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Qual a razão porque as religiões e seitas hoje no século XXI retomarem a discussão baseada na bíblia e o criacionismo versos a teoria da evolução formulada por Charles Darwin e comprovada pela ciência a dois séculos atrás?

2006-10-15 01:28:57 · 13 respostas · perguntado por masaju 6 em Sociedade e Cultura Religião e Espiritualidade

13 respostas

A evolução já tem prova cientifica, como vc falou, e a existencia de um ser superior não tem essa comprovação.

Mas:
- O problema é que a evolução humana vai contra a biblia, que a maioria acredita cegamente, mas poucos a seguem de fato.

A ciência faz a sua função que é a de dizer a verdade descoberta por ela ou o mais provável de ter acontecido com COMPROVAÇÃO por meio de experiência.



Pelas perguntas que fazem no Yahoo respostas, eu tenho certeza que não compreendem a evolução e que eles devem pensar que evoluimos dos chipanzés do zoológico.

O problema é e sempre foi a falta de conehcimento da população mundial e praticamente todo mundo no Brasil é acostumado com o criacionismo, assim mesmo que tenham um razoavel conhecimento sobre biologia, pensa que nós que conhecemos e entendemos a evolução somos malucos.

É dificil para eles entender isso:
O homem evoluiu de ancestrais comuns com outros animais. De um ancestral comum formou outros animais que foram ancestrais comum de outro.
EX: Réptil primitivo é ancestral dos dinossauros e das tartarugas. Os dinossauros são ancestrais das aves (que também tem como ancestral esse reptil primitivo) e dos crocodilos.

O homem tem ancestral comum com todos os animais viventes e os extintos, sendo que o anestral comum do homem com o macaco viveu a muito menos tempo que o nosso ancestral comum com a minhoca.

Todos os animais vivos e extintos tem um unico ancestral comum "inicial", o primeiro ser vivo que era um procarionte heterotrofo muito simples formado ao acaso na grande quantidade de compostos orgânicos formados com a sintese prebiotica (a atmosfera primitiva tinha amônia, gás carbônico e agua com uma grande quantidade de raios e radiação devido a falta da camada de ozônio - formada após o aparecimento dos primeiros autotrofos. Não havia oxigênio, eram animais anaeróbios).
Como o 1º ser vivo foi originado ao acaso em um processo que durou muitos anos, é praticamente impossível ser refeito a criação do 1º ser vivo, pq dependeriamos também do acaso.

A evolução humana é comprovada cientificamente e sua ancestralidade comum com o macaco é comprovada por:
O nosso genoma tem uma similaridade de cerca de 99,5% com o genoma dos macacos

Apesar do homem não ter vindo do macaco, nós dividimos algumas caracteristicas, como:
1- Anatomia comparada - A mão com dedos (os macacos tem uma mão semelhante a nossa, mas não tem o polegar)
2- A embriologia (o desenvolvimento do embrião humano é muito semelhante ao do macaco, praticamente a unica diferença é a presença da cauda).
3- Bioquimica comparada - exemplificado com o DNA
4- Estudo dos fosseis - apesar de nunca ter sido encontrado o ancestral comum entre o homem e o macaco, os ancestrais ("exclusivos") do homem são muito semelhante ao macaco.

Isso indica a ancestralidade comum e também a evolução.

2006-10-15 11:33:16 · answer #1 · answered by Anonymous · 0 0

É simples: as pessoas são preguiçosas. É muito mais fácil acreditar numa baboseira ingênua como a da bíblia, que pensar por si só e tentar compreender o mundo e toda a sua complexidade.

Ainda bem que existem aqueles que não se satisfazem com as respostas prontas das religiões.

:-)

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2006-10-15 09:42:47 · answer #2 · answered by Júlio César 4 · 1 0

Amigo voce por acaso já viu a comprovação? Voce tem ideia por que ela é chamada de "teoria" da evolução? Se vc pensar em por exemplo a lei da termodinâmica ( que incluse postula contra a evolução ), ela é uma lei por que vc pode fazer uma experiência e comprovar as conclusões elaboradas. Já a teoria não existe comprovação experimental ainda do que foi elaborado. Penso ser um absurdo que nas escolas a teoria Darwinista seja estudada como se ela já tivesse sido comprovada pela ciência. Na verdade o que existe além das teorias e observações feitas por Darwin são alguns pedaços de fosséis que na verdade não pode se somar nem mesmo do ponto de vista estatístico para dar sustentação as teorias Darwinistas. Existe um nº expressivo de cientistas que não aceitam as teorias da evolução principalmente muitos físicos por ela contradizer a 1ª Lei da termodinâmica. Dai segue talvez o porquê das discussão ainda estar em voga.

2006-10-15 08:56:55 · answer #3 · answered by Charles B 2 · 1 0

Isso se deve ao mal da religião. Pode-se até mesmo colocar um copo de suco na frente de um religioso. Ele vai continuar dizendo que é uma xícara de porcelana com chá.
Só vêem o que querem.

2006-10-15 08:56:30 · answer #4 · answered by Anonymous · 1 0

A teoria(diz teoria) nunca foi comprovada cientificamente por cientista nenhum, sobre a evolução - ela foi simplismente aceita, e colocada de forma politica nas academias.
teoria é teoria - pode ser que sim e pode ser que não...
exitem mais razões para se crer na teoria criacionista do que na teoria da evolução.

2006-10-16 03:39:59 · answer #5 · answered by cid 3 · 0 0

Darwin desenvolveu a Teoria não a Lei da evolução...
Além do mais se já tivesse sido resolvida, o maior cientista do Sec.XX (Eistein) não acreditaria em Deus...

2006-10-16 03:37:14 · answer #6 · answered by Eu acredito 2 · 0 0

CONCORDO COM QUESTONA.... UMA PESSOA RELIGIOSA NÃO PENSA, ACEITA SEM ANALISAR A QUESTÃO . TUDO DEVE SER VISTO A LEI DA RAZÃO. NÃO FAZ NENHUM SENTIDO TUDO TER SIDO CRIADO EM 6 DIAS E AINDA TER UM DIA DE DESCANSO. POIS SENDO DEUS A INTELIGÊNCIA SUPREMA COM DIZEM OS RELIGIOSOS, NÃO TERIA NEHUMA NECESSIDADE DE DESCANSO.

2006-10-15 09:13:05 · answer #7 · answered by marinamorena@yahoo.com.br 6 · 0 0

Se se chama Teoria da Evolução não foi nada comprovado, nenhum elo perdido foi achado do ovo e da galinha por exemplo.

2006-10-15 12:01:21 · answer #8 · answered by magrão 7 · 0 1

Se a questão já estivesse resolvida, não haveria discussão.

Além do mais, a discussão é sempre boa. Para a Igreja Católica, essa era uma questão resolvida há muito tempo. Mas se não houvesse a discussão e o questionamento, até hoje você estaria pensando que Deus criou o homem do barro.

2006-10-15 10:37:51 · answer #9 · answered by tom de azul 4 · 0 1

A Gênese planetária
A COMUNIDADE DOS ESPÍRITOS PUROS

Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.
Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos.
A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção.

A CIÊNCIA DE TODOS OS TEMPOS

Não é nosso propósito trazer à consideração dos estudiosos uma nova teoria da formação do mundo. A Ciência de todos os séculos está cheia de apóstolos e missionários. Todos eles foram inspirados ao seu tempo, refletindo a claridade das Alturas, que as experiências do Infinito lhes imprimiram na memória espiritual, e exteriorizando os defeitos e concepções da época em que viveram, na feição humana de sua personalidade.
Na sua condição de operários do progresso universal, foram portadores de revelações gradativas, no domínio dos conhecimentos superiores da Humanidade. Inspirados de Deus nos penosos esforços da verdadeira civilização, as suas idéias e trabalhos merecem o respeito de todas as gerações da Terra, ainda que as novas expressões evolutivas do plano cultural das sociedades mundanas tenham sido obrigadas a proscrever as suas teorias e antigas fórmulas.
Lembrando-nos, porém, mais detidamente, de quantos souberam receber a intuição da realidade nas perquirições do Infinito, busquemos recordar o globo terráqueo nos seus primeiros dias.

OS PRIMEIROS TEMPOS DO ORBE TERRESTRE

Que força sobre-humana pôde manter o equilíbrio da nebulosa terrestre, destacada do núcleo central do sistema, conferindo-lhe um conjunto de leis matemáticas, dentro das quais se iam manifestar todos os fenômenos inteligentes e harmônicos de sua vida, por milênios de milênios? Distando do Sol cerca de 149.600.000 quilômetros e deslocando-se no espaço com a velocidade diária de 2.500.000 quilômetros, em torno do grande astro do dia, imaginemos a sua composição nos primeiros tempos de existência, como planeta.
Laboratório de matérias ignescentes, o conflito das forças telúricas e das energias físico-químicas opera as grandiosas construções do teatro da vida, no imenso cadinho onde a temperatura se eleva, por vezes, a 2.000 graus de calor, como se a matéria colocada num forno, incandescente, estivesse sendo submetida aos mais diversos ensaios, para examinar-se a sua qualidade e possibilidades na edificação da nova escola dos seres. As descargas elétricas, em proporções jamais vistas da Humanidade, despertam estranhas comoções no grande organismo planetário, cuja formação se processa nas oficinas do Infinito.

A SOLIDIFICAÇÃO DA MATÉRIA

Na grande oficina surge, então, a diferenciação da matéria ponderável, dando origem ao hidrogênio. As vastidões atmosféricas são amplo repositório de energias elétricas e de vapores que trabalham as substâncias torturadas no orbe terrestre. O frio dos espaços atua, porém, sobre esse laboratório de energias incandescentes e a condensação dos metais verifica-se com a leve formação da crosta solidificada.
É o primeiro descanso das tumultuosas comoções geológicas do globo. Formam-se os primitivos oceanos, onde a água tépida sofre pressão difícil de descrever-se. A atmosfera está carregada de vapores aquosos e as grandes tempestades varrem, em todas as direções, a superfície do planeta, mas sobre a Terra o caos fica dominado como por encanto. As paisagens aclaram-se, fixando a luz solar que se projeta nesse novo teatro de evolução e vida. As mãos de Jesus haviam descansado, após o longo período de confusão dos elementos físicos da organização planetária.

O DIVINO ESCULTOR

Sim, Ele havia vencido todos os pavores das energias desencadeadas; com as suas legiões de trabalhadores divinos, lançou o escopro da sua misericórdia sobre o bloco de matéria informe, que a Sabedoria do Pai deslocara do Sol para as suas mãos augustas e compassivas. Operou a escultura geológica do orbe terreno, talhando a escola abençoada e grandiosa, na qual o seu coração haveria de expandir-se em amor, claridade e justiça. Com os seus exércitos de trabalhadores devotados, estatuiu os regulamentos dos fenômenos físicos da Terra, organizando-lhes o equilíbrio futuro na base dos corpos simples de matéria, cuja unidade substancial os espectroscópios terrenos puderam identificar por toda a parte no universo galáxico. Organizou o cenário da vida, criando, sob as vistas de Deus, o indispensável à existência dos seres do porvir. Fez a pressão atmosférica adequada ao homem, antecipando-se ao seu nascimento no mundo, no curso dos milênios; estabeleceu os grandes centros de força da ionosfera e da estratosfera, onde se harmonizam os fenômenos elétricos da existência planetária, e edificou as usinas de ozônio a 40 e 60 quilômetros de altitude, para que filtrassem convenientemente os raios solares, manipulando-lhes a composição precisa à manutenção da vida organizada no orbe. Definiu todas as linhas de progresso da humanidade futura, engendrando a harmonia de todas as forças físicas que presidem ao ciclo das atividades planetárias.

O VERBO NA CRIAÇÃO TERRESTRE

A ciência do mundo não lhe viu as mãos augustas e sábias na intimidade das energias que vitalizam o organismo do Globo. Substituíram-lhe a providência com a palavra "natureza", em todos os seus estudos e análises da existência, mas o seu amor foi o Verbo da criação do princípio, como é e será a coroa gloriosa dos seres terrestres na imortalidade sem-fim. E quando serenaram os elementos do mundo nascente, quando a luz do Sol beijava, em silêncio, a beleza melancólica dos continentes e dos mares primitivos, Jesus reuniu nas Alturas os intérpretes divinos do seu pensamento. Viu-se, então, descer sobre a Terra, das amplidões dos espaços ilimitados, uma nuvem de forças cósmicas, que envolveu o imenso laboratório planetário em repouso.
Daí a algum tempo, na crosta solidificada do planeta, como no fundo dos oceanos, podia-se observar a existência de um elemento viscoso que cobria toda a Terra.
Estavam dados os primeiros passos no caminho da vida organizada. Com essa massa gelatinosa, nascia no orbe o protoplasma e, com ele, lançara Jesus à superfície do mundo o germe sagrado dos primeiros homens.

A vida organizada
AS CONSTRUÇÕES CELULARES

Sob a orientação misericordiosa e sábia do Cristo, laboravam na Terra numerosas assembléias de operários espirituais.
Como a engenharia moderna, que constrói um edifício prevendo os menores requisitos de sua finalidade, os artistas da espiritualidade edificavam o mundo das células iniciando, nos dias primevos, a construção das formas organizadas e inteligentes dos séculos porvindouros.
O ideal da beleza foi a sua preocupação dos primeiros momentos, no que se referia às edificações celulares das origens.
É por isso que, em todos os tempos, a beleza, junto à ordem, constituiu um dos traços indeléveis de toda a criação.
As formas de todos os remos da natureza terrestre foram estudadas e previstas. Os fluidos da vida foram manipulados de modo a se adaptarem às condições físicas do planeta, encenando-se as construções celulares segundo as possibilidades do ambiente terrestre, tudo obedecendo a um plano preestabelecido pela misericordiosa sabedoria do Cristo,
consideradas as leis do princípio e do desenvolvimento geral.

OS PRIMEIROS HABITANTES DA TERRA

Dizíamos que uma camada de matéria gelatinosa envolvera o orbe terreno em seus mais íntimos contornos. Essa matéria, amorfa e viscosa, era o celeiro sagrado das sementes da vida. O protoplasma foi o embrião de todas as organizações do globo terrestre, e, se essa matéria, sem forma definida, cobria a crosta solidificada do planeta, em breve a condensação da massa dava origem ao surgimento do núcleo, iniciando-se as primeiras
manifestações dos seres vivos.
Os primeiros habitantes da Terra, no plano material, são as células albuminóides, as amebas e todas as organizações unicelulares, isoladas e livres, que se multiplicam prodigiosamente na temperatura tépida dos oceanos.
Com o escoar incessante do tempo, esses seres primordiais se movem ao longo das águas, onde encontram o oxigênio necessário ao entretenimento da vida, elemento que a terra firme não possuía ainda em proporções de manter a existência animal, antes das grandes vegetações; esses seres rudimentares somente revelam um sentido - o do tato, que deu
origem a todos os outros, em função de aperfeiçoamento dos organismos superiores.

A ELABORAÇÃO PACIENTE DAS FORMAS
Decorrido muito tempo, eis que as amebas primitivas se associam para a vida celular em comum, formando-se as colônias de infusórios, de polipeiros, em obediência aos planos da construção definitiva do porvir, emanados do mundo espiritual onde todo o progresso da Terra tem a sua gênese.
Os reinos vegetal e animal parecem confundidos nas profundidades oceânicas. Não existem formas definidas nem expressão individual nessas sociedades de infusórios; mas, desses conjuntos singulares, formam-se ensaios de vida que já apresentam caracteres e rudimentos dos organismos superiores.
Milhares de anos foram precisos aos operários de Jesus, nos serviços da elaboração paciente das formas. A princípio, coordenam os elementos da nutrição e da conservação da existência. O coração e os brônquios são conquistados e, após eles, formam-se os pródromos celulares do sistema nervoso e dos órgãos da procriação, que se aperfeiçoam, definindo-se nos seres.

AS FORMAS INTERMEDIÁRIAS DA NATUREZA

A atmosfera está ainda saturada de umidade e vapores, e a terra sólida está coberta de lodo e pântanos inimagináveis.
Todavia, as derradeiras convulsões interiores do orbe localizam os calores centrais do planeta, restringindo a zona das influências telúricas necessárias à manutenção da vida animal.
Esses fenômenos geológicos estabelecem os contornos geográficos do globo, delineando os continentes e fixando a posição dos oceanos, surgindo, desse modo, as grandes extensões de terra firme, aptas a receber as sementes prolíficas da vida.
Os primeiros crustáceos terrestres são um prolongamento dos crustáceos marinhos. Seguindo-lhes as pegadas, aparecem os batráquios, que trocam as águas pelas regiões lodosas e firmes.
Nessa fase evolutiva do planeta, todo o globo se veste de vegetação luxuriante, prodigiosa, de cujas florestas opulentas e desmesuradas as minas carboníferas dos tempos modernos são os petrificados vestígios.

OS ENSAIOS ASSOMBROSOS

Nessa altura, os artistas da criação inauguram novos períodos evolutivos, no plano das formas.
A Natureza torna-se uma grande oficina de ensaios monstruosos. Após os répteis, surgem os animais horrendos das eras primitivas.
Os trabalhadores do Cristo, como os alquimistas que estudam a combinação das substâncias, na retorta de acuradas observações, analisavam, igualmente, a combinação prodigiosa dos complexos celulares, cuja formação eles próprios haviam delineado, executando, com as suas experiências, uma justa aferição de valores, prevendo todas as possibilidades e necessidades do porvir.
Todas as arestas foram eliminadas. Aplainaram-se dificuldades e realizaram-se novas conquistas. A máquina celular foi aperfeiçoada, no limite do possível, em face das leis físicas do globo. Os tipos adequados à Terra foram consumados em todos os reinos da Natureza, eliminando-se os frutos teratológicos e estranhos, do laboratório de suas perseverantes experiências. A prova da intervenção das forças espirituais, nesse vasto campo de operações, é que, enquanto o escorpião, gêmeo dos crustáceos marinhos, conserva até hoje, de modo geral, a forma primitiva, os animais monstruosos das épocas remotas, que lhe foram posteriores, desapareceram para sempre da fauna terrestre, guardando os museus do mundo as interessantes reminiscências de suas formas atormentadas.

OS ANTEPASSADOS DO HOMEM

O reino animal experimenta as mais estranhas transições no período terciário, sob as influências do meio e em face dos imperativos da lei de seleção.
Mas, o nosso raciocínio ansioso procura os legítimos antepassados das criaturas humanas, nessa imensa vastidão do proscênio da evolução anímica.
Onde está Adão com a sua queda do paraíso? Debalde nossos olhos procuram, aflitos, essas figuras legendárias, com o propósito de localizá-las no Espaço e no Tempo. Compreendemos, afinal, que Adão e Eva constituem uma lembrança dos Espíritos degredados na paisagem obscura da Terra, como Caim e Abel são dois símbolos para a
personalidade das criaturas.
Examinada, porém, a questão nos seus prismas reais, vamos encontrar os primeiros antepassados do homem sofrendo os processos de aperfeiçoamento da Natureza. No período terciário a que nos reportamos, sob a orientação das esferas espirituais notavam-se algumas raças de antropóides, no Plioceno inferior. Esses antropóides, antepassados do homem terrestre, e os ascendentes dos símios que ainda existem no mundo, tiveram a sua evolução em pontos convergentes, e daí os parentescos sorológicos entre o organismo do homem moderno e o do chimpanzé da atualidade.
Reportando-nos, todavia, aos eminentes naturalistas dos últimos tempos, que examinaram meticulosamente os transcendentes assuntos do evolucionismo, somos compelidos a esclarecer que não houve propriamente uma "descida da árvore", no início da evolução humana.
As forças espirituais que dirigem os fenômenos terrestres, sob a orientação do Cristo, estabeleceram, na época da grande maleabilidade dos elementos materiais, uma linhagem definitiva para todas as espécies, dentro das quais o princípio espiritual encontraria o processo de seu acrisolamento, em marcha para a racionalidade.
Os peixes, os répteis, os mamíferos, tiveram suas linhagens fixas de desenvolvimento e o homem não escaparia a essa regra geral.

A GRANDE TRANSIÇÃO

Os antropóides das cavernas espalharam-se, então, aos grupos, pela superfície do globo, no curso vagaroso dos séculos, sofrendo as influências do meio e formando os pródromos das raças futuras em seus tipos diversificados; a realidade, porém, é que as entidades espirituais auxiliaram o homem do sílex, imprimindo-lhe novas expressões biológicas. Extraordinárias experiências foram realizadas pelos mensageiros do invisível. As pesquisas recentes da Ciência sobre o tipo de Neanderthal, reconhecendo nele uma espécie de homem bestializado, e outras descobertas interessantes da Paleontologia, quanto ao homem fóssil, são um atestado dos experimentos biológicos a que procederam os prepostos de Jesus, até fixarem no "primata" os característicos aproximados do homem futuro.
Os séculos correram o seu velário de experiências penosas sobre a fronte dessas criaturas de braços alongados e de pelos densos, até que um dia as hostes do invisível operaram uma definitiva transição no corpo perispiritual preexistente, dos homens primitivos, nas regiões siderais e em certos intervalos de suas reencarnações.
Surgem os primeiros selvagens de compleição melhorada, tendendo à elegância dos tempos do porvir.
Uma transformação visceral verificara-se na estrutura dos antepassados das raças humanas.
Como poderia operar-se semelhante transição? Perguntará o vosso critério científico.
Muito naturalmente. Também as crianças têm os defeitos da infância corrigidos pelos pais, que as preparam em face da vida, sem que, na maioridade, elas se lembrem disso.

Fonte:
trecho extraído do livro: A Caminho da Luz (Emanuel - Francisco Cândido Xavier)

Os povos formaram idéias muito divergentes a respeito da Criação, conforme o grau de seus conhecimentos. A razão, apoiada na ciência, reconheceu a impossibilidade e a contradição de algumas teorias. O ensinamento dos Espíritos a esse respeito confirma a opinião desde há muito tempo admitida pelos homens mais esclarecidos.
A objeção que se pode fazer a essa teoria é que está em contradição com o texto dos livros bíblicos, mas um exame sério fará reconhecer que essa contradição é mais aparente do que real e resulta da interpretação dada a certas passagens dos textos que em geral têm um sentido alegórico, figurado.
A questão do primeiro homem, Adão, ter sido a única fonte que originou a humanidade não é o único ponto sobre o qual as crenças religiosas tiveram que se modificar. O movimento da Terra pareceu, em certa época, de tal modo oposto ao texto bíblico que não houve forma de perseguição da qual essa teoria não tenha sido o pretexto e, entretanto, a Terra gira, apesar dos anátemas, e ninguém hoje poderia contestá-lo sem depreciar a sua própria razão e submeter-se ao ridículo.
A Bíblia diz igualmente que o mundo foi criado em seis dias e fixa a época da criação por volta de 4000 anos antes da Era Cristã. Antes disso, a Terra não existia, ela foi tirada do nada; o texto é formal, é claro.
Mas, eis que a ciência positiva, a ciência inabalável, vem provar o contrário. A formação do globo está gravada em caracteres nítidos e indiscutíveis no mundo fóssil , e está provado que os seis dias da criação representam períodos que podem constituir-se, cada um, de centenas de milhares de anos. Isso não é um sistema, doutrina, ou opinião isolada; é um fato tão constatado quanto o movimento da Terra, que a teologia não pode recusar-se a admitir, prova evidente do erro em que se está sujeito a cair por tomar ao pé da letra as expressões de uma linguagem freqüentemente figurada.
Devemos por isso concluir que a Bíblia está errada? Não. Mas podemos concluir que os homens, em muitos pontos, se enganaram ao interpretá-la.
A ciência, ao escavar os arquivos da Terra, descobriu a ordem em que os diferentes seres vivos apareceram na sua superfície, e essa ordem está de acordo com a que é indicada na Gênese
, com a diferença de que toda a Criação, em vez de ter saído miraculosamente das mãos de Deus em algumas horas, conforme está escrito no Gênese, se realizou sempre pela Sua vontade, mas de acordo com a lei das forças da natureza, em
alguns milhões de anos. Deus é por isso menor e menos poderoso? Sua obra é menos sublime por não ter o prestígio da instantaneidade? Evidente que não. Seria preciso fazer da Divindade uma idéia bem mesquinha para não reconhecer Seu grande poder nas leis eternas que estabeleceu para reger os mundos. A ciência, longe de diminuir a obra divina, mostra-a sob
um aspecto mais grandioso e mais em conformidade com as noções que temos do poder e da majestade de Deus, em razão de ter se realizado sem anular as leis da natureza.
A ciência, neste ponto concordante com Moisés, coloca o homem em último lugar na ordem da criação dos seres vivos; mas, enquanto Moisés, no Gênese, põe o dilúvio universal no ano de 1654 após a Criação, a Geologia nos mostra o grande cataclismo anterior ao aparecimento do homem na Terra. Até hoje não se encontrou nas camadas primitivas do globo nenhum
indício nem da presença do homem nem de animais da mesma categoria do ponto de vista físico. Mas nada prova que isso seja impossível. Muitas descobertas já lançaram dúvidas a esse respeito. Pode-se, portanto, de um momento para outro, adquirir a certeza material dessa anterioridade da raça humana, e então se reconhecerá que, sobre esse ponto, como em outros, o texto bíblico é um símbolo, uma representação. A questão é saber se o cataclismo geológico é o mesmo que atingiu Noé. O certo é que a duração necessária à formação das camadas fósseis não permite confundi-los, e a partir do momento que se tiverem encontrado traços da existência do homem antes da grande catástrofe, ficará provado ou que Adão não foi o primeiro homem, ou que sua criação se perde na noite dos tempos. Contra fatos não há argumentos possíveis e será preciso aceitar esses fatos, como se aceitou o do movimento da Terra e os seis períodos da Criação.
A existência do homem antes do dilúvio geológico, na verdade, ainda é hipotética, mas eis aqui um detalhe que revela que não é assim. Ao admitir que o homem tenha aparecido pela primeira vez sobre a Terra 4000 anos antes de Cristo, e que, 1650 anos mais tarde, toda a raça humana tenha sido destruída, com exceção de uma única família, resulta que o povoamento da Terra ocorreu somente a partir de Noé, ou seja, 2350 anos antes de nossa era. Porém, quando os hebreus emigraram para o Egito no décimo oitavo século, encontraram esse país muito
povoado e já muito avançado em civilização. A História prova que nessa época também a Índia e outros países estavam igualmente florescentes, sem mesmo se levar em conta a cronologia de alguns outros povos que remonta a uma época ainda bem mais antiga. Teria sido preciso, portanto, que do vigésimo quarto ao décimo oitavo século, ou seja, no espaço de 600 anos, não somente os descendentes de um único homem
pudessem povoar todos os imensos países então conhecidos, supondo que os outros não o fossem, mas também que, nesse curto espaço de tempo, a espécie humana pudesse se elevar da ignorância absoluta do estado primitivo ao mais alto grau do desenvolvimento intelectual, o que é contrário a todas as leis antropológicas.
A diversidade das raças vem, ainda, em apoio a essa opinião. O
clima e os costumes, sem dúvida, produzem modificações no caráter físico, mas sabe-se até onde pode chegar a influência dessas causas, e o exame fisiológico prova que há entre algumas raças diferenças mais profundas do que o clima pode produzir na constituição física do homem.
O cruzamento das raças origina os tipos intermediários. Ele tende a apagar os caracteres extremos, primitivos, mas não os produz; apenas cria variedades. Portanto, em vista disso, para que houvesse cruzamento de raças, seria preciso que houvesse raças distintas. Como explicar a existência de raças tão distintas se lhes dermos uma origem comum e sobretudo tão próxima? Como admitir que, em poucos séculos, alguns descendentes de Noé fossem transformados a ponto de produzir, por exemplo, a raça etíope? Uma transformação desse porte é tão pouco admissível quanto a hipótese de terem uma mesma origem o lobo e o cordeiro, o elefante e o pulgão, o pássaro e o peixe. Mais uma vez: nada pode prevalecer contra a evidência dos fatos.
Tudo se explica, ao contrário, se admitirmos que a existência do homem é anterior à época que lhe é vulgarmente assinalada; a diversidade das origens; que Adão, que viveu há seis mil anos, tenha povoado uma região ainda desabitada; que o dilúvio de Noé foi uma catástrofe parcial e que foi considerada como um cataclismo geológico e, finalmente, atentando para o fato da forma de linguagem alegórica própria do estilo oriental e que se encontra nos livros sagrados de todos os povos. Por isso é prudente não acusar apressadamente de falsas as doutrinas que podem cedo ou tarde, como tantas outras, desmentir aqueles que as combatem. As idéias religiosas, em vez de perder, se engrandecem ao marchar com a ciência.
Esse é o único meio de não mostrar ao ceticismo um lado vulnerável.

Fonte:

O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec
http://www.omensageiro.com.br/doutrina/

2006-10-15 09:24:35 · answer #10 · answered by Antonio Vieira Sobrinho 7 · 0 1

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