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Ao acolher em seu seio uma seita facista como a Opus Dei, que elegeu um papa da "Santa Inquisição" , e opera de maneira estranha na socidade leiga, fica claro que o catolicismo abandonou sua opção pelos pobres e os trocou pelos ricos?

2006-10-12 06:47:43 · 8 respostas · perguntado por curiosidade 5 em Sociedade e Cultura Religião e Espiritualidade

8 respostas

Concordo em parte com voce mas leia o texto a seguir por favor.


CARTA ABERTA AOS ELEITORES CRISTÃOS

Frei Betto



A 29 de outubro escolheremos quem governará o Brasil nos próximos quatro anos: Lula ou Alckmin. Os dois são cristãos. Os dois nunca deram mostras de tendência fundamentalista, a de querer submeter a política à autoridade de uma Igreja ou religião.

A política laica, ou seja, neutra em matéria de religião. Ela visa ao conjunto da população, sem levar em conta as convicções religiosas do cidadão ou cidadãs. A todos o governo tem a obrigação de servir, assegurando-lhes direitos, proteção e o máximo de bens para que possam viver com dignidade.

Se nenhuma religião tem o direito de tutelar a política, isso não significa que a política deva se confinar no pragmatismo do jogo de poder. A política se apóia em valores éticos. E nós, cristãos, temos como fonte de valores a Palavra de Jesus. É a luz do Evangelho que avaliamos todas as esferas da atividade humana, inclusive a política que é a mais importante delas, pois influi em todas as outras.

Para Jesus, o dom maior de Deus é a vida. Está mais próxima do Evangelho a política que favorece condições dignas de vida á maioria da população. É neste ponto que as políticas do PSDB e do PT ganham contornos diferentes. Os dois partidos tiveram desvios éticos? Sem dúvida. Como ironiza Jesus, atire a primeira pedra quem não tem pecado Errar é humano. Persistir no erro é abominável. Se um membro da família erra, não se pode condenar por isso toda a família. O grave é quando a família toda abraça o caminho do erro.

Este foi o caso do PSDB, partido de Alckmin, nos oito anos em que FHC (Fernando Henrique Cardoso) governou o Brasil (1994-2002). Empresas públicas foram privatizadas. Grandes empresas brasileiras, Vale do Rio Doce, Embratel, Telebrás, Usiminas etc, patrimônios do povo brasileiro, cujos lucros engordavam os cofres do Estado, foram vendidas a preço de banana, e os lucros passaram a ser embolsados por corporações privadas, muitas delas estrangeiras.

Lula não privatizou o patrimônio público. Eleger Alckmin pode ser o primeiro passo para a privatização da Petrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e dos Correios.

No governo FHC, as políticas sociais eram tímidas e assistencialistas. O Comunidade Solidária era uma iniciativa nanica comparada à grandiosidade do Bolsa Família, que hoje distribui renda para mais de 40 milhões de pessoas. Graças a isso, de cada 100 brasileiros que viviam na miséria, nos últimos quatro anos 19 passaram à classe média.

No governo Lula houve, sim, desvios éticos: o caso Waldomiro Diniz; o mensalão e os sanguessugas; a quebra do sigilo bancário do caseiro de Brasília; o dossiê contra Serra. Não há nenhuma prova de que o presidente soubesse antecipadamente dessas operações inescrupulosas. E ao virem a público, ele tratou de demitir os envolvidos.

No governo FHC, dinheiro público foi usado para tentar socorrer bancos privados: o Proer. O Banco Econômico recebeu R$ 9,6 bilhões. Instalou-se uma CPI que, controlada pelo Planalto, justificou a maracutaia e nunca investigou a Pasta Rosa que continha os nomes de 25 deputados federais subornados pelo Econômico.

Houve ainda os casos dos precatórios; da compra de votos para aprovar a emenda constitucional que permitiu a reeleição de FHC; do socorro aos bancos Marka e FonteCidam no valor de R$ 1,6 bilhão (os tucanos impediram a instalação da CPI para investigar o caso); as falcatruas na Sudam etc. Nada foi apurado, porque o Procurador-Geral da República, Geraldo Brindeiro, conhecido como o engavetador-geral, engavetou, até maio de 2001, 242 processos contra o governo e arquivou outros 217, livrando os suspeitos de qualquer investigação: 194 deputados federais, 33 senadores, 11 ministros e ex-ministros, e o próprio presidente da República.

O governo FHC tratou os movimentos populares como caso de polícia, e não de política. Remeteu o Exército para reprimir o MST e os petroleiros em greve. Lula jamais criminalizou movimentos sociais e, sob o seu governo, a polícia Federal levou à prisão gente graúda, dos donos de uma grande cervejaria a juizes, e inclusive petistas envolvidos no caso do dossiê anti-Serra.

O governo Lula reforçou a soberania do Brasil. Repudiou a Alca proposta pelo governo Bush; condenou a invasão do Iraque; visitou a cada ano países da África; abriu as portas de nossas universidades a negros e indígenas; estendeu energia elétrica aos mais distantes rincões; manteve a inflação sob controle; impediu a alta do dólar; reduziu os preços dos gêneros de primeira necessidade; ampliou o poder aquisitivo dos mais pobres, através do aumento do salário mínimo.

Lula ainda nos deve muito do que prometeu ao longo de suas campanhas presidenciais, como a reforma agrária. Porém, o Brasil e a América Latina serão melhores com ele do que sem ele. Se você está convencido disso, trate de convencer também outros eleitores.

Vamos votar na vida para todos (João 10,10). Vamos reeleger Lula presidente!


Frei Betto é frade dominicano e escritor, autor de 53 livros, e assessor de movimentos sociais.

2006-10-12 06:53:24 · answer #1 · answered by sidney 4 · 1 1

14h57

A filha de Alckmin e o contrabando na Daslu



Confira o artigo de Altamiro Borges sobre o clã Alckmin e o contrabando na Daslu - a célebre loja da elite paulista finalmente investigada a sério pela Polícia Federal.


A filha de Alckmin e o contrabando na Daslu



Por Altamiro Borges*



Talvez por sua formação puritana no Opus Dei, o candidato Geraldo Alckmin gosta de se fingir de casto e imaculado. No debate da TV Bandeirantes, ele fez questão de se mostrar "indignado" com a corrupção e criticou o fato de o presidente Lula repetir que "não sabia" dos desvios de conduta no seu governo. "É só perguntar aos seus amigos de 30 anos", alfinetou o falso moralista num momento de cólera bem ensaiado.



Mas, para ser conseqüente e manter as aparências, Alckmin deveria ter se desculpado em público por ter cortado a fita de inauguração da Daslu, templo de consumo dos ricaços, hoje processada por contrabando, sonegação fiscal e outras crimes. "Eu não sabia", deveria ter tido. Também poderia pedir desculpas por sua filha, Sophia Alckmin, ter sido gerente de compras nesta loja de contrabandistas. "Eu não sabia". E ainda deveria explicar porque os diretores da Daslu, sempre acompanhados de sua filha, reuniram-se com o secretário da Fazenda do seu governo, Eduardo Guardia. "Eu não sabia". Entre uma pregação do Opus Dei e sua agenda de governador, talvez não tenha tido tempo para acompanhar os negócios de sua filha!



Alckmin chegou de helicóptero

A nova loja da Daslu, um prédio de quatro andares e 20 mil metros quadrados, situada num bairro nobre da capital, foi inaugurada em junho de 2005. A colunista Mônica Bérgamo, do jornal Folha de S.Paulo, descreveu a festança dos ricaços com ares de ironia. "E soam os violinos da Daslu Orchestra, formada por 50 músicos. São 12 horas de sábado. Alckmin, que chegou ao prédio de helicóptero, desfaz a fita. 'A Daslu é o traço de união entre o bom gosto e muitas oportunidades de trabalho', diz. Só para a família Alckmin são duas: trabalham lá a filha [diretora de novos negócios da butique] e a cunhada dele, Vera".



Ainda segundo a picante crônica de Mônica Bérgamo, "Sophia puxa o pai pelo braço: começa o tour pela Daslu. Primeiro piso, importados femininos. Alckmin entra na Chanel, onde um smoking de veludo preto é vendido a R$ 22.600, uma sandália de cetim, gurgurão e pérolas sai por R$ 2.900 e uma bolsa multipocket, por R$ 14.000. As vendedoras informam que há mais de 50 pessoas na fila em São Paulo para comprar o mimo, até baratinho se comparado à bolsa Dior de couro de crocodilo, de R$ 39.980, e à mais cara Louis Vuitton, com pele de mink: R$ 23 mil".



"Vou colocar um jeans"

"Sophia leva o pai até o segundo pavimento. Mostra um helicóptero pendurado no teto. 'Que lindas as motos, Sô', diz Lu Alckmin à filha ao ver, encostada perto da escada, uma moto Harley Davidson (R$ 195 mil). Alckmin entra na Ermenegildo Zegna, passa pela Ralph Lauren, onde uma camiseta pode custar R$ 2.460. 'É tudo muito colorido aqui', observa. Os carros chamam a atenção do governador. Estão em exibição um Volvo de R$ 365 mil, lanchas de R$ 7 milhões, TVs de plasma de R$ 300 mil".



"O governador começa a fazer o caminho de volta. Os repórteres perguntam a Lu Alckmin: A senhora está de bolsa Chanel. E a blusa? 'É Burberry', responde Lu. 'Gosto de peças clássicas'. O governador, que diz comprar só 'umas camisas' na Daslu, aperta o passo. Ainda vai a Carapicuíba. E Lu tem que correr para o Palácio dos Bandeirantes. Precisa se trocar, 'colocar um jeans', para outro compromisso: um evento na Água Branca em que caminhões de vários bairros entregarão agasalhos doados para as crianças pobres da cidade enfrentarem o inverno que se avizinha", conclui, sarcástica, Mônica Bérgamo.

2006-10-12 08:36:40 · answer #2 · answered by pintofraco 1 · 1 1

é simples, a igreja católica também tem que resistir aos tempos e se deu conta que não será com os pobres que ela conseguirá isso...

2006-10-12 07:16:49 · answer #3 · answered by sandromv 1 · 1 1

A ganância; a sede de poder; a soberba; o orgulho; a riqueza; o fascínio pelos bens materiais, faz esquecer a Palavra de Jesus.

2006-10-12 07:00:35 · answer #4 · answered by Miguel P 6 · 1 1

Essa é uma pergunta típica de quem fez opção pelos ricos pastores da Igreja Universal, ou outra semelhante.

2006-10-12 07:00:28 · answer #5 · answered by Anonymous · 1 1

Quem dá mais ??????

2006-10-12 06:57:13 · answer #6 · answered by Lucy 1 · 0 0

É só ver onde tem mais dinheiro.....
Qual seria a sua opção????????

2006-10-12 06:55:00 · answer #7 · answered by Silveira 4 · 0 0

Isto na sua cabeça de crente fanatizado.
A opção preferencial pelos pobres foi uma decisão do encontro de Medelin na Colombia nos anos 60 e ainda hj é a tônica da Igreja nos paises do 3° mundo.
Todas as ações da Igreja dão ênfase à libertação do povo da opressão do sistema capitalista predatório, que suas seitas só fazem repetir.
Se não concorda comigo, basta ler os documentos da CNBB, todos eles voltados para as ações sociais q visem promover o ser humano à sua condição de dignidade de Filhos de Deus e não de meros contribuintes para seitas fanatizantes ou eleitores de deputados sanguessugas.
A Opus Dei so na sua cabeça é uma seita, pq seita significa alguem q separa do corpo e segue doutrinas diferentes. Não e isso q a Obra faz. Pelo contrário, ela é produto da genuina doutrina catolica e sua missão é somente evangelizar a partir do estado em q cada cristão se encontra. Evangelizar no trablaho, na escola, no clube, enfim, na normalidade do dia a dia.
Acho q vcs resolveram pegar no pé da Opus Dei, pegando carona no Codigo da Vinci, pq ela deve ser uma ameaça ao proselitismo fanatizante q vcs fazem.
Mera questão de atacar para melhor se defender.
Ou seja, mais uma vez, pura hipocrisia.

2006-10-12 06:58:06 · answer #8 · answered by Frei Bento 7 · 0 1

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