Pelo pouco que eu sei é uma referência indireta, que está em Mateus 5,25, e se repete em Lucas 12,58:, que diz: "Assume logo uma atitude conciliadora com teu adversário, enquanto estás com ele no caminho, para não acontecer que o teu adversário te entregue ao juiz e o juiz te entregue ao executor e assim sejas lançado na prisão. Em verdade vos digo, *dali não sairás até que pague o último centavo*"
Esse finalzinho indica que tem um tipo de pena que é relativa ao tempo e que a pessoa pode sair dela, após cumprir o que deve, com diferença da pena infinita do inferno.
Claro que é uma questão de interpretação, porque não está falando diretamente que tem purgatório.
Espero ter ajudado.
2006-10-17 11:51:39
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answer #5
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answered by dumuz 4
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Se não estou enganada, está em um dos livros que Lutero (um ser humano tão falho quanto qualquer outro) suprimiu da Bíblia em suas traduções, sob alegação de que eram "apócrifos" e de que não são aceitos. Na verdade, esses livros contrariavam sua tese de que não existe purgatório.
Encontrei, está em II Macabeus 12:39-46:
"39. No dia seguinte, Judas e seus companheiros foram tirar os corpos dos mortos, como era necessário, para depô-los na sepultura ao lado de seus pais.
40. Ora, sob a túnica de cada um encontraram objetos consagrados aos ídolos de Jânia, proibidos aos judeus pela lei: todos, pois, reconheceram que fora esta a causa de sua morte.
41. Bendisseram, pois, a mão do justo juiz, o Senhor, que faz aparecer as coisas ocultas,
42. e puseram-se em oração, para implorar-lhe o perdão completo do pecado cometido. O nobre Judas falou à multidão, exortando-a a evitar qualquer transgressão, ao ver diante dos olhos o mal que havia sucedido aos que foram mortos por causa dos pecados.
43. Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição,
44. porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles.
45. Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente,
46. era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas."
O próprio Lutero declarava ser "inimigo" dos livros de Ester e do Segundo Livro dos Macabeus... no caso deste último, por contrariar suas teses, somente.
2006-10-16 01:03:17
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answer #6
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answered by Verbena 6
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1012 Haverá lugares determinados no universo destinados à s
penalidades e aos prazeres dos EspÃritos, conforme seus méritos?
– Já respondemos a essa questão. As penalidades e os prazeres são inerentes ao grau de perfeição dos EspÃritos; cada um tira de si mesmo o princÃpio de sua própria felicidade ou infelicidade; e como estão por toda parte, nenhum lugar localizado nem fechado está destinado a um ou a outro. Quanto aos EspÃritos encarnados, eles são mais ou menos felizes ou infelizes conforme o mundo que habitem seja mais ou menos avançado.
1012 a Em vista disso, o inferno e o paraÃso não existiriam como o homem os representa?
– São apenas figuras: existem EspÃritos felizes e infelizes por toda parte. Entretanto, como também dissemos, os EspÃritos da mesma ordem se reúnem por simpatia; mas podem se reunir onde quiserem quando são perfeitos.
A localização exata dos lugares de penalidades e recompensas existe apenas na imaginação do homem e provém da tendência de materializar e circunscrever as coisas das quais eles não podem compreender a essência infinita.
1013 O que se deve entender por purgatório?
– Dores fÃsicas e morais: é o tempo de expiação. à quase sempre na Terra que fazeis vosso purgatório e onde sois obrigados a expiar vossas faltas.
O que o homem chama de purgatório é igualmente uma figura pela qual se deve entender não como um lugar qualquer determinado, mas como o estado dos EspÃritos imperfeitos, que estão em expiação até a purificação completa que deve elevá-los ao plano dos EspÃritos bem-aventurados. Essa purificação, operando-se nas diversas encarnações, faz com que o purgatório consista nas provas da vida corporal.
1014 Como se explica que EspÃritos, que pela sua linguagem revelam superioridade, tenham respondido a pessoas muito sérias a respeito do inferno e do purgatório, de acordo com a idéia corrente que se faz desses lugares?
– Eles falam uma linguagem que possa ser compreendida pelas pessoas que os interrogam, e quando essas pessoas se mostram convictas de certas idéias evitam chocá-las bruscamente para não ferir suas convicções. Se um EspÃrito quisesse dizer, sem precauções oratórias, a um muçulmano que Maomé não foi profeta, seria muito mal compreendido.
1014 a Concebe-se que assim possa ser com a maioria dos EspÃritos que desejam nos instruir; mas como se explica que EspÃritos interrogados sobre sua situação tenham respondido que sofriam torturas do inferno ou do purgatório?
– Quando são inferiores e ainda não completamente desmaterializados, conservam parte de suas idéias terrenas e transmitem suas impressões se servindo de termos que lhes são familiares. Eles se encontram num meio que lhes permite sondar o futuro apenas imperfeitamente, e é por isso que freqüentemente EspÃritos errantes, ou recém-desencarnados, falarão como se estivessem encarnados. Inferno pode se traduzir por uma vida de provações extremamente dolorosa, com a incerteza de haver outra melhor.
Purgatório, por uma vida também de provações, mas com consciência de um futuro melhor. Quando passais por uma grande dor, não dizeis que sofreis como um condenado? São apenas palavras, e sempre no sentido figurado.
1015 O que se deve entender por uma alma penada?
– Um EspÃrito errante e sofredor, incerto de seu futuro, e a quem podeis proporcionar o alÃvio que, muitas vezes, solicita ao se comunicar convosco. (Veja a questão 664.)
1016 Em que sentido se deve entender a palavra céu?
– Acreditais que seja um lugar, como os Campos ElÃseos dos antigos, onde todos os bons EspÃritos estão indistintamente aglomerados com a única preocupação de desfrutar, durante a eternidade, de uma felicidade passiva? Não. à o espaço universal; são os planetas, as estrelas e todos os mundos superiores onde os EspÃritos desfrutam de todas as suas qua-
lidades sem os tormentos da vida material nem as angústias próprias à inferioridade.
1017 Alguns EspÃritos disseram estar habitando o quarto, o quinto céu, etc.; o que quiseram dizer com isso?
– Se lhes perguntais qual céu habitam é porque tendes uma idéia de muitos céus sobrepostos, como os andares de uma casa. Então, eles respondem conforme vossa linguagem. Mas, para eles, essas palavras, quarto e quinto céu, exprimem diferentes graus de depuração e, conseqüentemente, de felicidade. à exatamente como quando se pergunta a
um EspÃrito se ele está no inferno; se é infeliz, dirá que sim, porque para ele inferno é sinônimo de sofrimento; porém, ele sabe muito bem que não é uma fornalha. Se fosse um pagão diria que estava no Tártaro.
O mesmo acontece com muitas outras expressões semelhantes, como: cidade das flores, cidade dos eleitos, primeira, segunda ou terceira esfera, etc., que não passam de expressões usadas por certos EspÃritos, quer como figuras, quer algumas vezes por ignorância da realidade das coisas e até mesmo das mais simples noções cientÃficas.
De acordo com a idéia restrita que se fazia antigamente dos lugares de sofrimentos e recompensas, e principalmente com a opinião de que a Terra era o centro do universo, de que o céu formava uma abóbada e que havia uma região de estrelas, colocava-se o céu em cima e o inferno embaixo. Daà as expressões: subir ao céu, estar no mais alto dos céus, estar precipitado no inferno. Hoje a ciência demonstra que a Terra não passa de um dos menores planetas, sem importância especial. Entre milhões de outros, traçou a história de sua formação e descreveu sua constituição; provou que o espaço é infinito, que não há nem alto nem baixo no universo, e assim impôs a rejeição à idéia de situar o céu acima das nuvens e o inferno nos lugares baixos. Quanto ao purgatório, nenhum lugar lhe fora designado. Estava reservado ao Espiritismo dar sobre todas essas coisas a explicação mais racional, grandiosa e, ao mesmo tempo, mais consoladora para a humanidade. Assim, pode-se dizer que levamos em nós mesmos nosso inferno e nosso paraÃso e, quanto ao purgatório, nós o encontramos em nossa encarnação, em nossas vidas fÃsicas.
1018 Em que sentido é preciso entender estas palavras do Cristo: “Meu reino não é deste mundo?”
– O Cristo, ao responder assim, falava num sentido figurado. Ele queria dizer que apenas reina nos corações puros e desinteressados. Ele está por todos os lugares onde domina o amor ao bem, mas os homens ávidos das coisas deste mundo e ligados aos bens da Terra não estão com ele.
1019 O reino do bem poderá um dia realizar-se na Terra?
– O bem reinará na Terra quando, entre os EspÃritos que vêm habitá-la, os bons predominarem sobre os maus; então eles farão reinar na Terra o amor e a justiça, que são a fonte do bem e da felicidade. Pelo progresso moral e praticando as leis de Deus é que o homem atrairá para a Terra os bons EspÃritos e afastará os maus; mas os maus só a deixarão quando o homem tiver expulsado de si o orgulho e o egoÃsmo.
A transformação da humanidade foi anunciada e é chegado o tempo em que todos os homens amantes do progresso se apresentam e se apressam, porque essa transformação se fará pela encarnação dos EspÃritos melhores, que formarão sobre a Terra uma nova ordem. Então, os EspÃritos maus, que a morte vai retirando a cada dia, e aqueles que tentam deter a marcha das coisas serão excluÃdos da Terra porque estariam deslocados entre os homens de bem dos quais perturbariam a felicidade.
Eles irão para mundos novos, menos avançados, desempenhar missões punitivas para seu próprio adiantamento e de seus irmãos ainda mais atrasados. Nessa exclusão de EspÃritos da Terra transformada não percebeis a sublime figura do paraÃso perdido? E a chegada à Terra do homem em semelhantes condições, trazendo em si o gérmen de suas paixões e os traços de sua inferioridade primitiva, a figura não menos sublime do pecado original? O pecado original, sob esse ponto de vista, se refere à natureza ainda imperfeita do homem, que é, assim, responsável por si mesmo e por suas próprias faltas e não pelas faltas de seus pais. Todos vós, homens de fé e boa vontade, trabalhai com zelo e coragem na grande obra da regeneração, porque recolhereis cem vezes mais o grão que tiverdes semeado. Infelizes aqueles que fecham os olhos à luz. Preparam para si longos séculos de trevas e decepções; infelizes os que colocam todas as suas alegrias nos bens deste mundo, porque sofrerão mais privações do que os prazeres de que desfrutaram; infelizes, principalmente, os egoÃstas, porque não encontrarão ninguém para ajudá-los a carregar o fardo de suas misérias.
O Livro dos EspÃritos, de Allan Kardec
http://www.omensageiro.com.br/doutrina/
2006-10-15 03:04:30
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answer #7
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answered by Antonio Vieira Sobrinho 7
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