Obrigação de todos os pais a fazerem:
Instrução dos filhos desde a infância
A MENTE dum recém-nascido tem sido comparada a uma página sem escrita. Na realidade, muitas impressões foram feitas na mente enquanto ainda estava no ventre de sua mãe. E certos traços de personalidade já se acham indelevelmente gravados nele por herança genética. Mas, existe uma enorme capacidade de aprender, a partir do momento do nascimento. Em vez de se tratar duma única página, é como se toda uma biblioteca estivesse à espera de receber a impressão de informações nas suas páginas.
2 O cérebro do bebê, por ocasião do nascimento, pesa apenas uma quarta parte do que pesará em adulto. Mas o cérebro cresce tão velozmente, que, em apenas dois anos, já atinge três quartas partes de seu peso adulto! O desenvolvimento intelectual acompanha o passo. Os pesquisadores dizem que a inteligência da criança aumenta tanto nos primeiros quatro anos da vida, como durante os próximos treze. De fato, alguns declaram que “os conceitos que a criança aprende antes de seu quinto aniversário estão entre os mais difÃceis que há de encontrar”.
3 Conceitos básicos tais como a direita e a esquerda, o alto e o baixo, cheio e vazio, bem como graus comparativos de tamanho e peso, todos parecem muito naturais para nós. Mas, a criança precisa aprendê-los, bem como uma multidão de outros. O próprio conceito da fala precisa ser gravado e fixado na mente do bebê.
4 A linguagem é classificada por alguns como “provavelmente a realização intelectual mais difÃcil que se exige do ser humano”. Se você já tiver lutado para aprender um novo idioma, é provável que concorde com isso. Mas, você teve pelo menos a vantagem de saber como uma lÃngua funciona. O bebê não sabe; contudo, sua mente é capaz de aprender conceitos de linguagem e pô-los a funcionar. Não só isso, mas crianças de tenra idade, que vivem em lares ou regiões bilÃngües, podem falar facilmente até mesmo os dois idiomas — antes mesmo de terem começado a freqüentar a escola! De modo que a inteligência está presente, esperando para ser desenvolvida.
O TEMPO PARA COMEÃAR Ã AGORA MESMO!
5 O apóstolo Paulo, escrevendo ao seu companheiro Timóteo, lembrou-lhe que ele havia conhecido os escritos sagrados “desde a infância”. (2 Timóteo 3:15) Sábios são os pais que reconhecem a fome natural da criancinha de aprender. Os bebês são muito observadores, são todo olhos e ouvidos. Quer os pais se apercebam disso, quer não, os pequeninos estão atarefadÃssimos em assimilar informações, em arquivá-las, em suplementá-las e em tirar conclusões. Na realidade, se os pais não forem cautelosos, a criancinha aprenderá muito bem, em pouco tempo, como manipulá-los segundo os seus desejos. Por isso, a admoestação dada na Palavra de Deus aplica-se desde o nascimento: “Educa o rapaz segundo o caminho que é para ele; mesmo quando envelhecer não se desviará dele.” (Provérbios 22:6) As primeiras lições, naturalmente, são as de amar, com muito carinho e afeição. Mas, junto com isso, precisa haver a necessária correção, aplicada suave, mas firmemente.
6 Fale ao bebê, não em “linguagem infantil”, mas em linguagem simples de gente grande, que é aquela que deseja que aprenda. Quando a criancinha aprender a falar, vai inundá-lo com uma enxurrada de perguntas: ‘Por que chove? Donde vim eu? Aonde vão as estrelas durante o dia? O que está fazendo? Por que isso? Por que aquilo?’ E assim continua, infindavelmente! Escute-as, porque as perguntas estão entre os melhores instrumentos que a criança tem para aprender. Sufocar as perguntas pode significar sufocar o desenvolvimento mental.
7 Mas, lembre-se, assim como o apóstolo Paulo, de que, “quando eu era pequenino, costumava falar como pequenino, pensar como pequenino, raciocinar como pequenino”. (1 CorÃntios 13:11) Responda à s perguntas do melhor modo possÃvel, mas de maneira simples e breve. Quando a criança pergunta: ‘Por que chove?’ ela não quer uma resposta complicada e detalhada. Alguma resposta tal como: ‘As nuvens ficam cheias de água e então a água cai’, talvez a satisfaça. O perÃodo de atenção da criança é curto; ela passa logo para outros campos. De modo que, assim como você dá à criança leite, até que passe a comer alimentos sólidos, dê-lhe informações simples, até que possa compreender o conhecimento mais pormenorizado. — Veja Hebreus 5:13, 14.
8 A aprendizagem deve ser progressiva. Conforme já mencionado, Timóteo conhecia as Escrituras desde a infância. Evidentemente, suas mais primitivas recordações da infância incluÃam ter sido ensinado a BÃblia. Isto, por certo, foi progressivo, assim como pai ou mãe, hoje, ensinaria primeiro o filho a ler. Leia para ele. Quando ainda é pequeno, ponha-o no colo, abrace-o e leia com uma voz agradável. Ele se sentirá bem, em segurança e alegre, e a leitura será uma experiência agradável, não importa quão pouco entenda. Mais tarde, poderá ensinar-lhe o alfabeto, talvez como brincadeira. DaÃ, formule palavras, e, finalmente, componha sentenças das palavras. E faça com que o processo do aprendizado seja algo alegre, tanto quanto for possÃvel.
9 Um casal, por exemplo, lia em voz alta para seu menino de três anos, indicando à criança cada palavra, para acompanhá-los enquanto liam. Em certas palavras, eles paravam, e o menino completava a palavra, tal como “Deus”, “Jesus”, “homem”, “árvore”. Aos poucos, aumentavam as palavras que sabia ler, e, aos quatro anos de idade, já lia a maioria das palavras. Junto com a leitura vem a escrita, primeiro, de letras individuais, e depois, palavras inteiras. Saber escrever seu próprio nome emociona a criança!
10 Cada criança é diferente tendo personalidade exclusiva, e deve ser ajudada a se desenvolver em harmonia com seu potencial e dons individuais, herdados. Se instruir seu filho para que desenvolva forças e habilidades herdadas, ele não precisará sentir inveja diante das consecuções de outras crianças. Cada criança deve ser amada e apreciada pelo que é. Embora você a ajude a vencer ou controlar inclinações erradas, não deve tentar obrigar a criança a se ajustar a um molde predeterminado. Antes, guie-a no melhor uso de suas próprias caraterÃsticas boas de personalidade.
11 O pai ou a mãe pode fomentar o espÃrito de competição egoÃsta por dar a entender a superioridade ou a inferioridade de um filho em comparação com outro. Ao passo que as crianças pequenas, logo cedo na vida, dão indÃcios de egoÃsmo inerente, elas estão inicialmente livres de idéias de classe, superioridade e sentimentos de sua própria importância. Foi por isso que Jesus pôde usar uma criancinha como exemplo, para corrigir o espÃrito de ambição e de preocupação com a própria importância, que seus discÃpulos mostraram em certa ocasião. (Mateus 18:1-4) Portanto, evite comparar um filho com o outro, de maneira desfavorável. A criança pode tomar isso como indÃcio de rejeição. Primeiro, ela vai sentir-se magoada, e se este tratamento continuar, ela vai tornar-se hostil. Por outro lado, a criança apresentada como superior poderá tornar-se orgulhosa e passar a incorrer na antipatia dos outros. Você, como pai ou mãe, nunca deve fazer seu amor e sua aceitação dependente de como uma criança se compara com outra. A variedade é agradável. Uma orquestra possui muitos instrumentos diferentes que dão variedade e plenitude, mas tudo é harmonioso. As diferenças de personalidade dão sabor e interesse ao cÃrculo familiar, contudo, a harmonia não será prejudicada quando todos se ajustam aos princÃpios corretos de seu Criador.
AJUDE SEU FILHO A CRESCER
12 A Palavra de Deus diz que “não é do homem que anda o dirigir o seu passo”. (Jeremias 10:23) Os homens dizem que é. Por isso, rejeitam a orientação divina, aceitam a direção humana, entram em uma dificuldade após outra e acabam provando que Deus tinha mesmo razão. Jeová Deus diz que há um caminho que parece certo ao homem, mas no fim acaba na morte. (Provérbios 14:12) Os homens, já por muito tempo, têm tomado o caminho que para eles parece certo, e isto tem levado a guerras, fome, doenças e morte. Se o caminho que parece direito aos olhos dum homem adulto, experiente, acaba na morte, como é que pode acontecer outra coisa com o caminho que parece a uma criança? Se não é do homem que anda o dirigir o seu passo, como pode ser da criança cambaleante o dirigir seu caminho na vida? O Criador provê orientação tanto para os pais como para os filhos por intermédio de Sua Palavra.
13 Deus diz aos pais: “Estas palavras que hoje te ordeno têm de estar sobre o teu coração; e tens de inculcá-las a teu filho, e tens de falar delas sentado na tua casa e andando pela estrada, e ao deitar-te e ao levantar-te.” (Deuteronômio 6:6, 7) A qualquer hora, sempre que se apresentem oportunidades adequadas, deve-se prover instrução, quando a famÃlia toma junto o café da manhã, embora para muitos a manhã seja uma hora de pressa, para se aprontar para o trabalho ou para a escola, uma expressão de agradecimento pelo alimento dirigirá os pensamentos para o Criador e poderá incluir outros pontos de valor espiritual para a famÃlia. O tempo talvez permita alguns comentários sobre as atividades do dia que se inicia, ou sobre a escola, e conselho sábio sobre como lidar com problemas que possam surgir. A hora de ir para a cama, ‘ao deitar-se’, pode ser uma ocasião feliz para as crianças, se os pais lhes derem alguma atenção extra. Histórias contadas para dormir podem significar muito para os pequeninos e podem ser um meio excelente de ensino. A BÃblia está cheia de matéria, que só precisa de inventividade parental e de cordialidade para torná-la agradável à criança. Experiências pessoais de sua própria vida terão atrativo especial para seus filhos, e podem incutir boas lições. E embora possa parecer difÃcil achar novas histórias para contar, amiúde verificará que a criança gosta de ouvir as mesmas, vez após vez. Poderá descobrir que, por tomar este tempo extra, as linhas de comunicação com seus filhos ficarão muito mais abertas. Orar junto com os pequeninos na hora de deitar pode ainda afirmar desde cedo a comunicação com Aquele que pode fazer o máximo para guiá-los e protegê-los. — Efésios 3:20; Filipenses 4:6, 7.
14 Não importa onde esteja, ‘sentado em casa’ ou viajando “pela estrada”, tem oportunidades para instruir seu filho de maneira interessante e eficiente. Para as crianças, parte disso pode ser na forma duma brincadeira. Certo casal contou o seguinte, sobre como isto contribuiu para ajudar os filhos a se lembrarem dos pontos duma reunião de estudo bÃblico:
‘Certa noitinha, levamos conosco nosso menininho, que tem seis anos de idade e não costuma prestar muita atenção nas reuniões. Indo ao salão eu disse: “Vamos fazer uma brincadeira. Quando voltarmos para casa, vejamos se conseguimos lembrar os cânticos que entoarmos e alguns dos pontos principais da reunião.” No retorno, ficamos espantados. O menino mais novo, que não costuma prestar atenção, recebeu a primeira oportunidade para falar e lembrou-se de muitos pontos. Nossos filhos acrescentaram então seus comentários, e, por fim, nós, adultos, comentamos. Em vez de ser tarefa, foi divertido para eles.’
15 Ao passo que o filho fica mais velho, aprenderá a expressar idéias, desenhar coisas, fazer algum trabalho e tocar alguma música num instrumento. Ele sentirá que está realizando alguma coisa. Seu trabalho, em certo sentido, é uma extensão dele. à muito pessoal para ele. Se você o examinar e disser: ‘Está muito bom’, a animação do filho aumentará vertiginosamente. Encontre algo no trabalho dele que você pode sinceramente elogiar, e ele se sentirá encorajado. Critique-o rudemente, e ele provavelmente se acabrunhará e perderá o ânimo. Faça uma pergunta sobre certos aspectos do trabalho, se quiser, mas que não seja algo que indique rejeição do trabalho dele. Por exemplo, em vez de tomar o desenho dele e começar a refazê-lo, poderá demonstrar uma melhora em outro pedaço de papel. Isto lhe permitirá corrigir seu próprio desenho, se quiser. Por incentivar seu esforço, estimulará o desenvolvimento dele; se você o criticar rudemente, poderá desanimá-lo ou sufocar seu desejo de continuar a tentar. Sim o princÃpio em Gálatas 6:4 também se pode aplicar à s crianças: “Prove cada um quais são as suas próprias obras, e então terá causa para exultação, apenas com respeito a si próprio e não em comparação com outra pessoa.” A criança precisa de incentivo, especialmente nos seus primeiros esforços. Se o trabalho for bom para a sua idade, elogie-o! Se não for, elogie o esforço dela, e anime-a a tentar outra vez. Afinal, não aprendeu a andar logo na primeira tentativa.
COMO POSSO EXPLICAR SOBRE O SEXO?
16 Você responde à s perguntas de seu filho e incentiva-o a se comunicar. Mas, então, de repente, lhe faz perguntas sobre o sexo. Responde-lhe francamente, ou dá-lhe uma resposta enganosa, tal como dizer que o irmãozinho ou a irmãzinha foi obtido no hospital? Fornecerá a informação correta, ou deixará que os filhos obtenham respostas inadequadas ou mesmo erradas, talvez num contexto obsceno de crianças mais velhas? A BÃblia contém referências francas a bastante coisas relacionadas com o sexo ou os órgãos genitais. (Gênesis 17:11; 18:11; 30:16, 17; LevÃtico 15:2) Quando Deus instruiu seu povo sobre as reuniões em que se devia ler a sua Palavra, ele disse: “Congrega o povo, os homens e as mulheres, e os pequeninos, . . . para que escutem e para que aprendam.” (Deuteronômio 31:12) De modo que os pequeninos ouviam tais referências num ambiente sério e respeitoso, não na forma de “conversa de rua”.
17 Realmente, a explicação sobre o sexo não precisa ser tão difÃcil como muitos imaginam. As crianças apercebem-se de seu corpo desde bem cedo, descobrindo as suas diversas partes. Dê os nomes para seu filho: mãos, pés, nariz, barriga, nádegas, pênis, vulva. A criança não fica embaraçada, a menos que você de repente mude e fique “furtivo” sobre os órgãos genitais. O que apavora os pais é que pensam que terão de explicar tudo, uma vez que as perguntas comecem. Na realidade, as perguntas vêm aos poucos, conforme a criança atinge diversos estágios de desenvolvimento. Ao atingir os diversos estágios, você lhe precisa suprir apenas o vocabulário correto e explicações muito simples e gerais.
18 Por exemplo, certo dia se lhe pergunta: ‘Donde vêm os bebês?’ Você poderá simplesmente dizer algo assim: eles crescem dentro da mãe.’ Usualmente, isto é tudo o que se precisa para o momento. Mais tarde, seu filho poderá perguntar: ‘Como é que o bebê sai?’ ‘Há uma abertura especial para isso.’ E, para o momento, isto costuma bastar.
19 Algum tempo depois, pode vir a pergunta: ‘Como é que o bebê começa?’ Sua resposta poderá ser: ‘Quando o papai e a mamãe querem ter um filho, uma semente do pai encontra-se com uma célula ovular na mãe, e então começa a crescer um bebê, igual a uma semente lançada no chão que se torna uma flor ou uma árvore.’ De modo que se trata duma história que prossegue, cada parte sendo suficiente para satisfazer a criança naquele momento. Mais tarde, o filho poderá perguntar: ‘Como é que a semente do pai entra na mãe?’ Você poderá simplesmente dizer: ‘Você sabe como é um rapaz. Ele tem um pênis. A moça tem uma abertura no corpo, na qual ele se ajusta. Assim se lança a semente. As pessoas foram feitas assim, para que os bebês possam ter inÃcio e crescer na mãe, e finalmente sair como criancinhas.’
20 Esta conversa honesta certamente é melhor do que histórias falsas ou uma reação “furtiva”, que fazem o assunto parecer repugnante. (Veja Tito 1:15.) Também é melhor que a criança ouça os fatos da boca dos pais, que podem acompanhar suas explicações com os motivos pelos quais os bebês devem vir corretamente apenas dos casados entre si, que se amam e que aceitam a responsabilidade de amar o bebê e cuidar dele. Isto coloca o assunto num plano sadio e espiritual, em vez de ser aprendido em circunstâncias que parecem dar a tudo um aspecto impuro.
A TRANSMISSÃO DAS LIÃÃES MAIS IMPORTANTES DA VIDA
21 Certa vez, Jesus comparou as pessoas do seu tempo à s “criancinhas sentadas nas feiras, que gritam para seus companheiros de folguedos, dizendo: ‘Nós tocamos flauta para vós, mas não dançastes; lamuriamos, mas não vos batestes em lamento.’” (Mateus 11:16, 17) As brincadeiras das crianças imitavam os adultos nas suas festas e nos seus enterros. Visto que a criança tem a tendência natural de imitar, o exemplo dos pais desempenha um grande papel na educação do filho.
22 A partir do nascimento, seu bebê aprende de você — não só por aquilo que você diz, mas também como o diz, pelo tom da voz que usa no falar: ao próprio bebê, a seu cônjuge e a outras pessoas. Observa a maneira de os pais lidarem um com o outro, com outros membros da famÃlia e com os visitantes. O exemplo que lhe dá, neste respeito, pode começar a transmitir lições muito mais vitais do que seu filho aprender a andar, a contar ou a soletrar. Pode lançar a base para o conhecimento e a compreensão, que levam à genuÃna felicidade no viver. Este exemplo pode tornar a criança receptiva à comunicação de normas justas, quando já tiver bastante idade para ser ensinada por palavra e pela leitura.
23 “Tornai-vos imitadores de Deus, como filhos amados, e prossegui andando em amor”, é a exortação do apóstolo aos cristãos. Pouco antes disso, ele mostrou o que a imitação exigia, dizendo: “Sejam tirados dentre vós toda a amargura maldosa, e ira, e furor, e brado, e linguagem ultrajante, junto com toda a maldade. Mas, tornai-vos benignos uns para com os outros, ternamente compassivos, perdoando-vos liberalmente uns aos outros, assim como também Deus vos perdoou liberalmente por Cristo. Portanto, tornai-vos imitadores de Deus, como filhos amados . . .” (Efésios 4:31, 32; 5:1, 2) Se as vozes que a criança ouve, ou as ações que observa, transmitirem lições de irritabilidade, como fazem a conversa alta e estridente, as queixas choramingadas, a arrogância ou a ira explosiva, causará uma impressão que é difÃcil de apagar. Se você for bondoso e tiver consideração para com todos, se as suas normas de moral forem elevadas e seus princÃpios forem bons, então seu filho tenderá a imitá-lo nisso. Aja do modo que quer que seus filhos ajam; seja assim como quer que eles sejam.
24 Os pais não devem ter dois tipos de princÃpios, um para pregar e outro para praticar, um para seus filhos e outro para si mesmos. Que adianta mandar aos filhos não mentir, quando você mesmo mente? Se você não cumpre as promessas que lhes fez, pode esperar que eles cumpram as que fizeram a você. Se os pais não são respeitosos um para com o outro, como podem esperar que seu filho aprenda a ter respeito? Se o filho nunca ouvir o pai ou a mãe expressar humildade, como pode adotar a humildade qual norma? Um perigo sério de o pai ou a mãe darem a idéia de sempre estarem certos é que o filho pode pensar que tudo o que eles fazem está certo — mesmo quando os pais fazem coisas que revelam a natureza imperfeita e pecaminosa, e que são erradas. Dizer mas não fazer é ser igual aos fariseus hipócritas, dos quais Jesus disse: “Todas as coisas que eles vos dizem, fazei e observai, mas não façais segundo as ações deles, pois dizem, mas não realizam.” Portanto, pais, se não quiserem ter pequenos fariseus na sua famÃlia, não sejam grandes fariseus! — Mateus 23:3.
25 As crianças aprendem sobre o amor primeiro por observarem-no, e aprendem a dar amor por receberem-no. O amor não pode ser comprado. Os pais podem cumular seus filhos de presentes. Mas o amor é principalmente um assunto espiritual, do coração, não da carteira de dinheiro, e os presentes, por si só, nunca podem substituir o genuÃno amor. Tentar comprar o amor avilta-o. Mais do que dar presentes materiais dê de si mesmo de seu tempo, sua energia e seu amor. Receberá na mesma medida. (Lucas 6:38) Conforme diz 1 João 4:19 sobre o amor que Deus nos tem: “Amamos porque ele nos amou primeiro.”
26 As crianças podem aprender a ação de dar pela ação de receber. Podem ser ajudadas a aprender as alegrias de dar, de servir e de compartilhar. Ajude-as a ver que há felicidade em dar a você, a outras crianças e a adultos. Os adultos, amiúde, não querem aceitar presentes de crianças, pensando erroneamente que mostram amor por deixarem as crianças ficar com os presentes que querem dar. Certo homem declarou:
“Eu costumava recusar quando uma criança me oferecia seu doce. Pensava ser bondoso, não aceitando o que eu sabia que ela queria muito. Mas, quando não o aceitei e a deixei ficar com ele, não vi a alegria que pensava que ela ia demonstrar. Então, dei-me conta de que estava rejeitando a sua generosidade, rejeitando o seu presente e rejeitando a ela. Depois disso, sempre aceito tais presentes, para deixá-la conhecer a alegria de dar.”
27 Os pais em certa famÃlia, queriam ajudar seu menino a tornar-se como os descritos na BÃblia, em 1 Timóteo 6:18, “liberais, prontos para partilhar”. Assim, ao irem a um lugar para o estudo bÃblico, tomavam o dinheiro que iam contribuir e o entregavam ao seu filho, deixando que ele o pusesse na caixa de contribuição. Isto ajudou a incutir nele o valor de se dar apoio a assuntos espirituais e de ajudar a suprir as necessidades materiais que isto talvez envolvesse.
28 Assim como os filhos podem aprender a amar e a ser generosos, se a instrução correta for acompanhada pelo bom exemplo, assim também podem aprender a pedir desculpas, quando apropriado. Certo pai disse: “Quando cometo um erro com os meus filhos, eu o admito. Digo-lhes de modo bem breve por que cometi o engano e que errei. Isto lhes torna mais fácil admitirem seus erros a mim, sabendo que não sou perfeito e que compreendo.” Este conceito foi ilustrado em certa ocasião, quando um estranho visitou uma famÃlia e o pai lhe apresentou os membros dela. O visitante comentou:
“Todos os presentes foram apresentados, e então entrou na sala um menino sorridente. O pai disse: ‘E este é o nosso filho caçula, o que tem a mancha de geléia na camisa.’ O sorriso do menino desapareceu e sua fisionomia mostrou mágoa. Vendo que o embaraço ia fazê-lo chorar, o pai puxou rapidamente o menino para si e disse: ‘Eu não devia ter dito isso; desculpe.’ O menino soluçou por um momento, e depois saiu da sala, mas logo voltou, com um sorriso ainda maior e com uma nova camisa limpa.”
29 Os vÃnculos da afeição, certamente, são fortalecidos por tal humildade. Naturalmente, mais tarde, o pai ou a mãe pode explicar à criança como ter um conceito equilibrado sobre os problemas da vida, grandes e pequenos. Pode ajudar os filhos a aprender a não tomarem muito a sério as coisas menores, a poderem rir de si mesmos e a nunca esperarem a perfeição dos outros, assim como não querem que se espere deles.’
PROVEJA UMA SÃRIE DE VALORES REAIS
30 Atualmente, muitos pais estão confusos sobre quais são os valores reais da vida. Em resultado, muitos filhos nunca recebem uma série de valores a tomarem por base. Alguns pais até mesmo duvidam de seu direito de modelar as atitudes de seus filhos. Se os pais não fizerem isso, outras crianças, os vizinhos, os filmes e a televisão o farão. O conflito de gerações, a revolta dos jovens, as drogas, a nova moralidade e as revoluções sexuais — tudo isso amedronta os pais. Mas a verdade é que a personalidade do filho já está bastante desenvolvida antes de começarem a surgir essas questões na sua vida.
31 Os estudos noticiados num periódico cientÃfico disseram que “a grande parte da personalidade da pessoa já é fixada antes de se iniciar na escola. Naturalmente, é do conhecimento comum que as crianças em idade pré-escolar são extremamente impressionáveis e maleáveis. . . . Entretanto, descobrimos que aquilo que elas encontraram na sua infância, em termos de atitudes e experiências, amiúde fixou normas de comportamento duradouras e à s vezes imutáveis”.
32 Normas erradas podem ser mudadas, mas, outro pesquisador explicou o que acontece quando se deixam passar preciosos anos: “A criança permanece maleável durante os seus primeiros sete anos, mas quanto mais você espera, tanto mais radicalmente terá de mudar-lhe o ambiente — e a probabilidade da mudança torna-se menor em cada ano sucessivo.”
33 As crianças pequenas têm de aprender muitos conceitos básicos, mas os de maior importância são os do que é verdadeiro e do que é falso, o que é certo e o que é errado. Escrevendo aos cristãos efésios, o apóstolo Paulo exortou-os a obterem conhecimento exato, dizendo: “Não sejamos mais pequeninos, jogados como que por ondas e levados para cá e para lá por todo vento de ensino, pela velhacaria de homens, pela astúcia em maquinar o erro. Mas, falando a verdade, cresçamos pelo amor em todas as coisas naquele que é a cabeça, Cristo.” (Efésios 4:13-15) Se os pais forem vagarosos quanto a ajudarem seus pequeninos a desenvolver o amor à verdade e à honestidade, o amor ao que é direito e bom, os filhos ficarão indefesos contra o erro e o mal. Os anos pré-escolares passam antes de os pais se aperceberem disso. Não os deixe passar despercebidos; use esses primeiros poucos anos vitais e formativos de seus filhos para dar-lhes uma série de valores reais a que se apegarem. Poderá poupar-se assim de mágoas em anos posteriores. — Provérbios 29:15, 17.
34 “Está mudando a cena deste mundo”, escreveu o inspirado apóstolo, e isto certamente é verdade quanto à s suas normas materiais, emocionais e morais. (1 CorÃntios 7:31) Há pouca estabilidade no mundo. Os pais precisam reconhecer que eles mesmos, por serem humanos, também podem falhar neste respeito. Se pensarem nos melhores interesses de seus filhos e realmente estiverem preocupados com a felicidade futura deles, indicarão aos seus filhos uma série de normas que são realmente estáveis. Podem fazer isso por incutir nos filhos, desde a infância, que, não importa que questões surjam, não importa que problemas requeiram solução, a Palavra escrita de Deus, a BÃblia, é onde devem buscar as respostas decisivas e mais úteis. Não importa quão confusa ou obscura as situações à s vezes fazem a vida parecer, esta Palavra continuará a ser ‘lâmpada para o seu pé e luz para a sua senda’. — Salmo 119:105.
35 Sim, este é o perÃodo de sua mais valiosa oportunidade para começar a desenvolver nos seus filhos uma série de valores que possam sustentá-los durante a vida deles. Nenhuma carreira é maior, nenhum trabalho mais importante, do que instruir seus filhos. O tempo de começar é assim que nascem, desde a sua infância!
2006-10-23 14:47:24
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answer #2
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answered by Antônio 4
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