A doença de Ménière é um complexo de sintomas de etiologia desconhecida.
Características Clínicas
Esta doença é caracterizada por surdez, zumbido e vertigem, iniciando-se geralmente na meia-idade e, quando não tratada, persiste indefinidamente com períodos ocasionais de remissão. Começa com zumbido e surdez que, em aproximadamente 90 por cento dos casos, são unilaterais. O zumbido, de baixa tonalidade, tem sido descrito como um murmúrio ou ronco, e, em certos casos, como som sibilante, enquanto que a surdez foi descrita como surdez do ouvido interno, do tipo de condução, de grau variável. A vertigem frequentemente é um sintoma tardio da doença, e muitas vezes é acompanhada de crises de náusea e vômito que podem incapacitar o paciente. A vertigem, geralmente, tem início súbito, explosivo, durando de vários minutos a várias horas. Alguns pacientes podem prever o ataque pela mudança do tom ou da intensidade do zumbido.
Estes mesmo sinais e sintomas ocorrem comumente nos casos de distúrbios cardiovasculares ou de arterioesclerose cerebral. A verdadeira doença de Ménière, entretanto, apresenta alterações histopatológicas específicas no labirinto, descritas originalmente em 1938 por Hallpike e Cairns. A denominação inespecífica de "síndrome de Ménière"é usada com frequencia para descrever condicoes caracterizadas por vertigem labiríntica, não associada necessariamente com as alterações relatadas por aqueles pesquisadores. Na doença de Ménière verdadeira há dilatação dos espaços endolinfáticos do labirinto, sem reação inflamatória. O aumento da pressão da endolinfa parece diminuir e distorcer a resposta à estimulação dos órgãos terminais do labirinto e da cóclea.
A base da dilatação endolinfática é desconhecida. Sugeriu-se que a causa básica desta alteração é uma disfunção vasomotora autônoma ou uma alergia intrínseca. A sugestão de uma deficiência nutricional não parece válida, em vista da ocorrência unilateral típica.
Tratamento
Nenhum tratamento da doença de Ménière é inteiramente eficaz. A terapêutica medicamentosa, em geral, não é bem-sucedida, embora alguns pacientes reajam favoravelmente aos vasodilatadores, tais como a histamina ou niacina. Quando o tratamento conservador fracassa, pode ser considerada a intervenção cirúrgica para aliviar a vertigem. A operação consiste na secção do oitavo nervo craniano ou na labirintotomia destrutiva, que parecem ser igualmente eficazes na abolição das crises agudas de vertigem.
2006-10-04 17:48:53
·
answer #1
·
answered by Anonymous
·
1⤊
0⤋
A doença/sÃndrome de Ménière (de que Van Gogh, segundo dizem, padecia) é provocada por uma pressão sobre os lÃquidos do ouvido interno, o que pode causar um, vários ou todos os seguintes sintomas: vertigens, geralmente do tipo rotativo (ver as coisas a girar); náuseas/vómitos; ouvidos tapados; acufenos (zumbidos nos ouvidos;); a longo prazo, surdez parcial ou total do ouvido afectado.
Não tem cura. Em casos extremos em que a qualidade de vida é muito reduzida o paciente pode ser operado, mas é uma operação de risco e nem sempre os sintomas melhoram.
Medicação: anti-vertiginosos como o Stugeron, Betaserc, Dogmatil,... Eficácia de cada um varia de pessoa para pessoa. Há quem diga que o stress aumenta a pressão no ouvido, logo as tonturas e outros sintomas. Natação é o desporto ideal. Excitantes do sistema nervoso central (álcool, cafeÃna, sal) totalmente proibidos.
Há quem tenha vertigens sem ter propriamente Ménière, muitos médicos chamam Ménière a qualquer sÃndroma vertiginoso que lhes apareça pela frente. Não há forma de estabelecer o diagnóstico a não ser no caso de o "ataque" se fazer acompanhar por uma perda da audição. Há pressões leves a moderadas no ouvido que se assemelham a Ménière. E há pessoas com perdas de audição, acufenos, etc, que não têm Ménière.
******************************************************************
Existem outras doenças vestibulares que podem provocar vertigem além da sÃndrome de Ménière e da vertigem postural paroxÃstica, como as neuronites ou
Sintomas da labirintite
Drauzio – O que provoca a labirintite?
Menon – A labirintite é uma doença que pode acometer tanto o equilÃbrio quanto a parte auditiva. Os órgãos responsáveis pelo equilÃbrio e pela audição estão situados dentro do ouvido interno e se comunicam com o sistema nervoso central através dos nervos da audição e do nervo vestibular. Doenças infecciosas, inflamatórias, tumorais e mesmo alterações genéticas podem ocasionar alterações nessas estruturas anatômicas. Essas patologias podem provocar sintomas como vertigem e tonturas.
Drauzio – Qual é a diferença entre vertigem e tontura?
Menon – Vertigem vem do latim “vertere” e quer dizer rodar. A definição clássica de vertigem é alucinação do movimento. Tontura admite outras definições. O indivÃduo tem a sensação de desequilÃbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
Drauzio – Vamos deixar bem claro quais sintomas diferenciam a crise de labirintite da tontura comum que a pessoa sente porque se alimentou mal, por exemplo.
Menon – Na vertigem, o indivÃduo vê os objetos do ambiente rodarem ao seu redor ou seu corpo rodar em relação ao ambiente. Pode parecer a mesma coisa, mas não é. São duas manifestações diferentes. Uma é subjetiva e a outra, objetiva. Esses sintomas, associados ou não a náuseas, vômitos, sudorese caracterizam a crise labirÃntica tÃpica.
Sentir-se mal e ter a sensação de desmaio podem ser sintomas de hipoglicemia, de hipotensão ou de uma sÃncope e nada têm a ver com o labirinto. à o caso do indivÃduo que vai à igreja sem comer, fica sentado muito tempo na mesma posição, tem uma queda nos nÃveis de açúcar e sente-se mal, com náusea.
Drauzio – Além de sentir as coisas girarem, que outras caracterÃsticas tem a labirintite?
Menon –Além da vertigem, a labirintite pode apresentar manifestações neurovegetativas, ou seja, na fase aguda a doença pode ser acompanhada por náuseas, vômitos, sudorese e até por alterações gastrintestinais. Ela pode também estar associada a manifestações auditivas, como perda de audição, sensação de plenitude auditiva (sensação de ouvido cheio ou tapado), zumbido. Trata-se de manifestações audiovestibulares que podem acompanhar a crise de vertigem, embora nem isso nem o inverso sempre aconteçam.
No entanto, existem quadros completos que ocorrem, por exemplo, na SÃndrome de Ménière, uma doença comum cujas principais caracterÃsticas são crise vertiginosa acompanhada de surdez flutuante, zumbido e alterações neurovegetativas, como náuseas, vômitos, mal-estar e diarréia, que impedem o paciente de locomover-se, de movimentar-se.
Drauzio – Uma manifestação mais ou menos tÃpica da labirintite é a tontura surgir quando a pessoa muda a posição da cabeça. Por que isso acontece?
Menon - Além da doença de Ménière, outras doenças vestibulares dão vertigem. Uma delas é a vertigem postural paroxÃstica. Seu portador desencadeia a crise quando movimenta a cabeça ou movimenta a cabeça e o corpo conjuntamente.
Drauzio – O que acontece dentro da cabeça nesse momento?
Menon – Dentro do labirinto, nos canais semicirculares, há um lÃquido – a endolinfa - e uma configuração de otólitos, pedras pequeninas que se movimentam quando o indivÃduo move a cabeça. No caso da vertigem postural paroxÃstica, na área do utrÃculo e do sáculo, existem as otocônias, pedrinhas situadas sobre a mácula que se movimentam quando a pessoa mexe a cabeça. Esse é um fator desencadeante da vertigem e um quadro bem definido dentro da otorrinolaringologia. Existem outras doenças vestibulares que podem provocar vertigem além da sÃndrome de Ménière e da vertigem postural paroxÃstica, como as neuronites ou neurites vestibulares (processos inflamatórios no nervo e nos gânglios vestibulares) e os neurinomas ou schwanomas que são patologias tumorais importantes.
www.drauziovarella.com.br/entrevistas/labirintite1
Drauzio – Todas as alterações que aparecem nessa região do ouvido interno podem provocar labirintite?
Menon – Provocam manifestações traduzidas pela vertigem clássica, rotatória, ou tontura caracterizada por desequilÃbrio e instabilidade, por exemplo.
2006-10-12 07:45:08
·
answer #2
·
answered by Ternurinha 6
·
0⤊
0⤋