Produto à base de PVC minimiza efeitos negativos
no tratamento dos cânceres de pele e mama
Relatório divulgado este ano pelo Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional do Câncer (Inca), revela que as neoplasias (doenças relacionadas a tumores) ocupam a terceira posição como causa mortis no paÃs, perdendo apenas para males relacionados ao aparelho circulatório e para mortes por causas externas. Entre os diversos tipos de câncer registrados em ambos os sexos no Brasil, os de pele são os mais freqüentes, enquanto os de mama despontam como o principal tipo entre a população feminina, superando a incidência do câncer de colo de útero, de acordo com especialistas da Fundação Antonio Prudente Hospital A. C. Camargo, de São Paulo - Hospital do Câncer.
Pelo menos 90 mil novos casos de câncer de pele foram registrados em 1996 no paÃs. “A estimativa é conservadora porque considera apenas casos comprovados e comunicados aos órgãos de controle”, afirma Luciano Angelo Calvis, Oncologista e Diretor do Departamento de Tumores Cutâneos do Hospital do Câncer, com base em informações obtidas junto ao Inca.
O problema tem levado um grande número de pesquisadores a se empenharem na busca de novas tecnologias que diminuam o sofrimento dos pacientes. à o caso de Karin Dias Salman, Engenheira de Materiais, ligada à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ela é responsável pelo desenvolvimento de um novo produto que está minimizando os efeitos negativos e ampliando os benefÃcios da radioterapia.
Denominado bólus vinÃlico, é fabricado a partir do PVC (policloreto de vinila). Sobreposto à pele no momento da aplicação radioterápica, simula as mesmas caracterÃsticas de absorção e espalhamento da radioterapia. Assim, o facho mais intenso da radiação é deslocado de áreas mais profundas – e sãs – do tecido humano para a região atingida pelo tumor.
Atualmente, o material é utilizado no tratamento de cerca de 20 pacientes por mês no Centro de Assistência Integral à Saúde da Mulher (Caism), do Hospital das ClÃnicas da Unicamp, em Campinas (SP). “Esse novo produto à base de PVC é um aprimoramento técnico importante, que permite acompanhamento mais regular da distribuição de dosagem do que o bólus à base de gaze e cera, tradicionalmente empregado”, explica Sérgio Carlos Barros Esteves, Radioncologista do Caism. “Além disso, apresenta maior facilidade de aplicação e propicia também maior precisão de dosagem da radioterapia nas áreas afetadas, preservando regiões sadias e resultando em maior controle da patologia”, completa o médico, que adota o novo material no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo.
Conscientização
Se por um lado a tecnologia dos tratamentos avança, por outro, os médicos reforçam cada vez mais a necessidade de campanhas de alerta e esclarecimento sobre a prevenção e o tratamento imediato do câncer. O imaginário popular, que distancia o mito da realidade, figura como um dos maiores inimigos nessa luta.
Luciano Calvis explica: “No entendimento comum, a doença é sinônimo de sofrimento, dor e morte, o que não é verdade. Cerca de 45% dos casos em que o câncer atinge estágio avançado poderiam ser evitados pelo próprio paciente, que detecta algo estranho em si, mas demora para procurar ajuda. Outros 45% referem-se a tratamentos mal-conduzidos e apenas 10% à Ãndole do câncer. Por isso cada vez mais são necessárias campanhas de alerta e esclarecimento”.
A medicina tem obtido sucesso no tratamento do câncer. Entre 2% e 3% dos tumores malignos em qualquer região do corpo considerados incuráveis em um ano, segundo Luciano Calvis, podem ser curados no ano seguinte. “à preciso, a conscientização do paciente”.
Desde que descoberto em fase inicial, o câncer de mama é perfeitamente curável, possibilitando que a paciente tenha uma vida digna e normal. Até 1970, cânceres de pele mais agressivos, como o melanoma maligno cutâneo, eram curados em 40% dos casos. Hoje, o Ãndice chega a 80%, em função da maior adequação dos tratamentos e do aumento dos diagnósticos no inÃcio da doença.
à verdadeira a premissa de que, quanto mais cedo o câncer for tratado, menor a necessidade de adoção de um procedimento mutilante. “Há muitos casos de mastectomia (extirpação da mama) nos quais a reparação é imediata”, informa Mourão Netto. Nos casos de câncer de pele, determinados tipos de lesões são extirpados mediante intervenção cirúrgica e outros podem ser tratados com radioterapia, de forma isolada ou complementar à cirurgia.
Prevenção
A manutenção de hábitos saudáveis, como a prática de esportes ou caminhadas, de uma dieta balanceada, rica em vegetais e sem abuso de alimentos que estimulem variações na produção de hormônios – como gorduras animais ingeridas em excesso –, além da gravidez em idade regular (até os 35 anos), são algumas das medidas que auxiliam a prevenção do câncer de mama. Ao lado disso, a mulher deve cultivar o tripé auto-exame/exame ginecológico/mamografia a partir dos 40 anos ou antes disso, caso pertença a um grupo de risco. Aos 40 anos, o recomendável é fazer uma mamografia a cada dois anos. Aos 50, idade em que uma em cada 200 mulheres pode apresentar câncer de mama, o exame precisa ser repetido anualmente.
No caso do câncer de pele, a exposição demasiada ao sol desponta como uma das causas principais, ao lado de predisposições genéticas. Os maiores vilões dessa história são os raios ultravioleta B, que podem penetrar nas células e provocar mutações no seu DNA, gerando células defeituosas, de proliferação descontrolada. Pintas que mudam de cor, tornando-se mais escuras, que sangram com traumatismos leves, que possuem cores diferentes, bordas irregulares ou que aumentam de tamanho devem ser avaliadas por um médico.
A pele dos indivÃduos de cor negra apresenta maior concentração de melanina do que a dos brancos (ou “caucasianos”), o que os torna menos susceptÃveis à doença. A melanina acaba funcionando como um filtro natural aos raios solares. “Pessoas louras ou ruivas, que combinam pele e olhos claros, são as mais propensas a apresentar câncer de pele”, alerta Calvis.
A exposição ao sol é necessária à saúde, mas as pessoas devem evitar os excessos, protegendo-se durante o perÃodo de radiação intensa das 9h à s 15h e utilizando bloqueadores solares. Mesmo as seções de bronzeamento artificial à base de raios ultravioleta A são consideradas perigosas.
Prevenção Contra o Câncer de Mama
Dieta balanceada, rica em vegetais e sem o abuso de alimentos que estimulam a produção de hormônios;
Prática de esportes;
Maternidade até os 35 anos;
Procurar um médico imediatamente após perceber a existência de caroços na mama;
Realizar auto-exame;
Visitar o ginecologista regularmente;
Fazer mamografia principalmente após os 40 anos, a cada dois anos. Após os 50 anos, repetir anualmente.
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TERÃ MUITA MATÃRIA... BJINS ;-) MEL
2006-10-16 23:48:43
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answer #2
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answered by MEL 5
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