Olha se vc soubesse o qnto esta pilula faz mal....
Este tipo de pílula contém uma dose de progestagênio (75mg) 20 vezes maior que a pílula anticoncepcional comum. Por outro lado, está começando a ser utilizada por muitas mulheres, especialmente adolescentes, como um método anticoncepcionais a mais; quer dizer, não utilizam habitualmente nenhum método anticoncepcional dos usados, e se têm alguma relação sexual, das denominadas "desprotegidas", recorre à contracepção de emergência. Por isso, é recorrente que muita mulheres, utilizem a pílula do dia seguinte depois mais de uma vez ao ano, inclusive algumas chegama três ou quatro. Como conseqüência desta prática estas mulheres estão submetendo seu organismo a choques hormonais muito fortes.
Não sou ginecologista mas passarei as informações de alguns e se quizer tirar dúvidas consulte tb:
http://www.gineco.com.br
http://www.terra.com.br/jovem/sexo/laura/2002/05/03/000.htm
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Bom acho melhor te passar algumas informações úteis, espero q a ajudem
(é um pouco grande mas irá te exclarecer bastante, além de te ajudar a resolver sua dúvida):
Efeitos colaterais da contracepção de emergência
Autor: Justo Aznar
Ao falar dos efeitos adversos da contracepção de emergência, um primeiro aspecto que deve ser avaliado é que método de contracepção se utiliza, pois estes efeitos são diferentes em cada um deles, seja o dispositivo intrauterino, a pílula do dia seguinte composta por estrogênios mais progesterona, ou a pílula do dia seguinte que contém unicamente progestagênios. Esta última é la mais utilizada, sendo vendidas com o nomes comerciais: Norlevo, Postinor e Postfemin. Neste informe vamos nos referir exclusivamente a ela. Esta pílula contém como princípio ativo um progestagênio, o levonorgestrel, que se administra em duas doses de 0.75mg, a primeira o mais rápido possível depois da relação sexual e a segunda 12 horas depois da primeira.
Em primeiro lugar, acredito que convém indicar que os efeitos secundários da pílula do dia seguinte, até agora apresentados, são pequenos (N Eng J Med 349; 1832, 2003), mas objetivos, sendo preciso haver uma reavalização dos mesmos. Do mesmo modo, a maioria dos trabalhos se decantam por considerar que o risco/benefício do uso da pílula do dia seguinte é positivo, se considerada especialmente negativa a possibilidade de uma gravidez depois de uma relação sexual esporádica. Por esta razão, já em 1998, foram fabricadas no mundo mais de 1 milhão de cartelas deste tipo de píldoras (Lancet 325; 428, 1998) e na atualidade seu uso está legalizado em mais de 80 países (BMJ 326; 75, 2003).
De forma global pode-se dizer que a metade das usuárias da pílula do dia seguinte apresentam algum efeito colateral negativo (BMJ 325; 1395, 2002), número que outros trabalhos concretam em 12 % das mulheres que a usam (Contraception 64; 17, 2001). Sem dúvida, os efeitos adversos mai freqüentes são náuseas e vômitos, e assim, já em 1990 (Obst Gynecol 76; 552, 1990), em uma avaliação que incluia 12 estudos e mais 4500 mulheres, foram detectadas náuseas em 42 % de elas e vômitos em 16 %. Em outros trabalhos foram detectados mais efeitos. Em uma avaliação de 1998 (Lancet 352; 428, 1998) foram detectadas náuseas (23 %), dor gástrica (17 %), fadiga (17 %), dor de cabeça (16 %), enjôos (11%), aumento da sensibilidade mamária (11 %), vômitos (7 %) e outras alterações (13 %). Em outro mais recente aparecem: náuseas (15 %), vômitos (15 %), diarréias (3 %), fadiga (13 %), vértigens ou enjôos (20 %), dor de cabeça (10 %), aumento da sensibilidade mamária (8 %), dor abdominal (15 %), sangramento vaginal (31 %) e atraso da menstruação (5 %) (Lancet 370; 1803, 2002). Estes não são efeitos colaterais graves, mas sim objetivos.
Por outro lado, é conhecido que os anticoncepcionais orais compostos por estrogênios e progesterona podem aumentar nas usuárias o risco de fenômenos tromboembólicos. Entretanto, a relação com a pílula do dia seguinte, este efeito adverso está menos definido, pois ao administrar somente duas doses do progestagênio, os mesmos parecem escassos. De todas as formas, em um trabalho recente (Contraception 59; 79, 1999), de 73.302 mulheres que receberam 100.615 prescrições da pílula do dia seguinte, entre 1989 e 1996, 19 desenvolveram trombose venosa profunda o embolia pulmonar.
Recentemente foram publicados dois informes do "Population Research Institute", de 5 e 12 de março de 2004 ( pri@pop.org), nos quais avaliam os possíveis efeitos colaterais que a pílula do dia seguinte poderia ter nas adolescentes norte-americanas em caso de que a proposta enviada ao FDA (Foods and Drug Administration), pela firma comercial "Women's Capital Corporation/Barr Laboratories", para legalizar sua distribuição, fora aprovada. Além dos efeitos colaterais anteriormente referidos, como reconheceram David A. Grimes, um dos oito promotores do plano apresentado por aquela firma comercial ao FDA, "o uso repetido da pílula do dia seguinte pode alterar seriamente o ciclo feminino", o que poderia dificultar na usuária a distinção entre um atraso menstrual por irregularidades do ciclo ou uma gravidez. Também sugerem, que como ocorreu em outros países, o uso da pílula do dia seguinte pode aumentar o número de relações sexuais, ao trivializá-las, o que poderia favorecer o aumento de doenças sexualmente transmissíveis.
Do mesmo modo, em um recente informe publicado pela Secretaria do Comitê de Atividades Provida dos Bispos norte-americanos ( www.usccb.org/ogc/ec-fda.htm), referente ao plano anteriormente comentado para introduzir o uso da pílula do dia seguinte nos Estados Unidos, comentam alguns dos efeitos colaterais que o uso desta pílula pode tr, referindo-se, além dos efeitos colaterais, o aumento do risco de gravidez ectópico, citando que no Reino Unido foram detectadas duas gestações ectópicas entre 201 gestações inesperados depois de utilizar a pílula do dia seguinte (Chief Medical Officer's Update nº 35, January 2003). Algo semelhante ocorreu na Nova Zelândia, pelo que o Centro de Controle de Efeitos Colaterais deste país, fez chegar aos que receitam estes fármacos a sugestão de que "lembram as mulheres a possibilidade de uma gravidez ectópico, se depois de tomar a pílula do dia seguinte se produz um gravidez inesperado (Contraception 50;544,1994).
De todas formas ao avaliar os efeitos adversos que a pílula do dia seguinte pode ter, é preciso considerar um aspecto que parece de inegável interesse. Como já foi dito, este tipo de pílula contém uma dose de progestagênio (75mg) 20 vezes maior que a pílula anticoncepcional comum. Por outro lado, está começando a ser utilizada por muitas mulheres, especialmente adolescentes, como um método anticoncepcionais a mais; quer dizer, não utilizam habitualmente nenhum método anticoncepcional dos usados, e se têm alguma relação sexual, das denominadas "desprotegidas", recorre à contracepção de emergência. Por isso, é recorrente que muita mulheres, utilizem a pílula do dia seguinte depois mais de uma vez ao ano, inclusive algumas chegama três ou quatro. Como conseqüência desta prática estas mulheres estão submetendo seu organismo a choques hormonais muito fortes. Neste sentido não é se sabe em que medida isto pode afetá-las, especialmente às adolescentes. É algo que deverá ser avaliado em estudos realizados a longo prazo.
O dia depois da pílula
A julgar pelo uso rotineiro, sobretudo pelas jovens, a pílula do dia seguinte tem sido encarada como um quebra-galho. Grave erro. O contraceptivo nasceu para evitar a gravidez quando outros métodos falharam e não para tirar de uma fria quem transa sem a menor proteção
por Thais Szegö
Contracepção de emergência. O nome já diz tudo e se refere a um método que só deve ser usado em episódios extremos se a camisinha estoura ou, pior, em caso de violência sexual. Mesmo assim, muitas mulheres, principalmente as adolescentes, ignoram essa indicação e exageram na dose. Literalmente. Engolem a badalada pílula do dia seguinte a torto e a direito, fazendo dela a substituta dos contraceptivos tradicionais. "Já tive pacientes que tomaram oito doses no mesmo mês", revela, sem conter a perplexidade, a ginecologista Albertina Duarte Takiuti, que também é coordenadora do Programa de Saúde do Adolescente do Estado de São Paulo. "Acompanho casos assim no hospital público e no meu consultório", endossa o hebiatra Maurício de Souza Lima, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Os números confirmam a suspeita de exagero: as 550 mil unidades vendidas em 2000 saltaram para 3,4 milhões até setembro de 2004.
Mais do que uma atitude imprudente, é um verdadeiro atentado à saúde. A pílula do dia seguinte chega a ter dez vezes mais hormônio que as convencionais. Abusar dela pode causar danos graves, como câncer de mama e de útero, problemas em uma futura gravidez, além de trombose e embolia pulmonar. "Um estudo de minha autoria com 136 meninas entre 11 e 20 anos que fizeram uso do remédio e acabaram sendo atendidas no Hospital das Clínicas de São Paulo mostrou que 48% delas tiveram algum tipo de efeito colateral. Apesar disso, 67% consideraram o método seguro", conta Albertina.
O ginecologista e terapeuta sexual Amaury Mendes Júnior, do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática, tampouco doura a pílula: "Entre o hipotálamo, localizado no cérebro, e os órgãos genitais há um eixo que mantém o compasso do funcionamento do corpo. Hormônio em excesso interfere nesse ritmo". Considere, ainda, que o medicamento só está sendo usado em grandes quantidades há cinco anos. Se nesse espaço de tempo já se conhecem tantos efeitos colaterais, pode se imaginar que muitos mais ainda virão à tona. "São necessários pelo menos outros cinco anos para que todos os prejuízos sejam revelados", estima Albertina Duarte Takiuti.
Ainda não há estudos determinando o que é uma superdosagem, mas a experiência clínica sugere que tomar mais do que uma pílula desses por mês já seria um abuso, apesar de o efeito não ser assim tão acumulativo. "Depois de dois a três dias, a droga é eliminada do organismo", garante a farmacêutica Julieta Ueta, da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, no interior paulista.
A contracepção de emergência encerra, ainda, a discussão sobre um suposto efeito abortivo. Será que engolir a pílula do dia seguinte seria interromper uma vida? O Ministério da Saúde, que distribui o comprimido e uma cartilha sobre o assunto, defende por mais confuso que possa parecer que a vida não começaria com a fecundação, ou seja, com aquele encontro do óvulo com o espermatozóide. Reza sua cartilha, a gravidez só existe pra valer a partir do momento em que o ovo se implanta no útero para o embrião se desenvolver. A discussão é cheia de nós, até porque mexe com antigos laços da igreja católica.
Outra polêmica, acirrada depois que o Sistema Único de Saúde começou a distribuir gratuitamente a pílula do dia seguinte, refere-se à redução dos abortos clandestinos. E isso seria, em tese, ponto positivo. Não podemos fechar os olhos: a Organização Mundial da Saúde estima que, no Brasil, eles atinjam a cifra de 1,4 milhão de procedimentos anuais,. Só no ano de 2004, 243 998 brasileiras se internaram no SUS para uma curetagem a raspagem do útero a fim de retirar vestígios de embriões abortados.
No mundo ideal, os adolescentes se protegeriam na hora da relação sexual. "Eles conhecem os métodos anticoncepcionais, mas não usam", diz Albertina Duarte Takiuti. E aí vem aquela velha história sobre a importância de se sentirem à vontade para uma boa conversa com os pais sobre sexo. "Não vale um papo careta, com direito a lição de moral, nem forçar intimidade de uma hora para outra", diz Maurício de Souza Lima. "A relação de confiança se constrói no dia-a-dia."
2006-10-25 09:25:22
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answer #7
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answered by Anonymous
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