Teosofia tem sua origem etimológica na palavra grega theosophia, de theos, Deus, e sophos, sabedoria, geralmente traduzida como 'sabedoria divina'. O termo Teosofia possui várias interpretações: tradição-sabedoria (a sabedoria presente em toda religião, filosofia e ciência); filosofia perene; puro altruismo, amor, compaixão, que pode ser compreendida somente através do despertar espiritual.
De forma mais restrita, designa as doutrinas filosófico-religiosas sistematizadas por Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), cuja principal referência é sua mais importante obra, "A Doutrina Secreta" de 1888, e divulgadas pela Sociedade Teosófica, instituição fundada em 1875 por ela, Henry Steel Olcott, William Quan Judge e outros. Blavatsky usava também, como sinônimo de "Teosofia", a expressão "Buddhismo Esotérico".
A Teosofia de Blavatsky traz a público ensinamentos que estão em consonância com as tradições filosóficas grega, neo-platônica, budista e hinduísta. Revela também o aspecto esotérico intrínseco a estas filosofias e mostra-o como sendo concordante, único e repetidamente contido em qualquer outra tradição, inclusive a judaica ou a cristã.
Na Grécia antiga, Sabedoria era uma das quatro virtudes cardinais de Platão. De acordo com Platão, a harmonia espiritual da alma estava relacionada às quatro virtudes cardinais, que ele considerava expressões das três energias básicas da alma. Sabedoria era um estado interior, uma expressão de uma das três energias da alma. Assim, a Sabedoria Divina ou Teosofia está relacionada à energia da alma e, conseqüentemente, segundo os teósofos, não pode ser compreendida senão interiormente. Neste sentido, a Teosofia tem relação com a gnose, que acredita na "salvação" pelo conhecimento interior.
Teosofia é um termo antigo. Diógenes Laércio comenta que o termo Teosofia era utilizado em um período que antecede a Dinastia Ptolomaica e nomeia como seu fundador um hierofante egípcio chamado Pot Amum. O termo foi utilizado novamente no terceiro século de nossa era por Amônio Sacas, o pai do neoplatonismo, e seus discípulos que iniciaram o sistema eclético teosófico. Eles eram conhecidos também como "amigos da verdade" (philaletheians, ou filaletes) e analogistas.
Na idade média, Jacob Boehme era conhecido como um teosofista e o termo "Teosofia" novamente foi utilizado nas "Transações Teosóficas da Sociedade de Philadelphia", publicado em 1697.
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Teosofia Atual
O movimento teosófico moderno, sistematizado por H. P. Blavatsky e representado pela Sociedade Teosófica, tem como princípios fundamentais:
a existência de um princípio universal e absoluto de onde este mundo manifestado emanou (que Blavatsky chama de Parabrahman);
a existência de uma essência imortal no homem (Atman);
a fraternidade entre todos os homens
Constitui-se num corpo doutrinário, com forte base nas religiões orientais, mormente a tibetana, com aspectos religiosos, científicos e filosóficos. Acredita na reencarnação e na evolução do homem, que segundo definem, é composto de sete corpos. Diverge do Espiritismo por não acreditar no valor das manifestação mediúnicas como fonte para verdades religiosas.
Para uma apresentação mais extensa e detalhada das idéias teosóficas de Blavatsky, consulte A Doutrina Secreta, onde é apresentado em detalhes a cosmogênese e antropogênese, como aceita, em linhas gerais, pelos teósofos modernos.
2006-10-13 10:10:13
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