Em 1º lugar, há divisão de intenção de intenções de votos dos evangélicos entre todos os candidatos, assim como há opiniões polÃticas divididas dentro de todas as outras religiões.
Na verdade, como declarado pela Folha de São Paulo, "quando se trata da religião declarada pelos entrevistados, verifica-se empate entre Lula e Alckmin entre os evangélicos não pentecostais (batistas, presbiterianos, metodistas, entre outros). Nesse segmento, o petista fica com 34% e o peessedebista com 32% das intenções de voto. Já entre os evangélicos pentecostais (de igrejas como Assembléia de Deus, Congregação Cristã do Brasil e Igreja Universal do Reino de Deus), Lula, com 43%, fica 18 pontos à frente de Alckmin, que obtém 25%. Entre os que se declaram espÃritas, Lula fica seis pontos abaixo da média, atingindo 38%, enquanto Alckmin atinge 34% (seis pontos acima da média). HeloÃsa Helena chega a 15% das intenções de voto entre os espÃritas, taxa cinco pontos acima da média.
Entre os católicos, as preferências são parecidas com as verificadas entre o total do eleitorado: 47% têm intenção de votar em Lula, 28% em Alckmin e 9% em HeloÃsa Helena."
O próprio Jesus, quando escolheu seus doze discÃpulos, aceitou pessoas de tendências polÃticas completamente opostas entre si (Mateus, um publicano, judeu colaboracionista com o Império Romano, e Simão o zelote, da resistência judia à ocupação romana - Mateus 10,1-4), mostrando que Ele veio dar chance de salvação para todos, e não só para um grupo de pessoas.
Agora, conceito importante a ser considerado é o da laicidade do Estado brasileiro.
Conforme verbete no Dicionário da Cidadania, “Laicidade: neutralidade do Estado, das cole-tividades locais e de todos os serviços públicos em relação a uma ou várias religiões e uma ou vá-rias filosofias. Na França, a laicidade do Estado foi consagrada em 1905 através da lei de separação da Igreja e do Estado.”
O Dr. Fernando Machado da Silva Lima ensina:
“A separação entre Igreja e Estado, adotada nos Estados Unidos desde a Emenda nº1, de 1.791, decorre diretamente do direito à liberdade religiosa, princÃpio básico de toda a polÃtica repu-blicana. Modernamente, é reconhecida pelas constituições da maioria dos Estados democráticos, e também por diversos tratados internacionais. O constitucionalista português Jorge Miranda ressalta a importância da liberdade religiosa, e afirma que ela está "no cerne da problemática dos direitos humanos fundamentais, e não existe plena liberdade cultural nem plena liberdade polÃtica sem essa liberdade pública, ou direito fundamental".
Para Rui Barbosa, "de todas as liberdades sociais, nenhuma é tão congenial ao homem, e tão nobre, e tão frutificativa, e tão civilizadora, e tão pacÃfica, e tão filha do Evangelho, como a liberda-de religiosa."
No Brasil, a separação entre a Igreja e o Estado foi efetivada em 7 de janeiro de 1.890, pelo Decreto nº 119-A, e constitucionalmente consagrada desde a Constituição de 1.891. Até 1.890, o catolicismo era a religião oficial do Estado e as demais religiões eram proibidas, em decorrência da norma do art. 5o da Constituição de 1.824. O catolicismo era subvencionado pelo Estado e gozava de enormes privilégios.
A atual Constituição brasileira, de 1.988, proÃbe, em seu art. 19, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos MunicÃpios, "estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento, ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público." ”
Para Sampaio Bruno, “in” «A Questão Religiosa» (1907): “O Estado também não pode ser ateu, deÃsta, livre-pensador; e não o pode ser, pelo mesmo motivo porque não tem o direito de ser católico, protestante, budista. O Estado tem de ser céptico, ou melhor dizendo indiferentista.” .
Na opinião do ateu Carlos Esperança, “(...) a laicidade se tornou uma exigência em nome da tolerância, uma garantia de liberdade para todas e cada uma das religiões. A laicidade é desconheci-da no mundo árabe, tolerada nos EUA e na Europa e não consolidada em Portugal. A contestação tem sempre subjacente o combate a outra religião ou à ausência de uma. (...) à na herança humanista da Revolução Francesa que assentam o laicismo e a democracia. (...)”
Para Eloi Messi Metongo, padre dominicano de Camarões, doutor em teologia e história das religiões, deve-se “fazer o possÃvel para defender a laicidade do Estado. Um estado confessional (o que acontece hoje com o Estado islâmico) é um grande obstáculo para o diálogo.”
Em suma, o Estado e o governo brasileiros não são ou não deveriam ser, nem podem ser confessionais, nem privilegiar entidades confessionais com recursos públicos, nem ter com elas relações fora do permitido pelo já citado Art. 19 da Constituição da República Federativa do Brasil.
Por uma questão de coerência, as conseqüências desta laicidade do Estado portanto deveriam ser, entre outras:
- fim dos empregos públicos para capelães e professores de religião;
- fim de todos os feriados religiosos, inclusive Natal, Páscoa, Senhora dos católicos, e o feriado pagão do Carnaval;
- fim dos apoios públicos, até financeiros, a entidades confessionais de qualquer área (inclusive saúde e educação) que tiverem sido dados somente por elas serem confessionais.
O mais importante de tudo é você dar a César o que é de César (impostos e serviço cidadão), e a Deus o que é de Deus (todo o seu ser).
2006-09-24 19:15:58
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answer #4
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answered by Anonymous
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Convenção Nacional das Assembléias de Deus no Brasil
Ministério de Madureira Conamad
ExcelentÃssimo Senhor,
Presidente da República Federativa do Brasil
Doutor Luiz Inácio Lula da Silva
A CONVENÃÃO NACIONAL DAS ASSEMBLÃIAS DE DEUS NO BRASIL MINISTÃRIO DE MADUREIRA, com jurisdição em todo o território nacional, como órgão máximo hierárquico, deliberativo, legislativo, gerenciador e articulador da unidade e integração das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus Ministério de Madureira, contando atualmente em seus quadros com 19.000 ministros (pastores, evangelistas, missionários e missionárias), e cerca de 25.000 templos espalhados pela Nação Brasileira, vem à presença de Vossa Excelência tecer e elencar indispensáveis e necessárias considerações, julgando essenciais para o momento polÃtico atual, senão vejamos:
Considerando que vivemos novo momento de um projeto polÃtico de transformações sociais que avançou no Brasil, com uma polÃtica externa independente, firme e criativa, fazendo com que a população menos favorecida desfrute de melhorias em suas vidas e de suas famÃlias;
Considerando que este governo tem apurado com rigor todos os escândalos que vêm sendo denunciados e divulgados, através do trabalho profÃcuo da Controladoria Geral da União, da PolÃcia Federal e do Ministério Público, sem distinção de partidos ou entidades;
Considerando que Vossa Excelência tem total capacidade e idoneidade polÃtica e moral para conduzir o Brasil nas fundamentais reformas polÃticas, sociais, econômicas que emergem de sentimentos dos mais diversos setores da sociedade civil organizada;
Considerando que a reeleição de Vossa Excelência já no primeiro turno, permitirá ao governo sair fortalecido, livre de pressões em contrário e com capacidade de realizar e ampliar as transformações que a sociedade exige, através de um amplo Pacto Social;
Vimos, por meio deste manifesto, tornar pública a toda a Nação brasileira nossa total adesão à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva e conclamamos as
Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus no Brasil, a se empenharem na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, em 1º de outubro de 2006.
BrasÃlia, 04 de setembro de 2006
Bispo Doutor Manoel Ferreira
Presidente
Fonte: site Lula Presidente
2006-09-24 18:20:42
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answer #7
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answered by Anonymous
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