas são éticas, daí não errarmos quando traduzimos o termo por fidelidade, que é o torna uma pessoa totalmente confiável e cujas palavras podemos aceitar plenamente devido a sua veracidade. O crente deve ser honesto, digno e fidedigno. Alguém cheio do Espírito Santo é alguém com quem podemos abrir o coração, e até confessar pecados, porque ele não vai correndo passar a diante. Alguém dotado de fidelidade sabe guardar os segredos que são o desabafo da alma. Infelizmente isso não é fato na igreja. Graças a Deus a infidelidade do homem não anula a fidelidade de Deus Mateus 26.52-54. Fidelidade nas coisas pequenas é o mais seguro teste de caráter, como ensinado por Jesus em Mateus 25.21. A falta de fidelidade é sinal de imaturidade espiritual. O maior teste para nossa fidelidade é avaliarmos nossa dedicação a Deus e o quanto as pessoas podem abrir seus segredos e suas verdades para conosco sem que isto vire fofoca. É motivo de oração. Mansidão: O termo no original é PRAÚTES, que numa tradução mais literal significa placidez, suavidade. Essa é uma virtude que exalta a terceira Bem-aventurança. É uma qualidade de caráter do indivíduo no trato consigo mesmo. Mansidão é poder, é força, é temperamento e violência sob controle. A agressão ao próximo é o reflexo de um investimento emocional de agressão a si mesmo. Mansidão como elemento do Fruto do Espírito Santo é resultado da nossa humildade e da nossa resignação a Deus. Mesmo em atmosferas hostis o crente pode e deve desenvolver mansidão. O crente que vivência mansidão é como um prisma que difunde o espectro solar sobre os icebergues da nossa carnalidade. Jesus deu exemplos de mansidão e afirmou ser manso, Mateus 11.28-29, o que se confirma por profecias tais como as de Zacarias 9.9. Outros exemplos marcantes são o de Pedro e o de João, o "Filho do Trovão", que se tornou o "Apóstolo do Amor". É fácil cobrar dos outros uma postura mansa, o difícil é sermos mansos. A mansidão é a virtude que o mais vívido reflexo de que os nossos próprios conflitos emocionais e nossas frustrações pessoais estão resolvidos ou sob controle.Domínio Próprio: O termo no original é EGKRÁTEIA. Algumas versões traduzem por temperança ou autodomínio. Numa tradução bem mais fiel o termo significa DOMÍNIO PRÓPRIO, ou seja, vitória sobre o desejo. Este mesmo termo é utilizado para designar o controle sobre desejos sexuais e ainda pode ser associado a resignação disciplinar auto-imposta por um atleta que almeja a vitória. Domínio próprio é uma virtude do Espírito Santo das mais sublimes, visto que nenhum conflito humano é tão renhido como o daquelas pessoas que se esforçam para subjugarem-se a si mesmo. Aristóteles dizia que a vitória sobre si mesmo, sobre seus próprios desejos, fazia do homem mais corajoso que os vencedores nas batalhas. Domínio Próprio deve ser a prática normal da vida cristã. Não adianta nos desgastarmos na tentativa de dominarmos os outros, pois enquanto não nos dominarmos a nós mesmos somos apenas escravos dos desejos. Jesus deu-nos exemplos de Domínio Próprio no conflito com Herodes, Lucas 23.6-11, com o Sumo Sacerdote, Mateus 26.63-65 e diante de Pilatos, João 19.8-11, exemplos a serem seguidos por tudo o crente cheio do Espírito Santo. Se praticarmos o Amor, a Alegria, a Paz, a Longanimidade, a Benignidade, a Bondade, a Fidelidade, a Mansidão e o Domínio Próprio, seremos bênçãos de Deus para o mundo e seremos abençoados apesar de vivermos em mundo conturbado. Não podemos esquecer que a Bíblia orienta que não há lei que possa se impor sobre os que praticam essas virtudes. Não há código penal que atinja o cristão cheio de Espírito Santo e não há sistema ético que condene um salvo que busca refletir a glória de Deus. Quem vive no fluir do Espírito tem vida em Deus e sua conduta é sempre pacificadora e conciliadora. O cristão que entende e que procura colocar em prática tais virtudes é sempre um cristão equilibrado e vencedor.
3 – A prática da Santidade. 3.1.) Rejeitando as obras da carne. 3.2.) Produzindo o fruto do Espírito.
Hebreus 12:14 "Segui a paz com todos e a santificação; sem a santificação ninguém verá o Senhor". Para entendermos o contexto do trecho lido são necessárias algumas considerações que podem ser esclarecidas com a leitura do capítulo 11. Vejamos portanto: no versículo de Hb 12:1 o escritor diz que estamos rodeados por uma grande nuvem de testemunhas e por isso devemos deixar todo o pecado e o embaraço que de perto nos rodeia. A que nuvem de testemunhas se referia o escritor? E qual é o pecado e o embaraço que nos rodeiam? Ele se referia aos heróis da fé, constantes do capítulo 11. Nesse capítulo encontramos: a mais pura definição do que vem a ser a genuína fé (verso 1), a maneira de entender espiritualmente sobre a criação e a nossa existência (verso 3), o esclarecimento de como é possível agradar a Deus (verso 6). Também vemos diversos relatos de homens e mulheres que tiveram profundas experiências com Deus, desde Abel, passando por Noé, Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, Raabe, Gideão, Davi, Samuel e outros. Estas são algumas testemunhas a que se referem o verso 1º do capítulo 12. São os heróis da fé, que receberam o testemunho da fé, porém não alcançaram a promessa. Coube a nós, dar prosseguimento àquele tipo de fé. Quanto ao pecado e ao embaraço que nos rodeiam, são todas as faltas ou transgressões que cometemos contra Deus, que nos afastam de um relacionamento mais profundo com Ele e impedem o total cumprimento de Sua vontade em nossas vidas e em Seu Reino. No versículo 14 de Hebreus capítulo 12, atesta que sem santificação ninguém verá o Senhor. Que tremenda declaração! Que responsabilidade pesa sobre os ombros das igrejas, de líderes e de todos aqueles que são chamados cristãos! Façamos os seguintes questionamentos: 1-Hoje, como está o seu relacionamento com Deus? 2- Você tem a verdadeira paz que assegura um lugar próximo de Deus? 3- Você tem o Espírito Santo morando dentro de você, te levando à uma vida diferente? 4-Você tem certeza que se morrer agora se encontraria com Deus? 5-Você têm alguma prática na sua vida que não estão querendo consertar? 6-Há algum hábito em sua vida que você ainda não está disposto a consertar? 7-Há algo ou algum valor em sua vida que se Deus lhe pedisse para entregar a Ele neste dia, você teria medo de Lhe entregar? 8-Alguém tem lhe magoado, lhe ferido e você não quer perdoar? 9-Você tem alguma amargura ou rancor interior? 10-Há pecados em sua vida que você nunca confessou a Deus? 11-Há algum pecado, que você sabe que é pecado em sua vida, que você luta para vencer, se esforça e não consegue? 12-Você tem grande desejo, sede de ler a Bíblia sagrada, de conhecer mais de Deus? 13-No dia em que você se encontrou com Cristo houve uma mudança radical em sua vida, em seus hábitos, na maneira de falar, de tratar seus negócios, de trajar-se, de dirigir-se ao seus vizinhos? 14-Houve mudanças no seu palavreado? 15-Você já acusou ou acusa alguém de santarrão, por levar uma vida reta e santa diante de Deus? Um dos grandes problemas quando se prega sobre santificação é que ninguém quer levar sobre si aquela mensagem, muitos dizem que não precisam de uma mensagem sobre santificação. A grande necessidade dos dias de hoje é que as igrejas preguem sobre santidade e santificação. O mundo hoje está contaminado na natureza e na mente dos homens, fruto da corrupção que o pecado causa no interior da natureza humana. O pecado hoje não é apenas praticado, mas sancionado, promovido e até imposto aos homens. Muitos não fumam, mas quantas vezes somos obrigados a fumar, quando estamos dentro de um ônibus, um sala ou um lugar fechado. Nos obrigam a fazer aquilo que não queremos ou não gostaríamos de fazer. Não bebemos, mas nas estradas de automóveis temos que nos defender daqueles que dirigem embriagados. O pecado não é apenas praticado e nem sancionado, é também impingido, sobre nós. Pecado é errar o alvo de Deus. O pecado traz conseqüências danosas, desastrosas, destruidoras. No Velho Testamento a Bíblia diz que o pecado trará conseqüências até às terceiras e quartas gerações. Lembram-se do pecado de Davi, que caiu em pecado de adultério com Bate Seba, mandou matar seu marido, Urias, e quando foi confrontado com o profeta Natã chorou amargamente pedindo a Deus misericórdia. Deus perdoou a Davi, o chamou de volta, o acolheu, lhe chamou de filho disse que faria dele um homem segundo o Seu coração, mas Deus não retirou as conseqüências danosas do pecado de Davi. O filho bastardo de Davi morreu. Os filhos de Davi se rebelaram contra o pai. Tamara sua filha, foi estuprada pelo próprio filho e a casa de Davi foi amaldiçoada pela rebelião de seus filhos. Não se pode brincar com o pecado. Alguns dizem: "não há mal que não traga um bem". Pecado nunca redunda em bem. Maldade nunca redunda em bem. A Bíblia diz que um abismo chama outro abismo e que o salário do pecado é morte. O homem não pode basear todas as suas decisões daquilo que é certo e errado apenas pela sua consciência. O fiel da balança do que é certo ou errado não é a doutrina de uma igreja, não são os padrões morais, e sim é a imutável Palavra de Deus, que nos diz qual é o caminho do certo e errado. O homem pode ter a sua consciência cauterizada. O homem pode calar a sua própria consciência. Temos exemplos claros disso: os nazistas matavam milhares de pessoas, lançando-as em caldeirões dos campos de concentração para fazer sabão, insensíveis, não sentiam nada, porque de tanto manipular as suas consciências, elas foram violadas e não podiam mais servir de árbitro para o que era certo ou errado. Foi por isso que Deus não falou através de um raio, através de um trovão foi por isso que Deus deixou a Sua imutável Palavra para que ela servisse de árbitro de juiz, e que ponderasse nos corações e pensamentos dos homens. Aquele que achar que viver bem e ser bem relacionado com o mundo é preciso experimentar o caminho do mundo, está enganado. Quem pensa que pode ser testemunha tendo os mesmos padrões do mundo está se enganando. O mundo e os ímpios estão em todos os cantos nos convidando para participarmos de suas coisas. Quando o cristão cede ao convite a primeira coisa que ouve é: "mas, você está por aqui, eu pensei que..." logo você aqui, fazendo essas coisas. Foi ele que lhe havia convidado. Nunca pense que para ser uma testemunha do evangelho é preciso participar do que não presta. A nossa missão é ser luz do mundo e sal da terra. A Bíblia diz "que brilhe a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai que está nos céus". Nem tudo o que traz felicidade é certo. Alguém vive em adultério e diz, mas eu sou tão feliz! Ser feliz não é parâmetro para o que é certo ou errado. Quando é que uma pessoa começa a se embaraçar em pecados? Começa quando ela está com a sua vida espiritual desorganizada, ou não está trilhada no caminho de Deus, e começa a rejeitar a Palavra de Deus. Por isso o questionamento; se você tem profundo desejo de ler a Palavra de Deus. Este livro sempre te afastará do pecado e o pecado te afastará de Deus e desse livro. Quem não tem a sua vida baseada nas Sagradas Escrituras não gosta de ler os textos que falam de santificação e santidade, porque a primeira reação é que ela vai mudar a sua vida. Será que amam e desejam as Escrituras? Não há crente vitorioso sem ler e se dedicar à Bíblia. Não existe cristianismo sem amor às Sagradas Escrituras. Se você é daqueles que passam dias ou semanas e semanas, quinze ou vinte dias sem ler a Palavra de Deus e não sente falta, não sente sede, não sente desejo de crescer neste livro, alguma coisa séria está acontecendo com sua vida cristã. Você não está vivendo o cristianismo. Quem vive em pecado, usa logo como escudo aquele versículo: " não julgueis", procura esconder o pecado e a impureza que está dentro dele. E é o versículo que ele mais usa. Jesus disse: tire o cisco que está no teu olho antes de tirar a trave que está no olho do teu vizinho. A pessoa que está em pecado gosta de apontar o dedo nos outros. Um dos primeiros sinais de alguém que está esfriando ou se desviando é começar a acusar os outros, acusando para se defender, querendo mostrar que os outros são piores do que ele. Veremos como podemos alcançar vitória diante de Deus, deixando o pecado e o embaraço e possamos correr para a carreira de santificação que nos está proposta. Em 1º lugar, mude de atitudes. Com respeito a Deus. Não seja apenas um mero ouvinte, um mero observador, um mero religioso, mude a sua atitude em relação a Deus e busque conhecer a Deus e busque ter um relacionamento com Deus e entregue a sua vida ao Senhor. Em Jó 42:5, o escritor diz: "com ouvidos eu ouvira falar de ti, mas agora te vêem os meus olhos. "Mude de atitudes com relação ao pecado. O mais devastador do pecado não é que ele agride a mim mesmo, não é que ele fere a mim mesmo, mas que ele agride o coração de Deus, fere o coração de Deus. O pecado traz conseqüências danosas por toda eternidade. Trate o pecado como pecado. No Salmo 51:4 Davi diz que pecou contra Deus.Com respeito a salvação, Em João 17:3, vemos que teremos a vida eterna conhecendo a Deus. Salvação é relacionamento com Deus. Todo o indivíduo que recebeu Jesus como Salvador foi feito uma nova criatura, foi feito um filho de Deus, como já vimos, e foi também santificado, lavado, liberto dos seus pecados, pelo Senhor Jesus Cristo. E é por esta razão que é chamado de SANTO. Santo não é uma pessoa que nunca falha na vida, ou que é perfeito, mas SANTO é uma pessoa que foi santificada dos seus pecados, que foi liberta, lavada dos seus pecados, por Jesus Cristo. Vemos pois, pela Bíblia, que todos os irmãos em Cristo de todas as partes do mundo são SANTOS. Não somos santos por mérito próprio. Não podemos comprar a santidade com as nossas obras. Somos santos porque Jesus derramou o Seu Sangue por nós, para nos santificar dos nossos pecados e nos reconciliou com Deus, o Pai. Não sou eu que me faço a mim próprio santo; não é você que se faz a si próprio santo e não é nenhum homem que pode intitular uma pessoa de santo. Só Deus o pode fazer. E Deus fez-nos Santos à custa do sacrifício de Jesus e não à custa das nossas obras. Na vida de um cristão há dois tipos de Santificação: 1 - Santificação Instântanea. 2 - Santificação Progressiva. A SANTIFICAÇùO INSTANTANEA; dá-se no instante em que uma pessoa recebe Jesus como Salvador, e consiste em Jesus perdoar e apagar todos os pecados dessa pessoa, desde o dia em que nasceu até à data que se entregou a Jesus. A SANTIFICAÇAO PROGRESSIVA é da responsabilidade do crente, que já nasceu de novo, e consiste em confessar os seus pecados a Deus, depois do dia que recebeu Jesus, e também em começar a viver de acordo com um padrão de Vida agradável a Deus. SANTIFICAÇAO INSTANTANEA; Todos nós quando nascemos trazemos a natureza errada, por causa de Adão e Eva e além disso, também pecamos. Não há ninguém que não peque. Se não fosse Jesus morrer por nós para nos lavar e purificar dos nossos pecados, não tínhamos qualquer hipótese de entrar no reino de Deus. ROMANOS 3:9-10 - "Pois quê? somos nós mais excelentes? de maneira nenhuma, pois já dantes demonstrámos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado. Como está escrito: “Não há um justo, nem um sequer". ROMANOS 3:23 - "Porque todos pecaram e distituídos estão da glória de Deus". Todos nós, antes de termos entregue a nossa vida a Jesus, éramos pecadores, e estávamos condenados à perdição eterna. Algumas pessoas não se apercebem deste fato, e pensam que um dia Deus as salvará, porque elas são boas pessoas, pagam as suas contas, não desejam mal a ninguém, etc, etc... Mas isto é um grande engano. Aos olhos de Deus é tão grave matar, roubar e adulterar, como é mentir, criticar e falar mal de outras pessoas. Éramos estranhos e inimigos de Deus, por causa das nossas más obras. Mas Jesus derramou o Seu sangue na Cruz para pagar pelos nossos pecados, e para nos poder apresentar a Deus Pai SANTOS, IRREPREENSÍVEIS E INCULPÁVEIS. Ao recebermos Jesus como nosso Salvador e Senhor, Jesus nos limpa de todos os pecados e nos apresenta a Deus: - SANTOS - IRREPREENSÍVEIS- INCULPÁVEIS; Sabe porque isto é tão importante? Porque quando éramos pecadores, estávamos debaixo do poder do diabo. Éramos escravos do diabo quer acreditássemos quer não. E quando nascemos de novo ao receber Jesus, Jesus nos libertou das garras do diabo, Jesus nos libertou da escravidão de satanás, e nos pôs no reino de Deus. COLOSSENSES 1:13 - "O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor"; João 10:10 - " O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir: eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância".Ele busca ocasiões para destruir as pessoas, através de doenças, acidentes, problemas, etc ... Mas, a glória seja dada a Deus, no dia em que recebemos Jesus, Ele nos liberta da escravidão do diabo, nos liberta do domínio do Pecado. Agora já não há nenhuma condenação em relação a nós. Podemos vir a Deus com a confiança de que nos vai ouvir e responder, e com a certeza de que o diabo já não pode governar mais a nossa vida. SANTIFICAÇÃO PROGRESSIVA; Agora sou salvo, sou uma nova criatura,um filho de Deus, Santo e Justo, livre dos meus pecados anteriores. Mas será que nunca mais pecarei? Infelizmente não é assim. Depois de recebermos Jesus, por muita vontade e determinação que tenhamos em fazer só o bem, de vez em quando pecamos, fazendo o que não devíamos. Agora põe-se a questão: temos solução? Felizmente que sim, já que Jesus também providenciou para esses pecados posteriores à nossa conversão. 1 João 1:8-9 - "Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça". SANTO - quer dizer santificado, purificado dos seus pecados. SANTIFICADO - quer dizer separado, tirado deste Mundo para o Reino de Deus; separado, posto à parte, do Pecado; separado, posto à parte, para Deus; separado, posto à parte, para a Obra de Deus. SANTIFICAÇÃO INSTANTÃNEA - Dá-se no dia em que Nascemos de Novo - Cabe totalmente a Deus. SANTIFICAÇÃO PROGRESSIVA - Começa no dia em que Nascemos de Novo. - Cabe a nós faze-la com a ajuda do Espírito Santo. - Consiste em viver de acordo com um padrão agradável a Deus. - Consiste em tornar-se cada vez mais parecido com Jesus Cristo. SANTIFICAÇÃO PROGRESSIVA PRODUZ FRUTOS; O fruto do Espírito traduz-se no CARÁCTER DO CRISTÃO (Gálatas 5:22).
Conclusão
“É preciso, a esta altura, indagar se clamamos por um cristianismo que tenha apreço e zelo por esta ortodoxia (pensamento correto) e ortopraxia (prática correta); ou, o apreço e zelo mostram-se diametralmente opostos à origem, natureza, motivação e propósito do cristianismo à medida que se observa o movimento de crescimento de igrejas? A olhos bem vistos, está difícil crer que o movimento da Igreja no Brasil esteja preocupado com o apreço e zelo pelas coisas sagradas, pelos altos e santos propósitos de Deus, tal qual descrito por Paulo na carta aos Filipenses, 3: 12-14. Prosseguir para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus, que se constitui na salvação em toda a sua plenitude, na vida plena do Espírito, totalmente controlada pelo Espírito, para que então haja esta entranhada comunhão entre Criador e criatura. Exatamente, porque o Criador é Espírito e em razão disto, é necessário que os seus adoradores o adorem em Espírito e em verdade (Jo. 4:23, 24). Mas, a operante carnalidade que alimenta os movimentos de crescimento de igrejas e lideranças cristãs, ávidas por valor, nome e fama, têm corrompido o sentido do culto espiritual, imprimindo no meio do povo de Deus o declínio das coisas sagradas, e, permitindo a profunda penetração do secularismo em todos os segmentos da vida.Conforme reportagem em revista popular (revista veja n º 40 de 04/10/2000 pag 90) , informando desde o índice que igreja tolerante com os costumes atrai ricos e famosos, constata-se boquiaberto que a igreja pode ter fiéis que não precisam renunciar à minissaia, ao topless e evidenciar o nu em revistas especializadas. Na mesma marcha, não se exige de homossexuais a mudança de comportamento. Verifica-se, que pastores usando a Palavra de Deus, enfatizam os cuidados com o corpo e stress, numa combinação sedutora e conjugando tudo com a presença do Espírito Santo; que as pessoas estão para Deus assim como os elétrons estão para os átomos. Justamente, em razão deste evangelho “vida mansa”, constata-se, a céu aberto, que a igreja evangélica tem crescido em número, mas em carnalidade; em adoração emocional e superficialidade; em contribuição financeira, mas em ostentação material; em sentido de culto ao corpo e valores terrenos; tem crescido em número e qualidade de pregadores profissionais de púlpito, os quais se encontram imersos nos interesses eclesiásticos e administrativos, mas sem padrão ético-teológico e sem santidade prática: não experimentam o que é gastar a vida pelas suas ovelhas. Quando se passa a compreensão de que, as pessoas estão para Deus assim como os elétrons estão para os átomos, isto é, girando ao redor de Deus, é desconhecer a natureza humana e seu poder de inimizade. O homem, além de não se voltar para Deus, recalcitra em fazer a Sua vontade. Deus é que vem ao encontro do homem, para buscá-lo e salvá-lo, e, ao contrário da afirmativa de que os homens giram ao redor de Deus, Deus é quem se acampa ao redor daqueles que O temem. Temer ao Senhor é clamar pela Sua misericórdia e clemência. Não é viver tolerante com os nossos dias, com vida dúplice, servindo a Deus e aos apelos da carne, louvando a Deus em culto público e no momento seguinte, contrariando a Vontade de Deus; orar a Deus em um momento, e proferir palavrão em outro; ofertar, realizando conchavos e negociatas. O mesmo se diga sobre as músicas executadas nos cultos, com utilização de bandas especializadas em causar frenesi e entretenimento nos ouvintes, a título de culto, mas carnal a toda prova. O tipo de música que embala os ouvidos e o corpo das pessoas tornou-se ponto pacífico nas igrejas. “Precisamos tomar cuidado (...) para que nossos ouvidos não prestem mais atenção na música do que nossas mentes ao significado espiritual das palavras (...). Canções compostas meramente para agradar ou acariciar os ouvidos são impróprias à igreja e só podem ser desagradáveis a Deus”. Agostinho, reconheceu que a música deve ser sempre serva da Palavra de Deus. Em sua obra Confissões, ele escreveu o seguinte: “Estou inclinado a aprovar o costume de se cantar na igreja. Mesmo assim quando sou mais tocado pela música do que pelo objeto da mesma, confesso que peco de forma a merecer punição, e assim sendo prefiro não ouvir a cantoria”. A música, é certo, precisa ajudar-nos a ouvir a Palavra de Deus, conter doutrina sólida e edificar a Igreja. Constata-se, com tristeza, , por tantas notícias e observações que se nos chegam das mais variadas maneiras, que a despeito da pluralidade de igrejas evangélicas nos dias de hoje, há sem sombra de dúvidas, uma grande falta de uma verdadeira espiritualidade entre os que se dizem irmãos em Cristo, principalmente, na pregação e na hinologia. A perda dos padrões ético-teológicos, a ignorância dos ricos ensinamentos bíblicos da espiritualidade, a falta de zelo por santidade de vida, a necessidade de desenvolver uma espiritualidade na perspectiva da vida, exemplo e ministério de Jesus, constituem-se nos desafios dignos da mais séria consideração por parte da igreja”. Cruciante e triste, é que alguns líderes do povo de Deus, não assumem a postura de quem foi chamado para servir. Na ânsia de ter a casa cheia, bom salário, terno bem cortado, findam por transigir com princípios claros da Palavra de Deus, tais como ser humilde de coração (Mt. 11:29,30), imitador de Cristo (Jo. 15:14 –16), desenvolver um espírito de renúncia e abnegação (Mt. 16:24,25). As palavras do filósofo existencialista Karl Jasper é um retrato do que acontece nos dias de hoje: “O poder da liderança está se esvaziando hoje em toda parte. Vemos mais e mais que os homens que estão sendo conduzidos para o topo não são verdadeiramente líderes”. Este prognóstico bem que pode sorver das alentadas admoestações de Paulo, quando em Mileto, chama os presbíteros da igreja de Éfeso e lembra-os do peso e preocupação que devem nutrir pela igreja de Deus, a qual Ele comprou com o seu próprio sangue. Enfatiza Paulo: “Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles. Portanto, vigiai (...). De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes” (At. 20: 17 – 34). Uma liderança que propague um modelo mundano, carnal e vida anímica, nunca poderá dar ouvidos à verdade. Pelo contrário, entrega-se às fábulas (2 Tm. 4:4) e nada como fábulas para atraírem gente e movimento, porque a fábula não tem existência real, nivela-se ao artístico. Inventa-se modismo para cultuar a Deus e assim vai transmudando-se a ordem dos valores celestiais para os valores seculares e antropocêntricos. O que é para ser de glória em glória até ser dia perfeito, transmuda-se para o caminho de carne em carne, para o caminho da religião atrativa e destituída dos valores de Jesus de Nazaré. Aumenta-se os seguidores que atendem ao apelo de um Cristo que pode fazer alguém prosperar ou determinar uma bênção; um Cristo que veste roupas das melhores e mais afamadas grifes e circula de braços dados com artistas e jogadores de futebol, denotando sucesso, riquezas e cosmeticidades. Mas este não é o caminho do Justo. O Filho do Homem veio a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos (Jo. 9:39). O caminho do santo é não satisfazer os desejos da carne. O seu discernimento deve ser no Espírito, para jamais (isto quer dizer nunca), satisfazer os desejos da carne. A igreja deve preservar a sã doutrina, apesar de estar cercada de mestres que pensam e pregam segundo as suas próprias cobiças (2 Tm 4:3). Ainda que de qualquer modo as portas do inferno não prevalecerão contra ela, é necessário ser voz de quem clama verdades bíblicas a fim de fazer a diferença no mundo (2 Tm. 4:1,2). A Bíblia não incentiva nenhum culto voltado para o bem estar das pessoas. A Bíblia não existe para o deleite da mente carnal. A Bíblia é doutrina e prática que salva a pessoa por inteiro e a prepara transformando-a para ser semelhante a Jesus. É preciso que a Igreja seja a consciência da sociedade e a voz clamorosa que denuncia a enfermidade porque passam os líderes do povo evangélico, seduzidos pelo sedutor de todo o mundo (Ap. 12:9), anjo de luz que lhes apresenta o mapa da mina, ganha as suas preocupações e imprime neles o espírito desta era. A Igreja é o povo peregrino de Deus. É a que corre por todos os cantos da terra instando todos os homens a reconciliarem-se com Deus, e apressa-se em chegar ao fim do tempo para encontrar seu Senhor, que reunirá todos em um. A sociedade brasileira carece de uma mensagem confrontadora. A Igreja precisa parar de pregar sobre Jesus Cristo às pessoas “como se Ele fosse um produto de consumo, à disposição nas prateleiras do mercado eclesiástico”; A Igreja precisa parar de apresentar Cristo Jesus no “melhor dos estilos ‘fada madrinha’, prometendo-se casa, carro, dinheiro e toda sorte de prosperidade”. As pessoas devem ser levadas a uma verdadeira convicção de pecados e conscientizarem-se de que, precisam urgentemente da graça redentora de Deus. Toda aberração teológica, assim como escândalos morais e transgressões da lei de Deus, aponta para uma vitória de satanás. O shopping center do sistema maligno conseguiu escravizar os crentes de tal maneira que eles se sentem impotentes ao se defrontarem com as ciladas do diabo. Inventaram que ser crente é moda, dá status e gera promoções. O meio artístico veio para dentro da Igreja como se fosse aquisições pela pregação da fé, mas tantos insistem em patrocinar escândalos aqui e acolá. É crível que haja conversões verdadeiras, mas o convertido a Cristo Jesus prima pela pureza (Sl. 18:20) e padrão de santidade (1 Pe. 1:13-16), e, a Deus, somente a Deus, dedica a razão da sua existência. É certo que se propague a idéia de que tudo é relativo. Entretanto, para a Igreja de Deus, permanece o dever de manter o conteúdo do evangelho: “Eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo” (Jr. 7:23; 33:31); sede santos, porque eu sou santo (1 Pe. 1:16). A única opção de vida e que dá sentido à vida, é conhecer e prosseguir em conhecer o Senhor. Os agentes como sal da terra e luz do mundo são assim chamados para difundir o evangelho que passa pela cruz de Jesus. Uma Igreja que pregue a cruz deve, ela própria, ser marcada pela cruz. A reconciliação e a paz entre os homens, não significa reconciliação e paz com Deus. A paz entre os homens pode ser sugestionada, adquirida mediante argumentos e desprendimentos socio-políticos, mantida por longos períodos. Mas a paz com Deus reclama revelação de uma pessoa, Jesus Cristo homem. Se o Filho do Homem não nos libertar, efetivamente não seremos livres e conseqüentemente, não teremos a paz de Deus. A grife, o status, a moda, a música, a pregação, o ambiente refrigerado, a cadeira confortável, e tudo mais pode e deve estar produzindo conforto às almas das pessoas. Mas este conforto, indaga-se, as levá-las-ão a um padrão de santidade requerido por Deus? O aspecto do evangelho mais urgente que precisa ser resgatado na pregação, é o aspecto onde subsistem as sombras. É necessário tratar incisivamente com o pecado, revelando e apontado-o em sua triste realidade bíblica, como uma ofensa nauseante à santa lei de Deus. Não há como melhorar o evangelho para torná-lo mais acessível.O evangelho é como está na Palavra de Deus, como foi outorgado por Deus e portanto, deve ser pregado como Deus no-lo revelou, envolvendo a doutrina da ruína do homem em razão da queda – o homem é totalmente corrupto – e por essa razão está debaixo da ira de Deus. É necessário que isso seja sempre pregado para que, homens e mulheres compreendam que são pecadores, e, que as suas obras humanas são totalmente inúteis. Suas obras humanas aos olhos do santíssimo Deus, não passam de “trapos de imundícia” e para nada se aproveitam. Mas o perigo de se pregar o outro evangelho, aquele da “vida mansa”, está sempre presente, como sói acontecer em nossa terra de Brasil. Veja como o Pregador adverte o homem: “Vi ainda debaixo do sol que não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes, a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes, o favor; porém tudo depende do tempo e do acaso. Pois o homem não sabe a sua hora. Como os peixes que se apanham com a rede traiçoeira e como os passarinhos que se prendem com o laço, assim se enredam também os filhos dos homens no tempo da calamidade, quando cai de repente sobre eles”(Ec. 9:11,12). O apóstolo Paulo também é insistente em sempre observar a sutil e insinuante perseguição promovida pelo inimigo de nossas almas. Diz: “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo” (Cl. 2:8).”
beijinhos
2006-10-27 03:11:01
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answer #1
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answered by Leyloca 6
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