Tetragrama YHVH
Origem: Wikipédia,
O Tetragrama YHWH (também conhecido simplesmente por tetragrama), latinizado para JHWH, que designa o nome pessoal e distintivo do Deus de Israel. à formado pelas consoantes Yode × Hê × Vau × Hê × e era escrito da direita para esquerda, ×××× ou seja, HWHY. O Tetragrama YHWH aparece mais de 6 800 vezes - sozinho ou em conjunção com outro "nome" - no Texto Massorético do Antigo Testamento.
Salmo 148:13 = "Louvem o nome de YHWH: é o único nome sublime, sua majestade vai além da terra e do céu, e ele reforça o vigor do seu povo! orgulho de todos os fiéis, dos israelitas, seu povo intimo. HALLELU YAH!
Leia Malaquias capitulo 1 - versiculo 6.
Os nomes YaHVeH (vertido em português para Javé), YeHVah ou YeHoVaH (vertido em português para Jeová), são transliterações possÃveis nas lÃnguas portuguesas e espanholas
Na BÃblia Hebraica e Septuaginta Grega
A antiguidade e legÃtimidade do Tetragrama como Nome de Deus para os judeus pode ser comprovada na conceituada tradução para o grego da BÃblia Hebraica, chamada Septuaginta Grega (LXX). Aqui, o Tetragrama aparece escrito em hebraico arcaico ou paleo-hebraico. Em pelo menos um caso, foram encontrados em fragmentos de copias primitivas da LXX (Papiro LXX Lev. b, Caverna n.º 4 de Qumran, datado como sendo do 1.º Século a.C.) onde o Tetragrama YHWH é representado em letras gregas (LevÃtico 3:12; 4:27) onde é transliterado por IAO (o mesmo nome dado pelos gregos ao deus Baco) e não por Kýrios. à importante frisar que em cópias posteriores da Septuaginta Grega, datadas do final do 1.º Século d.C. em diante, começaram a substituir o Tetragrama YHWH por Kýrios, que significa "Senhor" (neste caso, escrito em letras maiúsculas) e por Theós, que significa "Deus". Foi devido a isto, a razão de YHWH ter desaparecido gráficamente do texto do Novo Testamento em algumas traduções bÃblicas.
YHWH grafado em paleo-hebraico, como aparece em fragmento da Septuaginta Grega
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YHWH grafado em paleo-hebraico, como aparece em fragmento da Septuaginta Grega
Outros conceitos sobre Deus YHWH
Outros estudiosos encaram YHWH como um deus da natureza adorado no Sul de Canaã e pelos nómadas dos desertos circundantes, intimamente ligado ao Monte Horebe, na PenÃnsula do Sinai. Segundo o livro bÃblico de Génesis, foi o Deus YHWH que se revelou ao semita Abrão (depois chamado de Abraão) em Ur, na Baixa Mesopotâmia. Historicamente, surge aqui o principio do monoteÃsmo hebraico no interior de uma sociedade fortemente politeÃsta.
O Deus YHWH é deste modo identificado como a Divindade que causou o Dilúvio BÃblico. Era o Deus de Adão, de Abel, de Enoque e de Noé. Era o Criador do Universo e de todas as formas de vida na Terra. à também chamado por Adonaà (Soberano Senhor), ElohÃm (Deus, e não deuses, visto que trata-se de plural majestático), Ha Adhóhn (o [Verdadeiro] Senhor), Elyóln (Deus AltÃssimo) e El-Shadai (Deus Todo-poderoso).
Assim, o Deus YHWH se assume como um deus familiar, o "Deus de Abraão, de Isaque e Jacó", protector da linhagem do "descendente" [literalmente "semente"] de Abraão. De seguida, torna-se no Deus das 12 tribos de Israel. à o Deus Libertador do povo de Isreal da escravidão no Egipto e o faz conquistar a terra de Canaã. Moisés, encarado como um carismático lÃder religioso com visão de longo alcance, portanto desenvolvendo uma concepção revolucionária sobre a divindade de YHWH. Esta linha teológica manteve-se com seu sucessor, Josué. Foram ainda constituÃdos como guardiões do ensino e cumprimento da Lei de YHWH revelada a Moisés, os sacerdotes levitas sob a liderança do Sumo Sacerdote, da linhagem de Arão.
Com o estabelecimento da Monarquia do Antigo Israel, e mesmo, após a Divisão do Reino, emerge o papel dos profetas do Antigo Testamento como porta-vozes especiais do Deus YHWH. Tornaram-se desse modo figuras chaves na vida religiosa, com uma autoridade única. Também consolidam a ideia da vinda do Messias (ou Cristo) como o "Ungido" de YHWH, descendente da Tribo de Judá e da Casa Real de David.
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Sua pronúncia e transliteração
Apesar da discussão sobre sua origem e significado, muitos afirmam que os sons vocálicos originais do Tetragrama YHWH jamais serão conhecidos, estando perdida a pronúncia original. Tal posição tem levado a debates apaixonados sobre o assunto, tanto por parte de eruditos como de religiosos, o que têm produzido interessantes conclusões. Uns argumentam que a pronúncia do Tetragrama YHWH com duas sÃlabas, como "Javé" ("YahWeh"), não permitiria a existência do som da vogal "o" como parte do Nome de Deus. Mas, nas dezenas de nomes bÃblicos que incorporam o Tetragrama YHWH, o som desta vogal do meio aparece tanto nas formas originais como nas abreviadas, como em Jeonatã e em Jonatã, sendo nestes casos, que tal se deve unica e exclusivamente a um processo de assimilação em que o som "o" surge somente para tornar mais fluida a vocalização.
O Prof. George Wesley Buchanan, num artigo que, salvo raras excepções - veja-se, por exemplo, Peter Eckhart e James Talbot - não foi nunca bem acolhido pela restante comunidade ciêntifica, diz a respeito de YHWH: "Em nenhum caso se omite a vogal "oo" ou "oh". A palavra era à s vezes abreviada como Ya, mas nunca como YahWeh ... Quando o Tetragrama era pronunciado com uma só sÃlaba, era Yah ou Yo. Quando era pronunciado com três sÃlabas, era Yahovah. Se fosse abreviado a duas sÃlabas, teria sido como Yaho." (Biblical Archaeology Review).
O hebraÃsta Wilhelm Gesenius (1786–1842), no seu "Hebräisches und aramäisches Handwörterbuch über das Alte Testament" ("Dicionário Hebraico e Aramaico das Escrituras do Velho Testamento"), em alemão, explica: "Os que acham que Ye.ho.vah era a pronúncia real do Nome de Deus não estão totalmente sem base para defender sua opinião. Assim, se podem explicar mais satisfatoriamente as sÃlabas abreviadas Yeho e Yo, com que começam muitos nomes próprios." No entanto, na introdução da sua recente tradução de Os cinco livros de Moisés, Everett Fox salienta: "Tanto as tentativas antigas como as novas para recuperar a pronúncia correcta do nome hebraico de Deus não foram bem-sucedidas; não se pode provar conclusivamente que Jeová [Yehovah] que se ouve à s vezes, nem o padrão erudito Javé [ou Yahveh]."
Por seu turno, outros especialistas consideram ser Yahveh a pronúncia como mais próxima daquilo que poderá ter sido a antiga pronúncia do Tetragrama: Jean Yoyotte, Murphy O'Connor, Peter Langley e André Wenin consideram totalmente errada a forma Yehovah, defendendo a radical posição da abolição da mesma - o que resultaria sempre difÃcil, dada a grande difusão que o termo conhece hoje em dia -, pois resultaria da «incorrecta sintese intercalada entre as consuantes do Tetragrama (J+...+H+...+W+...+H) com as vogais de "Adonai" (...+a+...+o+...+a+...i) - ×Ö°××Ö¸Ö¹× -: J+a+h+o+w+a+h+i= Jahowahi (sendo que o "i" final, por um processo de assimilação ao "a" que o precede, não se pronuncia)=Jaova=Jeova.»
Sobre a origem da superstição
Não existe certezas do(s) motivo(s) originalmente apresentados para se descontinuar a pronúncia correcta do Tetragrama YHWH, assim como também há muita incerteza quanto à época em que tal conceito supersticioso se iniciou. Alguns afirmam que começou após o ExÃlio Babilónico. Mas o profeta Malaquias, foi um dos últimos escritores do Velho Testamento (na última metade do 5.º Século a.C.), dá grande destaque ao Nome Divino.
Outras obras de referência sugerem que o nome deixou de ser usado por volta de 300 a.C.. Evidência para esta data foi supostamente encontrada na ausência do Tetragrama (ou de uma transliteração dele) na tradução Septuaginta Grega, iniciada por volta de 280 a.C.. à verdade que as cópias mais completas dos manuscritos da Septuaginta Grega agora conhecidas seguem uniformemente o costume de substituir o Tetragrama YHWH por expressões substitutas. Estes manuscritos principais, remontam apenas ao 4.º e ao 5.º séculos d.C. Mas descobriram-se recentemente cópias mais antigas da Septuaginta Grega que continham o Tetragrama YHWH, embora em forma fragmentária.
Uma delas, descoberta no Egipto, são os restos fragmentários dum rolo de papiro da LXX com uma parte de Deuteronómio (32:3,6) identificado como Papiro Fouad Inventário. n.° 266. Apresenta 49 vezes o Tetragrama YHWH, escrito em caracteres hebraicos quadrados, em cada ocorrência no texto hebraico traduzido. Regista-se mais 3 ocorrências de YHWH em fragmentos não identificados (116, 117 e 123). Os peritos datam este papiro como do 1.º Século a.C., e neste caso, foram escritos 4 ou 5 séculos antes dos manuscritos já mencionados.
Comentando que os fragmentos mais antigos da Septuaginta Grega deveras contêm YHWH, o Dr. P. Kahle diz: "Sabemos agora que o texto grego da BÃblia [a Septuaginta], no que tange a ter sido escrito por judeus para judeus, não traduziu o nome divino por Kýrios, mas o Tetragrama escrito com letras hebraicas ou gregas foi retido em tais manuscritos. Foram os cristãos que substituÃram o Tetragrama por Kýrios, quando o nome divino em letras hebraicas não era mais entendido'." (A Genizá do Cairo, Oxford, 1959, pág. 222, em inglês)
Assim, pelo menos em forma escrita, não existe evidência sólida de qualquer desaparecimento ou abandono da pronúncia do Tetragrama YHWH no perÃodo a.C. No 1.º Século, surge pela primeira vez alguma evidência duma atitude supersticiosa para com esse nome. Flávio Josefo, historiador judeu que descendia duma famÃlia sacerdotal, após narrar a revelação que Deus forneceu a Moisés no local do espinheiro ardente, ao falar sobre pronúncia do Nome de Deus [do tetragrama YHWH] menciona apenas "sobre o qual estou proibido de falar." (Antiguidades Judaicas, Vol. II, pág. 276)
Esta mudança ocorreu nas traduções gregas da Septuaginta nos séculos que se seguiram à morte de Jesus Cristo(YAHSHUA) e de seus apóstolos. Na versão grega de Ãquila, que data do 2.º século d.C., e na Hexapla de OrÃgenes, que data por volta de 245 a.C., YHWH ainda aparecia em caracteres hebraicos. (A Revista de Estudos Teológicos, Oxford, Vol. XLV, 1944, pág. 158-9, em inglês) Ainda no 4.º Século d.C., Jerônimo, perito bÃblico e tradutor da Vulgata Latina, diz no seu prólogo dos livros bÃblicos de Samuel e de Reis: "E encontramos o nome de Deus, o Tetragrama, em certos volumes gregos mesmo hoje, expresso em letras antigas." (Papiros BÃblicos Gregos, de F. Dunand, Cairo, 1966, pág. 47, n.º 4)
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A pronúncia do Tetragrama YHWH
Na segunda metade do primeiro milénio na nossa era, os escribas conhecido por massoretas introduziram um sistema de sinais vocálicos para representar as vogais ausentes no texto consonantal hebraico. Em vez de inserir os sinais vocálicos correctos de YHWH, colocaram outros sinais vocálicos para lembrar ao leitor que ele devia dizer Adhonaà ("Soberano Senhor") ou ElohÃm ("Deus").
O Códice Leningrado B19A, do 11.º Século d.C., tem no Tetragrama YHWH, sinais vocálicos para rezar YehvÃh, Yehváh e Yehováh. A edição de Ginsburg do texto massorético tem sinais vocálicos para que reze Yehováh. (Génenis 3:14) Os hebraÃstas em geral são a favor de Yahvéh como a pronúncia mais provável. Salientam que a forma abreviada do nome é Yah (ou Jah, na forma latinizada), como no Salmo 89:8 e na expressão Ha lelu Yah (que significa "Louvai a Jah!"; em português, é vertida por "Aleluia"). Também as formas Yehóh, Yoh, Yah e Yáhu, encontradas na grafia hebraica dos nomes Jeosafá, Josafá, Sefatias e outros, podem todas ser derivadas de Yahwéh. As transliterações gregas feitas pelos primitivos escritores cristãos indicam uma direcção algo similar. Ainda assim, de modo algum há unanimidade sobre o assunto entre os peritos.
A posição actual das Testemunhas de Jeová sobre este ponto resume-se ao seguinte: Visto que, actualmente, não se pode ter certeza absoluta da pronúncia, parece não haver nenhum motivo para abandonar, em português, a forma bem conhecida, "Jeová", em favor de "Javé". Se tal mudança fosse feita, então, a bem da coerência, deviam ser feitas alterações na grafia e na pronúncia de uma infinidade de outros nomes encontrados na BÃblia. Por exemplo, Jeremias seria mudado para Yir.meyáh, IsaÃas se tornaria Yesha.yá.hu, e Jesus seria pronunciado Yehoh.shú.a em hebraico ou I.e.soús, no grego.
No entanto as Testemunhas de Jeová reconhecem no livro Entendimento da BÃblia pp. 884,885: "Por combinar os sinais vocálicos de 'Adonay' e 'Elohim' com as quatro consoantes do tetragrama, as pronúncias 'Yehowah' e 'Yehowih' foram formadas. A primeira destas proveu a base para a forma latinizada 'Jeova(h)'. O primeiro registro de uso dessa forma data do século 13 DC. Raimundus Martini, um monge espanhol da Ordem Dominicana, a usou...".
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Importância de usar o Nome Divino
Muitos peritos e tradutores actuais da BÃblia advogam que se siga a tradição de eliminar o nome distintivo de Deus. Não só alegam que a incerteza a respeito da pronúncia do Tetragrama YHWH justifica tal proceder, mas também sustentam que a supremacia e a existência Ãmpar do Verdadeiro Deus tornam desnecessário que Ele tenha um nome especÃfico para se identificar dos "demais deuses". Tal conceito não encontra apoio na BÃblia, quer seja no Antigo Testamento, quer no Novo Testamento.
O Tetragrama YHWH ocorre 6 828 vezes no texto hebraico da Biblia Hebraica de Kittel (BHK) e da Biblia Hebraica Stuttgartensia (BHS). A própria frequência do aparecimento do Tetragrama já atesta a sua importância. Seu uso em todas as Escrituras ultrapassa em muito o de quaisquer nomes-tÃtulos, tais como "Soberano Senhor (em hebr. AdhonaÃ)", "o [Verdadeiro] Senhor" (em hebr. Ha Adhóhn), AltÃssimo (em hebr. Elyóln) "o [Verdadeiro] Deus" (em hebr. Ha ElohÃm) e "Deus" (em hebr. ElohÃm).
à digno de nota a importância atribuÃda aos próprios nomes no Novo Testamento entre os povos semÃticos. O Prof. G. T. Manley indica: "O nome não é simples rótulo, mas é representativo da verdadeira personalidade daquele a quem pertence. ... Quando uma pessoa coloca seu nome numa coisa ou em outra pessoa, esta passa a ficar sob sua influência e proteção." (Novo Dicionário da BÃblia, editado por J. D. Douglas, 1985, pág. 430. Veja alguns exemplos disso em Génesis 27:36; I Samuel 25:25; Salmos 20:1 e Provérbios 22:1.) Para a denominação religiosa Testemunhas de Jeová, conhecer e divulgar o nome pessoal de Deus é considerado muito importante.
“Jeová” ou “Javé”?
Imagem do nome divino escrito numa parede de uma igreja norueguesa. (Fonte: o nome Divine em Noruega)
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Imagem do nome divino escrito numa parede de uma igreja norueguesa. (Fonte: o nome Divine em Noruega)
Alguns argumentam que se o Nome de Deus fosse Jeová, não se falaria aleluia (Hallelu Yah)e sim aleluieo (Hallelu Yeho) Hallelu Yah = Gloria a Yahweh. Hallelu Yeho - Glória a Yehowah (Jeová). Esta controvérsia já está sendo travada por mais de cem anos. Atualmente, muitos dos eruditos parecem favorecer o nome “Javé” (ou “Iahweh”), de duas sÃlabas.
Mas, Considerando alguns exemplos de nomes próprios encontrados na BÃblia, que incluem uma forma abreviada do nome de Deus na tradução Jeová.
Será que é possÃvel que esses nomes próprios nos possam fornecer alguma indicação de como se pronunciava o nome de Deus? De acordo com George Buchanan, professor emérito no Seminário Teológico de Wesley, Washington DC, EUA, a resposta é sim.
O Professor Buchanan explica: “Na antiguidade, os pais muitas vezes davam aos filhos o nome de suas deidades. Isto significa que pronunciavam os nomes dos filhos assim como se pronunciava o nome da deidade. O Tetragrama foi incluÃdo em nomes de pessoas, e eles sempre usavam a vogal do meio.”
Por exemplo, Jonatã, que aparece como Yoh·na·thán ou Yehoh·na·thán na BÃblia hebraica, significa “Yaho ou Yahowah deu”, diz o Professor Buchanan. O nome do profeta Elias é ’E·li·yáh ou ’E·li·yá·hu no hebraico. Segundo o Professor Buchanan, o nome significa: “Meu Deus é Yahoo ou Yahoo-wah.” De modo similar, o nome hebraico para Jeosafá é Yehoh-sha·phát, significando “Yaho julgou”.
A pronúncia do Tetragrama com duas sÃlabas, como “Javé” (ou “Yahweh”), não permitiria a existência do som da vogal o como parte do nome de Deus. Mas, nas dezenas de nomes bÃblicos que incorporam o nome divino, o som desta vogal do meio aparece tanto nas formas originais como nas abreviadas, como em Jeonatã e em Jonatã.
De modo que o Professor Buchanan diz a respeito do nome divino: “Em nenhum caso se omite a vogal oo ou oh. A palavra era à s vezes abreviada como ‘Ya’, mas nunca como ‘Ya-weh’. . . . Quando o Tetragrama era pronunciado com uma só sÃlaba, era ‘Yah’ ou ‘Yo’. Quando era pronunciado com três sÃlabas, era ‘Yahowah’ ou ‘Yahoowah’. Se fosse alguma vez abreviado a duas sÃlabas, teria sido como ‘Yaho’.” — Biblical Archaeology Review. Esses comentários nos ajudam a entender a declaração feita pelo hebraÃsta Gesenius, no seu Dicionário Hebraico e Caldaico das Escrituras do Velho Testamento (em alemão): “Os que acham que ×××× [Ye-ho-wah] era a pronúncia real [do nome de Deus] não estão totalmente sem base para defender sua opinião. Assim se podem explicar mais satisfatoriamente as sÃlabas abreviadas ××× [Ye-ho] e ×× [Yo], com que começam muitos nomes próprios.”
Na introdução da sua recente tradução de The Five Books of Moses (Os Cinco Livros de Moisés), Everett Fox salienta: “Tanto as tentativas antigas como as novas, para recuperar a pronúncia ‘correta’ do nome hebraico [de Deus], não foram bem-sucedidas; não se pode provar conclusivamente o ‘Jeová’ que se ouve à s vezes, nem o padrão erudito ‘Javé’ [‘Iahweh’].”
Sem dúvida, o debate erudito continuará. Os judeus pararam de pronunciar o nome do verdadeiro Deus antes de os massoretas terem desenvolvido o sistema de pontos vocálicos. De modo que não há nenhum modo definitivo para se provar que vogais acompanhavam as consoantes YHWH (××××).
Ainda assim, os próprios nomes de personagens bÃblicos — cuja pronúncia correta nunca se perdeu — fornecem um indÃcio tangÃvel da antiga pronúncia do nome de Deus. Por causa disso, alguns eruditos concordam que a pronúncia “Jeová”, seja correta.
“Jeová” tem sido a pronúncia mais popular do Nome de Deus em vários idiomas.
Transcrição em diferentes Idiomas
Africâner Jehóva
Ãrabe ÙÙÙÙ MÄori Ihowa
Awabakal Yehóa Motu Iehova
Bósnio Jehova Macedônio ÐаÑ
ве
Bugotu Jihova Narrinyeri Jehovah
Búlgaro ÐеÑ
ова Nembe Jihova
Croata Jehova / Jahve Petats Jihouva
Dinamarquês Jahve (/ Jehova) Polonês Jehowa / Jahwe
Holandês Jehova / Jahwe(h) Português Iavé Yahweh / Jeová
Efik Jehovah Ewe language|Ewe (Ʋegbe) Yehowah Romeno Iehova
Inglês Jehovah / Yahweh Russo Ðегова / ЯÑ
ве
Fijian Jiova Samoan Ieova
Finlandês Jahve / Jehova Sérvio ÐеÑ
ова / Jehova
Francês Yahvé / Jéhovah SeSotho Jehova
Futuna Ihovah Espanhol Yavé Yahveh /Jehová
Alemão Jehova / Jahwe KiSwahili Yehova
Grego Iehova / Yiahve ÎεÏÏβά / ÎιαÏβΠSueco Jehova / Jahve
Húngaro Jahve / Jehova Tagalo Jehova/Yahweh
Igbo Jehova Taitiano Jehovah
Indonésio Yehuwa Tongan Jihova
Italiano Geova / Jahve Turco Yehova
Japonês EHOBA/YAHAWE ã¨ãã / ã¤ãã¦ã§ XiVenda Yehova
Coreano Yeohowa ì¬í¸ì / Yahwe ì¼í¼ Xhosa u Yehova
Mandarim chinês tradicional Yéhéhuá / YÇwÄi / YÇwÄi è¶åè¯/é
å¨/é
å· Yoruba Jehofah
Mandarim chinês simples Yéhéhuá / YÇwÄi / YÇwÄi è¶åå/é
å¨/é
å· Zulu u Jehova
==Ligações externas==
;em português
* [http://watchtower.org/languages/portuguese/library/g/2004/1/22/article_01.htm Motivos para se usar o Nome de Deus]
* [http://www.bibliacatolica.com.br/01/2/3.php BÃblia Ave Maria - Ãxodo 3:15 - JAVÃ]
* [http://protestantes.renascebrasil.com.br/bibliaonline/exodo/6.htm Tradução revista e corrigida de João Ferreira de Almeida - Ãxodo 6:2-8 - JEOVÃ]
;em inglês
* [http://www.blavatsky.net/blavatsky/arts/Tetragrammaton.htm Tetragrama Sagrado por H. P. Blavatsky]
* [http://bismikaallahuma.org/God/yhwh.htm à Javé o "Nome Divino" de Deus?]
* [http://www.eliyah.com/lxx.html Tetragrama encontrado em antigas cópias da Septuaginta]
* [http://www.scripture4all.org/OnlineInterlinear/Hebrew_Index.htm Biblia Hebraica Stuttgartensia - O Tetragrama com transliteração para o inglês - JEHOVAH]
*[http://www.bibliacatolica.com.br/07/21/83.php Versão Rei Jaime - Psalms 83:18 -(JEHOVAH)] [[King James Version]]
*[http://www.divinename.no/ O Nome Divino na Noruega]
;em espanhol
* [http://www.nathan.co.za/biblespa.asp?chapter=53 La Santa Biblia - Version Reina-Valera (1909) - Ãxodo 3:15 - JEHOVÃ]
;em alemão
* [http://www.archiv-vegelahn.de/jehova.html Archiv-Vegelahn] (em alemão)
O movimento religioso conhecido por Testemunhas de Jeová assume-se como uma religião cristã não trinitária. Adoram exclusivamente a Jeová e consideram-se seguidores de Jesus Cristo. Os seus adeptos estão espalhados pela maioria dos paÃses da Terra e ascendem a mais de seis milhões e meio de praticantes, apesar de reunirem um número muito superior de simpatizantes. Crêem que a sua religião é a restauração do verdadeiro cristianismo, mas não são fundamentalistas no sentido em que o termo é comumente usado. Afirmam basear todas as suas práticas e doutrinas no conteúdo da BÃblia.
As Testemunhas de Jeová são bem conhecidas pela sua regularidade e grande persistência na obra de evangelização de casa em casa e nas ruas. Possuem o maior parque gráfico do mundo visando a impressão e distribuição de centenas de milhões de exemplares da BÃblia e de publicações baseadas nela. Como parte da sua adoração a Deus, assistem semanalmente a reuniões congregacionais e a grandes eventos anuais, onde o estudo da BÃblia constitui a principal temática.
Ãndice
[esconder]
* 1 História e actividades básicas
* 2 O seu nome distintivo
* 3 Fundamentação das suas doutrinas
* 4 Divulgação das suas doutrinas
* 5 Modo de vida
* 6 Serviço voluntário das Testemunhas de Jeová
* 7 Conceito sobre outras religiões
* 8 Oposição às Testemunhas de Jeová
o 8.1 Algumas conquistas legais
* 9 EstatÃsticas mundiais
* 10 Ver também
* 11 Ligações externas
o 11.1 Sites oficiais das Testemunhas de Jeová
o 11.2 Outras ligações de interesse
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História e actividades básicas
O movimento foi iniciado por Charles Taze Russell, a partir da década de 70 do Século XIX. Russell e alguns amigos formaram um pequeno grupo de estudo não sectário da BÃblia, em Allegheny (hoje integrada na cidade de Pittsburgo, Pensilvânia), nos Estados Unidos da América. Com o fim de publicar as suas ideias sobre o que considerava ser a verdade bÃblica em contraste com erros doutrinais que atribuia a outras denominações religiosas, Russell começou a publicar A Sentinela, que veio a tornar-se a mais distribuÃda e traduzida revista religiosa do mundo. As pessoas que recebiam a revista começaram a reunir-se em grupos para estudo da BÃblia. Assim, acabaram por tornar-se conhecidos por Estudantes da BÃblia ou, quando a Sentinela começou a ser traduzida em outras lÃnguas, Estudantes Internacionais da BÃblia.
Originalmente, a impressão de A Sentinela e tratados religiosos era feita quase que inteiramente por firmas comerciais. Mas, visando uma maior divulgação pela página impressa, Russell fundou a Sociedade de Tratados da Torre de Vigia de Sião, sendo que esta associação religiosa é hoje conhecida como Sociedade Torre de Vigia de BÃblias e Tratados de Pensilvânia. Estava deste modo formado o principal instrumento legal do grupo religioso que posteriormente viria a ficar conhecido por Testemunhas de Jeová, visando a realização da sua obra mundial de evangelização. Usualmente, ao se empregar a expressão Sociedade Torre de Vigia, pretende-se mencionar esta primeira Sociedade, ainda em funcionamento, cuja Directoria veio a constituir o que se convencionou chamar Corpo Governante, ou seja, o grupo de homens responsáveis pelas actividades mundiais das Testemunhas de Jeová. Finalmente, a partir da década de 70 do Século XX, passou a existir uma clara distinção entre o Corpo Governante e as várias sociedades jurÃdicas que as Testemunhas usam simplesmente como instrumentos legais para as suas actividades.
Hoje, as Testemunhas de Jeová constituem um grupo mundial de milhões de membros reunidos em células locais conhecidas por Congregações unidas sob uma estrutura mundial que coordena todas as suas actividades. Apesar de possuÃrem o que chamam de organização e nela existirem homens que assumem responsabilidades locais ou mais abrangentes, as Testemunhas não têm a distinção entre clero e leigos, tal como acontece com muitas denominações religiosas. Os seus responsáveis não possuem tÃtulos honorÃficos, não usam vestimenta ou sÃmbolos distintivos, não se lhes impõe o celibato, não são assalariados e espera-se que sejam os primeiros a dar o exemplo de boa conduta e moral aos restantes membros da congregação.
Apesar de duramente perseguidas e proscritas em muitos paÃses, sendo alvo de crÃticas e várias controvérsias devido à sua singular interpretação da BÃblia e apego intransigente à s suas doutrinas que, na sua maioria, diferem da teologia dita cristã, rejeitando assim qualquer envolvimento ecuménico, mantendo uma estrita neutralidade polÃtica e militar e defendendo uma conduta moral bastante rÃgida, as Testemunhas de Jeová continuam a experimentar um contÃnuo aumento entre as suas fileiras. Para isso contribui um zelo notável, que alguns consideram proselitismo agressivo, no que chamam "obra de pregação das Boas Novas do Reino". Este serviço realizado voluntariamente distingue-as e torna-as conhecidas mundialmente, sendo habitual observá-las nas suas regulares visitas à s casas dos seus vizinhos e no contacto directo com o público onde quer que haja pessoas. Preocupam-se também em divulgar os seus ensinos por publicarem milhares de milhões de páginas de informação em várias centenas de lÃnguas, sem esquecer os que têm necessidades especiais, tal como os surdos ou cegos. Aos interessados oferecem estudos domiciliares e gratuitos da BÃblia tentando depois trazê-los até aos seus centros de reunião, conhecidos por Salões do Reino. As suas reuniões e Congressos, bem como a realização de cerimónias como casamentos e funerais, são sempre realizadas gratuitamente e nunca fazem colectas. Aceitam contribuições voluntárias e anónimas para o financiamento da sua obra e dos seus locais de reunião. Mantêm ainda extensos programas de educação e de serviço voluntário em várias frentes.
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O seu nome distintivo
Esta comunidade religiosa era conhecida inicialmente como Estudantes da BÃblia. Os seus membros foram também chamados, em sentido pejorativo, de "russellitas", "rutherfordistas", "auroristas do milénio" e "anti-infernistas". Em 1931, entenderam que deveriam fazer uma distinção entre a maioria dos membros que eram leais à Directoria da Sociedade Torre de Vigia de BÃblias e Tratados e certos grupos dissidentes que também se intitulavam Estudantes da BÃblia. Além disso, consideraram que o termo Estudantes da BÃblia era demasiado vago para servir como designação distintiva. Assim, no domingo, 26 de julho de 1931, no culminar do Congresso realizado em Columbus, Ohio, nos Estados Unidos da América, os presentes adotaram unânimemente uma resolução intitulada "Um Novo Nome", apresentada por Joseph Rutherford, o segundo presidente da Sociedade Torre de Vigia de BÃblias e Tratados. Nela foi proposto o nome descritivo e distintivo de "Testemunhas de Jeová". Para legitimar a escolha do nome usaram o texto bÃblico de IsaÃas 43:10 que, conforme a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas (NM), publicada pelas Testemunhas de Jeová 20 anos mais tarde, reza:
"Vós sois as minhas testemunhas", é a pronunciação de Jeová, "sim, meu servo a quem escolhi, para que saibais e tenhais fé em mim, e para que entendais que eu sou o Mesmo. Antes de mim não foi formado nenhum Deus e depois de mim continuou a não haver nenhum."
Algumas vezes, as suas publicações usam a expressão "Testemunhas cristãs de Jeová", como forma de reforçar que acreditam em Jesus Cristo como o Filho de Deus e Salvador da humanidade e não apenas em Jeová Deus, seu Pai. Também afirmam que fazem parte de uma "grande nuvem de testemunhas" pré-cristãs de Jeová. (Hebreus 11 a 12:1) Argumentam que o próprio Jesus Cristo é chamado de "testemunha fiel e verdadeira". (Revelação ou Apocalipse 3:14)
Afirmam que, desde o inÃcio, terá existido apenas uma religião verdadeira, constituÃda por aqueles que a BÃblia menciona como fazendo a vontade de Jeová, e que todas as outras formas de adoração podem ser englobadas num império mundial de religião falsa. Consideram que uma das caracterÃsticas principais que fazem com que qualquer grupo religioso, seja ele cristão ou não, seja incluÃdo no conjunto da religião falsa é o desprezar ou simplesmente não reconhecer e divulgar o Nome de Deus, conforme apresentado na BÃblia pelo Tetragrama YHVH, e pronunciado consoante a forma mais popular na lÃngua de cada paÃs. As Testemunhas de Jeová têm orgulho em divulgar o Nome de Deus, preferindo em português a forma Jeová. Apesar de não considerarem incorrecto o uso de Javé (Jahvé) ou Iavé, preferem a forma Jeová (em português) por ser o uso mais comum em grande número das traduções bÃblicas modernas bem como em outras obras seculares e na conversação diária.
Apesar de algumas pessoas, e até mesmo a imprensa ou determinadas obras literárias, designarem as Testemunhas de Jeová por "jeovistas" ou "jeovás", elas rejeitam estes termos considerando-os pejorativos e mesmo ofensivos contra o Deus que adoram, visto que consideram que o Nome Sagrado deve ser tratado com respeito e reverência.
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Fundamentação das suas doutrinas
Ver artigo principal: Doutrinas das Testemunhas de Jeová.
A única autoridade reconhecida pelas Testemunhas de Jeová em termos teológicos é a BÃblia, em particular, a NM - Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pela Sociedade Torre de Vigia, embora usem diversas outras traduções da BÃblia, conforme pode ser visto por uma análise das suas publicações. Além disso, muitas Testemunhas ainda não possuem aquela versão no seu idioma, recorrendo assim à s versões mais populares disponÃveis no paÃs onde moram. A interpretação do texto biblico é feita segundo o entendimento aprovado pelo Corpo Governante das Testemunhas de Jeová e publicado pela Sociedade Torre de Vigia de BÃblias e Tratados. Confiam plenamente no seu Corpo Governante como "porta-voz" de Jeová Deus, para fornecer ensino e entendimento bÃblico no tempo apropriado. No entanto, nem os que compõem o Corpo Governante nem qualquer outra Testemunha de Jeová afirmam ser inspirados por Deus, tal como dizem ter acontecido com os escritores bÃblicos. Assim, as suas publicações podem e são sujeitas a alterações a nÃvel doutrinal, talvez quando um estudo mais detalhado de determinado assunto conduz a um ajuste de pensamento.
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Divulgação das suas doutrinas
Consulte também: Meios de difusão da mensagem bÃblica.
As Testemunhas de Jeová procuram empenhar-se na divulgação mundial das suas crenças através de vários meios e, em especial, através da página impressa. Nas suas convenções anuais, são apresentados à comunidade novos livros, brochuras e outros artigos para divulgação doutrinária. Apesar de estarem presentes na Internet com alguns sites oficiais, actualmente não possuem quaisquer emissões de TV ou Rádio. No entanto, foram pioneiras no uso do cinema sincronizado com som e fizeram vasto uso de emissoras de rádio no passado, principalmente na década de 30 e 40 do Século XX, quando chegaram a montar as maiores redes radiofónicas da época.
A sua mensagem é apresentada ao público, principalmente através de duas revistas:
* A Sentinela - Anunciando o Reino de Jeová
* Despertai!
Hoje possuem o maior parque gráfico do mundo, com capacidade para imprimir centenas de milhões de exemplares de publicações a cada ano, sendo que algumas das suas edições estão entre as mais distribuÃdas do mundo. Os tÃtulos publicados são traduzidos em dezenas ou mesmo centenas de idiomas e apresentados em versões diferentes, tal como edições com caracteres de grandes dimensões ou em braille para os que possuem deficiências visuais, DVD's com lÃngua de sinais, gravações áudio entre outros. Lançam ainda documentários e filmes sobre diversos temas, discos com temas apenas musicais ou cantados, CD-ROM's com a BÃblia e o conteúdo electrónico da maioria das suas publicações dos últimos 35 anos e mantêm um web site oficial com informação em 265 lÃnguas.
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Modo de vida
As Testemunhas de Jeová encaram a sua religião como um modo de vida, sendo que todos os outros interesses, incluindo o emprego e a famÃlia, giram em torno da adoração exclusiva que prestam a Jeová, o seu Deus. A BÃblia é encarada como um verdadeiro manual de aplicação prática e obrigatória em todos os campos da vida. Assim, não importam o que façam, incluindo a selecção de diversão ou de vestuário, de carreira na escola ou na profissão ou mesmo a escolha de cônjuge, o comportamento e interacção com a comunidade, nos negócios ou em lazer, tudo isso é influenciado pela decisão que tomaram de dedicar a sua vida incondicionalmente a Jeová. Pretendem aplicar seriamente a seguinte injunção bÃblica:
* 1 CorÃntios 10:31
"Portanto, quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei todas as coisas para a glória de Deus." (NM)
Afirmado-se cristãs, observam o exemplo de Jesus procurando imitá-lo, conforme a seguinte instrução:
* 1 Pedro 2:21
"Fostes chamados para este proceder, porque até mesmo Cristo sofreu por vós, deixando-vos um modelo para seguirdes de perto os seus passos." (NM)
Todas as Testemunhas de Jeová são incentivadas a serem diligentes estudantes da BÃblia e das publicações que afirmam basear-se nela, bem como a apresentar um elevado grau de compromisso com a sua religião. Crêem que todas elas, sejam homens ou mulheres, são ministros de Deus, ordenados no dia do seu batismo pessoal por imersão completa em água. Este passo não é permitido a crianças incapazes de tomar decisões nem é imposto a adultos. Usualmente, alguém que se reúne com as Testemunhas necessita de vários meses, ou mesmo anos, para ser aprovada para o batismo e só depois de expressar convictamente o seu desejo de se tornar uma Testemunha de Jeová.
Além do seu estudo pessoal da BÃblia, espera-se que assistam a reuniões congregacionais, usualmente três vezes por semana, em locais conhecidos por Salões do Reino ou em casas particulares, para instrução colectiva e encorajamento mútuo. Outras reuniões de maiores dimensões ocorrem, usualmente, três vezes por ano, em Salões de Assembleias mantidos por elas ou em instalações públicas alugadas, como estádios desportivos ou auditórios municipais.
Todas as Testemunhas são também proclamadores activos da mensagem que consideram urgente transmitir. Participam regularmente em actividades formais organizadas localmente para contactar os vizinhos mas também aproveitam ocasiões informais para falar com conhecidos ou simplesmente com aqueles com quem se cruzam ao longo do dia.
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Serviço voluntário das Testemunhas de Jeová
Ver artigo principal: Serviço voluntário das Testemunhas de Jeová.
As Testemunhas de Jeová encontram-se entre as organizações que usam amplamente o serviço voluntário e, pertencendo a uma religião que se afirma cristã, encaram o amor ao próximo como um sinal identificador do cristianismo genuÃno. Todos os seus membros são voluntários, usando as suas habilidades, tempo, esforço e recursos financeiros em projectos especÃficos promovidos pela organização a que pertencem.
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Conceito sobre outras religiões
As Testemunhas de Jeová crêem que praticam a religião verdadeira (ou seja, o primitivo Cristianismo), e por fazer isso, serão salvas como grupo, o que não significa que toda Testemunha individual seja salva. Ensinam que, para alguém poder ser salvo, a pessoa tem de obter conhecimento sobre a vontade de Deus, conforme expressa na BÃblia, e pôr em prática aquilo que aprende, mantendo a sua integridade até o fim. (Mateus 24:13)
Já por muitos anos, as suas publicações têm expresso a opinião que todas as outras religiões são falsas, particularmente as religiões da cristantade, ou seja aquelas que professam ser cristãs. A todas as religiões acusam de permissividade moral, envolvimento na polÃtica e nos conflitos mundiais, divulgação de ensinos que consideram pagãos e anti-bÃblicos, ostentação material, conduta imprópria ou destaque pessoal dos seus lÃderes e que, por essas razões, todas elas serão destruÃdas. Crêem que isso acontecerá à s mãos dos governos polÃticos do mundo que abolirão a religião e que, sem se aperceberem, apenas estarão a executar o julgamento de Deus.
Embora sejam criticadas por serem intolerantes com as outras religiões, elas respeitam as diferenças de opinião e não procuram impôr as suas crenças. Criticam as organizações religiosas nas suas doutrinas e práticas que consideram biblicamente erradas, mas nunca a fé individual e a sinceridade dos seus crentes. Sobre este assunto, a revista Despertai! de 8 de Julho de 1988, página 28, afirmou:
"Sentimos interesse bondoso e amoroso pelas pessoas de todas as religiões, mas quando as crenças e práticas religiosas delas são falsas e merecem a desaprovação de Deus, trazer isto à atenção delas, por expôr a falsidade, significa mostrar amor a elas. Jesus mostrou claramente o erro das práticas religiosas dos escribas e fariseus de seus dias, dizendo que a religião deles era vã."
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Oposição às Testemunhas de Jeová
Ao longo da sua história, as suas crenças, doutrina e práticas religiosas têm sido, amiúde, alvo de algumas controvérsias.
As Testemunhas de Jeová têm enfrentado opressão e perseguição por parte de alguns governos totalitários, sendo inclusivamente um dos grupos visados pelo regime Nazi e pelos regimes comunistas. Durante os últimos cem anos, muitos governos, incluindo os chamados democráticos, baniram as suas actividades, alguns chegando mesmo a prender ou a executar os seus membros. As acusações resultavam especialmente da sua neutralidade quanto aos assuntos polÃticos ou militares, ou pela instigação de lÃderes religiosos. Até o dia de hoje, existem várias Testemunhas de Jeová presas por motivos religiosos bem como vários paÃses onde as suas actividades estão sob proscrição governamental. Em todos os paÃses elas tentam estabelecer o direito à objecção de consciência solicitando a isenção do serviço militar, rejeitam participar em cerimónias patrióticas e nacionalistas, tais como a saudação à bandeira ou cantar o hino nacional.
A opinião crÃtica que difundem abertamente contra as religiões que consideram falsas, bem como o não fazerem parte de qualquer movimento ecuménico e o empenho num proselitismo considerado "agressivo", acabou por suscistar uma forte oposição por parte dessas religiões contra elas. Visto que algumas religiões possuÃam forte influência polÃtica, as autoridades governamentais foram muitas vezes instigadas a proscrever, banir ou confiscar as propriedades e publicações da Sociedade Torre de Vigia bem como a perseguir, prender ou deportar as próprias Testemunhas, incluindo mulheres e crianças. Este tipo de perseguição movida por grupos religiosos ainda acontece no Século XXI, em alguns paÃses do mundo.
Outros problemas que enfrentaram envolviam o que elas consideram ser o direito de divulgar a sua mensagem de uma forma pessoal e directa, visitando as casas dos seus vizinhos. Outros colocaram objecções legais à forma como a sua obra é financiada tentando obrigá-las a pagar impostos sobre a produção e distribuição de literatura ou sobre as contribuições recebidas de forma anónima e voluntária.
Baseando-se na sua singular interpretação da BÃblia sobre o uso do sangue, entendem que as transfusões de sangue lhes são proibidas por Deus. Isso originou conflitos com a classe médica e autoridades judÃciais, colocando diversos desafios éticos, cirúrgicos e jurÃdicos. No entanto, um esforço concertado de esclarecimento da classe médica bem como da opinião pública conduziu a uma melhor compreensão da sua posição, sendo que algumas entidades chegam mesmo a defender a posição que elas adotam. Para mais informações sobre esta questão, veja o artigo Testemunhas de Jeová e a Questão do Sangue.
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Algumas conquistas legais
Nos Estados Unidos, muitos casos judiciais nos anos 30 e 40 do Século XX, envolvendo Testemunhas de Jeová, ajudaram a dar forma à Lei da Primeira Emenda, abrindo precedentes na interpretação desta lei fundamental americana. O mesmo tem vindo a suceder na União Europeia e em outros paÃses. Alguns casos levaram à afirmação de direitos importantes da cidadania, tanto com benefÃcios para elas como para a população em geral. Entre eles estão:
* Direito a não jurar lealdade absoluta ao Estado (apenas relativa) e a não apoiar ideais nacionalistas;
* Não ser obrigatório o saudar a bandeira nacional ou cantar o hino em cerimónias patrióticas (mas respeitando os sÃmbolos nacionais);
* Direito à objecção de consciência por razões religiosas;
* Direito à recusa de prestar serviço militar, combatente ou não-combatente, por razões religiosas;
* Direito à pregação em público e de distribuir publicações religiosas, sem necessitar de uma autorização ou licença como pré-condição;
* Direito à isenção fiscal sobre o seu património imóvel em virtude da Sociedade Torre de Vigia de Biblias e Tratados e suas congéneres, serem sociedades inteiramente religiosas e sem fins lucrativos.
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EstatÃsticas mundiais
Segundo o Relatório Mundial do Ano de Serviço de 2005 (de Setembro de 2004 a Agosto de 2005), publicado na revista A Sentinela, de 1 de Fevereiro de 2006, páginas 19 a 22 e no Anuário das Testemunhas de Jeová de 2006, página 31, as Testemunhas de Jeová tiveram um auge de 6.613.829 publicadores por todo o mundo o que constitui o maior número de sempre de membros activos. Este número representa um aumento de 1,3% sobre o total de publicadores indicados no Ano de Serviço de 2004. Este percentual é um dos mais baixos dos últimos 10 anos, visto que o crescimento de publicadores tinha sido de 4,4% em 1996 e caÃdo para 1,7% em 2001. Depois, registou-se 2,8% em 2002, 2,2% em 2003 e 2,0% em 2004. O número de adeptos apresentado no relatório anual refere-se apenas ao número de publicadores que participam regularmente na divulgação da crença (o que inclui publicadores batizados e não-batizados), não sendo por isso, comparável com as estatÃsticas apresentadas por outros grupos religiosos. As mesmas fontes referidas acima informam que 16.383.333 pessoas estiveram presentes na Comemoração da Morte de Cristo.
O número de paÃses com crescimento negativo ou zero aumentou de 7 em 2003 para 22 em 2004 (Austrália, Ãustria, Bélgica, Grã-Bretanha, Canadá, República Checa, Dinamarca, Finlândia, Grécia, Hong Kong, Hungria, Itália, Japão, PaÃses Baixos, Noruega, Portugal, Porto Rico, Roménia, Eslováquia, Suécia, SuÃça, EUA). Verifica-se um contÃnuo crescimento de publicadores na maioria dos paÃses africanos, sul-americanos, asiáticos não-islâmicos e da ex-União Soviética. Foi ainda relatado um crescimento de 9,2% em relação a 2004 em 28 paÃses não-identificados devido à proscrição oficial das suas actividades religiosas, sendo estas realizadas clandestinamente.
São também apresentadas estatÃsticas sobre o número dos desassociados em algumas das suas publicações.
Consulte também: Desassociação e Dissociação.
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Ver também
* Corpo Governante das Testemunhas de Jeová
* Sociedade Torre de Vigia de BÃblias e Tratados
* Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas
* Neutralidade das Testemunhas de Jeová
* Triângulos Roxos - as vÃtimas esquecidas do Nazismo
2006-10-04 12:47:12
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answer #3
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answered by LLian 3
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