O bloqueio incompleto em um dos ramos (direito ou esquerdo) tem varias causas, genética(má formação congênita)ou arteriosclerose, e acontece em determinadas situações. Não há nada para você fazer agora, ou seja, antes de sua consulta.
Fique tranqüila, ele te orientará como você deve proceder e você verá que tudo vai dar certo.
2006-10-17 10:54:03
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Avaliação de Potenciais Fragmentados em Presença de Bloqueio de Ramo Direito sem Alterações Estruturais Miocárdicas Ventriculares. Estudo pelo Eletrocardiograma de Alta Resolução no Domínio da Freqüência
O miocárdio normal é constituído de miofibrilas que se organizam em feixes de fibras musculares, que se dispõem em paralelo, formando grupos de tecido miocárdico orientados para constituir várias camadas musculares que, por sua vez, vão compor as paredes cardíacas. A essa orientação das fibras miocárdicas em paralelo, Spach e col 1-3 denominaram de estrutura miocárdica anisotrópica uniforme e sua maneira de se organizar, destina-se a permitir a propagação do estímulo elétrico paralela à orientação das fibras ao longo de seu eixo longitudinal, de modo mais rápido, tanto nos átrios como nos ventrículos.
Uma lesão ou escara desarranja essa organização, caracterizando a chamada estrutura anisotrópica não-uniforme, ou seja, uma alteração estrutural miocárdica (AEM) em que a condução do estímulo elétrico não se faria preferencialmente no sentido longitudinal das fibras, mas sim, em sentido perpendicular entre elas, ocasionando o alentecimento da condução elétrica na área lesada, devido à redução da conexão intercelular 2, alargando e fracionando o potencial elétrico dessas fibras, constituindo os chamados potenciais fragmentados 4 em nível celular, de alta freqüência e de muito baixa voltagem.
Estes eventos ocorrem gradualmente durante a evolução dos infartos do miocárdio, processos esclero-degenerativos, degeneração gordurosa, seqüelas de algumas miocardites, áreas de fibrose intercalada, que geram instabilidade elétrica com dispersão de períodos refratários por repolarização heterogênea entre fibras, constituindo o substrato de mecanismos de micro-reentradas 2-4.
O eletrocardiograma de alta resolução (ECGAR) constitui o único método não-invasivo capaz de detectar potenciais fragmentados da ordem de microvolts, oriundos daquelas áreas estruturalmente alteradas, e que podem ser registrados com metodologias no domínio do tempo (DT) e no domínio da freqüência (DF) 5-7. No primeiro, analisam-se três variáveis, sendo duas em função da voltagem e duração dos eventos de interesse nos 40ms finais do complexo QRS, e uma variável relacionada ao tempo total da ativação ventricular, que corresponde à duração total do QRS (DQRS). No DF e a partir das medidas do método anterior, avaliam-se quatro índices em função das ondas de freqüência em Hertz geradas pelos potenciais fragmentados, mediante técnicas de correlação espectral e análise espectro-temporal, ondas essas que podem ocorrer em qualquer segmento do QRS, e não somente nos 40ms finais 7,8-10. A análise espectro-temporal tem maior sensibilidade e especificidade que o método do DT e maior acurácia para identificar pacientes suscetíveis de desenvolverem taquicardia ventricular sustentada 9-12.
O ECGAR no DT tem limitações em presença de bloqueios de ramo, já que estes aumentam o tempo de ativação ventricular, alargando o QRS e aumentando sua duração total. Como as outras duas variáveis analisam-se nos 40ms finais, com o alargamento do QRS, são abrangidas pela duração total do QRS e invalidam-se 7,8. No DF, entretanto, a análise espectro-temporal permite avaliar a presença de potenciais fragmentados pelas ondas de freqüência, sob a forma do QRS alargado pelo bloqueio de ramo, sendo este método o ideal para detecção desses potenciais em meio a distúrbios da condução intraventricular 9,13-15 Sendo o bloqueio de ramo um evento que retarda o processo de ativação ventricular, teoricamente é possível admitir-se que a área onde ocorre o bloqueio, ela mesma, possa gerar turbulência elétrica, não propriamente por presença de AEM com potenciais fragmentados, mas pelos retardos sofridos pela onda de ativação com deslocamento por vias alternativas.
Com a finalidade de validar esta hipótese, registrou-se o ECGAR nos DT e DF em crianças portadoras de comunicação interatrial (CIA) com bloqueio incompleto do ramo direito (BIRD), sem AEM ventriculares, que foram comparadas com outro grupo de crianças com tetralogia de Fallot (TF) operadas, todas com bloqueio completo de ramo direito (BCRD) e AEM decorrentes do ato cirúrgico e de outros fatores inerentes a esta malformação 16.
O objetivo do presente trabalho é verificar pelo método do DF, se o bloqueio de ramo não complicado com AEM, como no caso da CIA, é capaz de gerar turbulência elétrica, como observado no bloqueio de ramo complicado com AEM no pós-operatório da TF, e avaliar suas implicações com eventos arrítmicos ventriculares
2006-10-17 18:04:44
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answer #3
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answered by astrorei, carioca e busólogo 6
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