A ciência: refuta ela a BÃblia?
Em 1613, o cientista italiano Galileu publicou uma obra conhecida como “Cartas Sobre as Manchas Solares”. Nesta obra, ele apresentou evidência de que a terra orbita em torno do sol, em vez de o sol em torno da terra. Ao fazer isso, desencadeou uma série de eventos, que finalmente o levaram perante a Inquisição Católica Romana sob “veemente suspeita de heresia”. Por fim, foi obrigado a “retratar-se”. Por que era considerada heresia a idéia de que a terra se move em torno do sol? Porque os acusadores de Galileu afirmavam que isso era contrário ao que a BÃblia diz.
HOJE é bem difundida a idéia de que a BÃblia é anticientÃfica, e alguns apontam para as experiências de Galileu para provar isso. Mas, é isso verdade? Ao respondermos a esta pergunta, temos de nos lembrar de que a BÃblia é um livro de profecia, história, oração, lei, conselho e conhecimento sobre Deus. Ela não pretende ser um compêndio de ciência. Não obstante, quando a BÃblia toca em assuntos cientÃficos, aquilo que ela diz é inteiramente exato.
Nosso Planeta Terra
2 Tome, por exemplo, o que a BÃblia diz sobre o nosso planeta, a terra. No livro de Jó lemos: “[Deus] estende o norte sobre o vazio, suspende a terra sobre o nada.” (Jó 26:7) Compare isso com a declaração de IsaÃas, que diz: “Há Um que mora acima do cÃrculo da terra.” (IsaÃas 40:22) O quadro apresentado, de uma terra redonda, ‘suspensa sobre o nada’, no “vazio”, lembra-nos fortemente as fotografias do globo terrestre suspenso no espaço, tiradas por astronautas.
3 Considere também o espantoso ciclo da água, da terra. A Enciclopédia de Compton descreve do seguinte modo o que acontece: “A água . . . evapora da superfÃcie dos oceanos para a atmosfera . . . Correntes de ar em constante movimento na atmosfera da terra levam o ar úmido terra adentro. Quando o ar esfria, o vapor condensa-se para formar gotÃculas de água. Estas costumam ser vistas mais como nuvens. Freqüentemente, essas gotÃculas se juntam para formar gotas de chuva. Se a atmosfera estiver bastante fria, formar-se-ão flocos de neve, em vez de gotas de chuva. De qualquer modo, a água que viajou desde um oceano por centenas ou mesmo milhares de milhas cai para a superfÃcie da terra. Ali se junta em correntes ou penetra no solo, e inicia sua viagem de volta para o mar.”1
4 Este notável processo, que possibilita haver vida em terra seca, foi bem descrito na BÃblia cerca de 3.000 anos atrás, em termos simples e diretos: “Todos os rios correm para o mar, porém o mar não fica cheio. A água volta para onde nascem os rios, e tudo começa outra vez.” — Eclesiastes 1:7, A BÃblia na Linguagem de Hoje.
5 Talvez ainda mais notável seja a compreensão da história dos montes provida pela BÃblia. O seguinte é o que um compêndio de geologia diz: “Desde tempos pré-cambrianos até o presente, o processo perpétuo do desenvolvimento e da destruição de montes tem continuado. . . . Os montes não somente se têm originado do leito de mares desaparecidos, mas freqüentemente têm sido submersos muito depois da sua formação, e então novamente elevados.”2 Compare isso com a linguagem poética do salmista: “Cobriste-a [a terra] de água de profundeza como vestimenta. As águas pararam acima dos próprios montes. Montes passaram a subir, vales planos passaram a descer — ao lugar que para elas fundaste.” — Salmo 104:6, 8.
“No PrincÃpio”
6 Logo o primeiro versÃculo da BÃblia declara: “No princÃpio Deus criou os céus e a terra.” (Gênesis 1:1) As observações feitas por cientistas os têm levado a teorizar que o universo material de fato teve um princÃpio. Não existiu sempre. O astrônomo Robert Jastrow, agnóstico em assuntos religiosos, escreveu: “Os pormenores diferem, mas os elementos essenciais no relato astronômico e nos relatos bÃblicos de Gênesis são os mesmos: a cadeia de eventos que conduz ao homem começou súbita e distintamente num momento definido do tempo, num clarão de luz e energia.”3
7 à verdade que muitos cientistas, embora creiam que o universo teve princÃpio, não aceitam a declaração de que “Deus criou”. Não obstante, alguns admitem agora que é difÃcil não fazer caso da evidência de alguma espécie de inteligência por detrás de tudo. O professor de fÃsica Freeman Dyson comenta: “Quanto mais eu examino o universo e estudo os pormenores da sua arquitetura, tanto mais evidência encontro de que o universo, em certo sentido, deve ter sabido que nós estávamos chegando.”
8 Dyson prossegue, admitindo: “Sendo eu cientista, treinado nos hábitos do pensamento e da linguagem do século vinte, em vez de nos do século dezoito, não afirmo que a arquitetura do universo prova a existência de Deus. Afirmo apenas que a arquitetura do universo é coerente com a hipótese de que a mente desempenha um papel essencial no seu funcionamento.”4 Seus comentários certamente revelam a atitude céptica dos nossos tempos. Mas, deixando de lado tal cepticismo, observa-se uma notável harmonia entre a ciência moderna e a declaração bÃblica de que “no princÃpio Deus criou os céus e a terra”. — Gênesis 1:1.
Saúde e Saneamento
9 Considere a maneira de a BÃblia abranger outro campo: a saúde e o saneamento. Quando um israelita tinha uma mancha na pele de que se suspeitava ser leprosa, ele era posto em isolamento. “Será impuro todos os dias em que a praga estiver nele. Ele é impuro. Deve morar isolado. Seu lugar de morada é fora do acampamento.” (LevÃtico 13:46) Até mesmo as vestes contaminadas eram queimadas. (LevÃtico 13:52) Naqueles dias, esta era uma maneira eficaz de impedir que a infecção se espalhasse.
10 Outra lei importante tinha que ver com a eliminação do excremento humano, que tinha de ser enterrado fora do acampamento. (Deuteronômio 23:12, 13) Esta lei, sem dúvida, resguardou Israel de muitas doenças. Até mesmo hoje, em alguns paÃses, criam-se graves problemas de saúde por causa da eliminação imprópria dos dejetos humanos. Se as pessoas nessas terras tão-somente seguissem a lei escrita há milhares de anos na BÃblia, teriam muito mais saúde.
11 As elevadas normas de higiene, da BÃblia, até mesmo envolviam a saúde mental. Um provérbio bÃblico diz: “O coração calmo é a vida do organismo carnal, mas o ciúme é podridão para os ossos.” (Provérbios 14:30) Em anos recentes, a pesquisa médica demonstrou que nossa saúde fÃsica de fato é afetada pela nossa atitude mental. Por exemplo, a Doutora C. B. Thomas, da Universidade de Johns Hopkins, estudou mais de mil pessoas formadas na universidade, durante um perÃodo de 16 anos, confrontando as caracterÃsticas psicológicas delas com a sua vulnerabilidade a doenças. Uma coisa ela notou: As pessoas formadas mais vulneráveis a doenças eram aquelas que mais se zangavam e que mais ansiosas ficavam sob pressão.5
O Que Diz a BÃblia?
12 Se a BÃblia é tão exata em campos cientÃficos, por que dizia a Igreja Católica que o ensino de Galileu, de que a terra se movia em torno do sol, era antibÃblico? Por causa da maneira em que as autoridades interpretavam certos versÃculos da BÃblia.6 Tinham razão? Leiamos duas destas passagens que citavam, e vejamos.
13 Uma passagem diz: “O sol se levanta, o sol se deita, apressando-se a voltar ao seu lugar para novamente tornar a nascer.” (Eclesiastes 1:5, A BÃblia de Jerusalém) Segundo o argumento da Igreja, expressões tais como “o sol se levanta” e “o sol se deita”, significavam que o sol, não a terra, se locomove. No entanto, mesmo hoje, dizemos que o sol se levanta e se põe, e a maioria de nós sabemos que é a terra que orbita, não o sol. Quando usamos expressões assim, apenas descrevemos o aparente movimento do sol, conforme parece ao observador humano. O escritor bÃblico fez exatamente o mesmo.
14 A outra passagem diz: “Assentaste a terra sobre suas bases, inabalável para sempre e eternamente.” (Salmo 104:5, A BÃblia de Jerusalém) Isto foi interpretado como significando que a terra, após a sua criação, não se podia mais locomover. Na realidade, porém, este versÃculo enfatiza a permanência da terra, não a sua imobilidade. A terra nunca será ‘abalada’ para deixar de existir, ou ser destruÃda, conforme outros versÃculos da BÃblia confirmam. (Salmo 37:29; Eclesiastes 1:4) Este texto tampouco tem algo que ver com os movimentos relativos da terra e do sol. No tempo de Galileu, foi a Igreja, não a BÃblia, que impediu o livre debate cientÃfico.
Evolução e Criação
15 No entanto, há um campo em que, segundo muitos, a ciência moderna e a BÃblia irremediavelmente divergem. A maioria dos cientistas crê na teoria da evolução, a qual ensina que todas as coisas vivas evoluÃram duma forma simples de vida, que veio à existência há milhões de anos. A BÃblia, por outro lado, ensina que cada um dos principais grupos de coisas vivas foi criado especialmente e se reproduz apenas “segundo a sua espécie”. Ela diz que o homem foi criado “do pó do solo”. (Gênesis 1:21; 2:7) Trata-se aqui dum flagrante erro cientÃfico da BÃblia? Antes de decidirmos isso, examinemos mais de perto o que a ciência realmente sabe, em confronto com o que ela teoriza.
16 A teoria da evolução foi popularizada no século passado por Charles Darwin. Quando Darwin estava nas ilhas Galápagos, no PacÃfico, ficou muito impressionado com as diferentes espécies de tentilhões nas diversas ilhas, todos os quais, segundo deduziu, devem ter descendido de apenas uma espécie ancestral. Parcialmente por causa destas observações, ele promoveu a teoria de que todas as coisas vivas provinham de uma só forma original simples. A força impulsora por detrás da evolução das criaturas superiores a partir das inferiores, segundo ele, era a seleção natural, a sobrevivência do mais apto. Graças à evolução, segundo ele alegava, os animais terrestres se desenvolveram de peixes, as aves de répteis, e assim por diante.
17 Na realidade, o que Darwin observou naquelas ilhas isoladas não estava em desacordo com a BÃblia, que permite variações dentro de uma principal espécie viva. Por exemplo, todas as raças da humanidade procederam de apenas um casal humano original. (Gênesis 2:7, 22-24) De modo que não é estranho que aquelas diferentes espécies de tentilhões descendessem duma espécie ancestral comum. Mas estes continuaram a ser tentilhões. Não evoluÃram para se tornar falcões ou águias.
18 Nem as diversas espécies de tentilhões, nem qualquer outra coisa que Darwin viu, prova que todas as coisas viventes, quer tubarões, quer gaivotas, elefantes ou minhocas, tenham tido um ancestral comum. Todavia, muitos cientistas afirmam que a evolução não é mais apenas uma teoria, mas sim um fato. Outros, embora reconheçam os problemas da teoria, dizem que crêem nela mesmo assim. à popular fazer isso. Nós, porém, precisamos saber se a evolução foi provada a tal ponto, que a BÃblia tem de estar errada.
Foi Provada?
19 Como se pode testar a teoria da evolução? A maneira mais óbvia é examinar a documentação fóssil, para ver se realmente houve uma gradual mudança de uma espécie para outra. Será que houve? Não, conforme admitem honestamente uma série de cientistas. Um deles, Francis Hitching, escreve: “Quando se procuram elos entre os principais grupos de animais, esses simplesmente não existem.”7 Esta falta de evidência na documentação fóssil é tão óbvia, que os evolucionistas surgiram com alternativas da teoria de Darwin, de uma mudança gradual. No entanto, a verdade é que o repentino aparecimento de espécies de animais na documentação fóssil apóia muito mais a criação especial do que ela apóia a evolução.
20 Além disso, Hitching mostra que as criaturas vivas são programadas para se reproduzirem com exatidão, em vez de evoluÃrem em outra coisa. Ele diz: “As células vivas se reproduzem com fidelidade quase que total. O grau de erro é tão Ãnfimo, que nenhuma máquina de fabricação humana pode chegar perto disso. Há também restrições inerentes. As plantas atingem certo tamanho e se negam a crescer mais. As moscas-das-frutas negam-se a se tornar outra coisa senão moscas-das-frutas, não importa quais as circunstâncias que se inventem.”8 Mutações, induzidas por cientistas durante muitas décadas em moscas-das-frutas, não conseguiram forçar estas a evoluir em outra coisa.
A Origem da Vida
21 Outra questão espinhosa que os evolucionistas deixaram de resolver é: Qual foi a origem da vida? Como veio a existir a primeira forma de vida simples — da qual todos nós supostamente descendemos? Há séculos, isto não teria parecido problema. A maioria das pessoas acreditava então que as moscas podiam desenvolver-se de carne em decomposição e que uma pilha de trapos velhos podia produzir espontaneamente ratos. No entanto, há mais de cem anos, o quÃmico francês Louis Pasteur demonstrou claramente que a vida só pode proceder de vida preexistente.
22 Então, como explicam os evolucionistas a origem da vida? Segundo a teoria mais popular, uma combinação casual de substâncias quÃmicas e de energia provocou uma geração espontânea de vida, há milhões de anos. Que dizer do princÃpio provado por Pasteur? A Enciclopédia Delta Universal explica: “Pasteur mostrou que a vida não pode originar-se espontaneamente nas presentes condições quÃmicas e fÃsicas da terra. Bilhões de anos atrás, porém, as condições quÃmicas e fÃsicas da Terra eram muitÃssimo diferentes”!9
23 Mesmo sob condições bem diferentes, porém, há uma enorme brecha entre matéria inanimada e a coisa viva mais simples. Michael Denton, no seu livro Evolução: Uma Teoria em Crise, diz: “Entre uma célula viva e o sistema não-biológico mais altamente ordenado, tal como um cristal ou um floco de neve, há o mais vasto e absoluto abismo que se possa imaginar.”10 A idéia de que matéria inanimada possa passar a ter vida por algum acaso fortuito é tão remota, que é impossÃvel. A explicação bÃblica, de que ‘vida procede de vida’, visto que a vida foi criada por Deus, está convincentemente em harmonia com os fatos.
Por Que Não Aceitam a Criação
24 Apesar dos problemas inerentes na teoria da evolução, a crença na criação é hoje considerada anticientÃfica, e até mesmo excêntrica. Por que se dá isso? Por que até mesmo uma autoridade tal como Francis Hitching, que honestamente indica as fraquezas da evolução, rejeita a idéia da criação?11 Michael Denton explica que a evolução, apesar de todas as suas falhas, continuará a ser ensinada, porque as teorias relacionadas com a criação “invocam causas francamente sobrenaturais”.12 Em outras palavras, o fato de que a criação envolve um Criador torna-a inaceitável. Este certamente é o mesmo cÃrculo vicioso que já encontramos no caso dos milagres: Milagres são impossÃveis porque são milagrosos!
25 Além disso, a própria teoria da evolução é profundamente suspeita do ponto de vista cientÃfico. Michael Denton prossegue: “Visto ser basicamente uma teoria de reconstrução histórica, [a teoria da evolução, de Darwin,] é impossÃvel de ser verificada por experimentos ou pela observação direta, como é normal na ciência. . . . Além disso, a teoria da evolução trata duma série de eventos Ãmpares, a origem da vida, a origem da inteligência, e assim por diante. Eventos Ãmpares não podem ser repetidos e não podem ser submetidos a nenhuma espécie de investigação experimental.”13 A verdade é que a teoria da evolução, apesar da sua popularidade, está cheia de falhas e problemas. Ela não apresenta nenhum bom motivo para se rejeitar o relato bÃblico sobre a origem da vida. O primeiro capÃtulo de Gênesis fornece um relato inteiramente razoável de como estes “eventos Ãmpares”, que “não podem ser repetidos”, vieram a acontecer durante os ‘dias’ criativos que se estenderam por milênios.
Que Dizer do Dilúvio?
26 Muitos apontam outra suposta contradição entre a BÃblia e a ciência moderna. No livro de Gênesis lemos que, há milhares de anos, a iniqüidade dos homens era tão grande, que Deus determinou destruÃ-los. Todavia, mandou que o homem justo Noé construÃsse uma grande embarcação de madeira, uma arca. DaÃ, Deus trouxe um dilúvio sobre a humanidade. Somente Noé e sua famÃlia sobreviveram, junto com representantes de todas as espécies animais. O Dilúvio era tão enorme, que “ficaram cobertos todos os altos montes que havia debaixo de todos os céus”. — Gênesis 7:19.
27 Donde veio toda esta água para cobrir a terra inteira? A própria BÃblia responde. Na parte inicial do processo de criação, quando a expansão da atmosfera começou a tomar forma, passou a haver “águas . . . debaixo da expansão” e “águas . . . por cima da expansão”. (Gênesis 1:7; 2 Pedro 3:5) Quando veio o Dilúvio, a BÃblia diz: “Abriram-se as comportas dos céus.” (Gênesis 7:11) Evidentemente, as “águas . . . por cima da expansão” caÃram e forneceram grande parte da água para a inundação.
28 Compêndios modernos tendem a rejeitar um dilúvio universal. De modo que temos de perguntar: à o Dilúvio apenas um mito, ou aconteceu realmente? Antes de responder a isso, devemos notar que posteriores adoradores de Jeová aceitavam o Dilúvio como história genuÃna; não o encaravam como mito. IsaÃas, Jesus, Paulo e Pedro estavam entre aqueles que o mencionaram como algo que realmente aconteceu. (IsaÃas 54:9; Mateus 24:37-39; Hebreus 11:7; 1 Pedro 3:20, 21; 2 Pedro 2:5; 3:5-7) Mas há perguntas que precisam de respostas a respeito deste Dilúvio universal.
As Ãguas do Dilúvio
29 Primeiro, não é muito extremista a idéia de toda a terra ter ficado inundada? Na realidade, não é, não. De fato, a terra ainda está inundada até certo ponto. Setenta por cento dela está coberta por água e apenas 30 por cento dela é terra seca. Além disso, 75 por cento da água potável da terra está presa em geleiras e nas calotas polares. Se todo este gelo fosse derreter-se, o nÃvel do mar ficaria muito mais elevado. Cidades tais como Nova Iorque e Tóquio desapareceriam.
30 Além disso, A Nova Enciclopédia Britânica diz: “A profundidade média de todos os mares foi calculada em 3.790 metros, uma cifra consideravelmente maior do que a elevação média da terra acima do nÃvel do mar, que é de 840 metros. Se a profundidade média for multiplicada pela sua respectiva área de superfÃcie, o volume do Oceano Mundial será 11 vezes superior ao da terra acima do nÃvel do mar.”14 Portanto, se tudo fosse nivelado — se os montes fossem achatados e as profundas bacias marÃtimas enchidas — o mar cobriria a terra inteira numa profundidade de milhares de metros.
31 Para o Dilúvio poder acontecer, as bacias marÃtimas antediluvianas devem ter sido mais rasas e os montes mais baixos do que agora. à isto possÃvel? Pois bem, certo compêndio diz: “Onde agora se elevam montes a alturas estonteantes, antigamente, há milhões de anos, estendiam-se oceanos e planÃcies numa monotonia plana. . . . Os movimentos das placas continentais fazem a massa terrestre elevar-se a uma altura em que apenas os mais resistentes animais e plantas podem sobreviver, e, no outro extremo, mergulhar e jazer em esplendor oculto bem abaixo da superfÃcie do mar.”15 Visto que os montes e as bacias marÃtimas se elevam e abaixam, é evidente que, em certa época, os montes não eram tão altos como agora e as grandes bacias marÃtimas não eram tão fundas.
32 O que aconteceu com as águas inundantes após o Dilúvio? Elas devem ter drenado para as bacias marÃtimas. Como? Os cientistas acreditam que os continentes repousam sobre enormes placas. O movimento destas placas pode causar mudanças no nÃvel da superfÃcie da terra. Em alguns lugares, atualmente, há grandes abismos subaquáticos de mais de 10 km de profundidade nos limites das placas.16 à bem provável que — talvez causado pelo próprio Dilúvio — essas placas se tenham movido, o fundo do mar se tenha abaixado e se tenham aberto grandes valas, permitindo que a água drenasse da massa terrestre.
VestÃgios do Dilúvio?
33 Se admitimos que um grande dilúvio pode ter acontecido, então por que é que os cientistas não encontraram nenhum vestÃgio dele? Eles talvez o tenham encontrado, mas interpretaram a evidência de modo diferente. Por exemplo, a ciência ortodoxa ensina que a superfÃcie da terra foi modelada em muitos lugares por poderosas geleiras, durante uma série de épocas glaciais. Mas a aparente evidência de atividade glacial pode à s vezes ser o resultado da ação de água. à bem provável, então, que parte da evidência do Dilúvio seja interpretada erroneamente como evidência duma época glacial.
34 Tem havido enganos similares. Lemos a respeito do tempo em que os cientistas desenvolveram sua teoria das épocas glaciais: “Para eles, houve épocas glaciais em todo estágio da história geológica, em harmonia com a filosofia da uniformidade. Um cuidadoso reexame da evidência, feita em anos recentes, porém, rejeitou muitas destas épocas glaciais; formações anteriormente identificadas como morenas glaciais foram reinterpretadas como leitos depositados por enxurradas de lama, deslizamentos submarinos de terra e correntes turvas: avalanches de águas turvas que depositam sedimentos, areia e cascalho no leito fundo do oceano.”18
35 Outra evidência a favor do Dilúvio parece existir na documentação fóssil. Em certa época, segundo esta documentação, grandes tigres-dentes-de-sabre caçavam suas presas na Europa, cavalos maiores do que quaisquer atualmente vivos percorriam a América do Norte e mamutes percorriam a Sibéria em busca de alimentos. DaÃ, em todo o mundo, espécies de mamÃferos se tornaram extintas. Ao mesmo tempo, houve uma repentina mudança do clima. Dezenas de milhares de mamutes foram mortos e rapidamente congelados na Sibéria. Alfred Wallace, bem-conhecido contemporâneo de Charles Darwin, achava que essa ampla destruição deve ter sido causada por algum excepcional evento mundial.19 Muitos têm argumentado que este evento foi o Dilúvio.
36 Um editorial da revista Biblical Archaeologist observava: “à importante que seja lembrado que a história de um grande dilúvio é uma das mais amplamente difundidas tradições da cultura humana . . . No entanto, atrás das tradições mais antigas, encontradas em fontes do Oriente Próximo, é bem possÃvel ter realmente havido um dilúvio de proporções gigantescas, datando de um dos perÃodos pluviais . . . há muitos milhares de anos.”20 Os perÃodos pluviais eram tempos em que a superfÃcie da terra era muito mais úmida do que agora. Os lagos de água doce, em todo o mundo, eram muito maiores. Teoriza-se que a umidade era causada por pesadas chuvas associadas com o fim das épocas glaciais. Mas alguns sugeriram que, em uma ocasião, a extrema umidade da superfÃcie da terra foi o resultado do Dilúvio.
A Humanidade Não se Esqueceu
37 O professor de geologia John McCampbell escreveu certa vez: “As diferenças essenciais entre o catastrofismo bÃblico [o Dilúvio] e o uniformitarismo evolucionista não se devem aos dados factuais da geologia, mas à s interpretações destes dados. A interpretação preferida depende em grande parte da formação e das pressuposições de cada estudante.”21
38 Que o Dilúvio realmente aconteceu é visto no fato de que a humanidade nunca o esqueceu. Em todo o mundo, em lugares tão afastados entre si como o Alasca e as Ilhas dos Mares do Sul, existem histórias antigas sobre ele. Civilizações nativas, pré-colombianas, da América, bem como aborÃgines da Austrália, todos têm histórias sobre o Dilúvio. Embora alguns relatos difiram nos pormenores, o fato básico de que a terra foi inundada e que apenas poucos humanos foram salvos numa embarcação feita pelo homem aparece em quase todas as versões. A única explicação de tal ampla aceitação é que o Dilúvio foi um evento histórico.
39 Portanto, nos aspectos essenciais, a BÃblia está em harmonia com a ciência moderna. Onde há um conflito entre as duas, a evidência dos cientistas é duvidosa. Onde concordam, a BÃblia muitas vezes é tão exata, que temos de crer que ela obteve suas informações duma inteligência sobre-humana. De fato, a concordância da BÃblia com a ciência provada fornece evidência adicional de que ela é a palavra de Deus, não a de homem.
[Nota(s) de rodapé]
Uma consideração muito mais detalhada do assunto da evolução e da criação encontra-se no livro A Vida — Qual a Sua Origem? A Evolução ou a Criação?, publicado em 1985 e distribuÃdo pela Sociedade Torre de Vigia de BÃblias e Tratados.
O livro Planeta Terra — Geleira traz à atenção a maneira em que a água na forma de calotas de gelo deprime a superfÃcie da terra. Por exemplo, diz: “Se o gelo groenlandês fosse desaparecer, a ilha, por fim, voltaria a elevar-se uns 2.000 pés.” Em vista disso, o efeito dum repentino dilúvio global sobre partes da crosta terrestre pode muito bem ter sido catastrófico.17
Um cálculo menciona cinco milhões.
Mais informações a respeito do Dilúvio podem ser encontradas em Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1, páginas 327, 328, 609-612 da edição em inglês; veja também Ajuda ao Entendimento da BÃblia, páginas 450-452, distribuÃdos pela Sociedade Torre de Vigia de BÃblias e Tratados.
[Perguntas de Estudo]
1. (Inclua a introdução.) (a) O que aconteceu quando Galileu sugeriu que a terra orbita em torno do sol? (b) Embora a BÃblia não seja um compêndio de ciência, o que verificamos quando a comparamos com a ciência moderna?
2. Como descreve a BÃblia a posição da terra no espaço?
3, 4. O que é o ciclo da água, da terra, e o que diz a BÃblia sobre isso?
5. Como está notavelmente atualizado o comentário do salmista sobre a história dos montes da terra?
6. Que declaração bÃblica está em harmonia com as atuais teorias cientÃficas sobre a origem do universo?
7, 8. Embora não admitam o papel desempenhado por Deus no assunto, o que se vêem muitos cientistas obrigados a admitir a respeito da origem do universo?
9. Como reflete sabedoria prática a lei bÃblica a respeito de doenças infecciosas da pele? (Jó 12:9, 16a)
10. Como se beneficiariam muitos em alguns paÃses se seguissem o conselho bÃblico sobre a higiene?
11. Que conselho bÃblico sobre a saúde mental tem-se mostrado prático?
12. Por que insistiu a Igreja Católica que a teoria de Galileu, a respeito da terra, era heresia?
13, 14. Que versÃculos bÃblicos foram mal aplicados pela Igreja Católica? Queira explicar isso.
15. Qual é a teoria da evolução, e como contradiz ela a BÃblia?
16-18. (a) Qual foi uma das observações feitas por Charles Darwin, que o levou a crer na evolução? (b) Como podemos argumentar que aquilo que Darwin observou nas ilhas Galápagos não contradiz a BÃblia?
19. Apóia a documentação fóssil a evolução ou a criação?
20. Por que não permite a maneira de as células vivas se reproduzirem que haja evolução?
21. Que conclusão provada por Louis Pasteur constitui um sério problema para os evolucionistas?
22, 23. Segundo os evolucionistas, como se originou a vida, mas o que mostram os fatos?
24. Apesar dos problemas da teoria, por que se apega ainda a maioria dos evolucionistas à teoria da evolução?
25. Que fraqueza da evolução, falando-se em sentido cientÃfico, mostra que ela não é uma alternativa válida para a criação, para explicar a origem da vida?
26, 27. (a) O que diz a BÃblia sobre o Dilúvio? (b) De onde devem ter vindo, em parte, as águas do Dilúvio?
28. Como era o Dilúvio encarado por antigos servos de Deus, inclusive Jesus?
29, 30. Que fatos sobre a quantidade de água na terra mostram que o Dilúvio era possÃvel?
31. (a) Para haver o Dilúvio, qual deve ter sido a situação da terra antediluviana? (b) O que mostra que era possÃvel que os montes fossem mais baixos e as bacias marÃtimas mais rasas antes do Dilúvio?
32. O que deve ter acontecido com as águas do Dilúvio? Queira explicar isso.
33, 34. (a) Que evidência já têm os cientistas, que talvez seja evidência do Dilúvio? (b) à razoável dizer que os cientistas talvez interpretem erroneamente esta evidência?
35, 36. Que evidência da documentação fóssil e da geologia talvez se relacione com o Dilúvio? Queira explicar isso.
37, 38. Como mostra certo cientista que, segundo a evidência, o Dilúvio talvez tivesse acontecido mesmo, e como sabemos que de fato aconteceu?
39. Que prova adicional vimos a respeito de a BÃblia ser a palavra de Deus, não a de homem?
[Quadro na página 105]
“Do Pó”
A “Enciclopédia Delta Universal” relata: “Todos os elementos quÃmicos que formam os seres vivos também estão presentes na matéria inanimada.” Em outras palavras, os elementos quÃmicos básicos que compõem os organismos vivos, inclusive o homem, também são encontrados na própria terra. Isto se harmoniza com a declaração da BÃblia: “E Jeová Deus passou a formar o homem do pó do solo.” — Gênesis 2:7.
[Quadro na página 107]
“Ã Imagem de Deus”
Alguns indicam as similaridades fÃsicas entre o homem e certos animais como prova do parentesco entre eles. No entanto, eles têm de concordar que as faculdades mentais do homem são muito superiores à s de qualquer animal. Por que tem o homem a capacidade de fazer planos e de organizar o mundo em volta dele, a faculdade do amor, inteligência superior, consciência e concepção do passado, do presente e do futuro? A evolução não consegue responder a isso. Mas a BÃblia sim, quando diz: “Deus passou a criar o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou.” (Gênesis 1:27) No que se refere à s faculdades mentais e morais, e ao potencial do homem, ele reflete seu Pai celestial.1
[Foto na página 99]
A descrição bÃblica, de que a terra está suspensa no espaço, concorda muito bem com o que astronautas relataram ter observado.
[Foto na página 102]
A BÃblia não se envolve em dizer que a terra orbita em torno do sol ou o sol em torno da terra.
[Foto na página 109]
A BÃblia apresenta uma descrição exata do ciclo da água, da terra.
[Foto na página 113]
Se a terra fosse nivelada, sem montes nem abismos, ela ficaria completamente coberta por uma profunda camada de água.
[Foto na página 114]
Encontraram-se mamutes que foram rapidamente congelados após a sua morte.
[Foto na página 115]
Louis Pasteur provou que a vida só pode proceder de vida já existente.
2006-10-25 04:43:58
·
answer #2
·
answered by Anonymous
·
1⤊
0⤋