Questões Relacionadas a Morte Reencarnação
“A morte é uma realidade sobre a qual se evita pensar. Tenta-se adiá-la o máximo possível através da ciência médica, mas o que se tem conseguido são poucos anos de vida a mais. Por ser ‘invencível’, a morte desperta muitas dúvidas: O que acontece com os que morrem? Aonde vão? Por que tem gente dizendo por aí que os espíritos dos mortos andam soltos? Isso é verdade?
“Platão, o filósofo grego, ensinava que a ‘alma reside no corpo, como numa prisão de que se vê livre na morte’. Alguns crêem que o homem tem uma alma que lhe sai por ocasião da morte, indo para o Céu ou para o inferno. Outros ensinam que a alma vai ao purgatório expiar suas faltas. Outros ainda dizem que há ‘evolução do espírito’. Portanto, a maior parte das pessoas acreditam que o homem tem dentro de si uma alma e um espírito que, desencarnados, vão para algum lugar. Mas, afinal, qual é a verdade? Para entender o que ocorre com o homem na morte, é preciso que se entenda o que é o homem. Qual a natureza humana.
“Quando Deus criou Adão, utilizou-Se de dois elementos: o pó da terra e o fôlego de vida. E, conforme relata Gênesis (capítulo 2, verso 7) o homem ‘tornou-se alma vivente’. Não diz ali que o homem recebeu uma alma, mas sim que o homem tornou-se uma alma.
“Assim como a lâmpada não tem luz por si só, mas produz luz quando está em conexão com a energia elétrica, e ao mesmo tempo a energia elétrica sozinha não ilumina a menos que esteja conectada com a lâmpada, o pó da terra, sozinho, não tem consciência. É simplesmente pó. O fôlego, ou sopro de vida, igualmente, não subsiste por si só. É simplesmente fôlego. A consciência e a vida são, portanto, o resultado da harmoniosa relação entre o corpo e o sopro ou fôlego de vida que Deus concedeu ao homem.
“A morte, portanto, é o oposto da vida. Veja o que diz o livro de Eclesiastes, no capítulo 12, verso 7: ‘E o pó volte para a terra como era, e o espírito [fôlego] volte a Deus que o deu’ – Almeida.
“Resumindo: Pó da terra + fôlego de vida = alma vivente. Tira-se um dos elementos e a alma vivente deixa de existir.
“É a alma imortal? – Antes de Adão e Eva se desviarem da estrita obediência a Deus, Ele lhes havia feito a seguinte advertência: ‘No dia em que você a comer [da árvore da ciência do bem e do mal], certamente morrerá’ (Gênesis 2:17). Mas Satanás introduziu uma mentira que dura até hoje. Disse ele: ‘Vocês não morrerão coisa nenhuma!’ (Gênesis 3:4).
“Antes de mais nada, é preciso que se entenda que a palavra alma, em hebraico, é nephesh. E essa palavra significa apenas ser vivente. Há um texto bíblico, escrito pelo profeta Ezequiel, que deixa mais clara ainda esta questão sobre a alma ser ou não imortal: ‘...a alma que pecar, esta morrerá’ (Ezequiel 18:4 – Almeida). Existe algum ser humano que não peca? Logo, todos são mortais.
“’A alma não possui existência consciente à parte do corpo, e em parte alguma a Escritura indica que por ocasião da morte a alma sobrevive como entidade consciente. Efetivamente, ‘a alma que pecar, essa morrerá’. Eze. 18:20’.
“Paulo encerra o assunto quando diz que só Deus é imortal (I Timóteo 6:15 e 16). Paulo mesmo não cria que ao morrer iria imediatamente ao Céu. Ele também esperava ressuscitar somente na segunda vinda de Cristo (ver Filipenses 3:11 e II Timóteo 4:8). E disse mais: ‘E quando isso que é mortal se revestir de imortalidade...’ (I Coríntios 15:54). Você compreende? Se a alma já é imortal, qual a necessidade de se revestir de imortalidade? Somente crendo em Cristo, que é o Caminho, a Verdade e a Vida, o ser humano terá a vida eterna.
“Comunicação com os mortos – Alguém pode perguntar: ‘Se a alma não é imortal e, quando morremos, aguardamos pela ressurreição na vinda de Cristo, então é impossível haver comunicação com os mortos?’ Exato. É o que diz a Palavra de Deus: ‘Os vivos sabem que vão morrer, mas os mortos não sabem nada. Eles não vão receber mais nada e estão completamente esquecidos. Os seus amores, os seus ódios, as suas paixões, tudo isso morreu com eles. Nunca mais tomarão parte naquilo que acontece neste mundo’, pois, na sepultura, ‘não se faz nada, e ali não existe pensamento, conhecimento nem sabedoria’ (Eclesiastes 9:5, 6 e 10; Salmo 146:4).
“Por isso, se você quer dizer algo, entregar uma flor ou fazer o bem a alguém, faça-o agora, pois ‘no seol [sepultura], para onde tu vais, não há obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma’ (Eclesiastes 9:10).
“Morte = Sono – Quando Lázaro morreu, Jesus disse para Seus discípulos que iria despertá-lo do sono. Eles acharam aquilo estranho, pois não entenderam o que Cristo dissera. Foi somente quando viram o morto (que já estava em estado de decomposição) sair da tumba, vivo, que entenderam aquelas palavras do Mestre (ver João 11:11-15). E é interessante notar, também, que, ao sair do sepulcro, Lázaro nada disse sobre alguma ‘experiência’ após a morte. Ele simplesmente acordou.
“Agora pense bem: se Lázaro estivesse no Céu (lugar para onde iriam os mortos, imediatamente após a morte, como crêem alguns), não seria uma grande injustiça da parte de Jesus chamá-lo de volta a esta triste vida, sujeito às doenças e, novamente, à morte? Não, Jesus não faria isso com Lázaro, nem com ninguém. Lázaro estava dormindo, inconsciente, como ficam todos os que morrem.
“Mas se os que morrem ficam inconscientes, não podem participar deste mundo e só voltarão à vida quando Cristo retornar, quem são os que aparecem por aí, dizendo ser espíritos desencarnados? De uma coisa jamais podemos nos esquecer: Satanás é um inimigo astuto e laborioso. Ele pode ‘se transformar e parecer um anjo de luz!’ (II Coríntios 11:14). Essas supostas ‘almas dos mortos’ são, na verdade, ‘espíritos de demônios, que fazem milagres’ (Apocalipse 16:14). A Bíblia, inclusive, reage contra a consulta aos mortos, condenando essa prática. Basta ler passagens como Deuteronômio 18:10-14; Isaías 8:19 e I Timóteo 4:1, para confirmar.
“O ser humano pode ter a vida eterna unicamente através de Cristo que é o ‘Caminho, a Verdade e a Vida’. Uma vez ‘dormindo’, só poderá ressuscitar ao chamado de Jesus, em Sua segunda vinda, assim como os que estiverem vivos, por ocasião desse acontecimento, serão transformados (ver I Coríntios 15:51 e 52) e juntos com os que estavam mortos – não antes, nem depois – subirão para se encontrarem com Deus (ver I Tessalonicenses 4:13-17).
“Você percebe a astúcia do inimigo? Ele quer fazer com que os seres humanos creiam que a imortalidade lhes é um dom inerente. Assim, ninguém precisa se preparar para a vinda de Cristo. O que Satanás prega é que todos são imortais. De um jeito ou de outro, a vida continuará. É a velha mentira: ‘Vocês não morrerão!’
“Lembre-se do que disse Jesus: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá’ (João 11:25). Satanás não quer que as pessoas creiam em Jesus. Por isso inventa todo tipo de falsas ideologias que, no fundo, servem para afastar-nos de Cristo e eliminar nossa dependência dEle.
“E a reencarnação? – A Bíblia é bem clara quando diz que ‘cada pessoa tem de morrer uma vez só e depois ser julgada por Deus’ (Hebreus 9:27). É verdade que muitos dos que crêem na reencarnação se dizem cristãos (e há muitos sinceros entre eles). Mas o verdadeiro cristão é aquele que aceita a Cristo como Salvador. Alguns dizem que, através de reencarnações sucessivas, cada pessoa pode ‘pagar’ pelas culpas da vida anterior. É uma espécie de auto-redenção. Para essas pessoas, o que fez Cristo na cruz? Para que teria Ele morrido pelos pecados de quem é capaz de salvar a si mesmo? Cristianismo e reencarnação, por mais que se deseje, são inconciliáveis.
“O caminho para a vida eterna é único: examine as Escrituras, pois elas testificam de Cristo, que é a vida eterna (João 5:39). E Ele diz: ‘Pois a vontade do Meu Pai é que todos os que vêem o Filho e crêem nEle tenham a vida eterna; e no último dia Eu os ressuscitarei’ (João 6:39). No último dia deste mundo, Cristo ressuscitará aqueles que aceitaram Seu convite para uma relação de amizade e companheirismo, e desenvolveram uma fé genuína. Por isso, para aqueles que ‘morrem no Senhor’ (Apocalipse 14:13), o fim é apenas o começo; o começo de uma nova vida que terá início na segunda vinda de Cristo.”
Bem, creio que agora, conhecendo o que a Bíblia ensina a respeito do estado do ser humano na morte, podemos analisar as passagens. Com relação ao texto de Jó 1:21, note o que diz o Comentário Bíblico “Isto não se deve tomar de forma literal. É verso e não prosa. É tão-somente uma maneira poética de dizer que o homem deixa este mundo tão nu e indefeso como quando veio a ele. Aqui Jó não fala em linguagem específica da teologia, da metafísica ou da fisiologia.” E o próprio livro de Jó nos dá essa certeza, ao dizer que “tal como a nuvem que se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura jamais tornará a subir. Nunca mais tornará à sua casa, nem o lugar onde habita o conhecerá jamais” (7:9 e 10); “o homem, porém, morre e fica prostrado; expira o homem e onde está? Como as águas do lago se evaporam, e o rio se esgota e seca, assim o homem se deita e não se levanta; enquanto existirem os céus, não acordará, nem será despertado do seu sono” (14:10-12).
Lembremos que II Pedro 3:7 afirma que “os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios”. Quando estes céus passarem, por ocasião da volta de Cristo, os fiéis ressuscitarão.
A suprema esperança de Jó está expressa nas palavras: “Eu sei que meu Redentor vive e por fim Se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-Lo-ei por mim mesmo, os meus olhos O verão” (19:25-27). Aqui não há nenhuma indicação de um “espírito ou alma imaterial”, mas sim da ressurreição da carne.
O outro texto – João 9:2 – se refere à cura do cego de nascença. Ao vê-lo, os discípulos perguntaram quem havia pecado, ele ou seus pais, para ter nascido cego. Quando se conhece a cultura e as crenças da época dos apóstolos, tudo fica mais claro. De acordo com o Talmude, “não há morte sem pecado, e não há sofrimento sem iniqüidade” (Shabbath, 55a); e “um enfermo não sara de sua enfermidade até que não lhe tenham sido perdoados todos os seus pecados” (Nedarim 41a). Os judeus acreditavam que cada pecado acarretava seu castigo peculiar e criam que era possível determinar – pelo menos em certos casos – a culpa de um homem pela natureza de seus sofrimentos.
Se o homem mencionado em João 9 estava cego como resultado de seus próprios pecados, então devia haver pecado antes de nascer, já que sua cegueira era de nascença. Há uns poucos indícios na literatura rabínica que mostram que os judeus consideravam que ao menos havia a possibilidade de que uma criança pecasse antes de nascer. Por exemplo, o Midrash Rabbah, comentando Gênesis 25:22, sustenta que Esaú cometeu pecado tanto antes de nascer como no momento de nascer. A opinião predominante entre os judeus era de que uma criança podia ser culpada de má conduta antes de seu nascimento!
Sem dúvida, os discípulos haviam ouvido os sutis argumentos dos rabinos com relação a esta difícil questão, e estavam ansiosos por ouvir o que Jesus tinha a dizer a respeito do assunto.
“Seus pais.” Esta parte da pergunta dos discípulos tinha pelo menos certa base bíblica, pois a lei declara que o Senhor castiga “a maldade dos pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração” dos que aborrecem a Deus (Êxo. 20:5). Freqüentemente, os filhos sofrem as conseqüências das iniqüidades de seus pais, porém não são castigados pelas culpas deles (veja Eze. 18:1 e 2).
Alguns rabinos ensinavam que a epilepsia, a mudez e a surdez, por exemplo, eram o resultado da transgressão das mais triviais regras tradicionais (ver Talmude Pesahim 112b; Gittin 70a; Nedarim 20a, 20b).
Haviam recebido de Satanás sua filosofia com respeito ao sofrimento, pois o “autor do pecado e de todos os seus resultados havia induzido os homens a considerar a enfermidade e a morte como procedentes de Deus, como um castigo arbitrariamente infligido por causa do pecado” (O Desejado de Todas as Nações, pág. 436). Não haviam entendido a lição do livro de Jó que mostra que “o sofrimento é infligido por Satanás, mas que Deus predomina sobre ele com propósitos de misericórdia” (Ibidem).
Ao Jesus responder que nem os pais do cego nem ele mesmo haviam pecado, foi totalmente de encontro ao conceito popular mantido pelos judeus de então.
Claro que este assunto não se esgota por aqui, mas creio que ajuda um pouco na sua pergunta...
Um abraço !!
2006-10-20 03:11:43
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answer #5
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answered by Mark2 3
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Vou para um plano espiritual de acordo com minha evolução.
1. C É U
· DEFINIÇÃO: espaço ilimitado e indefinido onde se movem os astros; espaço acima de nossas cabeças. Vem do latim coelum, formada do grego coilos, côncavo, porque o céu parece uma imensa concavidade.
· SEGUNDO A RELIGIÃO: região para onde, de acordo com as crenças religiosas, vão as almas dos justos. (lugar circunscrito).
· SEGUNDO O ESPIRITISMO: a palavra céu indica o espaço universal; são os planetas, as estrelas e todos os mundos superiores em que os Espíritos gozam de todas as suas faculdades, sem as tribulações da vida material nem as angústias inerentes à inferioridade.
· SEGUNDO A CIÊNCIA: a idéia que fazemos do Céu é fruto da concepção grega e babilônica (imutável, calmo, vida eterna). Copérnico, no Século XVI, quebra a tradição milenar e coloca o Sol no centro do Universo. Com isto a Terra entrou no Céu. Mais tarde, Galileu, com a descoberta do telescópio, corrobora tal afirmação. A Ciência parecia ir contra a Bíblia; mas a Bíblia ensina como ir ao Céu, não como ele foi feito.
2. I N F E R N O
· CONCEITO PAGÃO: o conhecimento do Inferno pagão nos é fornecido quase exclusivamente pela narrativa dos poetas. Citam-se Homero, Virgílio e Dante Alighiere. Dante Alighiere, por exemplo, na sua "Divina Comédia" descreve os aspectos lúgubres dos lugares, preocupando-se em realçar o gênero de sofrimento dos culpados.(1) cap. IV
· NA MITOLOGIA: lugar subterrâneo, onde estão as almas dos mortos.
· SEGUNDO O CRISTIANISMO: lugar ou situação pessoal em que se encontram os que morreram em estado de pecado. O Inferno perpetuado pela religião cristã dogmática foi elevado a um lugar de maiores suplícios do que aquele dos pagãos (caldeiras ferventes, tonéis de óleo, rochedo em brasa etc.).(1) cap. IV
· PARA O ESPIRITISMO: Céu e Inferno são figuras de linguagem e não lugares circunscritos. O Inferno não é lugar materializado (fogo, tridentes etc.), mas “uma vida de provas extremamente penosas” (revezes, doenças, dificuldades etc.), com a incerteza de melhoria.(2) perg. 1014a
3. P U R G A T Ó R I O
· PROVENIENTE DE PURGAR: tornar puro, purificar, limpar.
· PARA O CRISTIANISMO: lugar de purificação das almas dos justos, antes de admitidos na bem-aventurança. P. ext. qualquer lugar onde se sofre por algum tempo. O Evangelho não faz menção alguma do purgatório, que só foi admitido pela Igreja no ano de 593, como dogma: era o lugar menos doloroso para as almas, bastando preces ditas ou encomendadas (orações pagas), para que o interessado não fosse ao fogo, mas ao Céu. Isto deu origem à venda de indulgência, ou seja, a remissão do pecado pelo pagamento de uma determinada quantia em dinheiro. (1) cap. V
· SEGUNDO O ESPIRITISMO: entende-se como sofrimento físico e moral. É o tempo de expiação. Na Terra, como encarnado, o homem expia suas faltas, submetendo-se às provas e fazendo suas reparações. Não é, portanto, um lugar definido, fora da vida encarnada, mas o estado dos Espíritos imperfeitos que estão em busca do aperfeiçoamento moral e intelectual. (2) perg. 1013
2006-10-19 12:43:36
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answer #7
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answered by Pedro Campos 2
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