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De onde vem essa religião? Quero saber mais detalhes.

2006-10-04 09:43:26 · 10 respostas · perguntado por Danny 4 em Sociedade e Cultura Religião e Espiritualidade

10 respostas

Resumidamente para não cansar... mas qualquer um pode comprovar ...


Surgiram em 1872 como estudantes da bíblia . Esses “reformadores” eram adventistas. Isso mesmo, do mesmo grupo do Miller, que tinha saída da Igreja Batista , que saiu da Igreja Católica.

1872 -Testemunhas de Jeová .- Fundador Charles T Russel.. saíram da Igreja Adventista
1840 – Igreja Adventista – Fundador Guilherme Miller - saíram da Igreja Batista
1609 – Igreja Batista – Fundador John Smith – Saíram da Igreja Católica

Nesse pé, são todas filhas da Igreja Católica..
E hoje, ainda querem falar mal da mãe deles.

2006-10-04 10:11:18 · answer #1 · answered by graficamor 1 · 0 7

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…leia tudo devagar e com atenção para entender e tente seguir exatamente como ditam as regras!
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Vá ao Banco e deposite R$ 2,00 nas contas das pessoas da lista que você verá abaixo! Coloque os dois reais no envelope depositando o dinheiro. Se preferir transfira na conta bancária diretamente. A lista tem cinco nomes. Você depositará dois reais na conta de cada pessoa. Ao depositar, repasse essa mensagem retirando o PRIMEIRO nome da lista, subindo os nomes e colocando o seu na QUINTA posição!
Logo que fizer o depósito, você vai tirar o PRIMEIRO nome da lista.
Assim, o PRIMEIRO DA LISTA sai. O que estava em SEGUNDO sobe para PRIMEIRO.
O TERCEIRO DA LISTA sobe para SEGUNDO,
O QUARTO sobe para TERCEIRO,
O QUINTO sobe para QUARTO,
E o seu nome entrará na QUINTA posição da lista.•.
São cinco nomes no qual você depositará os R$ 2,00 na conta.

A lista para os depósitos.

1ª POSIÇÃO
ROGERIO LIBERIO SANTOS
AG:6896 CONTA15999-0
BANCO ITAU

2ª POSIÇÃO
NOME: DENISE
AG 1611 C/C 0019414-0
BANCO BRADESCO

3ª POSIÇÃO
ELIANE C DE OLIVEIRA
AG.0840 OP 013 00012357-8
CAIXA ECONOMICA

4ª POSIÇAO
VINICIUS DE OLIVEIRA DA SILVA
AG.0722 OP 013 46813-1
CAIXA ECONOMICA

5ª POSIÇAO
FABIO DE OLIVEIRA
AG.3510 OP 013 02973-7
CAIXA ECONOMICA

Na sua postagem, quem era o quinto tem que ir para quarto, o seu nome entra em quinto! Na quinta posição da lista.
Mude o que você quiser, mas tente manter a sua mensagem o mais parecido possível com essa. Agora, poste seu artigo modificado (ou esse meu mesmo, não esquecendo a ordem de mudar a ordem dos nomes e acrescentar o seu) para pelo menos 200 fóruns e e-mails ou newsgroups
Você irá passar esse texto para outros fóruns na internet, onde milhares de pessoas irão ler e fazer os depósitos! E O MELHOR DE TUDO, FARÃO OS DEPÓSITOS PARA SUA CONTA BANCÁRIA INCLUIDA NA LISTA. São milhares de pessoas depositando R$ 2,00 reais na sua conta! Elas farão isso, pois depois outros irão depositar na conta delas! É uma CORRENTE DE A
O projeto é próspero por causa da honestidade dos participantes! Caso isso não aconteça, pense as chances de dar certo com você também diminui.
Tenha certeza de colocar o número da conta corretamente. VOCE deve POSTAR MUITO PARAR PODER GANHAR! A melhor maneira de postar é colocar um título chamativo que fique visível para todos, como: “GANHE DINHEIRO FÁCIL” ou “COMO GANHAR DINHEIRO MUITO FACILMENTE”!
Selecione, copie no notepad essa mensagem, mude algumas coisas nela que você preferir, mas não mude muito! O contexto deve ser esse mesmo!
E depois distribua a fóruns, e muitos blogs pela internet! Milhares de pessoas plugadas na internet verão a mensagem e depositarão o dinheiro na sua conta!
Participe você também e seja muito feliz.Um ABRAÇÃO BOA SORTE!!!

2016-07-13 07:25:35 · answer #2 · answered by Anonymous · 1 0

acho que qndo abriu-se o imquérito, o advogado de defesa procurou as testemunhas...............

não foi assim?????????????////

2006-10-04 09:51:07 · answer #3 · answered by Scalise 2 · 1 0

atente-se para um detalhe q eu tenho percebido: pessoas sérias e sinceras tem respondido às perguntas com o intuito de esclarecer, tirar dúvidas, e é por isso q colocam suas fontes de pesquisa para q vc mesmo veja ou descubra o q quer. Porém tenho visto, não só neste caso específico, q muitos vêm com ...trocentas pedras na mão, querendo denegrir a imagem de pessoas ou grupos q sequer conhecem direito, se é q conhecem.
Preste atenção e leve à séro, como eu faço, às respostas q tenham fontes claras e específicas de pesquisa. Tem muita gente se doendo, não sei por quê, com certos assuntos.

Tome cuidado com a armadilha do preconceito, q não existe só contra os negros, mas contra pessoas de outras crenças também. O que muitos se esquecem é que a legislação brasileira protege a liberdade religiosa, e q, portanto, deve ser RESPEITADA.

2006-10-05 11:50:59 · answer #4 · answered by xx 4 · 0 0

A resposta do David é super-completa! Parabéns. Na realidade queremos que todos nos conheçam. Lamentavelmente, alguns que se associam com as Testemunhas de Jeová, podem passar dos limites, mas isso é reprovável. Nossa organização nos orienta a não desrespeitar nem o tempo, nem a consciência religiosa de álguem... Se alguma pessoa quiser nos conhecer é só dispor de apenas alguns minutos, uns 15 ou 20, para nos escutar em seu próprio lar. Sabemos que algumas pessoas nos reprovam, mas isso faz parte de um processo normal de conhecimento mútuo. Desde já agradecemos a atenção de todos!

2006-10-05 10:16:30 · answer #5 · answered by Grande 2 · 0 0

Testemunhas? Mas ninguém viu a briga.....

2006-10-05 04:10:29 · answer #6 · answered by Thadeu 4 · 0 0

Com todo respeito...é um povo chato a beça que toca a campainha da casa no Domingo bem cedinho...se vc tiver chegado da night muito tarde, eles chegam mais cedo e apertam a tua campainha com mais insistência.

2006-10-04 09:56:57 · answer #7 · answered by Ricardo P 2 · 1 1

Não tenho a minima idéia. Só sei que a maioria quando vem falar de religião é um porre...

2006-10-04 09:51:22 · answer #8 · answered by Maiden Girl 2 · 1 1

eu tambem estou curioso

2006-10-04 09:46:37 · answer #9 · answered by %$#@NOTURNO@#$% 3 · 1 1

O movimento religioso conhecido por Testemunhas de Jeová assume-se como uma religião cristã não trinitária. Adoram exclusivamente a Jeová e consideram-se seguidores de Jesus Cristo. Os seus adeptos estão espalhados pela maioria dos países da Terra e ascendem a mais de seis milhões e meio de praticantes, apesar de reunirem um número muito superior de simpatizantes. Crêem que a sua religião é a restauração do verdadeiro cristianismo, mas não são fundamentalistas no sentido em que o termo é comumente usado. Afirmam basear todas as suas práticas e doutrinas no conteúdo da Bíblia.

As Testemunhas de Jeová são bem conhecidas pela sua regularidade e grande persistência na obra de evangelização de casa em casa e nas ruas. Possuem o maior parque gráfico do mundo visando a impressão e distribuição de centenas de milhões de exemplares da Bíblia e de publicações baseadas nela. Como parte da sua adoração a Deus, assistem semanalmente a reuniões congregacionais e a grandes eventos anuais, onde o estudo da Bíblia constitui a principal temática.



História e actividades básicas

O movimento foi iniciado por Charles Taze Russell, a partir da década de 70 do Século XIX. Russell e alguns amigos formaram um pequeno grupo de estudo não sectário da Bíblia, em Allegheny (hoje integrada na cidade de Pittsburgo, Pensilvânia), nos Estados Unidos da América. Com o fim de publicar as suas ideias sobre o que considerava ser a verdade bíblica em contraste com erros doutrinais que atribuia a outras denominações religiosas, Russell começou a publicar A Sentinela, que veio a tornar-se a mais distribuída e traduzida revista religiosa do mundo. As pessoas que recebiam a revista começaram a reunir-se em grupos para estudo da Bíblia. Assim, acabaram por tornar-se conhecidos por Estudantes da Bíblia ou, quando a Sentinela começou a ser traduzida em outras línguas, Estudantes Internacionais da Bíblia.

Originalmente, a impressão de A Sentinela e tratados religiosos era feita quase que inteiramente por firmas comerciais. Mas, visando uma maior divulgação pela página impressa, Russell fundou a Sociedade de Tratados da Torre de Vigia de Sião, sendo que esta associação religiosa é hoje conhecida como Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia. Estava deste modo formado o principal instrumento legal do grupo religioso que posteriormente viria a ficar conhecido por Testemunhas de Jeová, visando a realização da sua obra mundial de evangelização. Usualmente, ao se empregar a expressão Sociedade Torre de Vigia, pretende-se mencionar esta primeira Sociedade, ainda em funcionamento, cuja Directoria veio a constituir o que se convencionou chamar Corpo Governante, ou seja, o grupo de homens responsáveis pelas actividades mundiais das Testemunhas de Jeová. Finalmente, a partir da década de 70 do Século XX, passou a existir uma clara distinção entre o Corpo Governante e as várias sociedades jurídicas que as Testemunhas usam simplesmente como instrumentos legais para as suas actividades.

Hoje, as Testemunhas de Jeová constituem um grupo mundial de milhões de membros reunidos em células locais conhecidas por Congregações unidas sob uma estrutura mundial que coordena todas as suas actividades. Apesar de possuírem o que chamam de organização e nela existirem homens que assumem responsabilidades locais ou mais abrangentes, as Testemunhas não têm a distinção entre clero e leigos, tal como acontece com muitas denominações religiosas. Os seus responsáveis não possuem títulos honoríficos, não usam vestimenta ou símbolos distintivos, não se lhes impõe o celibato, não são assalariados e espera-se que sejam os primeiros a dar o exemplo de boa conduta e moral aos restantes membros da congregação.

Apesar de duramente perseguidas e proscritas em muitos países, sendo alvo de críticas e várias controvérsias devido à sua singular interpretação da Bíblia e apego intransigente às suas doutrinas que, na sua maioria, diferem da teologia dita cristã, rejeitando assim qualquer envolvimento ecuménico, mantendo uma estrita neutralidade política e militar e defendendo uma conduta moral bastante rígida, as Testemunhas de Jeová continuam a experimentar um contínuo aumento entre as suas fileiras. Para isso contribui um zelo notável, que alguns consideram proselitismo agressivo, no que chamam "obra de pregação das Boas Novas do Reino". Este serviço realizado voluntariamente distingue-as e torna-as conhecidas mundialmente, sendo habitual observá-las nas suas regulares visitas às casas dos seus vizinhos e no contacto directo com o público onde quer que haja pessoas. Preocupam-se também em divulgar os seus ensinos por publicarem milhares de milhões de páginas de informação em várias centenas de línguas, sem esquecer os que têm necessidades especiais, tal como os surdos ou cegos. Aos interessados oferecem estudos domiciliares e gratuitos da Bíblia tentando depois trazê-los até aos seus centros de reunião, conhecidos por Salões do Reino. As suas reuniões e Congressos, bem como a realização de cerimónias como casamentos e funerais, são sempre realizadas gratuitamente e nunca fazem colectas. Aceitam contribuições voluntárias e anónimas para o financiamento da sua obra e dos seus locais de reunião. Mantêm ainda extensos programas de educação e de serviço voluntário em várias frentes.
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O seu nome distintivo

Esta comunidade religiosa era conhecida inicialmente como Estudantes da Bíblia. Os seus membros foram também chamados, em sentido pejorativo, de "russellitas", "rutherfordistas", "auroristas do milénio" e "anti-infernistas". Em 1931, entenderam que deveriam fazer uma distinção entre a maioria dos membros que eram leais à Directoria da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados e certos grupos dissidentes que também se intitulavam Estudantes da Bíblia. Além disso, consideraram que o termo Estudantes da Bíblia era demasiado vago para servir como designação distintiva. Assim, no domingo, 26 de julho de 1931, no culminar do Congresso realizado em Columbus, Ohio, nos Estados Unidos da América, os presentes adotaram unânimemente uma resolução intitulada "Um Novo Nome", apresentada por Joseph Rutherford, o segundo presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Nela foi proposto o nome descritivo e distintivo de "Testemunhas de Jeová". Para legitimar a escolha do nome usaram o texto bíblico de Isaías 43:10 que, conforme a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas (NM), publicada pelas Testemunhas de Jeová 20 anos mais tarde, reza:

"Vós sois as minhas testemunhas", é a pronunciação de Jeová, "sim, meu servo a quem escolhi, para que saibais e tenhais fé em mim, e para que entendais que eu sou o Mesmo. Antes de mim não foi formado nenhum Deus e depois de mim continuou a não haver nenhum."

Algumas vezes, as suas publicações usam a expressão "Testemunhas cristãs de Jeová", como forma de reforçar que acreditam em Jesus Cristo como o Filho de Deus e Salvador da humanidade e não apenas em Jeová Deus, seu Pai. Também afirmam que fazem parte de uma "grande nuvem de testemunhas" pré-cristãs de Jeová. (Hebreus 11 a 12:1) Argumentam que o próprio Jesus Cristo é chamado de "testemunha fiel e verdadeira". (Revelação ou Apocalipse 3:14)

Afirmam que, desde o início, terá existido apenas uma religião verdadeira, constituída por aqueles que a Bíblia menciona como fazendo a vontade de Jeová, e que todas as outras formas de adoração podem ser englobadas num império mundial de religião falsa. Consideram que uma das características principais que fazem com que qualquer grupo religioso, seja ele cristão ou não, seja incluído no conjunto da religião falsa é o desprezar ou simplesmente não reconhecer e divulgar o Nome de Deus, conforme apresentado na Bíblia pelo Tetragrama YHVH, e pronunciado consoante a forma mais popular na língua de cada país. As Testemunhas de Jeová têm orgulho em divulgar o Nome de Deus, preferindo em português a forma Jeová. Apesar de não considerarem incorrecto o uso de Javé (Jahvé) ou Iavé, preferem a forma Jeová (em português) por ser o uso mais comum em grande número das traduções bíblicas modernas bem como em outras obras seculares e na conversação diária.

Apesar de algumas pessoas, e até mesmo a imprensa ou determinadas obras literárias, designarem as Testemunhas de Jeová por "jeovistas" ou "jeovás", elas rejeitam estes termos considerando-os pejorativos e mesmo ofensivos contra o Deus que adoram, visto que consideram que o Nome Sagrado deve ser tratado com respeito e reverência.
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Fundamentação das suas doutrinas

Ver artigo principal: Doutrinas das Testemunhas de Jeová.

A única autoridade reconhecida pelas Testemunhas de Jeová em termos teológicos é a Bíblia, em particular, a NM - Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pela Sociedade Torre de Vigia, embora usem diversas outras traduções da Bíblia, conforme pode ser visto por uma análise das suas publicações. Além disso, muitas Testemunhas ainda não possuem aquela versão no seu idioma, recorrendo assim às versões mais populares disponíveis no país onde moram. A interpretação do texto biblico é feita segundo o entendimento aprovado pelo Corpo Governante das Testemunhas de Jeová e publicado pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Confiam plenamente no seu Corpo Governante como "porta-voz" de Jeová Deus, para fornecer ensino e entendimento bíblico no tempo apropriado. No entanto, nem os que compõem o Corpo Governante nem qualquer outra Testemunha de Jeová afirmam ser inspirados por Deus, tal como dizem ter acontecido com os escritores bíblicos. Assim, as suas publicações podem e são sujeitas a alterações a nível doutrinal, talvez quando um estudo mais detalhado de determinado assunto conduz a um ajuste de pensamento.
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Divulgação das suas doutrinas

Consulte também: Meios de difusão da mensagem bíblica.

As Testemunhas de Jeová procuram empenhar-se na divulgação mundial das suas crenças através de vários meios e, em especial, através da página impressa. Nas suas convenções anuais, são apresentados à comunidade novos livros, brochuras e outros artigos para divulgação doutrinária. Apesar de estarem presentes na Internet com alguns sites oficiais, actualmente não possuem quaisquer emissões de TV ou Rádio. No entanto, foram pioneiras no uso do cinema sincronizado com som e fizeram vasto uso de emissoras de rádio no passado, principalmente na década de 30 e 40 do Século XX, quando chegaram a montar as maiores redes radiofónicas da época.

A sua mensagem é apresentada ao público, principalmente através de duas revistas:

* A Sentinela - Anunciando o Reino de Jeová
* Despertai!

Hoje possuem o maior parque gráfico do mundo, com capacidade para imprimir centenas de milhões de exemplares de publicações a cada ano, sendo que algumas das suas edições estão entre as mais distribuídas do mundo. Os títulos publicados são traduzidos em dezenas ou mesmo centenas de idiomas e apresentados em versões diferentes, tal como edições com caracteres de grandes dimensões ou em braille para os que possuem deficiências visuais, DVD's com língua de sinais, gravações áudio entre outros. Lançam ainda documentários e filmes sobre diversos temas, discos com temas apenas musicais ou cantados, CD-ROM's com a Bíblia e o conteúdo electrónico da maioria das suas publicações dos últimos 35 anos e mantêm um web site oficial com informação em 265 línguas.
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Modo de vida

As Testemunhas de Jeová encaram a sua religião como um modo de vida, sendo que todos os outros interesses, incluindo o emprego e a família, giram em torno da adoração exclusiva que prestam a Jeová, o seu Deus. A Bíblia é encarada como um verdadeiro manual de aplicação prática e obrigatória em todos os campos da vida. Assim, não importam o que façam, incluindo a selecção de diversão ou de vestuário, de carreira na escola ou na profissão ou mesmo a escolha de cônjuge, o comportamento e interacção com a comunidade, nos negócios ou em lazer, tudo isso é influenciado pela decisão que tomaram de dedicar a sua vida incondicionalmente a Jeová. Pretendem aplicar seriamente a seguinte injunção bíblica:

* 1 Coríntios 10:31

"Portanto, quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei todas as coisas para a glória de Deus." (NM)

Afirmado-se cristãs, observam o exemplo de Jesus procurando imitá-lo, conforme a seguinte instrução:

* 1 Pedro 2:21

"Fostes chamados para este proceder, porque até mesmo Cristo sofreu por vós, deixando-vos um modelo para seguirdes de perto os seus passos." (NM)

Todas as Testemunhas de Jeová são incentivadas a serem diligentes estudantes da Bíblia e das publicações que afirmam basear-se nela, bem como a apresentar um elevado grau de compromisso com a sua religião. Crêem que todas elas, sejam homens ou mulheres, são ministros de Deus, ordenados no dia do seu batismo pessoal por imersão completa em água. Este passo não é permitido a crianças incapazes de tomar decisões nem é imposto a adultos. Usualmente, alguém que se reúne com as Testemunhas necessita de vários meses, ou mesmo anos, para ser aprovada para o batismo e só depois de expressar convictamente o seu desejo de se tornar uma Testemunha de Jeová.

Além do seu estudo pessoal da Bíblia, espera-se que assistam a reuniões congregacionais, usualmente três vezes por semana, em locais conhecidos por Salões do Reino ou em casas particulares, para instrução colectiva e encorajamento mútuo. Outras reuniões de maiores dimensões ocorrem, usualmente, três vezes por ano, em Salões de Assembleias mantidos por elas ou em instalações públicas alugadas, como estádios desportivos ou auditórios municipais.

Todas as Testemunhas são também proclamadores activos da mensagem que consideram urgente transmitir. Participam regularmente em actividades formais organizadas localmente para contactar os vizinhos mas também aproveitam ocasiões informais para falar com conhecidos ou simplesmente com aqueles com quem se cruzam ao longo do dia.
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Serviço voluntário das Testemunhas de Jeová

Ver artigo principal: Serviço voluntário das Testemunhas de Jeová.

As Testemunhas de Jeová encontram-se entre as organizações que usam amplamente o serviço voluntário e, pertencendo a uma religião que se afirma cristã, encaram o amor ao próximo como um sinal identificador do cristianismo genuíno. Todos os seus membros são voluntários, usando as suas habilidades, tempo, esforço e recursos financeiros em projectos específicos promovidos pela organização a que pertencem.
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Conceito sobre outras religiões

As Testemunhas de Jeová crêem que praticam a religião verdadeira (ou seja, o primitivo Cristianismo), e por fazer isso, serão salvas como grupo, o que não significa que toda Testemunha individual seja salva. Ensinam que, para alguém poder ser salvo, a pessoa tem de obter conhecimento sobre a vontade de Deus, conforme expressa na Bíblia, e pôr em prática aquilo que aprende, mantendo a sua integridade até o fim. (Mateus 24:13)

Já por muitos anos, as suas publicações têm expresso a opinião que todas as outras religiões são falsas, particularmente as religiões da cristantade, ou seja aquelas que professam ser cristãs. A todas as religiões acusam de permissividade moral, envolvimento na política e nos conflitos mundiais, divulgação de ensinos que consideram pagãos e anti-bíblicos, ostentação material, conduta imprópria ou destaque pessoal dos seus líderes e que, por essas razões, todas elas serão destruídas. Crêem que isso acontecerá às mãos dos governos políticos do mundo que abolirão a religião e que, sem se aperceberem, apenas estarão a executar o julgamento de Deus.

Embora sejam criticadas por serem intolerantes com as outras religiões, elas respeitam as diferenças de opinião e não procuram impôr as suas crenças. Criticam as organizações religiosas nas suas doutrinas e práticas que consideram biblicamente erradas, mas nunca a fé individual e a sinceridade dos seus crentes. Sobre este assunto, a revista Despertai! de 8 de Julho de 1988, página 28, afirmou:

"Sentimos interesse bondoso e amoroso pelas pessoas de todas as religiões, mas quando as crenças e práticas religiosas delas são falsas e merecem a desaprovação de Deus, trazer isto à atenção delas, por expôr a falsidade, significa mostrar amor a elas. Jesus mostrou claramente o erro das práticas religiosas dos escribas e fariseus de seus dias, dizendo que a religião deles era vã."

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Oposição às Testemunhas de Jeová

Ao longo da sua história, as suas crenças, doutrina e práticas religiosas têm sido, amiúde, alvo de algumas controvérsias.

As Testemunhas de Jeová têm enfrentado opressão e perseguição por parte de alguns governos totalitários, sendo inclusivamente um dos grupos visados pelo regime Nazi e pelos regimes comunistas. Durante os últimos cem anos, muitos governos, incluindo os chamados democráticos, baniram as suas actividades, alguns chegando mesmo a prender ou a executar os seus membros. As acusações resultavam especialmente da sua neutralidade quanto aos assuntos políticos ou militares, ou pela instigação de líderes religiosos. Até o dia de hoje, existem várias Testemunhas de Jeová presas por motivos religiosos bem como vários países onde as suas actividades estão sob proscrição governamental. Em todos os países elas tentam estabelecer o direito à objecção de consciência solicitando a isenção do serviço militar, rejeitam participar em cerimónias patrióticas e nacionalistas, tais como a saudação à bandeira ou cantar o hino nacional.

A opinião crítica que difundem abertamente contra as religiões que consideram falsas, bem como o não fazerem parte de qualquer movimento ecuménico e o empenho num proselitismo considerado "agressivo", acabou por suscistar uma forte oposição por parte dessas religiões contra elas. Visto que algumas religiões possuíam forte influência política, as autoridades governamentais foram muitas vezes instigadas a proscrever, banir ou confiscar as propriedades e publicações da Sociedade Torre de Vigia bem como a perseguir, prender ou deportar as próprias Testemunhas, incluindo mulheres e crianças. Este tipo de perseguição movida por grupos religiosos ainda acontece no Século XXI, em alguns países do mundo.

Outros problemas que enfrentaram envolviam o que elas consideram ser o direito de divulgar a sua mensagem de uma forma pessoal e directa, visitando as casas dos seus vizinhos. Outros colocaram objecções legais à forma como a sua obra é financiada tentando obrigá-las a pagar impostos sobre a produção e distribuição de literatura ou sobre as contribuições recebidas de forma anónima e voluntária.

Baseando-se na sua singular interpretação da Bíblia sobre o uso do sangue, entendem que as transfusões de sangue lhes são proibidas por Deus. Isso originou conflitos com a classe médica e autoridades judíciais, colocando diversos desafios éticos, cirúrgicos e jurídicos. No entanto, um esforço concertado de esclarecimento da classe médica bem como da opinião pública conduziu a uma melhor compreensão da sua posição, sendo que algumas entidades chegam mesmo a defender a posição que elas adotam. Para mais informações sobre esta questão, veja o artigo Testemunhas de Jeová e a Questão do Sangue.
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Algumas conquistas legais

Nos Estados Unidos, muitos casos judiciais nos anos 30 e 40 do Século XX, envolvendo Testemunhas de Jeová, ajudaram a dar forma à Lei da Primeira Emenda, abrindo precedentes na interpretação desta lei fundamental americana. O mesmo tem vindo a suceder na União Europeia e em outros países. Alguns casos levaram à afirmação de direitos importantes da cidadania, tanto com benefícios para elas como para a população em geral. Entre eles estão:

* Direito a não jurar lealdade absoluta ao Estado (apenas relativa) e a não apoiar ideais nacionalistas;
* Não ser obrigatório o saudar a bandeira nacional ou cantar o hino em cerimónias patrióticas (mas respeitando os símbolos nacionais);
* Direito à objecção de consciência por razões religiosas;
* Direito à recusa de prestar serviço militar, combatente ou não-combatente, por razões religiosas;
* Direito à pregação em público e de distribuir publicações religiosas, sem necessitar de uma autorização ou licença como pré-condição;
* Direito à isenção fiscal sobre o seu património imóvel em virtude da Sociedade Torre de Vigia de Biblias e Tratados e suas congéneres, serem sociedades inteiramente religiosas e sem fins lucrativos.





As Testemunhas de Jeová são conhecidas por manterem neutralidade em relação às nações da Terra e às suas instituições governamentais e militares. Divulgam mundialmente uma mensagem que alegam estar baseada na Bíblia, anunciando que o Reino de Deus é o único meio pelo qual os que amam a justiça podem obter paz, prosperidade e felicidade. Devido a essa crença, mantêm-se estritamente neutras no que diz respeito aos conflitos entre as nações, rejeitando o racismo e a xenofobia.


Fundamento bíblico

As Testemunhas de Jeová argumentam que a sua posição de neutralidade, tal como em outras práticas e doutrinas, tem uma base bíblica. Definem neutralidade como a posição assumida por aqueles que não se colocam do lado de nenhum de dois ou mais partidos em disputa nem lhes dão apoio. Para elas, neutralidade significa a não interferência no que outros fazem no que diz respeito a participarem em cerimónias patrióticas, servirem nas forças armadas, unirem-se a partidos políticos, buscarem um cargo político ou votarem num candidadto partidário ou político. Afirmam que isso não é compatível com a adoração que prestam unicamente a Jeová, a quem dedicaram a vida sem reservas, nem com o apoio que dão ao Seu Reino ou Teocracia que entendem como única solução para o governo global da Terra, afirmando que todos os restantes governos políticos, mesmo que possuam boas intenções, estão condenados ao fracasso com o aproximar do fim do actual sistema de coisas, no Armagedom.

Para fundamentar esta posição costumam referir o próprio exemplo de Jesus Cristo, de quem se afirmam seguidores, usando os seguintes versículos bíblicos, conforme apresentados na Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas (NM):

* João 17:16

"Não fazem parte do mundo, assim como eu não faço parte do mundo."

Palavras de Jesus, em oração ao Pai, com referência aos seus discípulos na ocasião, bem como aos futuros.

* João 6:15

"Jesus, portanto, sabendo que estavam para vir e apoderar-se dele para o fazerem rei, retirou-se novamente para o monte, sozinho."

Recusa de Jesus Cristo em aceitar um cargo político.

* João 18:36

"Meu reino não faz parte deste mundo. Se o meu reino fizesse parte deste mundo, meus assistentes teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas, assim como é, o meu reino não é desta fonte."

Palavras dirigidas por Jesus ao governador romano Pôncio Pilatos que o recebia em audiência de julgamento.

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Mundo controlado por Satanás

As Testemunhas de Jeová crêem que o actual mundo, com a sua sociedade e instituições governamentais, militares, comerciais e religiosas, estão sob o controlo de Satanás a quem Jesus se referiu como "o governante do mundo" (João 14:30). Só assim, dizem, se pode explicar a oferta que o Diabo fez a Jesus e que ele prontamente rejeitou:

* Lucas 4:5-8

"Ele o levou assim para cima e lhe mostrou todos os reinos da terra habitada, num instante de tempo; e o Diabo disse-lhe: Eu te darei toda esta autoridade e a glória deles, porque me foi entregue e a dou a quem eu quiser. Se tu, pois, fizeres um ato de adoração diante de mim, tudo será teu. Em resposta, Jesus disse-lhe: Está escrito: É a Jeová, teu Deus, que tens de adorar e é somente a ele que tens de prestar serviço sagrado."

Entendem que o governo do mundo foi concedido a Satanás pelo próprio Deus por um tempo, que se estende por milénios, após o desafio que aquele anterior anjo fiel lançou sobre a Soberania de Jeová. Portanto, argumentam que qualquer que seja a facção que alguém apóie na actualidade, estará sempre a apoiar o inimigo de Deus. Usam os versículos alistados abaixo para provar que o actual mundo é governado por Satanás e pelos seus demónios:

* Efésios 6:11-12

"Revesti-vos da armadura completa de Deus, para que vos possais manter firmes contra as maquinações do Diabo; porque temos uma pugna, não contra sangue e carne, mas contra os governos, contra as autoridades, contra os governantes mundiais desta escuridão, contra as forças espirituais iníquas nos lugares celestiais."

* 2 Coríntios 4:3-4

"Se as boas novas que declaramos estão de fato veladas, estão veladas entre os que perecem, entre os quais o deus deste sistema de coisas tem cegado as mentes dos incrédulos, para que não penetre o brilho da iluminação das gloriosas boas novas a respeito do Cristo, que é a imagem de Deus."

* Tiago 4:4

"Não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Portanto, todo aquele que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus."

* 1 João 5:19

"O mundo inteiro jaz no poder do iníquo"

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Sujeição relativa às autoridades governamentais

Apesar de considerarem que todos os governos humanos estão sob o controlo de Satanás, reconhecem que isso só acontece por permissão divina e por um determinado período. Entendem ainda que os governos nacionais também exercem autoridade por permissão divina até que Ele finalmente os remova. Assim, usam a Bíblia para esclarecer a sua posição de sujeição obediente aos governos e às suas leis. No entanto, tal obediência é encarada por elas como relativa visto que apenas reconhecem a autoridade absoluta de Jeová, cuja vontade, afirmam, se encontra expressa na Bíblia. Para esclarecer esta sujeição relativa às autoridades superiores humanas, costumam usar versículos bíblicos tais como:

* Romanos 13:1-2, 7

"Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores, pois não há autoridade exceto por Deus; as autoridades existentes acham-se colocadas por Deus nas suas posições relativas. Portanto, quem se opõe à autoridade, tem tomado posição contra o arranjo de Deus; os que têm tomado posição contra este receberão um julgamento para si mesmos. Rendei a todos o que lhes é devido, a quem exigir imposto, o imposto; a quem exigir tributo, o tributo; a quem exigir temor, tal temor; a quem exigir honra, tal honra."

* Mateus 5:41

"Se alguém sob autoridade te obrigar a prestar serviço por mil passos, vai com ele dois mil."

* Tito 3:1

"Continua a lembrar-lhes que estejam sujeitos e sejam obedientes a governos e autoridades como governantes."

* 1 Pedro 2:13, 14

"Pela causa do Senhor, sujeitai-vos a toda criação humana: quer a um rei, como sendo superior, quer a governadores, como enviados por ele para infligir punição a malfeitores, mas para louvar os que fazem o bem."

Inferem que tal obediência às autoridades é relativa através das palavras de Jesus:

* Marcos 12:17

"Jesus disse então: Pagai de volta a César as coisas de César, mas a Deus as coisas de Deus."

Similarmente, quando as autoridades judaicas ordenaram que os apóstolos Pedro e João parassem de pregar a respeito de Jesus, eles responderam:

* Atos 4:19, 20

"Se é justo, à vista de Deus, escutar antes a vós do que a Deus, julgai-o vós mesmos. Mas, quanto a nós, não podemos parar de falar das coisas que vimos e ouvimos."

Ao serem presos por reincidirem na desobediência à ordem do Tribunal, os apóstolos afirmaram:

* Atos 5:27-29

"E o sumo sacerdote interrogou-os, dizendo: Nós vos ordenamos positivamente que não ensinásseis à base deste nome, e, ainda assim, eis que enchestes Jerusalém com o vosso ensino, e estais resolvidos a trazer sobre nós o sangue deste homem. Em resposta, Pedro e os outros apóstolos disseram: Temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens."

Esta última frase: Temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens, foi inclusivamente escolhida para estar exposta, como texto anual de 2006, em todos os Salões do Reino das Testemunhas de Jeová ao redor do mundo.
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Posição dos primeiros cristãos

Visto que as Testemunhas de Jeová afirmam ter reconstituído o cristianismo à sua forma original, tal como instituído por Jesus e pelos apóstolos, citam o comportamento dos primitivos cristãos para reafirmarem a sua posição de neutralidade. Para isso, recorrem a algumas obras de referência que analisam a história inicial do cristianismo.
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Neutralidade quanto a cargos políticos

A neutralidade dos professos cristãos dos primeiros séculos da nossa Era pode ser atestada em algumas obras, tais como:

"Os cristãos mantinham-se alheios e separados do estado, como raça sacerdotal e espiritual, e o cristianismo parecia capaz de influenciar a vida civil apenas desse modo, sendo este, é preciso confessar, o mais puro, por praticamente se esforçarem a incutir mais e mais o sentimento sagrado nos cidadãos do estado." (The History of the Christian Religion and Church, During the Three First Centuries, Nova Iorque, 1848, de Augusto Neander, traduzido do alemão por H. J. Rose, pág. 168)

"Ao passo que eles inculcavam as máximas da obediência passiva, recusavam-se a tomar qualquer parte ativa na administração civil ou na defesa militar do império. (...) Era impossível que os cristãos, sem renunciarem a um dever mais sagrado, pudessem assumir o caráter de soldados, de magistrados ou de príncipes." (History of Christianity, de Edward Gibbon, 1891, pág. 162-3)

"Os cristãos (...) evitavam cargos públicos e o serviço militar." (The Great Events by Famous Historians, de F. P. G. Guizot, editado por R. Johnson, 1905, Vol. III, pág. 246)

"O primitivo cristianismo foi pouco entendido e foi considerado com pouco favor pelos que governavam o mundo pagão. Os cristãos recusavam-se a participar em certos deveres dos cidadãos romanos. Os cristãos (...) achavam que era uma violação da sua fé entrar no serviço militar. Não queriam ocupar cargos políticos. Não adoravam o imperador." (On the Road to Civilization, A World History, Filadélfia, EUA, 1937, de A. K. Heckel e J. G. Sigman, pág. 237, 238)

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Neutralidade quanto ao serviço militar

Os primitivos cristãos professos negavam-se a servir no exército romano, tanto nas legiões como em serviços auxiliares, considerando tal serviço totalmente incompatível com os ensinos do cristianismo. Diz Justino, o Mártir, do Século II EC, no seu "Diálogo com o Judeu Trífon":

"Nós, que estávamos cheios de guerra, e de matança mútua, e de toda a iniquidade, transformamos cada um de nós, em toda a terra, as nossas armas guerreiras, as nossas espadas em relhas de arado, e as nossas lanças em implementos de lavoura." (The Ante-Nicene Fathers, Vol. I, pág. 254)

No seu tratado "A Grinalda, ou De Corona", ao considerar "se a guerra é mesmo apropriada para os cristãos", Tertuliano (c. 200 EC) argumentou à base das Escrituras a ilegalidade até mesmo da própria vida militar, concluindo:

"Proscrevo para nós a vida militar." (The Ante-Nicene Fathers, 1957, Vol. III, pág. 99, 100)

Maximiliano, mártir do Século III EC ao ser ameaçado de morte pelo tribunal romano por recusar alistar-se nas forças militares, disse:

"Não servirei. Vós podeis decapitar-me, mas eu não servirei aos poderes Deste Mundo; servirei, sim, a meu Deus."' (An Historian’s Approach to Religion, de Arnold Toynbee)

Referem ainda algumas outras obras:

"No segundo século, o cristianismo (...) tinha afirmado a incompatibilidade do serviço militar com o cristianismo." (A Short History of Rome, de G. Ferrero e C. Barbagallo, 1919, pág. 382)

"Os primitivos cristãos pensavam ser errado lutar, e não serviam no exército mesmo quando o Império precisava de soldados." (The New World’s Foundations in the Old, de R. e W. M. West, 1929, pág. 131)

"Uma cuidadosa análise de toda a informação disponível mostra que, até o tempo de Marco Aurélio [121-180 EC], nenhum cristão tornou-se soldado; e nenhum soldado, depois de tornar-se cristão, permanecia no serviço militar." (The Rise of Christianity, de E. W. Barnes, 1947, pág. 333)

"Ver-se-á logo que a evidência da existência de um único soldado cristão entre 60 e cerca de 165 EC é extremamente insignificante;(...) até o reinado de Marco Aurélio, pelo menos, nenhum cristão se tornava soldado após seu batismo." (The Early Church and the World, de C. J. Cadoux, 1955, pág. 275, 276)

"O comportamento dos cristãos era muito diferente daquele dos romanos. (...) Visto que Cristo havia pregado a paz, recusavam-se a tornar-se soldados." (Our World Through the Ages, de N. Platt e M. J. Drummond, 1961, pág 125)
"Os bem primitivos cristãos não serviam nas forças armadas, (...) desde o fim do período do Novo Testamento até a década de 170-180 A.D. não há evidência alguma de cristãos no exército." (Christian Attitudes Toward War and Peace, Abingdon, 1960, pág. 67-8)

Explicando o que acabou por conduzir os que se diziam cristãos a envolverem-se no exército, certa obra afirma:

"Os cristãos que viviam mais perto do tempo de nosso Salvador criam, com indubitável confiança, que ele havia inequivocamente proibido a guerra — que eles abertamente afirmavam esta crença e que, em apoio dela, estavam dispostos a sacrificar, e realmente sacrificaram, suas fortunas e suas vidas. Os cristãos, porém, mais tarde, tornaram-se soldados. E quando? Quando sua fidelidade geral ao cristianismo ficou relapsa, quando, em outros sentidos, violaram os princípios dele, (...) Em suma, tornaram-se soldados quando deixaram de ser cristãos." (Uma Investigação da Concordância da Guerra com os Princípios do Cristianismo, de Jonathan Dymond pág. 60, 61, em inglês)

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Nacionalismo, racismo e xenofobia

O nacionalismo é um sentimento de orgulho exacerbado que leva a pessoa a considerar a sua nação como superior às demais. Tal como o nacionalismo, a exaltação excessiva de um grupo étnico ou de uma raça pode servir para fomentar o ódio de outros grupos. O tribalismo continua a atear a violência em muitos países africanos enquanto que o racismo ainda é um flagelo mundial. O naciolismo e o racismo podem ser doentios, podendo resultar em xenofobia, quer dizer, uma aversão a outras raças e culturas, um medo intensivo, descontrolado e desmedido em relação a pessoas ou grupos diferentes. As Testemunhas de Jeová rejeitam liminarmente tais sentimentos que consideram anti-bíblicos, visto que entendem que todas as raças humanas tiveram origem num único casal, o que as torna aparentadas. Costumam citar a Bíblia como justificativa para condenar qualquer tipo de barreiras que dividam os homens, sejam elas raciais, sociais, ou nacionais, usando versículos tais como os seguintes conforme vertidos pela Tradução do Novo Mundo:

* Atos 10:34-35

"Pedro abriu a boca e disse: Certamente percebo que Deus não é parcial, mas, em cada nação, o homem que o teme e que faz a justiça lhe é aceitável."

* Revelação ou Apocalipse 7:9, 10

"Eis uma grande multidão, que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados de compridas vestes brancas; e havia palmas nas suas mãos. E gritavam com voz alta, dizendo: Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro."

Devido à sua estrita neutralidade, as Testemunhas de Jeová têm tido êxito em reunir em união pacífica, tratando-se como irmãos, pessoas que antes estavam divididas por diferenças políticas, raciais e religiosas, tal como acontece entre israelitas e palestinianos, hutus e tutsis, cingaleses e tâmeis, etíopes e eritreus, sérvios e croatas, entre outros casos. As Testemunhas crêem que, sob o Reino de Deus, a Terra deixará de ter fronteiras e as barreiras linguísticas também serão eliminadas, passando a ser falado um único idioma global.
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Neutralidade política

Visto que advogam e proclamam apenas a Teocracia, o governo de Jeová, é esta forma de governo que defendem. Assim, recusam assumir cargos políticos, afiliar-se partidariamente ou envolver-se em questões de natureza política.
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Como encaram o voto

As Testemunhas entendem que não existem princípios bíblicos que condenem a prática do voto em si. Por exemplo, não há motivos para os directores de uma entidade não usarem o voto a fim de tomar decisões que afetem a entidade. Os membros das congregações das Testemunhas de Jeová muitas vezes votam, erguendo as mãos, para decidir sobre os horários das reuniões e o uso dos recursos da congregação.

Quanto ao votar em eleições políticas, as Testemunhas de Jeová não interferem no direito que outros têm de votar, nem fazem qualquer tipo de campanha contra eleições políticas. Elas respeitam e cooperam com as autoridades devidamente constituídas nessas eleições. Quanto a votar para um candidato numa eleição, cada Testemunha de Jeová decide o que fazer com base na sua consciência treinada pela Bíblia e no entendimento de sua responsabilidade para com Deus e o Estado. No entanto, a sua posição de neutralidade leva a maioria das Testemunhas de Jeová em diversos países a decidirem não votar em eleições políticas. Nos casos em que a lei exige que os cidadãos votem, cada Testemunha de Jeová será responsável por tomar uma decisão em consciência, baseada na Bíblia, para lidar com essa situação. Se decidir comparecer às urnas, essa é uma questão pessoal. O que ela faz na cabine de votação é entre ela e o seu Criador.
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Obediência às autoridades civis

Apesar de acreditarem que o arranjo governamental de Jeová tenha sido temporariamente interrompido com respeito ao governo terrestre, as Testemunhas reconhecem que precisa haver alguma forma de autoridade, até que se restabeleça plenamente a regência divina. Entendem que as autoridades civis ajudam a manter certa medida de ordem na sociedade, sem a qual haveria um caos resultante da anarquia e que, ao assim actuarem, as autoridades reflectem o que remanesce da consciência do homem, dada por Deus. Reconhecem que os governos nacionais ou regionais têm a necessária autoridade para manter certo grau de ordem nos serviços públicos tais como a saúde pública, o abastecimento de água, o correio, a construção de estradas, a educação, o combate ao crime e ao fogo, proteção judicial, promulgação de legislação relacionada com a construção, a prevenção de incêndios e poluição, salubridade de géneros alimentícios, remédios, trânsito, entre outras coisas. Em reconhecimento destes benefícios, entendem que o verdadeiro cristão deverá dar às autoridades seculares a sua sujeição relativa e pagar os impostos exigidos por lei.

Reconhecem que é necessário estar em sujeição relativa à autoridade exercida pelos que ocupam várias posições na vida secular, tal como o professor, o patrão, o agente policial, o juiz, entre outros. Continuam a manter este conceito apesar dos aparentes abusos ou das faltas das actuais autoridades, sabendo que "alguém que é mais alto do que o alto está vigiando, e há os que estão alto por cima deles" (Eclesiastes 5:8 NM).

Apenas se recusam a obedecer a leis que visem propositadamente impedir o seu direito à adoração ao seu Deus, Jeová, ou que os proíba de cumprir aquilo que consideram ser a Sua vontade, tal como o trabalho de evangelização ou a realizaçõa de reuniões para estudo da Bíblia. Além disso, negam-se terminantemente a realizar tarefas que, mesmo obrigatórias por lei, violem o que consideram ser os princípios bem estabelecidos da Bíblia, tal como cumprir o serviço militar, saudar uma bandeira ou cantar um hino nacional, filiar-se num partido político, entre outras coisas similares.
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Pagamento de impostos

Se no país onde vivem as religiões são isentas de impostos, as congregações podem aproveitar essa vantagem. E, como quaisquer outros cidadãos, tirarão benefício de possíveis dispositivos legais que lhes permitam reduzir os seus impostos. No entanto, nenhuma Testemunha deve ilegalmente esquivar-se de pagar impostos.

Mesmo que vivam sob um sistema político do qual pessoalmente não gostam, talvez por cercear a sua liberdade pessoal, as Testemunhas de Jeová são ensinadas a pagar impostos. Caso um determinado imposto pareça injusto ou se parte dele for usado para financiar algo com que discordam, tal como o aborto gratuito ou a compra de equipamento militar, ainda assim, continuam sob a obrigação bíblica de pagar integralmente os impostos. Entendem que os governantes é que terão de assumir a responsabilidade pelo uso do dinheiro arrecadado, visto que elas não foram designadas para julgar as autoridades. Essa prestação de contas será efectuada perante o Altíssimo. Mesmo quando as autoridades as perseguem, as Testemunhas sentem o dever de pagar impostos por causa dos serviços quotidianos que são prestados.
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Serviço militar

Em face da sua neutralidade quanto aos assuntos e divergências entre nações ou facções militarizadas, as Testemunhas de Jeová negam-se a executar qualquer tipo de trabalho, obrigatório por lei ou não, que contribua para o esforço de guerra. Assim, rejeitam inclusivamente qualquer tipo de emprego, mesmo civil, que de alguma forma envolva a produção de armamento ou outros produtos directamente fabricados para fins militares. Não aceitam a incorporação militar, o uso de farda, nem mesmo a realização de tarefas civis mas que de alguma forma estejam sob a alçada de organizações militares. Entendem que tais trabalhos violariam príncipios bíblicos (NM), tais como:

* Isaías 2:4

"E ele certamente fará julgamento entre as nações e resolverá as questões com respeito a muitos povos. E terão de forjar das suas espadas relhas de arado, e das suas lanças, podadeiras. Não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerra."

* Mateus 5:44

"No entanto, eu vos digo: Continuai a amar os vossos inimigos e a orar pelos que vos perseguem."

* Mateus 26:52

"Jesus disse-lhe então: Devolve a espada ao seu lugar, pois todos os que tomarem a espada perecerão pela espada."

Aguardam o tempo em que acreditam que serão cumpridas as seguintes promessas bíblicas:

* Salmos 46:8-9

"Vinde, observai as atividades de Jeová, como ele tem posto eventos assombrosos na terra. Ele faz cessar as guerras até a extremidade da terra. Destroça o arco e retalha a lança, as carroças ele queima no fogo."

* Salmos 72:7-8

"Nos seus dias florescerá o justo e a abundância de paz até que não haja mais lua. E terá súditos de mar a mar e desde o Rio até os confins da terra."

* Isaías 32:17, 18

"E o trabalho da verdadeira justiça terá de tornar-se a paz; e o serviço da verdadeira justiça: sossego e segurança por tempo indefinido. E meu povo terá de morar num lugar de permanência pacífico, e em domicílios de plena confiança, e em lugares de descanso sem perturbação."

* Isaías 54:13

"E todos os teus filhos serão pessoas ensinadas por Jeová e a paz de teus filhos será abundante."

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Pacíficas mas não pacifistas

Apesar de se considerarem pacíficas, afirmam não se enquadrarem entre os que usualmente se definem como pacifistas. Isto acontece porque reconhecem o direito de Deus de travar guerra. Assim, nunca questionaram o direito de Deus de autorizar o antigo Israel a lutar por Ele quando aquela nação era seu único instrumento na Terra.

Segundo elas, Deus não só tem o direito, mas também a obrigação, com base na Sua justiça, de remover da Terra as pessoas perversas. Crêem que Deus só tolerará o mal até certo ponto e muitos dos que praticam o que é mau nunca atenderão aos pacientes apelos divinos para mudar a sua maneira de agir. Portanto, reconhecem que por fim Deus terá de eliminar a tais por trazer "o dia que arde como fornalha, e todos os presunçosos e todos os que praticam a iniquidade terão de tornar-se como restolho. E o dia que virá certamente os devorará, disse Jeová dos exércitos, de modo que não lhes deixará nem raiz nem galho" (Malaquias 4:1 NM).)

O último livro da Bíblia descreve esse conflito como "a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso", ou Armagedom. (Revelação ou Apocalipse 16:14, 16). Diz-se que Jesus Cristo toma a dianteira nela, e que ele "guerreia em justiça" (Revelação 19:11, 14, 15). Entendem que Jesus Cristo é correctamente chamado de "Príncipe da Paz" (Isaías 9:6), mas não é pacifista visto ele agirá "por ocasião da revelação do Senhor Jesus desde o céu, com os seus anjos poderosos, em fogo chamejante, ao trazer vingança sobre os que não conhecem a Deus e os que não obedecem às boas novas acerca de nosso Senhor Jesus" (2 Tessalonicenses 1:6-9 NM).

As Testemunhas de Jeová, que se consideram cristãos verdadeiros, afirmam amar a paz. Permanecem completamente neutros nos conflitos militares, políticos e étnicos do mundo. Mas, no sentido estrito do termo, não são pacifistas porque aguardam com prazer a Guerra de Deus que finalmente fará com que se faça a vontade Dele na Terra, uma guerra que resolverá a grande questão da soberania universal e que livrará a Terra dos inimigos da paz de uma vez por todas.
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Serviço cívico alternativo ao serviço militar

Durante muitos anos, a maioria dos governos não possuíam qualquer alternativa a quem, por objecção de consciência, rejeitasse a incorporação militar. Muitos jovens entre as Testemunhas de Jeová, devido à sua neutralidade, foram presos devido à sua intransigência em participar em qualquer esforço militar. Com o passar dos anos após a Segunda Guerra Mundial, vários países passaram a oferecer tarefas alternativas ao serviço militar obrigatório. No entanto, em muitos locais esses serviços alternativos, embora civis, continuavam sob a alçada de autoridades militares. Em outros casos, concedia-se isenção até do serviço cívico alternativo a membros de algumas religiões reconhecidas pelo Estado, mas tal tratamento era negado às Testemunhas. Assim, as Testemunhas de Jeová continuavam a negar cumprir até mesmo esse serviço alternativo.

Mais recentemente, a maioria dos países ditos democráticos passaram a modificar a sua perspectiva em relação ao serviço militar compulsório, reconhecendo o direito dos seres humanos às suas convições morais e religiosas. Em face disto, o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová publicou um artigo na revista A Sentinela, de 1 de Maio de 1996, intitulado "Pagamos a César as coisas de César". Este artigo referiu que em alguns países já se concedia isenção do serviço militar aos ministros religiosos, o que as Testemunhas afirmam ser. Entre tais países encontravam-se os Estados Unidos ou a Austrália, que concedem tal isenção mesmo em tempo de guerra. E em tempos de paz, em muitos países que mantêm o serviço militar obrigatório, concede-se isenção às Testemunhas de Jeová, por serem ministros religiosos, sendo que assim podem continuar a ajudar pessoas com o que o Estado reconhece ser um serviço público.

O artigo prossegue mencionando que há países em que o Estado, embora não conceda isenção aos ministros religiosos, reconhece que algumas pessoas podem ter objeção ao serviço militar. Muitos destes países têm providências para não obrigar essas pessoas conscienciosas a prestar serviço militar. Em alguns lugares, o serviço civil compulsório, tal como um trabalho útil na comunidade, é considerado como um serviço não-militar, nacional. Esse serviço cívico alternativo assume a forma de participação em diversos tipos de tarefas comunitárias, sob a alçada de organismos civis, tal como escavar poços ou construir vias rodoviárias, a participação semanal na limpeza de estradas, escolas ou hospitais. O artigo referia que, nestes casos, os jovens entre as Testemunhas de Jeová teriam de fazer as suas próprias decisões pessoais à base das suas consciências treinadas pela Bíblia. Muitos entre eles têm muitas vezes concordado em prestar tais serviços quando é para o bem da comunidade e não está ligado ao que consideram ser alguma forma de religião falsa, nem é de qualquer outra maneira objectável à sua consciência.

Nos casos em que alguém conclui que o serviço civil, nacional, é uma obra em que pode participar em obediência às autoridades, sem violar princípios bíblicos, tal decisão cabe a ele perante Deus. Os anciãos designados e outros devem respeitar plenamente a sua decisão em consciência e continuar a considerá-lo como um cristão de boa reputação. No entanto, se achar que não pode prestar este serviço civil, sua atitude também deve ser respeitada, mantendo a sua boa reputação.
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Saudação à bandeira

É bem conhecido que alguns grupos religiosos têm apoiado a violência armada contra governos que desaprovam. Mas as Testemunhas de Jeová não se envolvem em subversão política de qualquer espécie. Quando se recusam a saudar um símbolo nacional ou a cantar um hino patrótico, alegam que não o fazem por deslealdade ou traição, visto que não pretendem desrespeitar ou favorecer um país em relação a outro. Elas adoptam uma posição idêntica em todos os países em que vivem. A sua atitude não é de desrespeito mas sim de neutralidade. Não assobiam nem gritam para atrapalhar uma cerimónia patriótica, não cospem na bandeira, não a pisoteiam nem a queimam. A sua recusa em participar em cerimónias nacionalistas não é uma atitude contra o governo. A sua posição baseia-se na sua interpretação das palavras proferidas por Jesus Cristo:

* Mateus 4:10

"É a Jeová, teu Deus, que tens de adorar e é somente a ele que tens de prestar serviço sagrado." (NM)

Uma vez mais, as Testemunhas de Jeová afirmam que a sua posição é igual à dos primitivos cristãos nos dias do Império Romano. Sobre esses cristãos, Elmer W. K. Mould escreveu:

"O acto de adoração do imperador consistia em aspergir alguns grãos de incenso ou algumas gotas de vinho sobre um altar que havia diante duma imagem do imperador. Talvez, por estarmos tão afastados daquela situação, não vemos neste acto nada de diferente de (...) erguer a mão numa continência à bandeira ou diante dum famoso chefe de estado, uma expressão de cortesia, respeito e patriotismo. É possível que muita gente, no primeiro século, pensasse a mesma coisa sobre isso, mas não os cristãos. Eles encaravam o assunto inteiro como adoração religiosa, reconhecendo o imperador como divindade, e, por isso, como deslealdade a Deus e a Cristo, e recusavam-se a fazer isso." (Essentials of Bible History, 1951, pág. 563)

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Um acto de adoração

Para as Testemunhas, a continência a um líder governamental, tal como a famosa expressão nazi Heil Hitler, a saudação à bandeira ou o cantar um hino nacional equivale a um acto de adoração. Vários autores apresentam o mesmo raciocínio:

"As primitivas bandeiras tinham carácter quase que puramente religioso. (...) A ajuda da religião parece sempre ter sido procurada para dar santidade às bandeiras nacionais." (Encyclopædia Britannica)

"A bandeira, tal como a cruz, é sagrada. (...) As normas e os regulamentos relativos à atitude humana para com os estandartes nacionais usam palavras fortes, expressivas, como: Culto à Bandeira, Reverência à Bandeira, Devoção à Bandeira." (The Encyclopedia Americana)

"Os cristãos negaram-se a (...) oferecer sacrifícios ao génio do imperador, o que hoje em dia equivale aproximadamente a negar-se a fazer continência à bandeira ou a repetir o juramento de lealdade." (Those About to Die, 1958, de Daniel P. Mannix, pág. 135)

Assim, visto que encaram a saudação à bandeira como acto de adoração, sendo que crêem que a adoração pertence somente a Deus, não podem conscienciosamente adorar outro alguém ou alguma coisa.

Também, o hino nacional é, na realidade, um cântico religioso ou uma oração a favor duma nação. Costuma pedir prosperidade material e longevidade para a nação. Naturalmente, nem todos os hinos nacionais incluem petições a Deus, mas muitos exaltam a sua nação acima de outras ou expressam louvor a determinados feitos militares. Algumas fontes reconhecidas expressam um conceito similar, como por exemplo:

"Os hinos nacionais são expressões de sentimentos patrióticos e muitas vezes incluem pedidos de orientação e proteção divinas para o povo ou seus governantes" (The Encyclopedia Americana)

"Os sentimentos dos hinos nacionais variam, desde orações a favor do monarca, alusões a batalhas e levantes de importância nacional (...) a expressões de sentimentos patrióticos" (Encyclopædia Britannica)

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Perseguição devido à neutralidade

Devido à sua posição neutra e intransigente quanto ao apoio militar, ou à veneração de símbolos nacionalistas, as Testemunhas de Jeová foram duramente perseguidas, espancadas, encarceradas e mortas em muitos países da Terra, incluindo os usualmente conhecidos pela sua tolerância. Devido à expulsão em massa da escola de filhos de Testemunhas de Jeová, por algum tempo em fins dos anos 30 e início dos 40, no Século XX, foi necessário que elas operassem as suas próprias escolas nos Estados Unidos e no Canadá a fim de prover educação para os seus filhos. Eram chamadas de Escolas do Reino.

Onde há um forte espírito de nacionalismo, usualmente a tendência é esperar que todos falem e ajam da mesma maneira que a maioria, sem concessões à consciência religiosa. Isto é uma forma de controle do pensamento levado a extremos sob certos tipos de governo. Em vários destes países, as actividades das Testemunhas de Jeová estão proscritas sendo que elas efectuam o seu trabalho de evangelização de uma forma clandestina. Já em pleno Século XXI, em vários países, tal como na Eritréia, várias Testemunhas permanecem presas, algumas delas por mais de dez anos. Perseguições violentas têm ocorrido na República da Geórgia ou no Turcomenistão. Mesmo em países como Grécia ou a Coreia do Sul, centenas de Testemunhas de Jeová são presas devido a negarem-se a prestar o serviço militar obrigatório, sendo-lhes negado o direito à objecção de consciência.

O usufruto imparcial da liberdade não é fácil, até mesmo em países ditos democráticos. Usualmente, quem não anda no mesmo passo que a maioria em certas coisas terá de defender seus direitos constitucionais. As Testemunhas de Jeová, especialmente em anos passados, estabeleceram muitos precedentes legais em resultado da sua luta legal em defesa da liberdade, as liberdades das minorias que ainda não se acham absolutamente asseguradas.




Muitas organizações, especialmente as de cariz religioso e social, agrupam e organizam voluntários com o objectivo de ajudar o próximo. O voluntariado usualmente envolve factores como uma causa ou ideal, sentimentos como compaixão e solidariedade, exigindo compromisso, abnegação, ausência de remuneração e demonstração de altruísmo. As Testemunhas de Jeová encontram-se entre as organizações que usam amplamente o serviço voluntário e, pertencendo a uma religião que se afirma cristã, encaram o amor ao próximo como um sinal identificador do cristianismo genuíno. Todos os seus membros são voluntários, usando as suas habilidades, tempo, esforço e recursos financeiros em projectos específicos promovidos pela organização a que pertencem.




Voluntariado motivado pela Bíblia

As Testemunhas de Jeová costumam mencionar alguns versículos bíblicos como base para justificar a sua intervenção pessoal e colectiva em tarefas voluntárias, tais como:

* Salmos 110:3

"Teu povo se oferecerá voluntariamente no dia da tua força militar. Nos esplendores da santidade, da madre da alva, Tens a tua companhia de homens jovens assim como gotas de orvalho." (NM - Tradução do Novo Mundo)

* João 13:34, 35

"Eu vos dou um novo mandamento, que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Por meio disso saberão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor entre vós." (NM)

* Atos 20:35

"Por labutardes assim, tendes de auxiliar os que são fracos e tendes de ter em mente as palavras do Senhor Jesus, quando ele mesmo disse: Há mais felicidade em dar do que há em receber." (NM)

* Tiago 1:27

"A forma de adoração que é pura e imaculada do ponto de vista de nosso Deus e Pai é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas na sua tribulação, e manter-se sem mancha do mundo." (NM)

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A sua principal comissão

As Testemunhas de Jeová baseiam a sua obra voluntária de pregação nas palavras de Jesus Cristo proferidas após a sua ressurreição, conforme mencionadas na Bíblia:

* Mateus 28:18-20

"E Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias, até à terminação do sistema de coisas." (NM)

Apesar de muitos críticos, entenderem este trabalho como um proselitismo agressivo, as Testemunhas encaram este trabalho como a sua principal obrigação na vida e na época actual. Entendem que este serviço voluntário é uma forma de manifestarem o seu amor a Jeová, o Deus que adoram, e ao próximo. Esta pregação pública e de casa em casa tornou-se mesmo uma das marcas bem distintivas das Testemunhas, sendo que elas definem este trabalho evangelização como um serviço de carácter social, mesmo quando os seus interlocutores não entendam ou mesmo rejeitem este serviço que realizam.

Para as Testemunhas de Jeová, a sua obra de pregação sobrepõe-se a qualquer outro tipo de voluntariado. Visto que a Bíblia incentiva os cristãos a "seguir de perto os passos de Jesus" (1 Pedro 2:21), as Testemunhas entendem que devem estabelecer prioridades quanto ao serviço voluntário seguindo o modelo dele. Afirmam que, como Jesus, devem ajudar os necessitados, mas também como Jesus, deverão dar prioridade à obra de ensinar a mensagem da Bíblia, que costumam designar por "boas novas do Reino de Deus". (Mateus 5:14-16; 24:14; 28:19, 20) Assim, para as Testemunhas de Jeová, o serviço voluntário de ensinar às pessoas a mensagem da Bíblia tem prioridade sobre outras formas de trabalho voluntário.
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Como encaram a educação bíblica

As Testemunhas de Jeová entendem que a educação bíblica é vital para se obterem soluções duradouras para os males sociais, porque desenvolve a capacidade da pessoa de tomar decisões que melhorarão a sua vida. É por isso que possuem mais de seis milhões e meio de voluntários empregando o seu tempo, seus esforços e seus recursos, seja a tempo inteiro ou parcial, para fornecer educação bíblica gratuita ao público. Segundo elas, esse programa voluntário tem um impacto positivo em comunidades por todo o mundo.

As Testemunhas afirmam que, à medida que as pessoas são ajudadas a entender e a seguir os conselhos práticos da Bíblia, ficam mais bem preparadas para lidar com os problemas da vida. Desenvolvem a força moral necessária para se livrar de hábitos nocivos e adquirem um objectivo significativo para a vida. Afirmam ainda que a mensagem que pregam dá uma esperança que motiva a pessoa, que faz a vida valer a pena, mesmo nas circunstâncias mais provadoras. (1 Timóteo 4:8)

Convencidas que a mensagem que pregam pode significar a salvação eterna das pessoas, encaram a educação bíblica como uma forma de serviço voluntário com benefícios duradouros, ao contrário do que acontece com outros tipos de tarefas voluntárias que, segundo elas, apenas beneficia de forma temporária os seus destinatários.
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Uma obrigação voluntária

As Testemunhas de Jeová encaram sua obra de pregação e de educação bíblica como uma necessidade para os cristãos verdadeiros. Um dos seguidores de Jesus Cristo, o apóstolo Paulo escreveu:

* 1 Coríntios 9:16

"Se eu, agora, estou declarando as boas novas, não é razão para me jactar, pois me é imposta a necessidade." (NM)

Portanto, apesar de entenderem esta obra como um dever, ainda assim afirmam que a sua obra de pregação é voluntária porque escolheram de livre e espontânea vontade tornar-se discípulos de Cristo, conhecendo de antemão todas as responsabilidades que acompanham o que consideram ser um privilégio.



Voluntários em ação

Por exemplo, o Jornal do Sudoeste, do Brasil, mencionou o trabalho voluntário de Sirley, uma professora de meia-idade no Brasil, que toda sexta-feira à tarde, transforma sua sala de estar numa sala de aula. Depois de mencionar que ela presta “um serviço de enorme cunho social”, o artigo do jornal disse que o método de ensino de idosos usado por Sirley é tão eficaz que “os alunos em apenas 120 horas de aula conseguem escrever carta, ler um jornal, lidar com valores e cuidar dos demais afazeres básicos do dia-a-dia”.

O compêndio que Sirley usa, acrescenta o artigo, é o folheto Aprenda a Ler e a Escrever, produzido pelas Testemunhas de Jeová.

Aulas de alfabetização realizadas em centenas de Salões do Reino no Brasil inteiro já ajudaram mais de 22.000 pessoas no país a aprender a ler e a escrever.

Programas similares das Testemunhas de Jeová tiveram sucesso em outras partes do mundo. Por exemplo, em Burundi, na África, o Escritório Nacional de Alfabetização de Adultos (um departamento do Ministério da Educação) ficou tão satisfeito com os resultados do programa de alfabetização das Testemunhas que concedeu um prêmio a quatro de seus instrutores pelo “trabalho árduo em ensinar outros a ler”. Os funcionários do governo ficaram especialmente impressionados com o fato de que 75% dos que aprenderam a ler e a escrever eram mulheres adultas, um grupo que, em geral, evita participar nesses programas.

Em Moçambique, 4.000 alunos estão matriculados nas aulas de alfabetização das Testemunhas de Jeová e mais de 5.000 aprenderam a ler e a escrever nos últimos quatro anos.
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Ajuda humanitária prática

Outra forma de serviço voluntário prestado pelas Testemunhas de Jeová é a ajuda humanitária. Nessas ocasiões as Testemunhas não restringiram a ajuda humanitária a apenas seus concrentes. Há alguns anos, havia muita movimentação num depósito perto de Paris. Uns 400 voluntários passaram o fim de semana enchendo caixas com alimento, roupa e remédios. Quando o fim de semana acabou, nove grandes contêineres cheios de suprimentos no valor de quase um milhão de dólares estavam prontos para ser despachados. Logo depois, o carregamento chegou à África Central, devastada pela guerra, e voluntários locais das Testemunhas rapidamente distribuíram os suprimentos. A maior parte dos suprimentos também foi doada por Testemunhas.

Um jornal da República Democrática do Congo elogiou o trabalho humanitário das Testemunhas de Jeová, dizendo que é “prático e não mecânico”.

Funcionários do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) também expressaram seu apoio. Uma funcionária do ACNUR naquele país gostou tanto de ver a atuação organizada das Testemunhas ao prestar ajuda humanitária que pôs seu próprio veículo à disposição dos voluntários. Os moradores locais também ficaram impressionados. Quando notaram a rapidez com que os suprimentos chegavam a todos os necessitados, alguns perguntaram, admirados: “Como é que vocês se organizam para alcançar a todos?”
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Alguns exemplos

Em 1990, depois de a guerra no Líbano ter deixado partes de Beirute como se tivessem sofrido um terremoto, os anciãos entre as Testemunhas de Jeová organizaram uma comissão de socorros de emergência para dar a necessária assistência. Não precisaram convocar voluntários; todo dia muitos ofereciam seus préstimos.

Num período de grande convulsão política e econômica na Europa, as Testemunhas de Jeová da Áustria, Hungria, Iugoslávia e Tchecoslováquia enviaram mais de 70 toneladas de artigos necessários para muitos na Romênia, em 1990.

Isto foi seguido de outras missões de socorro na Europa Oriental. O Corpo Governante pediu para a congênere da Sociedade Torre de Vigia na Dinamarca que organizasse um serviço de assistência para as Testemunhas necessitadas na Ucrânia. As congregações foram notificadas e prontificaram-se entusiasticamente a participar. Em 18 de dezembro de 1991, cinco caminhões e dois furgões dirigidos por Testemunhas voluntárias chegaram a Lvov com 22 toneladas de suprimentos — uma expressão de interesse amoroso pelos seus irmãos cristãos.

Continuando em 1992, as Testemunhas na Áustria também enviaram ajuda — mais de 100 toneladas de alimentos e roupas. Suprimentos adicionais foram enviados por Testemunhas nos Países Baixos — primeiro 26 toneladas de alimentos, depois um comboio de 11 caminhões com roupas, daí mais alimentos para as necessidades da ocasião. Outros grandes carregamentos de socorros foram enviados pelas Testemunhas da Itália, Finlândia, Suécia e Suíça.

Na ocasião em que tudo isso acontecia, as condições turbulentas entre as repúblicas que antes constituíam a Iugoslávia causaram penúria ali. Também para essa área foram enviados mantimentos, roupas e remédios. No ínterim, as Testemunhas nas cidades ali abrigaram em suas casas aqueles cujas moradias haviam sido destruídas.

Às vezes, os que necessitam desesperadamente de ajuda se acham em lugares remotos, e a situação deles não é de conhecimento geral. Isso aconteceu com 35 famílias de Testemunhas de Jeová na Guatemala. Seus povoados haviam sido invadidos por facções em guerra. Quando puderam finalmente retornar em 1989, precisavam de ajuda para reconstruir. Complementando a ajuda fornecida pelo governo aos repatriados, a congênere da Sociedade Torre de Vigia formou uma comissão de emergência para ajudar essas famílias de Testemunhas, e cerca de 500 outras Testemunhas de 50 congregações se prontificaram a ajudar na reconstrução. Há também outras situações que deixam as pessoas em grande necessidade sem que tenham culpa nisso. Terremotos, furacões e enchentes são ocorrências freqüentes. Em média, diz-se que o mundo é atingido por mais de 25 calamidades grandes por ano.
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Quando as forças da natureza assolam

Quando calamidades provocam grandes emergências que atingem as Testemunhas de Jeová, tomam-se medidas imediatas para prestar a ajuda necessária. Os anciãos locais aprenderam que, quando confrontados com situações assim, devem fazer esforço diligente de contatar a cada um na congregação. A congênere da Sociedade Torre de Vigia, que supervisiona a obra do Reino na respectiva área, verifica prontamente a situação e daí faz um relatório à sede mundial. Onde há necessidade de mais ajuda do que se pode providenciar localmente, tomam-se medidas cuidadosamente coordenadas, às vezes até mesmo a nível internacional. O objetivo não é tentar elevar o nível de vida dos assim afetados, mas ajudá-los a ter o essencial para a vida segundo costumavam ter.

Uma simples notícia de calamidade na televisão é o suficiente para fazer com que muitas Testemunhas telefonem aos anciãos responsáveis na área para oferecer seus préstimos, para colocar à disposição dinheiro ou materiais. Outros talvez enviem recursos à filial ou à sede mundial, com o objetivo de serem usados para fins de socorros. Sabem que há necessidade de ajuda, e desejam participar em fornecê-la. Onde há maior necessidade, a Sociedade Torre de Vigia pode até mesmo informar os irmãos numa determinada área, para poderem dar ajuda conforme suas possibilidades. Uma comissão de assistência é formada para coordenar as coisas na área de calamidade.

O interessante é que isso também beneficia os voluntários
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Exemplos de ajuda humanitária

Vários projetos de ajuda humanitária com excelentes resultados prestada pelas Testemunhas de Jeová no decorrer dos anos podem ser pesquisados conforme relacionados abaixo:

enchente nos EUA (Texas, 2001): g02 22/11 19-24

guerra civil em Ruanda (1994): w98 15/1 3; yb95 16-17; g94 22/12 12-17

guerra civil na Bósnia (1993-94): w94 1/11 23-7

guerra civil na República Democrática do Congo (Zaire) (1996-97): w98 15/1 4-7

guerra civil no Líbano (1989-90): w91 1/1 25, 28-9

Países da União Soviética (1991-92): yb93 11-13, 15

África; seca (1990): w91 1/1 6; w91 1/5 24; yb91 64

África; seca (1991-92): yb94 11

América Central; furacão (1998): g99 8/6 14-20

Angola; guerra civil (1993-94): yb95 15; yb94 12

Angola; guerra civil (1999): yb00 15-16

Angola; seca (1990-92): yb01 121-4; jv 312; yb93 15-16

Argentina; enchentes (1998): yb01 213-15

Argentina; terremoto (1977): yb01 212-13

Austrália; enchente (1990): g91 8/1 31

Bósnia; guerra civil (1993-94): yb00 120-1; yb95 11, 14-15; w94 1/11 23-7

Brasil; enchentes (1983): yb97 159-60

Brasil; seca (1993): yb97 196-7

Brasil; [seca]] (1998): g99 22/9 13-15

Camarões; desastre causado por vulcão (1999): g00 22/4 16-17

Canadá; tempestade de gelo (1998): g98 22/8 18-19

Caribe e América Central; enchentes e furacões (1998): yb00 11-12, 15

Caribe; furacão (1966): yb95 161

Caribe; furacão (1989): yb95 160-1; jv 312-13

Chile; deslizamento de terra (1991): g92 8/1 21-2

Chile; enchente e terremoto (1997): w99 15/6 8-9

Chipre; guerra contra a Turquia (1974): yb95 104

Colômbia; desastre causado por vulcão (1985): jv 314

Colômbia; terremoto (1999): g02 22/3 7-8

Costa Rica; terremoto (1991): jv 312-13

El Salvador; guerra (1989): yb91 56-7

El Salvador; terremoto (2001): w02 15/11 14; g01 22/10 23-7

Equador; enchentes (1998): w00 1/1 13

EUA; ataque terrorista (2001): g02 8/1 10-11

EUA enchente (Califórnia, 1986): jv 313

EUA; enchente (Texas, 2001): g02 22/11 19-24

EUA; furacão (Flórida, 1992): jv 315, 712; yb93 16-17; g93 8/1 16-21

EUA; terremoto (Califórnia, 1992): g92 22/12 15-16

EUA; tornados e granizo (Texas, 1995): w96 1/12 5-6

Filipinas; desastre causado por vulcão (1991): g92 8/2 17

Filipinas; lahars causados por vulcão (1995): g96 22/5 20-1

França; enchente (1992): w93 1/12 12-13

França; tempestades (1999): g00 22/6 17-19

Gana; enchentes (1995): w96 1/12 5

Havaí; furacão (1992): yb94 13; w93 1/12 10-12

Holanda; evacuação (1995): yb96 64

Honduras; furacão (1974): yb93 180-1

Honduras; furacão (1998): w00 1/1 13

Itália; enchentes (2000): w02 15/1 32

Itália; terremoto (1980): jv 312

Itália; terremoto (1997): w02 15/1 32

Iugoslávia; guerra civil(1992-93): yb94 13; w93 1/1 29-30; w93 15/12 20-1

Japão; desastre causado por vulcão (1986): yb98 135-6; jv 311-12

Japão; desastre causado por vulcão (1991): yb98 136

Japão; desastre causado por vulcão (2000): w02 1/3 19

Japão; terremoto (1995): g01 22/7 8; yb98 142-5; w96 1/12 6-7; g96 8/11 30; w95 1/11 29; g95 22/8 22-7

Líbano; guerra civil (1989-90): jv 309; w91 1/1 25, 27-9

Libéria; guerra civil (1989-90): jv 309; w92 1/1 28-31; yb92 42

Libéria; guerra civil (1993): yb94 14

Madagascar; ciclone (1997): yb00 253-4

Malaui]; refugiados (Zâmbia, 1972): jv 317

México;ameaça de erupção vulcânica (1997): w98 15/8 24

México; enchentes (1998): g99 8/6 20

México; explosão (Cidade do México, 1984): jv 312

México; furacão (1997): g98 8/10 26-7

México; furacões e terremotos (1995): g96 22/4 31

Moçambique; enchentes (2000): w02 15/11 14; g01 22/4 24-7

Moçambique; refugiados: yb96 172, 174

Moçambique; seca (1991-92): yb94 11

Moldávia; fome (1947): yb02 164

Nicarágua; terremoto (1972): jv 310-11

Peru; terremoto (1970): jv 311-12

Polônia; enchente (1997): g98 8/10 10

República Centro-Africana (refugiados do Congo Kinshasa) (1999-2000): w01 15/4 30-1; yb00 51

República Democrática do Congo (Zaire); erupção de vulcão (2002): g02 8/11 24-5

República Democrática do Congo (Zaire); guerra (1996-2000): g01 22/7 8-9; yb00 14-17; w98 15/1 3-7; yb98 44-5, 52-3

República Democrática do Congo (Zaire); instabilidade (1991-93): yb94 12; jv 712

Romênia (1990): jv 309-10; yb91 8

Ruanda; guerra civil (1994): yb96 255; yb95 14-17; w94 1/11 22; w94 15/12 29; g94 22/12 13-17

Ruanda; refugiados (1993): yb94 11-12

Ruanda; refugiados (1994): w98 15/1 3; w98 1/12 11

Samoa; ciclone (1991): w93 1/12 12-13

Taiwan; terremoto (1999): g00 8/9 27

Tuvalu; onda de maré (1993): yb94 13-14

Ucrânia (1991-92): yb02 239-41; jv 309; w92 15/3 31

Ucrânia; enchente (1998): yb02 241-4

União Soviética; países (1991-92): yb02 239-41; w93 1/1 27; w93 1/2 20-4; yb93 11-13, 15

Venezuela; chuvas (1999): w02 1/4 26; g00 22/10 18-19

Venezuela; deslizamento de terra (1987): yb96 224

Zâmbia; refugiados do Congo (Kinshasa) (1999): yb00 16-17

Zâmbia; seca (1991-92): yb94 11

Zimbábue; seca (1995): yb96 64; g96 22/8 28


A lista apresentada usa a abreviatura da publicação respectiva, seguida da data e ano da publicação (se necessário) e da página onde se encontra a informação. As abreviaturas usadas correspondem às seguintes publicações da Sociedade Torre de Vigia:

*
o jv - Testemunhas de Jeová - Proclamadores do Reino de Deus, 1993
o yb - Anuário das Testemunhas de Jeová
o w - A Sentinela
o g - Despertai!




Objetores de consciência são pessoas que seguem princípios religiosos, morais ou éticos consciência que são incompatíveis com o serviço militar, ou as Forças Armadas como uma organização combatente. No primeiro caso, os objetores podem estar dispostos a aceitar um serviço alternativo ao serviço militar. No segundo caso, a objeção do objetor é a todo papel dentro das forças armadas, resultando na rejeção completa do serviço militar, e em alguns casos, objetando também a um serviço civil alternativo como substituto para o serviço militar. Além disso, Alguns objetores podem considerar-se pacifistas ou anti-militaristas.




ntrodução

Historicamente, muitos objetores de consciência foram executados, presos ou receberam sanções, quando seus princípios os levaram à ações em oposição ao sistema legal ou ao governo da sua sociedade. A definição e o status legais da objeção de consciência, tiveram mudanças durante os anos, bem como de nação para nação. A opinião religiosa, muitas vezes foi o fator principal que levou governos de muitos países a conceder legalmente o status de objeção de consciência.

Segundo a Suprema Corte dos Estados Unidos da América, os motivos que qualificam um registrante com o status do objetor de consciência, podem ser religiosos, mas não têm que ser. A opinião pode ser moral ou ética; entretanto, as razões de um homem para não querer ser participe em uma guerra não devem ser baseadas na política. No geral, antes de fazer sua reivindicação deve refletir seriamente sobre quais são suas reivindicações.”
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Motriz religiosa

As razões que levam uma pessoa a se tornar um objetor de consciência, e a recusar o serviço militar, são variados. Muitos objetores o são por razões religiosas. Muitos são membros de religiões que historicamente são pacifistas em sua doutrina.

No livro History of Christianity (História do Cristianismo), Edward Gibbon escreveu que os cristãos do primeiro século “negavam-se a ter qualquer participação ativa na administração civil ou na defesa militar do império”, e que “era impossível que os cristãos, sem renunciarem a um dever mais sagrado, pudessem assumir a posição de soldados, de magistrados ou de príncipes”.

As Testemunhas de Jeová, por exemplo, mesmo näo sendo pacifistas no sentido estrito da palavra, pois não se envolvem em qualquer forma de política, recusam participar nos forças armadas nos países onde vivem, pois acreditam que os cristãos devem ser neutros em conflitos mundiais. citam Romanos 12:19, que diz,: "Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor". - Tradução Almeida Corrigida.

Outras objeções podem estar ligadas a um sentimento profundo da responsabilidade para o humanidade como um todo, ou da simples negação que todo o governo deva ter esse tipo de autoridade.

Por causa de sua objeção conscienciosa à participação no serviço militar, armado ou não, as Testemunhas de Jeová frequentemente enfrentaram prisões ou outras penalidades. Na Grécia, por exemplo, antes da introdução do serviço civil alternativo em 1997, centenas de Testemunhas de Jeová foram presas, alguns por três anos ou mais por sua recusa. Mais recentemente, na Arménia, muitas Testemunhas foram novamente presas (e permanecem na prisão) por causa de sua objeção conscienciosa ao serviço militar.

Notável exemplo neste sentido é o da família Kusserow, de Bad Lippspringe, Alemanha. Franz e Hilda possuíam uma família grande, com 11 filhos, 6 rapazes e 5 moças. Sob o regime nazista, 12 membros dessa família de 13 pessoas foram sentenciados a um total de 65 anos em prisões e campos de concentração. Em 1940, aos 25 anos, Wilhelm foi fuzilado como objetor de consciência. Dois anos depois, pelo mesmo motivo, Wolfgang, seu irmão, de 20 anos, foi decapitado na penitenciária de Brandenburg. Em 1946, aos 28 anos, o irmão dele, Karl-Heinz, morreu de tuberculose, depois de ter sido trazido doente de Dachau. Tanto os pais como as filhas cumpriram penas em prisões e campos de concentração. (Para um relato pormenorizado desta notável família de mártires, queira ver A Sentinela de 1.° de setembro de 1985, em inglês, páginas 10-15.)

Num artigo publicado no jornal tcheco Lidové Noviny de 11 de março de 1999, A corte determinou que nenhum objetor de consciência podia ser julgado duas vezes por negar-se a prestar serviço militar. Isto resulta em certo alívio para um bom número de Testemunhas de Jeová. O resultado deste caso tem sido amplamente reconhecido como contribuição positiva das Testemunhas de Jeová para o sistema jurídico tcheco.
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Alternativas para objetores

Alguns objetores de consciência são totalmente contra servir às forças armadas em qualquer função, mas outros aceitam papéis de não-combatantes. As alternativas ao serviço militar ou civil incluem servir numa prisão, hospitais, etc.... Ainda outros procuram refúgio num país que não extradite aqueles que sâo objetores ao serviço militar.

A objeção de consciência é um direito reconhecido pela ONU que fez do 15 de maio o dia internacional dos objetores de consciência. A objeção de consciência é válida quando uma norma jurídica ou de autoridade pública agride a ordem social. É o caso, por exemplo, de soldados que recebem ordem para invadir acampamentos e ameaçam a vida e a paz de senhoras, crianças e pessoas doentes apenas para garantir o direito de propriedade que, neste caso, passa acima do direito à vida e à segurança das pessoas.

Internacionalmente, a objeção de consciência é permitida quando o não cumprimento de ordens decorre do foro íntimo e da consciência religiosa ou ética da pessoa. Conforme a ONU, quem faz objeção de consciência deve oferecer outra alternativa de ação pacífica. Em vários países, desde meados do século XX, existem serviços militares alternativos, através dos quais os objetores de consciência cumprem sua obrigação como auxiliares em instituições filantrópicas, enfermeiros e outras profissões humanitárias.
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No Brasil

A objeção de consciência militar no Brasil é um direito, em regra, desconhecido pelos advogados e demais operadores jurídicos, seja quanto a legislação pertinente ou quanto a escassa doutrina.

Segundo o Centro de Mídia independente,: "A liberdade de consciência constitui o núcleo de partida para a fundamentação da objeção de consciência. A questão de consciência, sob o ponto de vista jurídico, significa a soma de motivos alegados por alguém, a fim de desonerar-se da obrigação que lhe é imposta, ou evite a responsabilidade do ato jurídico, que lhe é atribuída. Além da questão ética, o objetor deve invocar uma questão de convicção filosófica ou política como imperativo de consciência. O que vem a ser essa alegação de consciência? Toma-se algo difícil de aferir, pois o objetor de consciência, geralmente, invoca razões morais e religiosas. A obrigação jurídica não implica absolutamente a atribuição de um valor moral à todas as leis, caso contrário, a objeção de consciência se intensifica para a desobediência civil. Esse tipo de violação à obrigação jurídica do Estado é caracterizada por um teor de consciência razoável e de pouca publicidade, objetivando, no máximo, um tratamento alternativo da lei."- Por Ácrata 12/04/2006

Ainda segundo Ácrata,: "O serviço alternativo poderá ser recusado pelo optante convocado. O objetor, neste caso, se recusa à prestação alternativa ou não o completa por motivo que deu causa; novamente peticiona à autoridade militar competente e terá, como pena a suspensão dos direitos políticos, punição amparada no art. 15, IV, da Constituição Federal. O convocado ou optante que se recusa ao Serviço Alternativo terá de volta o respectivo Certificado de Alistamento Militar (CAM), com a devida anotação, válido por dois anos. Ao término desse prazo, a autoridade militar o encaminhará ao Juiz Eleitoral competente para processar e julgar a suspensão dos direitos políticos, e o fará publicar no Diário Oficial.

A suspensão dos direitos políticos se dará por sentença judicial eleitoral e importa na perda temporária de dois anos da cidadania política, deixa de ser eleitor ou torna-se inalistável e fica privado de todos os direitos fundados na qualidade de eleitor. Esta privação despoja a pessoa dos atributos de cidadão, atingindo o status activae civitatis.

O restabelecimento do serviço militar se dará após dois anos da suspensão dos direitos políticos do inadimplente que poderá, a qualquer tempo, regularizar sua situação, mediante cumprimento das obrigações devidas (art. 4a. §§ 1°, 2°, da Lei 8.239/91), onde receberá o Certificado de Recusa de Prestação do Serviço Alternativo.

A objeção de consciência não se apresenta contra as normas sociais, e sim, contra a determinada obrigação jurídica. Dentre os ângulos de visão político-jurídica, a controvérsia sobre a justificação do objeção da consciência reflete com certeza uma determinação de limites diferentes do direito do Estado e da sociedade. Quem admite uma flexibilidade parcial da obrigação jurídica, imediatamente incorpora a objeção de consciência ao sistema jurídico como instrumento de solução de conflitos sociais."



A única autoridade reconhecida pelas Testemunhas de Jeová em termos teológicos é a Bíblia que, apesar de ter sido escrita por humanos, elas consideram como um produto de inspiração divina, atribuíndo a Jeová a sua Autoria. (2 Timoteo 3:16). Usam habitualmente a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas (NM), embora recorram a diversas traduções ou versões da Bíblia, conforme pode ser visto por uma análise das suas publicações, ou pelo facto de muitas Testemunhas ainda não terem acesso à versão publicada pela Sociedade Torre de Vigia na sua própria língua. Além disso, muitas das crenças básicas das Testemunhas de Jeová foram formuladas muito antes de ter sido lançada a sua própria tradução das Escrituras.



Jeová Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo

Rejeitam o dogma da Trindade, argumentando que há apenas Um só Deus Todo Poderoso: "Jeová [YHVH], nosso Deus [Elohím], é um só Jeová." (Deuteronómio 6:4, Exôdo 6:3 - NM - Tradução do Novo Mundo). Jesus Cristo é visto como um Ser Divino (segundo João 1:1 NM "era [um] deus"; em Isaías 9:6, é chamado de "Deus Poderoso"), Filho Unigénito de Jeová, o Deus Todo-Poderoso, e o Seu porta-voz. Não consideram Jesus como sendo o próprio Deus, mas uma "pessoa" diferente Dele e o mais importante depois Dele(1 Coríntios 11:3). Teve um papel importante na Criação. Na sua existência pré-humana, era o Arcanjo Miguel. O Espírito Santo é a força ativa de Deus, e não uma Pessoa Divina. Crêem que a expressão "o Alfa [com sentido de "Primeiro"] e o Ômega [com o sentido de "Último"]" aplica-se a tanto a Jeová Deus, como também a Jesus, pois acreditam que Jesus foi a primeira criação de Deus e esteve com ele desde o início da criação e estará até o fim, um tempo infinito. O Filho de Deus sacrificou voluntariamente sua vida humana perfeita em resgate da humanidade condenada à morte, devido ao pecado original. (João 3:16) Em razão disso, tornou-se no único mediador entre o Deus Todo-Poderoso e a humanidade. O pecado original foi a rebelião contra a Soberania Divina cometida pelos primeiros a serem criados:Adão e Eva.

A utilização de símbolos religiosos como ajudas na adoração a Deus (como cruzes, crucifixos, relíquias e outras imagens), é totalmente rejeitada como uma forma de idolatria(Salmos 115:4-8). O fato de as igrejas cristãs dominantes terem adotado costumes que eram feitos em oposição aos mandamentos de Deus(ex.: como a comemoração do Natal) é condenado. As festas de aniversário são consideradas uma forma sútil de idolatria. Todas as Testemunhas de Jeová evitam estas celebrações tradicionais a Cristandade ou pedem para serem dispensados das mesmas, mas respeitam o direito dos outros participarem. E quando elas desejam, participam de reuniões sociais alegres que se destacam pelo equilíbrio moral .
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Criação e Dilúvio

O seu entendimento sobre a Criação difere de muitos grupos criacionistas que crêem literalmente no que Génesis 1:1 textualmente diz. Isso significa que todo o Universo teve um "princípio", e a causa desse princípio foi o Deus Todo-poderoso. Acreditam que a Bíblia não dá qualquer datação sobre a origem do Universo nem do planeta Terra. Entendem que a expressão hebraica aqui usada para "dia", yohm, envolve milhares, milhões ou bilhões de anos. Os 6 "dias" criativos se refere ao longo período de tempo na preparação da Terra para vida humana, e não "dias" literais. Em Génesis 2:4 (NM), são englobados os 6 "dias" criativos no "o dia [em hebr. yohm] quando Jeová [YHVH] Deus criou a Terra e os céus." O livro bíblico de Génesis faz referência a 6 "dias" criativos concluídos e um sétimo "dia" ainda não terminado.

Não crêem na teoria moderna da evolução das espécies proposta por Charles Darwin segundo a seleção natural. Crêem na criação directa de cada espécie básica de plantas e de animais, que se reproduz "segundo a sua espécie". Crêem na progressiva evolução e adaptação dentro da "espécie", devido a condicionantes climáticas ou geográficas. Crêem na criação directa do primeiro casal humano, os únicos ancestrais da espécie humana. Crêem literalmente no relato da longevidade da humanidade antediluviana mencionada no livro de Génesis.

Crêem que o relato sobre o Dilúvio nos dias de Noé foi um facto real e teve uma extensão global. Sendo assim, o Dilúvio não foi uma grande inundação limitada à Mesopotâmia, mas choveu torrencialmente 40 dias e 40 noites sobre a Terra, submergindo toda coisa vivente e cobrindo todos os altos montes de então, tal como relatado no Gênesis. No espaço de cerca de 1 ano, teria sido formada toda a superfície da Terra tal como hoje a conhecemos. Incidentalmente, qualquer mudança na radiação alteraria a taxa de formação de substâncias radioactivas a tal ponto que invalidaria todas as datações antediluvianas.
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Alma, Morte e a Ressurreição

Crêem que a morte da alma [em hebr. néfesh; em gr. psykhé] humana é consequência do pecado adâmico. Ocorre quando cessa no corpo o "espírito" [em hebr. rúahh; em gr. pneúma] ou força de vida. A morte não é uma passagem para um existência espiritual, mas o fim da existência da pessoa. (Eclesiastes 9:5,10; Salmos 146:4) O ensino da imortalidade da alma é não é verdadeira para as testemunhas de Jeová. Crêem que qualquer manifestação de espíritos de alegadas pessoas já falecidas se devem à ação directa de anjos decaídos, ou demônios. Acreditam na esperança para os mortos que estão na memória de Deus serão ressucitados. (João 5:28,29; Atos 24:15)

O inferno de fogo como lugar literal de tortura das pessoas iníquas é rejeitado. Na Bíblia, os termos normalmente traduzidos por "inferno", Hades [termo grego] e Seol [ou Sheol, termo hebraico], têm mais o significado de "sepultura" ou "lugar dos mortos"; ou com a ideia de destruição e aniquilação eterna, no caso de Geena [termo grego]. De acordo com Atos 2:27, Jesus desceu ao Inferno (Hades ou Seol) e foi ressuscitado . As Testemunhas de Jeová não acreditam na predestinação pessoal. Cada pessoa tem livre arbítrio dado por Deus e é responsável por todos os actos que comete. No entanto, a morte é resultado do pecado original. Assim, após a ressurreição dos mortos, os pecados anteriores não lhes serão imputados mas poderão recomeçar a vida escolhendo voluntariamente servir a Deus e alcançar assim a salvação.
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Últimos Dias e o Fim do Mundo

Ver artigo principal: Escatologia das Testemunhas de Jeová.

As Testemunhas crêem que vivemos no que a Bíblia chama de últimos dias que antecedem o dia do Armagedom, no qual o Reino de Deus de mil anos, às mãos de Jesus e de 144.000 humanos escolhidos será implantado sobre a Terra. Os adoradores de Jeová sobreviverão a essa conflagração mundial e poderão viver eternamente ao contrário dos que forem considerados merecedores da destruição eterna. Entendem a expressão "fim do mundo" como uma referência ao término e substituição do actual sistema de coisas, o que inclui a sociedade humana e as suas instituições e governos.
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Salvação

Segundo as Testemunhas de Jeová, a Salvação é possível apenas pela benignidade imerecida [ou graça Divina], e não por qualquer mérito pessoal. Como "a fé sem obras está morta", é necessário mais do que apenas confessar a sua Fé em Deus e em Cristo, o Filho de Deus. (Tiago 2:24) É necessário aprender qual é a vontade de Deus e fazê-la. Apenas quem mantiver sua integridade até ao fim será salvo. (Mateus 10:22) Rejeitam a crença de uma "Salvação Universal". A salvação que resultará na vida eterna, abre duas perspectivas de vida futura: na terra como humanos e no céu como poderosas criaturas espirituais. Esta última esperança está aberta a um grupo limitado de 144.000 escolhidos.

Para alguém ser salvo, é necessário praticar os ensinamentos corretos. Segundo o seu entendimento, isso significa tornar-se uma Testemunha de Jeová ativa, pois segundo elas, é a unica religião que aplica corretamente Mateus 28:19,20 onde Jesus ordenou que seus discípulos pregassem a todos. Crêem que caberá à "grande multidão" internacional mencionada em Apocalipse 7:13,14 participar do propósito original de Deus ao criar os humanos na Terra. (Génesis 1:27,28) As Testemunhas crêem que essa "grande multidão" serão os cristãos fiéis vivos por ocasião da presença (ou vinda, em gr. parousia) invísivel de Cristo, que obterão a salvação através da sobrevivência a uma futura "grande tribulação" que culminará num Armagedom purificador, onde todos os governos humanos, junto com os seus apoiantes, serão removidos. (Mateus 24:21; Apocalipse 16:13-16; Daniel 2:44) A estes sobreviventes se juntarão os ressucitados que estiverem na memória de Deus e se tornarem cristãos fiéis. Acreditam que isso ocorrerá durante o Reinado Milenar. (Atos 24:15; João 5:28,29) No final do Reinado Milenar, os que não aproveitarem essa oportunidade serão então eliminados, junto com o Diabo e os seus anjos.
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Reino de Deus

Acreditam que o Reino de Deus - a Teocracia - é a única esperança para a humanidade. Afirmam seguir as instruções de Jesus relacionadas com este Reino, por orarem pela sua vinda e por anunciarem a sua proximidade. A pregação das Boas Novas do Reino, ou seja, a divulgação das notícias sobre o que o Reino fará em breve, é uma obrigação de todos os que se dizem cristãos. O reinado de mil anos literais sob a liderança de Cristo Jesus (ou seja, o Reino Messiânico), terá por objectivo conduzir à perfeição, física e mental, aqueles que sobreviverem ao fim da actual sociedade humana, bem como os muitos milhões que serão ressuscitados da morte. Crêem que o Reino de Deus é um governo real estabelecido no céu desde Outubro de 1914 e que em breve irá substituir o actual sistema de coisas, o que inclui todos os governos da Terra e os povos que os apoiam. Este governo exercido desde os céus, no domínio invísivel, exercerá uma influência positiva que resultará na produção de uma nova sociedade humana, na qual a Lei Divina prevalecerá (Apocalipse ou Revelação 12:7-12). Apesar das expectativas sobre quando isso ocorrerá, elas reconhecem que "o dia e a hora" só a Deus pertence (Mateus 24:42-44).
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Classe dos 144.000

Crêem que um grupo de cento e quarenta e quatro mil homens e mulheres, cristãos ungidos com Espírito Santo, foram escolhidos para serem co-regentes com Jesus Cristo, durante um período de mil anos, no seu Reino Messiânico. (Revelação ou Apocalipse 5:9, 10; 14:1-4; 20:4) Para alcançarem essa recompensa, esses seguidores de Jesus necessitam de ser fiéis até à morte, sendo depois ressuscitados num corpo espiritual para assumirem a sua posição celestial e régia. Os membros desta classe começaram a ser escolhidos e ungidos por Jeová Deus a partir de festividade de Pentecostes de 33 EC, cinquenta dias após a morte e ascensão ao céu do ressuscitado Jesus. Em conjunto, passam a constituir um "pequeno rebanho" entre a totalidade dos verdadeiros adoradores de Jeová, limitado ao número literal de 144 mil homens e mulheres. (Lucas 12:32) Crêem que eles "nascem de novo" como adoptados Filhos de Deus e irmãos de Cristo, com a perspectiva de se tornarem seres espirituais imortais (João 3:3). Todos os deste grupo que estão vivos durante um determinado período da história, constituem a classe do "escravo fiel e discreto" que assume a responsabilidade de alimentar espiritualmente todos os crentes bem como orientar a obra de evangelização e cuidar dos demais interesses do Amo, Jesus Cristo (Mateus 24:45-47).
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O que o Reino de Deus fará

Segundo a sua interpretação de diversas profecias bíblicas, as Testemunhas crêem que quando o Reino de Deus exercer finalmente a sua influência sobre a Terra, após o Armagedom, o planeta Terra será conduzido à condição originalmente prevista por Deus antes do pecado de Adão e Eva. Toda a Terra acabará por tornar-se um paraíso global, sem fronteiras. Acabarão a escassez de géneros alimentícios e a inflação, porque "virá a haver bastante cereal na terra; no cume dos montes haverá superabundância". Crêem que Jeová fará novamente que "saia alimento da terra, e vinho que alegra o coração do homem mortal, para fazer a face brilhar com óleo, e pão que revigora o próprio coração do homem mortal" (Salmo 72:16; 104:14, 15 - NM). Não haverá problema com a distribuição de alimentos entre as nações, nem racionamento, nem filas para obter combustível. Os exploradores gananciosos terão desaparecido visto que toda a humanidade obedecerá à lei régia: "Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo", compartilhando uns com os outros as coisas segundo as necessidades (Tiago 2:8 - NM).

Além disso, acreditam que o Reino controlará as catástrofes naturais, tais como terramotos e furacões. Visto que imperará a justiça, o crime será erradicado tornando obsoletos os tribunais e as prisões. Em todo o domínio terrestre do Reino de Deus não haverá nada que prejudique, danifique ou arruíne (Isaías 11:6-9). Não mais serão necessários hospitais porque Jesus Cristo, aplicará o valor de seu sacrifício resgatador "para a cura das nações". Para as Testemunhas, os muitos milagres de cura e de ressurreição dos mortos, feitos por Jesus enquanto esteve na Terra, são apenas um pequeno indício do que ele realizará através do seu poderoso Reinado. Afirmam que até mesmo a condição da velhice e morte herdada pela humanidade será eliminada, citando a promessa bíblica de que "não haverá mais morte" (Revelação 21:4; 22:1, 2 - NM).

Crêem ainda que os cemitérios serão esvaziados ao cumprir-se a promessa de Jesus, de que os mortos "nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão". Tal como os que estiverem vivos então, eles terão a oportunidade de ser levados à perfeição humana, como súditos do Reino, aqui na Terra (João 5:28, 29).

Durante esse Reinado Milenar, Jesus Cristo na sua posição régia, junto com os 144 mil co-herdeiros do Reino, erguerão a humanidade à perfeição através da aplicação do mérito do sacrifício resgatador de Jesus Cristo. Durante essa época de ouro, Satanás e os seus demónios estarão aprisionados num estado de inactividade, mas serão finalmente libertos para uma última prova à humanidade então perfeita. Após isso, todos os inimigos de Deus, sejam seres espirituais ou humanos, serão então eliminados definitivamente. (Revelação ou Apocalipse 20:7-10, 14) Ficará então nas mãos de Deus determinar as novas tarefas para o enaltecido Jesus e os seus reis associados.
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Vida familiar

Dão grande valor à vida em família e estimulam fortemente a que se procure um cônjuge entre os que professam a mesma fé, ou seja, "casar somente no Senhor". (1 Coríntios 7:39) O namoro e o noivado são considerados como passos sérios para o casamento e, portanto, apenas deverão ser iniciados pelos que possuem idade suficiente para assumir os compromissos de um futuro casamento. Dão extrema importância à virgindade e castidade, sendo que a fornicação ou sexo pré-marital, ou mesmo demonstrações demasiado íntimas de afecto, são condenadas. A virgindade de rapazes e raparigas solteiros é altamente valorizada. No entanto, as relações sexuais legítimas, após o casamento, são consideradas honrosas e um dever do qual nenhum dos cônjuges deverá privar o seu companheiro. Relações amorosas com pessoas do mesmo sexo são consideradas um pecado grave contra as normas bíblicas.

Os filhos são cosiderados como uma bênção de Deus e, portanto, deverão ser educados segundo as normas encontradas na Bíblia. O aborto é claramente condenado, apesar de não terem qualquer objecção quanto a métodos anti-concepcionais não abortivos. Entendem que os filhos só devem ser baptizados por sua própria vontade e quando estes tiverem maturidade suficiente para efectuarem uma escolha em consciência. Assim, rejeitam a prática do baptismo de recém-nascidos ou o baptismo compulsório de adultos.

Para as Testemunhas de Jeová, a posição de cabeça (chefia ou liderança) da família pertence ao marido, cabendo-lhe a responsabilidade primária de cuidar da esposa e filhos em sentido material, emocional e espiritual. Entendem a chefia não apenas como um privilégio, mas sim como uma responsabilidade pela qual terão de prestar contas a Deus. Assim, o marido deve amar a esposa como ao seu próprio corpo, estando mesmo disposto a dar a vida por ela. O respeito da sua esposa não deve ser exigido mas sim merecido, devendo ser ele a dar o exemplo a ser seguido pelos da sua casa. Cabe-lhe ainda educar os seus filhos nos preceitos bíblicos. (Efésios 5:28 a 6:4)
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Posição e papel da mulher

Consulte também: Estrutura local das Testemunhas de Jeová - Posição e Papel da Mulher na Congregação.

Baseando-se na Bíblia, as Testemunhas de Jeová entendem que a mulher foi criada directamente por Deus como ajudadora e complemento do homem. (Génesis 2:18) A chefia na família pertence ao marido, sendo que a esposa deve respeitá-lo como o cabeça da casa. No entanto, Deus não concedeu ao marido a autoridade absoluta sobre a mulher. Tal como o seu marido, ela deve obediência primária a Deus (Efésios 5:22, 23; 1 Coríntios 11:3). A situação é a mesma, caso o marido não seja crente da mesma fé. Para as Testemunhas, isto de modo algum rebaixa o papel e o valor da mulher cristã. Exige-se do marido que honre a sua esposa e espera-se que esta tenha participação nas decisões importantes da família, incluindo a educação dos filhos.

No entendimento das Testemunhas de Jeová, a Bíblia estabelece que os cargos de serviço nas congregações sejam exercidos apenas por cristãos batizados habilitados. (1 Timóteo 2:12, 13) Ainda assim, o trabalho das mulheres é altamente valorizado no serviço de pregação pública, visto que elas também são consideradas como ministros ordenados após o seu batismo. As mulheres podem participar nas reuniões com comentários e em demonstrações práticas de como efectuar a obra de evangelização. Podem também participar em várias modalidades do serviço de Tempo Integral, como no serviço de Pioneiro ou Missionário.
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Conceito sobre divórcio e separação

Consideram que apenas a morte desfaz bíblicamente os vínculos do casamento. Não partilham do conceito de Divórcio Legal. Entendem que o divórcio só é bíblicamente permitido caso um dos cônjuges viole o pacto matrimonial por praticar relações sexuais fora do casamento (em gr. porneía; Mateus 19:9). Neste caso, o cônjuge inocente poderá optar por se divorciar, ficando ambos livres para se casarem novamente com quem entenderem. No entanto, caso o cônjuge inocente decida perdoar o transgressor, reatando o relacionamento sexual, o casamento continuará a ser considerado válido.

Se um casal se separar sem ser pelo único motivo bíblico atrás mencionado, um ou ambos poderão deixar de ser considerados exemplares, perdendo, ou não podendo alcançar, certos privilégios de serviço na congregação. Uma excepção a isto poderá acontecer se uma Testemunha considerar que existem fortes motivos para a separação e divórcio, tais como a violência física, o perigo para a espiritualidade ou a recusa deliberada de sustentar a família ou o esbanjamento voluntário dos meios básicos de sobrevivência dos seus membros. No entanto, consideram que o laço do matrimónio ainda continua válido aos olhos de Deus, sendo que o divorciado por estes motivos não deverá casar de novo, enquanto não existirem motivos bíblicos que a libertem do seu compromisso matrimonial.
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Normas morais e religiosas

As Testemunhas dão grande importância à conduta baseada em elevados padrões morais, incluindo a pureza sexual, a veracidade e honestidade, compaixão e amor ao próximo, entre outros príncipios ensinados na Bíblia. Fazem questão de ser encarados como exemplos na comunidade em que moram, incluindo no cumprimento das suas obrigações escolares, laborais e civis, evitando práticas tal como o suborno, a mentira, a fuga aos impostos, práticas comerciais desonestas, entre outras. No entanto, afirmam aderir à Lei de Deus antes que à dos homens e, assim, recusam imposições legais que violem as suas consciências treinadas segundo os ensinos bíblicos aprendidos, mesmo que isso implique a perda de privilégios de cidadania, a liberdade ou mesmo a vida.
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Desassociação e dissociação

Transgressões graves contra as suas normas morais e religiosas por parte de uma Testemunha podem levar à expulsão da organização, após decisão de Comissões Judicativas congregacionais. Uma Comissão Judicativa, de pelo menos três anciãos da congregação, julga a acção pecaminosa à luz do seu entendimento da Bíblia, no entanto, independentemente da gravidade e notoriedade do pecado perante a congregação ou a comunidade local, a expulsão só ocorre nos casos em que se estabelece que o transgressor não demonstra genuíno arrependimento por insistir na prática continuada do pecado, por não lamentar o erro ou por não reparar os eventuais danos provocados a terceiros.

A desassociação é a sanção religiosa máxima, e implica que todos os publicadores cessem de ter convivência religiosa com o culpado e a convivência social é reduzida ao mínimo possível. Trata-se de um direito legítimo duma religião no exercício da liberdade religiosa. Não rompe os laços familiares, mas condiciona o relacionamento. Sempre que o julgado considere ter havido erros na condução da acção judicativa, este tem o direito, no prazo de 7 dias, de recorrer por escrito para uma nova Comissão, chamada de Comissão de Apelação.

Por exemplo, a jogatina, extorsão, calúnia, furto, embriaguez, uso não medicinal de drogas, tabagismo, actos homossexuais, fornicação, poligamia, casamento incestuoso, violência doméstica, assassínio, interrupção voluntária da gravidez, abuso sexual de menores, entre outros pecados de natureza bíblica, são consideradas transgressões sérias da Lei de Deus, passíveis de desassociação. Ao se informar a congregação local sobre a desassociação de um dos seus membros, os erros cometidos pelo transgressor nunca são mencionados por respeito à sua privacidade e também pela obrigação moral e legal de guardar confidência por parte dos anciãos.

Caso a pessoa expulsa decida voltar à associação com os seus ex-companheiros de adoração pode solicitar a sua readmissão. Isto poderá ser feito após se ter passado tempo suficiente, muitos meses ou mesmo anos, para que a Comissão Judicativa reconheça que existe agora genuíno arrependimento e a rejeição definitiva da prática do pecado. Se esse for o caso, a pessoa poderá ser reintegrada passando por um período de recuperação gradual dos seus privilégios de serviço, tal como o direito de participar nas reuniões. Poder servir em posições de ensino ou de responsabilidade levará mais tempo, consoante a gravidade do caso ou o tempo de afastamento. Em certos casos, esses privilégios nunca serão recuperados, tal como acontece com pessoas anteriormente culpadas de abuso sexual de crianças ou de negligência grave que tenha resultado na morte de alguém.

A dissociação consiste na exclusão voluntária de alguém, indicando ou não os motivos disso. Os membros da congregação encararão tal pessoa como fariam como um desassociado, visto que entendem que o que se afasta viola o juramento que efectuou por ocasião da sua dedicação voluntária a Deus e que expressou publicamente no dia do seu batismo.
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Estatísticas

Os números anuais dos dessassociados são por vezes mencionados em Assembleias e Congressos, na revista A Sentinela, nos Anuários das Testemunhas de Jeová e no periódico mensal Nosso Ministério do Reino, indicando valores mundiais ou dados referentes a um determinado país em particular.

Por exemplo, a revista A Sentinela mencionava na sua edição de 15 de novembro de 1974, pág 685:

"Nos Estados Unidos (...), durante o período de dez anos, de 1963 a 1973, 36.671 pessoas tiveram de ser desassociadas por diversas espécies de sérias transgressões. Contudo, no mesmo período, 14.508 pessoas foram readmitidas, aceitas novamente nas congregações, por causa de seu sincero arrependimento."

Também, na sua edição destinada ao Brasil, o periódico mensal Nosso Ministério do Reino de Maio de 2004 informou:

"No ano de serviço de 2003 houve 7.230 desassociações por motivo de imoralidade sexual, no Brasil".

Referia que esse número representou 83% de todos os desassociados naquele país. Informou ainda que, em igual período, 4.343 pessoas foram readmitidas entre as Testemunhas brasileiras.

Quanto a dados mundiais, o Anuário das Testemunhas de Jeová de 1979, pág. 23, informa que 29.893 haviam sido desassociados no ano anterior. A revista A Sentinela de 1 de Janeiro de 1986, pág. 13, indica o número de 36.638 com referência ao ano transacto. A edição de 15 de Setembro de 1987, pág. 13, refere 37.426 desassociados em 1986. Mais de 41 mil foi o valor indicado referente a 1988 na edição de 1 de Dezembro de 1989, pág. 17. Durante os primeiros anos da década de 90, os valores parecem ter-se fixado por volta dos 40 mil desassociados e dissociados anuais, a nível mundial, conforme se pode observar na revista A Sentinela, nas edições de 11 de Novembro de 1991, pág. 9, e 1 de Abril de 1994, pág. 16.
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União mundial

Consulte também: Conceito sobre nacionalismo, racismo e xenofobia .

As Testemunhas de Jeová são bem conhecidas pelo seu empenho na obra de evangelização na maioria dos países da Terra. Elas podem ser encontradas visitando as pessoas nos seus lares e estabelecimentos ou abordando os que passam nas ruas ou em outros locais públicos. Este trabalho exige uma coordenação mundial notável, sendo que na maioria das suas congregações, milhões de pessoas escutam a mesma informação na mesma semana. Para isso contam com o maior parque gráfico do mundo capaz de imprimir a cada ano várias centenas de milhões de exemplares de revistas, brochuras, livros e Bíblias, em mais de 400 idiomas.

Orgulham-se da sua união mundial sendo que os seus ensinos são uniformes, independentemente do continente em que vivam. Assim, qualquer viajante poderá ter a certeza que encontrará a mesma instrução e os mesmos procedimentos em qualquer uma das cerca de 100.000 congregações em toda a Terra. Rejeitam o racismo e qualquer outro tipo de preconceito, seja nacional, social ou outro. (Atos 10:34, 35). Consideram que o amor entre os membros deveria ser o sinal identificador da verdadeira religião (João 13:34, 35).

São estimulados a cuidar dos mais necessitados entre si, nomeadamente os mais jovens e os mais idosos. Possuem meios internos de providenciar auxílio em grande escala em caso de uma calamidade. Donativos voluntários, especialmente alimentos e roupa, são recolhidos e enviados de todo o mundo para as zonas afectadas. Equipas de voluntários são organizadas para prestar ajuda em zonas de catástrofe, disponibilizando meios e tempo para a reconstrução de moradias dos seus companheiros de adoração. Várias vezes, outras pessoas que não são Testemunhas também acabam por ser beneficiadas por estes programas de auxílio.

Outro trabalho voluntário que executam é o aprendizado de outros idiomas para alcançarem populações de estrangeiros emigrados. Além disso, mantêm um extenso programa de alfabetização nos países onde esta necessidade é mais sentida.

2006-10-04 09:46:07 · answer #10 · answered by David 4 · 1 2

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