Cada parte da estátuda do(s) capítulo(s) 2 e 3 de Daniel representam uma potência mundial. Veja:
POTÊNCIAS MUNDIAIS DA PROFECIA DE DANIEL
A enorme estátua (Daniel 2:31-45)
BABILÔNIA a partir de 607 AEC
MEDO-PÉRSIA a partir de 539 AEC
GRÉCIA a partir de 331 AEC
ROMA a partir de 30 AEC
A POTÊNCIA MUNDIAL ANGLO-AMERICANA a partir de 1763 EC
O MUNDO POLITICAMENTE DIVIDIDO no tempo do fim
Como sabemos disso? Leia (é grande, mas vale à pena):
Capítulo Quatro
A ascensão e a queda duma enorme estátua
PASSOU-SE uma década desde que o Rei Nabucodonosor trouxe Daniel e outros dos “principais homens do país” de Judá para o cativeiro em Babilônia. (2 Reis 24:15) O jovem Daniel está servindo na corte do rei quando surge uma situação de ameaça à vida. Por que deve interessar-nos isso? Porque a maneira em que Jeová Deus intervém no assunto não só salva a vida de Daniel e de outros, mas fornece-nos também uma visão da marcha das potências mundiais na profecia bíblica até os nossos tempos.
UM MONARCA SE CONFRONTA COM UM PROBLEMA DIFÍCIL
2 “No segundo ano do reinado de Nabucodonosor”, escreveu o profeta Daniel, “Nabucodonosor teve sonhos; e seu espírito começou a ficar agitado e até seu sono se tornou algo além dele”. (Daniel 2:1) Quem teve os sonhos foi Nabucodonosor, o rei do Império Babilônico. Ele se tornou efetivamente governante mundial em 607 AEC, quando Jeová Deus lhe permitiu destruir Jerusalém e seu templo. No segundo ano do reinado de Nabucodonosor como governante mundial (606/605 AEC), Deus deu-lhe um sonho aterrorizante.
3 Este sonho angustiou tanto a Nabucodonosor, que não conseguiu dormir. Ele naturalmente estava ansioso de saber seu significado. Mas o poderoso rei se esquecera do sonho! De modo que convocou os magos, os conjuradores e os feiticeiros de Babilônia, e exigiu que lhe contassem o sonho e o interpretassem. Esta tarefa era além da capacidade deles. Seu fracasso enfureceu tanto a Nabucodonosor, que ele deu a ordem de que se “destruíssem todos os sábios de Babilônia”. Este decreto levaria o profeta Daniel face a face com o executor designado. Por quê? Porque ele e seus três companheiros hebreus — Hananias, Misael e Azarias — estavam incluídos entre os sábios de Babilônia. — Daniel 2:2-14.
DANIEL VEM EM SOCORRO
4 Depois de saber o motivo do decreto duro de Nabucodonosor, “Daniel entrou e solicitou ao rei que lhe desse tempo, especificamente para mostrar ao rei a própria interpretação”. Isto foi concedido. Daniel voltou para casa, e ele e seus três amigos hebreus oraram, pedindo “misericórdias da parte do Deus do céu concernente a este segredo”. Numa visão, naquela mesma noite, Jeová revelou a Daniel o segredo do sonho. Daniel disse com gratidão: “Seja bendito o nome de Deus de tempo indefinido a tempo indefinido, pois a sabedoria e o poder — pois a ele é que pertencem. E ele muda os tempos e as épocas, removendo reis e estabelecendo reis, dando sabedoria aos sábios e conhecimento aos que têm discernimento. Ele revela as coisas profundas e as coisas escondidas, sabendo o que há na escuridão; e com ele habita a luz.” Por receber tal perspicácia, Daniel louvou a Jeová. — Daniel 2:15-23.
5 No dia seguinte, Daniel chegou-se a Arioque, chefe da guarda pessoal, que fora encarregado de destruir os sábios de Babilônia. Ao saber que Daniel podia interpretar o sonho, Arioque levou-o às pressas ao rei. Não atribuindo o mérito a si mesmo, Daniel disse a Nabucodonosor: “Há nos céus um Deus que é Revelador de segredos, e ele fez saber ao Rei Nabucodonosor o que há de acontecer na parte final dos dias.” Daniel estava pronto para revelar não só o futuro do Império Babilônico, mas também para fornecer um esboço dos acontecimentos mundiais desde os dias de Nabucodonosor até o nosso tempo, e mais além. — Daniel 2:24-30.
O SONHO RELEMBRADO
6 Nabucodonosor escutou com atenção a explicação de Daniel: “Tu, ó rei, estavas vendo, e eis uma enorme estátua. Esta estátua, que era grande e cujo esplendor era extraordinário, erguia-se na tua frente, e sua aparência era atemorizante. Quanto à estátua, sua cabeça era de ouro bom, seu peito e seus braços eram de prata, seu ventre e suas coxas eram de cobre, suas pernas eram de ferro, seus pés eram parcialmente de ferro e parcialmente de argila modelada. Estavas olhando até que se cortou uma pedra, sem mãos, e ela golpeou a estátua nos seus pés de ferro e de argila modelada, e os esmiuçou. Nesta ocasião, o ferro, a argila modelada, o cobre, a prata e o ouro foram juntos esmiuçados e tornaram-se como a pragana da eira do verão, e o vento os levou embora, de modo que não se achou nenhum traço deles. E no que se refere à pedra que golpeou a estátua, tornou-se um grande monte e encheu a terra inteira.” — Daniel 2:31-35.
7 Como Nabucodonosor deve ter ficado emocionado ao ouvir Daniel revelar o sonho! Mas espere! Os sábios de Babilônia só seriam poupados se Daniel também interpretasse o sonho. Falando por si mesmo e pelos seus três amigos hebreus, Daniel declarou: “Este é o sonho, e nós diremos a sua interpretação perante o rei.” — Daniel 2:36.
UM REINO DE GRANDE DISTINÇÃO
8 “Tu, ó rei, rei de reis, tu, a quem o Deus do céu deu o reino, a potência, e o poderio, e a dignidade, e em cuja mão, onde quer que habitem os filhos da humanidade, entregou os animais do campo e as criaturas aladas dos céus, e a quem ele fez governante sobre todos eles, tu mesmo és a cabeça de ouro.” (Daniel 2:37, 38) Estas palavras aplicavam-se a Nabucodonosor depois de Jeová o ter usado para destruir Jerusalém, em 607 AEC. Isto se dá porque os reis entronizados em Jerusalém eram da linhagem de Davi, o rei ungido de Jeová. Jerusalém era a capital de Judá, o reino típico de Jeová Deus, representando a Sua soberania sobre a Terra. Este reino típico de Deus deixou de existir quando a cidade foi destruída em 607 AEC. (1 Crônicas 29:23; 2 Crônicas 36:17-21) As sucessivas potências mundiais, representadas pelas partes metálicas da estátua, podiam então exercer o domínio sobre o mundo sem a interferência do reino típico de Deus. Nabucodonosor, como cabeça de ouro, o metal mais precioso conhecido nos tempos antigos, teve a distinção de derrubar esse reino por destruir Jerusalém. — Veja “Um rei guerreiro constrói um império”, na página 63.
9 Nabucodonosor, que reinou por 43 anos, encabeçou uma dinastia que governou o Império Babilônico. Ela incluía seu genro Nabonido e seu filho mais velho, Evil-Merodaque. Esta dinastia continuou por mais 43 anos, até a morte de Belsazar, filho de Nabonido, em 539 AEC. (2 Reis 25:27; Daniel 5:30) De modo que a cabeça de ouro, no sonho da estátua, representava não apenas Nabucodonosor, mas toda a linhagem governante de Babilônia.
10 Daniel disse a Nabucodonosor: “Depois de ti surgirá outro reino, inferior a ti.” (Daniel 2:39) Um reino simbolizado pelo peito e pelos braços de prata sucederia à dinastia de Nabucodonosor. Uns 200 anos antes, Isaías predissera este reino, mencionando até mesmo o nome de seu rei vitorioso — Ciro. (Isaías 13:1-17; 21:2-9; 44:24–45:7, 13) Esse era o Império Medo-Persa. Embora a Medo-Pérsia desenvolvesse uma grande civilização em nada inferior à do Império Babilônico, este reino posterior é representado pela prata, um metal menos precioso do que o ouro. Era inferior à Potência Mundial Babilônica por não ter tido a honra de derrubar Judá, o reino típico de Deus, com sua capital em Jerusalém.
11 Uns 60 anos depois de interpretar o sonho, Daniel presenciou o fim da dinastia de Nabucodonosor. Daniel estava presente na noite de 5/6 de outubro de 539 AEC, quando o exército medo-persa tomou a aparentemente inexpugnável Babilônia e executou o Rei Belsazar. Com a morte de Belsazar — a cabeça de ouro da estátua do sonho —, o Império Babilônico deixou de existir.
UM POVO EXILADO É LIBERTADO POR UM REINO
12 A Medo-Pérsia substituiu o Império Babilônico como potência mundial dominante em 539 AEC. Dario, o medo, aos 62 anos de idade, tornou-se o primeiro governante da conquistada cidade de Babilônia. (Daniel 5:30, 31) Por pouco tempo, ele e Ciro, o persa, reinaram juntos sobre o Império Medo-Persa. Quando Dario faleceu, Ciro tornou-se o único comandante do Império Persa. Para os judeus em Babilônia, o reinado de Ciro significou o livramento do cativeiro. Em 537 AEC, Ciro emitiu um decreto que permitiu que os exilados judeus em Babilônia voltassem à sua pátria, e que reconstruíssem Jerusalém e o templo de Jeová. No entanto, não se restabeleceu em Judá e em Jerusalém o reino típico de Deus. — 2 Crônicas 36:22, 23; Esdras 1:1–2:2a.
13 O peito e os braços de prata da estátua no sonho retratavam a linhagem dos reis persas, começando com Ciro, o Grande. Esta dinastia durou mais de 200 anos. Acredita-se que Ciro tenha morrido durante uma campanha militar em 530 AEC. Dos cerca de 12 reis que o sucederam no trono do Império Persa, pelo menos 2 trataram o povo escolhido de Jeová de modo favorável. Um deles foi Dario I (persa) e o outro foi Artaxerxes I.
14 Dario I foi o terceiro na linhagem dos reis persas após Ciro, o Grande. Os dois que o precederam foram Cambises II e seu irmão Bardiia (ou talvez um que se dizia mago, chamado Gaumata). Na época em que Dario I, também conhecido como Dario, o Grande, ascendeu ao trono em 521 AEC, a obra da reconstrução do templo em Jerusalém estava proscrita. Quando descobriu o documento com o decreto de Ciro, nos arquivos em Ecbátana, Dario fez mais do que apenas eliminar a proscrição em 520 AEC. Ele forneceu também fundos do tesouro real para a reconstrução do templo. — Esdras 6:1-12.
15 O próximo governante persa a ajudar nos esforços de restauração dos judeus foi Artaxerxes I, que sucedeu ao seu pai Assuero (Xerxes I) em 475 AEC. Artaxerxes era cognominado Longímano, porque sua mão direita era mais comprida do que a esquerda. Durante o 20.° ano do seu reinado, em 455 AEC, ele comissionou seu copeiro judeu, Neemias, para ser governador de Judá e para reconstruir as muralhas de Jerusalém. Esta ação marcou o início das ‘setenta semanas de anos’, esboçadas no capítulo 9 de Daniel, e fixou as datas para o aparecimento e a morte do Messias, ou Cristo, Jesus de Nazaré. — Daniel 9:24-27; Neemias 1:1; 2:1-18.
16 O último dos seis reis que sucederam a Artaxerxes I no trono do Império Persa foi Dario III. Seu reinado terminou abruptamente em 331 AEC, quando sofreu uma terrível derrota diante de Alexandre, o Grande, em Gaugamela, perto da antiga Nínive. Esta derrota acabou com a Potência Mundial Medo-Persa, simbolizada pela parte de prata da estátua do sonho de Nabucodonosor. A potência que veio em seguida foi em alguns sentidos superior, mas em outros foi inferior. Isto se torna claro quando prestamos atenção à interpretação adicional do sonho de Nabucodonosor por Daniel.
UM REINO ENORME, MAS INFERIOR
17 Daniel disse a Nabucodonosor que o ventre e as coxas da imensa estátua constituíam “outro reino, um terceiro, de cobre, que [dominaria] sobre a terra inteira”. (Daniel 2:32, 39) Este terceiro reino viria depois da Babilônia e da Medo-Pérsia. Assim como o cobre é inferior à prata, esta nova potência mundial seria inferior à Medo-Pérsia por não ser honrada com algum privilégio, como o de libertar o povo de Jeová. No entanto, o reino de cobre ‘dominaria a terra inteira’, indicando que seria mais extenso do que Babilônia ou a Medo-Pérsia. O que confirmam os fatos da História a respeito desta potência mundial?
18 Pouco depois de herdar o trono da Macedônia em 336 AEC, aos 20 anos de idade, o ambicioso Alexandre III empreendeu uma campanha de conquista. Devido aos seus êxitos militares, passou a ser chamado de Alexandre, o Grande. Por obter uma vitória após outra, ele continuou a avançar no domínio persa. Quando derrotou Dario III na batalha de Gaugamela, em 331 AEC, o Império Persa começou a entrar em colapso e Alexandre estabeleceu a Grécia como a nova potência mundial.
19 Após a vitória em Gaugamela, Alexandre passou a tomar as capitais persas, Babilônia, Susa, Persépolis e Ecbátana. Subjugando o restante do Império Persa, ele estendeu suas conquistas até a Índia ocidental. Nas terras conquistadas estabeleceram-se colônias gregas. Desta forma a língua e a cultura gregas espalharam-se pelo domínio. O Império Grego, na realidade, tornou-se maior do que qualquer um dos que o precederam. Conforme Daniel predissera, o reino de cobre ‘dominou sobre a terra inteira’. Um resultado disso foi que o grego (coiné) se tornou uma língua internacional. Com sua capacidade de expressão precisa, mostrou-se muito adequado para a escrita das Escrituras Gregas Cristãs e para a divulgação das boas novas do Reino de Deus.
20 Alexandre, o Grande, viveu apenas oito anos como governante do mundo. Ainda jovem, aos 32 anos, Alexandre adoeceu depois dum banquete e morreu pouco depois, em 13 de junho de 323 AEC. Com o tempo, seu enorme império foi dividido em quatro territórios, cada um governado por um dos seus generais. Assim, de um grande reino surgiram quatro reinos que, com o tempo, foram absorvidos pelo Império Romano. A potência mundial de cobre continuou apenas até 30 AEC, quando o último desses quatro reinos — a dinastia ptolomaica, que governava no Egito — por fim caiu diante de Roma.
UM REINO QUE ESMIÚÇA E QUEBRANTA
21 Daniel continuou com sua explicação da estátua do sonho: “No que se refere ao quarto reino [depois de Babilônia, Medo-Pérsia e Grécia], mostrar-se-á forte como o ferro. Visto que o ferro esmiúça e tritura tudo o mais, assim, qual ferro que quebranta, esmiuçará e quebrantará a todos estes.” (Daniel 2:40) Esta potência mundial, com sua força e capacidade de esmiuçar, seria como o ferro — mais forte do que os impérios representados por ouro, prata ou cobre. O Império Romano era tal poderio.
22 Roma esmiuçou e destroçou o Império Grego, e absorveu restos das potências mundiais medo-persa e babilônica. Não mostrando nenhum respeito pelo Reino de Deus proclamado por Jesus Cristo, matou a este numa estaca de tortura em 33 EC. No empenho de destroçar o verdadeiro cristianismo, Roma perseguiu os discípulos de Jesus. Além disso, os romanos destruíram Jerusalém e seu templo em 70 EC.
23 As pernas de ferro da estátua no sonho de Nabucodonosor retratavam não só o Império Romano, mas também seu sucessor político. Considere as seguintes palavras registradas em Revelação (Apocalipse) 17:10: “Há sete reis: cinco já caíram, um é, o outro ainda não chegou, mas, quando chegar, tem de permanecer por pouco tempo.” Quando o apóstolo João escreveu estas palavras, os romanos o mantinham em exílio na ilha de Patmos. Os cinco reis, ou potências mundiais, que haviam caído eram o Egito, a Assíria, a Babilônia, a Medo-Pérsia e a Grécia. O sexto — o Império Romano — ainda estava no poder. Mas também cairia, e o sétimo rei surgiria de um dos territórios capturados por Roma. Que potência mundial seria?
24 A Bretanha era antigamente uma parte do noroeste do Império Romano. Mas, no ano 1763, já se havia tornado o Império Britânico — a Grã-Bretanha, que governou os sete mares. Em 1776, suas 13 colônias americanas haviam declarado sua independência para constituir os Estados Unidos da América. Em anos posteriores, porém, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos tornaram-se parceiros, tanto na guerra como na paz. Assim veio à existência a aliança anglo-americana como a sétima potência mundial da profecia bíblica. Similar ao Império Romano, mostrou-se “forte como o ferro”, exercendo autoridade ferrenha. As pernas de ferro da estátua do sonho incluem assim tanto o Império Romano como a potência mundial dupla anglo-americana.
UMA MISTURA FRÁGIL
25 Daniel disse a seguir a Nabucodonosor: “Quanto aos pés e aos dedos dos pés, que viste serem parcialmente de argila modelada de oleiro e parcialmente de ferro, o próprio reino se mostrará dividido, porém, mostrar-se-á haver nele algo da dureza do ferro, uma vez que viste o ferro misturado com argila úmida. E quanto aos dedos dos pés serem parcialmente de ferro e parcialmente de argila modelada, o reino mostrar-se-á parcialmente forte e mostrar-se-á parcialmente frágil. Quanto ao que viste o ferro misturado com argila úmida, virão a estar misturados com a descendência da humanidade; porém, não mostrarão estar apegados um ao outro, do mesmo modo como o ferro não se mistura com argila modelada.” — Daniel 2:41-43.
26 A sucessão de potências mundiais, representada pelas diversas partes da estátua do sonho de Nabucodonosor, começou com a cabeça e se estendeu até os pés. É lógico que os pés e os dedos dos pés, de “ferro misturado com argila úmida”, simbolizariam a manifestação final do domínio humano, que existiria durante “o tempo do fim”. — Daniel 12:4.
27 Na aurora do século 20, o Império Britânico dominava uma em cada quatro pessoas na Terra. Outros impérios europeus controlavam outros milhões. Mas a Primeira Guerra Mundial resultou na emergência de grupos de nações em vez de impérios. Depois da Segunda Guerra Mundial, esta tendência se acelerou. Ao passo que o nacionalismo se desenvolveu mais, o número de nações no mundo aumentou dramaticamente. Os dez dedos dos pés da estátua representam todos esses poderes e governos coexistentes porque, na Bíblia, o número dez às vezes significa inteireza terrestre. — Note Êxodo 34:28; Mateus 25:1; Revelação 2:10.
28 Agora que nos encontramos no “tempo do fim”, chegamos aos pés da estátua. Alguns dos governos retratados pelos pés e pelos dedos dos pés da estátua, de ferro misturado com argila, são como ferro — autoritários ou tirânicos. Outros são como argila. Em que sentido? Daniel associou a argila com “a descendência da humanidade”. (Daniel 2:43) Apesar da natureza frágil da argila, de que a descendência da humanidade é feita, domínios tradicionais com a dureza do ferro se viram obrigados a dar cada vez mais atenção ao povo comum, que quer opinar nos governos que o dominam. (Jó 10:9) Mas não há coesão entre o domínio autoritário e o povo comum — não mais do que haveria na mistura de ferro com argila. Na época da extinção da estátua, o mundo deveras estará politicamente fragmentado!
29 Será que a condição dividida dos pés e dos dedos dos pés fará toda a estátua desmoronar? O que acontecerá à estátua?
UM CLÍMAX DRAMÁTICO!
30 Considere o clímax do sonho. Daniel disse ao rei: “Estavas olhando até que se cortou uma pedra, sem mãos, e ela golpeou a estátua nos seus pés de ferro e de argila modelada, e os esmiuçou. Nesta ocasião, o ferro, a argila modelada, o cobre, a prata e o ouro foram juntos esmiuçados e tornaram-se como a pragana da eira do verão, e o vento os levou embora, de modo que não se achou nenhum traço deles. E no que se refere à pedra que golpeou a estátua, tornou-se um grande monte e encheu a terra inteira.” — Daniel 2:34, 35.
31 Explicando isso, a profecia continuou: “Nos dias daqueles reis o Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será arruinado. E o próprio reino não passará a qualquer outro povo. Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos, e ele mesmo ficará estabelecido por tempos indefinidos; pois viste que se cortou do monte uma pedra, sem mãos, e que ela esmiuçou o ferro, o cobre, a argila modelada, a prata e o ouro. O próprio grandioso Deus tem dado a conhecer ao rei o que há de acontecer depois disso. E o sonho é certo e a sua interpretação é fidedigna.” — Daniel 2:44, 45.
32 Reconhecendo que se lhe fez relembrar o sonho e que este lhe foi explicado, Nabucodonosor admitiu que somente o Deus de Daniel era “Senhor de reis, e Revelador de segredos”. O rei deu também a Daniel e a seus três companheiros hebreus posições de grande responsabilidade. (Daniel 2:46-49) No entanto, qual é o significado moderno da ‘interpretação fidedigna’ de Daniel?
‘UM MONTE ENCHE A TERRA’
33 Quando “os tempos designados das nações” terminaram em outubro de 1914, “o Deus do céu” estabeleceu o Reino celestial por entronizar seu Filho ungido, Jesus Cristo, como “Rei dos reis e Senhor dos senhores”. (Lucas 21:24; Revelação 12:1-5; 19:16) De modo que foi por poder divino, não por meios humanos, que a “pedra”, o Reino messiânico, foi cortada do “monte”, a soberania universal de Jeová. Este governo celestial está nas mãos de Jesus Cristo, a quem Deus conferiu imortalidade. (Romanos 6:9; 1 Timóteo 6:15, 16) Portanto, este “reino de nosso Senhor [Deus] e do seu Cristo” — uma expressão da soberania universal de Jeová — não passará para ninguém mais. Permanecerá para sempre. — Revelação 11:15.
34 O nascimento do Reino ocorreu “nos dias daqueles reis”. (Daniel 2:44) Estes não eram apenas os reis retratados pelos dez dedos dos pés da estátua, mas também os simbolizados pelas suas partes de ferro, cobre, prata e ouro. Embora os impérios babilônico, persa, grego e romano tivessem deixado de existir como potências mundiais, vestígios deles ainda existiam em 1914. O Império Otomano turco ocupava então o território da Babilônia, e havia governos nacionais em poder na Pérsia (Irã), na Grécia e em Roma, na Itália.
35 O Reino celestial de Deus, em breve, golpeará a estátua simbólica nos pés. Em resultado disso, todos os reinos retratados por ela serão quebrantados, o que significará o seu fim. Deveras, na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, esta “pedra” atingirá a estátua com tanta força, que ela será pulverizada, e o temporal de Deus a levará embora como se fosse a pragana duma eira. (Revelação 16:14, 16) Então, assim como a pedra atingiu dimensões montanhescas e encheu a Terra, assim o Reino de Deus se tornará o monte governamental que afetará “a terra inteira”. — Daniel 2:35.
36 Embora o Reino messiânico seja celestial, estenderá seu poder sobre o nosso globo, para a bênção de todos os habitantes obedientes da Terra. Este governo estável “jamais será arruinado”, nem “passará a qualquer outro povo”. Diferentemente dos reinos de governantes humanos, que morrem, “ele mesmo ficará estabelecido por tempos indefinidos”, para sempre. (Daniel 2:44) Que você tenha o privilégio de ser eternamente um dos súditos dele.
2006-10-13 07:33:31
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answer #1
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answered by FelipeLima 3
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