Leopold Engleitner
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Leopold Engleitner
Leopold Engleitner (23 de Julho de 1905) é o mais idoso sobrevivente dos campos de concentração de Buchenwald, Niederhagen e Ravensbrück, onde esteve detido por ser membro das Testemunhas de Jeová durante o massacre e genocÃdio conhecido como Holocausto.
Ãndice [esconder]
1 Biografia
2 Objecção de consciência
3 História da sua vida torna-se pública
4 Ver também
5 Links externos
5.1 Outras ligações de interesse
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Biografia
Leopold Engleitner nasceu em 23 de julho de 1905, na cidade de Aigen-Voglhub, nos Alpes austrÃacos. Era o filho mais velho de um serralheiro e da filha de um lavrador local, sendo uma famÃlia de fracos recursos. Passou a infância em Bad Ischl, perto de Salzburgo, na Ãustria.
Em Outubro de 1931, um amigo convidou-o a assistir a uma reunião religiosa dos Estudantes da BÃblia, como as Testemunhas de Jeová eram então conhecidas. AtraÃdo pelos ensinos que escutou, em Maio de 1932 foi batizado como Testemunha de Jeová apesar da intolerância religiosa prevalecente na Ãustria, que naquele tempo era predominantemente católica. Em Janeiro de 1934 iniciou o serviço como pioneiro, termo que as Testemunhas usam para descrever os que se oferecem voluntariamente para realizar o trabalho de evangelização. Visto que a situação polÃtica ficava cada vez mais tensa devido à forte influência que o partido nazi exercia na regiãode Enns, a polÃcia vigiava os seus movimentos e durante 1934 a 1938 foi sentenciado a vários perÃodos curtos de prisão e a quatro perÃodos mais longos por causa de sua actividade de pregação.
Em Março de 1938, as tropas de Hitler invadiram a Ãustria. A partir dessa ocasião, as Testemunhas de Jeová foram obrigadas a realizar suas atividades à s escondidas. Embora as publicações bÃblicas fossem introduzidas clandestinamente pela fronteira da SuÃça, não eram suficientes para todos os interessados em lê-las. Por isso, eram produzidas publicações secretamente em Viena e Leopold serviu como mensageiro para as transportar.
Em 4 de Abril de 1939, Leopold e três companheiros cristãos foram detidos pela Gestapo enquanto assistiam à Comemoração da Morte de Cristo em Bad Ischl. Todos foram levados até à delegacia ou esquadra da polÃcia estadual em Linz. Ali foi submetido a vários interrogatórios excruciantes, mas não renunciou à sua fé. Cinco meses depois, foi levado perante o investigador de justiça na Alta Ãustria. Inesperadamente, o processo criminal foi arquivado mas os outros três companheiros foram enviados para um campo de concentração, onde morreram, fiéis à s suas convicções.
Leopold continuou preso e em 5 de Outubro de 1939, foi notificado de que seria levado para o campo de concentração de Buchenwald, na Alemanha. Após a sua chegada a 9 de Outubro, foi submetido aos tratamentos brutais de trabalhos forçados. Em 7 de Março de 1941, foi transferido para o campo de concentração de Niederhagen.
Em Abril de 1943, os prisioneiros do campo de Niederhagen foram transferidos. Leopold foi enviado para o campo de morte em Ravensbrück. Então, em Junho de 1943, inesperadamente recebeu a oportunidade de ser solto do campo de concentração desde que concordasse em fazer trabalhos forçados numa quinta pelo resto da vida. Visto que isso não envolvia renunciar à sua fé, ele estava disposto a isso para escapar dos horrores do campo. O seu estado de saúde na ocasião era crÃtico. Tinha a pele parcialmente comida por piolhos, os espancamentos deixaram-no surdo de um ouvido, e todo o corpo estava cheio de feridas com pus. Depois de 46 meses de privação, fome e trabalhos forçados, pesava apenas 28 quilos. Nessa condição, em 15 de julho de 1943 foi solto de Ravensbrück, regressando a Linz, onde se apresentou na sede da Gestapo. Foi então enviado para trabalhar numa quinta nas montanhas.
Em meados de Agosto de 1943, recebeu ordens de ir para as linhas de frente. Com dificuldade conseguiu esconder-se nas montanhas de Salzkammergut durante um longo perÃodo, passando severas provações especialmente devido ao frio, sendo procurado por soldados nazis que não tiveram êxito em encontrar o seu paradeiro. Finalmente, em 5 de Maio de 1945 percebeu que a guerra estaria a terminar ao observar aviões dos Aliados voando baixo.
Depois do exército de ocupação americano intervir em Abril de 1946 ficou finalmente livre da obrigação de realizar trabalhos agrÃcolas forçados pelo resto da vida. Recomeçou o seu serviço como pioneiro e, por fim, estabeleceu-se na região de St. Wolfgang. Em 1949, casou-se com Theresia Kurz, que tinha uma filha de um casamento anterior. Ficaram juntos por 32 anos até à morte de Theresia em 1981, tendo cuidado dela por mais de sete anos devido a doença.
Depois da morte de Theresia, voltou ao serviço de pioneiro o que o ajudou a superar o grande sentimento de perda. Actualmente, serve como pioneiro e ancião, na congregação em Bad Ischl. Confinado a uma cadeira de rodas, oferece publicações bÃblicas e conversa com as pessoas sobre a sua esperança do Reino de Deus no parque de Bad Ischl ou em frente da sua casa.
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Objecção de consciência
Como Testemunha de Jeová, Leopold Engleitner não aceitou participar em qualquer esforço de guerra ou no apoio directo ou tácito ao regime nazi. A sua neutralidade e objecção de consciência impedia-o de fazer isso, mesmo quando bastava assinar um documento renunciando às suas crenças para poder ser imediatamente solto.
Leopold Engleitner foi apenas mais um dos que sofreram devido à sua intransigência em trair as suas consciências e o seu amor ao seu Deus, Jeová. Uma observação sobre o livro Kirchenkampf in Deutschland (Luta das Igrejas na Alemanha), de Friedrich Zipfel, diz sobre as Testemunhas:
"Noventa e sete por cento dos membros desse pequeno grupo religioso foram vÃtimas da perseguição nacional socialista. Um terço deles foram mortos, quer por execução, outros atos violentos, fome, doença, quer por trabalho escravo. A severidade dessa repressão era sem precedentes, e resultou de fé intransigente, incompatÃvel com a ideologia nacional-socialista."
Na Ãustria, 25 por cento das Testemunhas de Jeová foram executadas, espancadas até a morte ou mortas por doenças ou exaustão nos campos de concentração nazistas. Como o mais idoso sobrevivente dos campos de horror nazis, Leopold Engleitner relata na sua biografia, algum tempo antes de alcançar o centenário de vida:
"Ao olhar para trás, posso afirmar que os terrÃveis acontecimentos que tive de suportar não me tornaram uma pessoa amargurada. à claro que houve momentos em que me sentia abatido por causa dessas provações. Mas minha relação achegada com Jeová me ajudou a superar tais perÃodos negativos. As palavras do Senhor ao apóstolo Paulo mostraram-se verdadeiras em minha vida também: "Meu poder está sendo aperfeiçoado na fraqueza." Agora, com quase cem anos de idade, posso juntar-me ao apóstolo Paulo em dizer: "Tenho prazer em fraquezas, em insultos, em necessidades, em perseguições e dificuldades, por Cristo. Pois quando estou fraco, então é que sou poderoso (2 CorÃntios 12:9, 10)."
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História da sua vida torna-se pública
Nos anos do pós-guerra, Leopold Engleitner, junto com outros objectores de consciência, continuou a enfrentar o isolamento e a intolerância, sendo que a sua história só se tornou conhecida após Bernhard Rammerstorfer ter produzido e realizado um documentário sobre sua vida em 1999. O livro com a sua biografia e o documentário "Und do ja do statt Nein Amen" levou o grande público a tomar conhecimento da sua história, obtendo leitores em universidades, em escolas e em memoriais na Alemanha, Itália, Ãustria, SuÃça e Estados Unidos da América.
Em 2004 estas obras foram traduzidas para o inglês, sendo o livro intitulado "He just said No" ("Ele simplesmente disse Não") e o documentário: "Unbroken Will: Leopold Engleitner - The extraordinary courage of an ordinary man" ("Vontade Inquebrantável: Leopold Engleitner - A coragem extraordinária de um homem comum"). Foram apresentadas nos Estados Unidos, o que resultou na visita de Leopold Engleitner e Bernhard Rammerstorfer ao United States Holocaust Memorial Museum em Washington, D.C., à Universidade de Columbia em Nova Iorque e ao Museum of Tolerance do Simon Wiesenthal Center em Los Angeles, onde recebeu os cumprimentos do Governador Arnold Schwarzenegger.
Em 2005, Rammerstorfer publicou uma nova biografia, e novo documentário em DVD "Nein ungebrochener Wille do und Amen - 100 Jahre de Ja". O livro contém também uma curta biografia de um outro objector de consciência alemão Joachim Eschers, que foi detido entre 1937 e 1945 em diversas prisões diferentes e nos campos de concentração Sachsenhausen, Niederhagen e Buchenwald.
Em 2006, Engleitner e Rammerstorfer fizeram uma segunda visita aos Estados Unidos onde efectuaram apresentações perante estudantes e professores em locais onde já haviam estado e ainda na Universidade de Georgetown e na Library of Congress - Biblioteca do Congresso Americano em Washington, D.C., na Faculdade de Harold Washington, em Chicago, na Fundação Memorial do Holocausto de Illinois em Skokie, Illinois e na Universidade de Stanford em Palo Alto, San Francisco. A sua história é considerada por muitos como um sÃmbolo de bravura, tolerância, e apego a princÃpios justos.
O presidente da Ãustria, Heinz Fischer, descreve no prefácio do livro que a sua história foi como "um marco milenário sobre o horror do Nazismo." Foram adicionados ao prefácio comentários do Serviço AustrÃaco em Memória do Holocausto por Andreas Maislinger, Franz Jägerstätter e Walter Manoschek, da Universidade de Viena.
A biografia de Leopold Engleitner, foi narrada por ele aos cem anos de idade e foi publicada na revista A Sentinela de 1 de Maio de 2005, página 23, com o tÃtulo: Embora fraco, sinto-me poderoso.
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Ver também
Doutrinas das Testemunhas de Jeová
Neutralidade das Testemunhas de Jeová
Serviço voluntário das Testemunhas de Jeová
Triângulos Roxos
Objetor de consciência
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Links externos
Site Oficial de Leopold Engleitner
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Outras ligações de interesse
((pt)) - Triângulos Roxos - As vÃtimas esquecidas do Nazismo
((pt)) - Coragem diante do perigo nazista
((en)) - Museu do Holocausto em Washington -Seção reservada às Testemunhas de Jeová
BIOGRAFIAS
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Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Leopold_Engleitner"
Categorias: Testemunhas de Jeová | Documentários
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FRIEDA JESS nasceu em 1911, na Dinamarca, de onde se mudou com os pais para Husum, no norte da Alemanha. Anos mais tarde, arranjou um emprego em Magdeburgo, e em 1930 foi batizada como Estudante da BÃblia, como se chamavam então as Testemunhas de Jeová. Hitler assumiu o poder em 1933, e para Frieda isso deu inÃcio a 23 anos de maus-tratos à s mãos, não de um, mas de dois governos totalitários.
Em março de 1933, o governo alemão realizou uma eleição geral. O Dr. Detlef Garbe, diretor do Memorial do Campo de Concentração Neuengamme, perto de Hamburgo, explica: “Os nacional-socialistas queriam forçar a grande maioria a votar no seu chanceler e Führer [lÃder], Adolf Hitler.” As Testemunhas de Jeová seguiram a admoestação de Jesus, de continuarem politicamente neutras e de ‘não fazerem parte do mundo’, de modo que não votaram. Com que resultado? As Testemunhas de Jeová foram proscritas. — João 17:16.
Frieda prosseguiu clandestinamente nas suas atividades cristãs, até mesmo ajudando a imprimir a revista A Sentinela. “Algumas das revistas foram levadas secretamente para campos de concentração, aos nossos irmãos”, diz ela. Em 1940, ela foi presa e interrogada pela Gestapo, passando depois meses na solitária. Como suportou isso? Ela diz: “A oração era o meu refúgio. Começava a orar de manhã cedo e recorria à oração várias vezes por dia. A oração me dava força e me ajudava a não ficar ansiosa demais.” — Filipenses 4:6, 7.
Frieda Jess (agora Thiele) na época em
que foi detida e hoje
Frieda foi libertada, mas em 1944 a Gestapo a prendeu novamente. Desta vez foi sentenciada a sete anos na prisão de Waldheim. Frieda conta: “Os guardas me mandaram trabalhar nos banheiros com outras mulheres. Várias vezes eu trabalhei com uma presa procedente da Tchecoslováquia, de modo que lhe falei muito sobre Jeová e a minha crença. Essas conversas me mantiveram forte.”
Libertada, mas não por muito tempo
A prisão de Waldheim foi liberada pelas tropas soviéticas em maio de 1945, e Frieda estava livre para voltar a Magdeburgo e ao seu ministério público, mas não por muito tempo. As Testemunhas de Jeová tornaram-se de novo alvo de discriminação, desta vez pelas autoridades na Zona de Ocupação Soviética. Gerald Hacke, do Instituto Hannah-Arendt de Pesquisa do Totalitarismo, escreve: “As Testemunhas de Jeová foram um dos poucos grupos sociais perseguidos quase que continuamente por ambas as ditaduras em solo alemão.”
Por que esta nova discriminação? De novo o motivo básico era a neutralidade cristã. Em 1948, a Alemanha Oriental realizou um plebiscito, o voto direto do povo, e como Hacke explica, “o motivo fundamental [da perseguição contra as Testemunhas de Jeová] foi que não participaram do plebiscito”. Em agosto de 1950, as Testemunhas de Jeová foram proscritas na Alemanha Oriental. Centenas delas foram presas, inclusive Frieda.
Frieda se viu de novo no tribunal e foi sentenciada a seis anos de prisão. “Desta vez eu estava com meus irmãos na fé, e o companheirismo deles foi de muita ajuda.” Em 1956, quando foi libertada, ela se mudou para a Alemanha Ocidental. Aos 90 anos de idade, ela vive agora em Husum, ainda servindo o verdadeiro Deus, Jeová.
Frieda sofreu 23 anos de perseguição sob duas ditaduras. “Os nazistas procuravam destruir-me fisicamente; os comunistas procuravam quebrantar meu espÃrito. Onde obtive a força para manter-me firme? Bons hábitos de estudo bÃblico enquanto estava em liberdade, a oração constante quando em isolamento, a associação com outros irmãos sempre que possÃvel e transmitir minhas crenças a outros em toda oportunidade.”
Fascismo na Hungria
Outro paÃs em que as Testemunhas de Jeová sofreram décadas de discriminação foi a Hungria. Algumas sofreram perseguição não de dois regimes totalitários, mas de três. Um exemplo é Ãdám Szinger. Ãdám nasceu em 1922 em Paks, na Hungria, e foi criado como protestante. Em 1937, alguns Estudantes da BÃblia visitaram o lar de Ãdám, e logo ele mostrou interesse na mensagem deles. O que aprendeu da BÃblia o convenceu de que os ensinos da sua igreja não eram baseados na BÃblia. De modo que deixou a igreja protestante e se juntou aos Estudantes da BÃblia no seu ministério público.
O fascismo aumentava sua influência na Hungria. Várias vezes gendarmes, ou policiais, observaram Ãdám pregando de casa em casa e o levaram para ser interrogado. A pressão sobre as Testemunhas se intensificou, e em 1939 suas atividades foram proscritas. Em 1942, Ãdám foi detido, levado à prisão e espancado severamente. O que o ajudou, com apenas 19 anos de idade, a suportar o sofrimento e os meses na prisão? “Enquanto eu ainda estava em casa, estudei cuidadosamente a BÃblia e obtive um bom entendimento dos propósitos de Jeová.” Só depois de ter sido libertado da prisão é que Ãdám, por fim, foi batizado como Testemunha de Jeová, em agosto de 1942, num rio perto da sua casa, sob o manto da noite.
Prisão na Hungria, campo de
trabalhos forçados na Sérvia
No Ãnterim, durante a Segunda Guerra Mundial, a Hungria juntou-se à Alemanha contra a União Soviética e, no outono de 1942, Ãdám foi convocado para o serviço militar. Ele conta: “Declarei que não serviria como militar por causa do que havia aprendido da BÃblia. Expliquei a minha posição neutra.” Ele foi sentenciado a 11 anos de prisão. Mas Ãdám não ficou muito tempo na Hungria.
Ãdám Szinger na época do seu
encarceramento e hoje
Em 1943, cerca de 160 Testemunhas de Jeová foram ajuntadas, colocadas em embarcações e transportadas pelo rio Danúbio até a Sérvia. Ãdám estava entre elas. Na Sérvia, esses presos estavam sob o controle do Terceiro Reich alemão. Foram confinados no campo de trabalhos forçados em Bor e obrigados a trabalhar numa mina de cobre. Cerca de um ano depois, foram levados de volta à Hungria, onde Ãdám foi libertado pelas tropas soviéticas na primavera de 1945.
A Hungria sob o domÃnio comunista
Mas a liberdade não durou muito tempo. Em fins da década de 40, as autoridades comunistas na Hungria restringiram as atividades das Testemunhas de Jeová, assim como os fascistas haviam feito antes da guerra. Em 1952, Ãdám, que então tinha 29 anos, estava casado e tinha dois filhos, foi preso e condenado quando de novo se recusou a prestar serviço militar. Ãdám explicou ao tribunal: “Esta não é a primeira vez que me recuso a prestar serviço militar. Durante a guerra, fui preso e deportado para a Sérvia pelo mesmo motivo. Nego-me a ser militar por causa da minha consciência. Sou Testemunha de Jeová e sou politicamente neutro.” A sentença de Ãdám foi oito anos de prisão, mais tarde reduzida a quatro anos.
Ãdám continuou a sofrer discriminação até meados da década de 70, mais de 35 anos depois de os Estudantes da BÃblia terem visitado pela primeira vez a casa de seus pais. No decorrer desse tempo, foi sentenciado por seis tribunais a 23 anos de detenção, ficando detido em pelo menos dez prisões e campos de concentração. Ele sofreu perseguição em série sob três regimes — dos fascistas na Hungria antes da guerra, dos nacional-socialistas alemães na Sérvia e dos comunistas na Hungria durante a guerra fria.
Ãdám ainda mora na sua cidade natal de Paks, servindo lealmente a Deus. Será que ele tem habilidades extraordinárias que lhe possibilitaram suportar as dificuldades de modo tão triunfante? Não. Ele explica:
“O estudo da BÃblia, a oração e a associação com os irmãos eram muito importantes. Mas eu gostaria de destacar mais duas coisas. Primeiro, Jeová é a Fonte de força. O relacionamento achegado com ele foi o meu salva-vidas. E segundo, eu sempre me lembrava do capÃtulo 12 de Romanos, que diz: ‘Não vos vingueis.’ De modo que nunca guardei ressentimento. Tive várias vezes a oportunidade de me vingar dos que me perseguiam, mas nunca o fiz. Não devemos usar a força que Jeová nos dá para retribuir o mal com o mal.”
O fim de toda a perseguição
Frieda e Ãdám podem agora adorar a Jeová sem impedimento. No entanto, o que revelam experiências, tais como as deles, a respeito da perseguição religiosa? Que tal perseguição não é bem-sucedida — pelo menos quando infligida a cristãos genuÃnos. Embora a perseguição movida contra as Testemunhas de Jeová consumisse muitos recursos e causasse cruel sofrimento, não conseguiu alcançar seu objetivo. Atualmente, as Testemunhas de Jeová estão prosperando na Europa, onde antes duas grandes ditaduras dominavam.
Como as Testemunhas de Jeová reagiram à perseguição? Como mostram os relatos de Frieda e de Ãdám, eles aplicaram o conselho bÃblico: “Não te deixes vencer pelo mal, porém, persiste em vencer o mal com o bem.” (Romanos 12:21) Pode o bem realmente vencer o mal? Sim, quando se origina duma forte fé em Deus. O triunfo das Testemunhas de Jeová sobre a perseguição na Europa foi o triunfo do espÃrito de Deus, a demonstração do poder para o bem que resulta da fé produzida pelo espÃrito santo em cristãos humildes. (Gálatas 5:22, 23) No atual mundo violento, esta é uma lição que todos devem tomar a peito.
2006-10-16 09:16:18
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answer #2
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answered by neto 7
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