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19 respostas

É verdade que existem pessoas que sequer acreditam na existência na alma. Para estas, quando o corpo físico cessa sua existência, tudo acabou. Mas a grande maioria da população do planeta acredita que, após a morte, a vida continua em outros planos de existência, tão ou mais intensa do que na Terra.
É bem possível que nunca na História tenha se discutido tanto o tema “vida após a morte” quanto agora. A facilidade com que as idéias são expostas e divulgadas ajuda muito. Parece que, quanto mais a sociedade se volta para o materialismo – seja pelo consumo desenfreado ou devido às necessidades básicas da vida –, mais as pessoas procuram saber a respeito desse mundo invisível e desconhecido para a maioria dos humanos.
É verdade que as descrições das dimensões superiores são tão (ou mais) antigas quanto as religiões. Mas após a detalhada descrição fornecida por André Luiz através de Chico Xavier, a quantidade de relatos a respeito do mundo espiritual aumentou muito. Alguns médiuns dizem que hoje o mundo espiritual encontra-se mais próximo do mundo material, daí a facilidade com que os relatos têm sido transmitidos, captados, canalizados.
Nem todas as pessoas concordam com o que é dito sobre o mundo após a morte, e ocorrem disputas até mesmo acirradas. Mas a discussão é sempre interessante, desde que bem educada. Para muitos pensadores, não há dúvida de que os conceitos cristãos de Céu e Inferno ainda estão muito presentes principalmente na cultura ocidental, mas de maneira geral as noções sobre a vida após a morte têm se estendido para além dessa visão, considerada insuficiente para explicar a complexidade da existência em outros níveis.
Essas descrições surgem das mais diferentes correntes de pensamento, às vezes com origens tão antigas quanto a humanidade, outras tão recentes que têm dificuldade em encontrar a credibilidade necessária – para muitos estudiosos do assunto, a credibilidade é uma das questões centrais aqui. Com o crescimento no número de relatos e canalizações, o tema correu o risco de ser banalizado ou transformado em simples veículo para pessoas mal-intencionadas.
Sendo assim, estamos numa pista com duas direções: de um lado, nunca tivemos tantas mensagens e com tantos detalhes; de outro, nunca foi tão necessário ter um pé atrás com relação a essas mensagens, ou melhor, aos mensageiros. Não há dúvida de que o ego atrapalha em muito, e grande parte das disputas já citadas se dá nesse terreno pegajoso, correndo o risco de se deturpar as mensagens em nome de interesses puramente materiais, mesmo quando isso ocorre de forma quase inconsciente.
História
As noções sobre o mundo após a morte que prevalecem ultimamente começaram a ser moldadas há milhares de anos, nas culturas mais antigas do planeta, e foram sofrendo modificações com o passar do tempo.
Nas antigas civilizações do Oriente Médio a vida depois da vida era vista como algo sem muitos atrativos, prevalecendo assim a idéia de que o ideal mesmo era aproveitar ao máximo a vida na Terra. Segundo os historiadores, os sumérios acreditavam que a alma simplesmente entrava no kur, uma espécie de inferno, onde ficava eternamente vagando sem objetivo; para chegar ao kur, ela precisava atravessar um rio, conduzida por uma barca, visão que posteriormente ressurgiu na Grécia: o rio era o Estige; e o condutor da barca, Caronte. Alguns pesquisadores entendem que muito do que foi escrito na Bíblia teve início, na verdade, entre os sumérios, como a idéia do dilúvio. Dessa forma, é possível que para eles a vida após a morte fosse mais complexa.
As civilizações da Assíria e Babilônia também são apresentadas como tendo uma visão semelhante sobre a vida no além, com as almas de humildes e poderosos indo igualmente para o arallu, um mundo subterrâneo sem ar ou alimentos, do qual nenhuma alma retornava. Demônios vigiavam as sete barreiras que separavam o arallu do mundo dos vivos, e as recompensas para uma vida correta e de obediência aos deuses eram distribuídas em vida. Dizem que os fenícios viam as almas como sombras que viviam num mundo sem prazeres, ainda que tomassem todo o cuidado para sepultar os corpos com seus objetos pessoais.
Vários historiadores entendem que a imagem da vida após a morte que os patriarcas da religião judaica tinham era de uma existência sem atrativos numa religião subterrânea chamada sheol, o país das trevas, do caos e do silêncio. A partir do século I a.C., já se ouve mencionar a felicidade que era reservada aos justos e, também nessa época, surge a idéia da ressurreição dos mortos e da eficácia das orações às almas para libertá-las dos pecados, noção que posteriormente impregnou o pensamento cristão.
No entanto, muitos historiadores afirmam que a noção de um inferno e um paraíso, assim como da ressurreição, já estavam presentes na região num período bem anterior com o zoroastrismo, que se desenvolveu na Pérsia a partir do séc. VI a.C.
O Outro Mundo
É difícil dizer com exatidão qual a mais antiga visão de um mundo após a morte. Segundo as próprias origens lendárias do zoroastrismo, a religião em si teria mais de dez mil anos, uma vez que tem origem entre os arianos que viviam no norte da Sibéria e migraram para a região da Pérsia e Índia há vinte mil anos.
Muitos pesquisadores entendem que a visão egípcia é mais antiga do que a hindu, e os mais ousados afirmam que as religiões do mundo nada mais são do que um reflexo de um conhecimento ainda anterior, remontando às civilizações da Atlântida e Lemúria, com datas que vão de quinhentos mil até dezoito milhões de anos.
O conhecimento da dimensão espiritual seria, portanto, anterior às civilizações hoje conhecidas pela história e arqueologia, e teria sido trazido até nós por seres de outros planetas, que possuiriam informações científicas sobre as demais dimensões da existência. Esse pensamento é rechaçado pela maioria das religiões, doutrinas ou linhas de pensamento espiritual, encontrando resistência até mesmo dentro do espiritismo, apesar de Kardec ter citado a existência após a morte em outros planetas.
As descrições católicas da vida após a morte que se sobrepuseram às demais noções européias apresentavam um inferno, um purgatório, um limbo e um paraíso, e acabaram se tornando clássicas e preponderantes, incorporando as dos gregos, por exemplo, que também acreditavam em um julgamento e numa espécie de paraíso, os Campos Elísios.
Costuma-se dizer que as noções de reencarnação e de um mundo extrafísico bastante ativo propagaram-se no Ocidente a partir de meados do séc. XIX, com a teosofia e, especialmente, com o espiritismo. Outros insistem que a Igreja Católica defendia a crença na reencarnação até a realização do II Concílio de Constantinopla, em 553, quando teria sido proibida e considerada heresia. Os estudiosos cristãos não concordam com isso, afirmando que o assunto tratado era a preexistência da alma. No entanto, o tema é discutido ainda hoje, e existem inúmeras passagens da Bíblia e palavras de Jesus que são apresentadas como prova de que ele se referia à reencarnação.
O que muitos especialistas afirmam é que, de fato, as idéias de reencarnação e de uma vida após a morte estavam quase que totalmente abafadas na Europa do séc. XIX, esquecidas, até que o mundo espiritual entendeu ser o momento de se manifestar. O interesse público pelo assunto começou a aumentar depois de 1848; quando as irmãs Fox afirmaram ter estabelecido contato com os espíritos dos mortos, uma verdadeira mania pelos espíritos tomou conta do mundo, especialmente da Europa.
Essa situação se fixou com a publicação de O Livro dos Espíritos, em 1857, por Allan Kardec. Em 1875, Helena Petrovna Blavatsky deu a sua contribuição com a fundação da Sociedade Teosófica, que, apesar de muito combatida ainda hoje, teve o mérito de mais uma vez despertar o Ocidente para inúmeras tradições orientais sobre o mundo espiritual e a vida pós-morte.
Mudanças
A verdade é que depois dessa época, as coisas nunca mais foram as mesmas. O que era considerado uma visão restrita do catolicismo cedeu cada vez mais espaço para idéias extremamente bem organizadas a respeito do mundo espiritual. Muitos disseram que a tentativa de se comunicar com os espíritos era, no final do séc. XIX, apenas um modismo e que por isso tantas pessoas interessaram-se pelo assunto. Outros, entretanto, entendem que essas tentativas de contato com o mundo espiritual representavam um verdadeiro anseio das pessoas, que não era atendido pelas demais religiões ou linhas de pensamento espiritual.
A reação das demais religiões ao espiritismo foi óbvia, uma vez que a nova doutrina praticamente dispensava os intermediários entre o mundo material e o mundo espiritual, ainda que a utilização de médiuns fosse, e ainda seja, uma constante. As pessoas começaram a perceber que elas mesmas tinham um dom que, em determinados casos, as possibilitava de entrar em contato com essa outra dimensão, sem que fosse preciso o aval de um padre ou pastor.
De uma maneira ou de outra, esse tipo de consciência parece ter impregnado o pensamento espiritual do século seguinte, e até mesmo a ciência, que passou a pesquisar as manifestações mediúnicas de forma nunca antes vista, especialmente na Inglaterra, onde cientistas famosos como William Crookes dedicaram-se aos estudos.
As descrições sobre o mundo após a vida física fornecidas pelos espíritos tornaram-se cada vez mais detalhadas, complexas e numerosas. Kardec referiu-se a espíritos desencarnados vivendo em Júpiter e em outros planetas do sistema solar, ainda que numa dimensão diferente daquela em que vivemos – uma noção difícil de ser aceita e discutida pela ciência da época, mas que hoje já se tornou tão comum que as pessoas chegam a desconfiar das chamadas “canalizações”, tamanha sua quantidade e variedade.
Mais recentemente, as pesquisas em torno das chamadas experiências de quase-morte também abriram um novo campo de estudos e especulações sobre o mundo do além, especialmente a partir dos trabalhos de Raymond Moody e Elizabeth Kubler-Ross.
Tem sido demonstrado que pessoas tidas como clinicamente mortas por alguns minutos – especialmente em meio a cirurgias – chegaram a ter visões dessa dimensão, ainda que sem a riqueza de detalhes que os médiuns apresentam. Tratava-se de uma indicação de que um fenômeno estava ocorrendo.
A ciência ortodoxa ainda resiste a essas explicações e continua tentando apresentar alternativas para os fenômenos, mas as mensagens dos espíritos continuam acontecendo – e cada vez mais. Parece, realmente, que a dimensão espiritual encontra-se mais próxima da nossa, facilitando o contato e estabelecendo uma ponte mais segura para a comunicação e entendimento dos encarnados.
Algumas técnicas que vêm sendo desenvolvidas, especialmente na chamada transcomunicação, parecem indicar um caminho novo para as pesquisas, com a utilização de moderna tecnologia sendo cada vez mais necessária para que se obtenha uma maior credibilidade para as comunicações.
A tentativa de se saber mais sobre a vida depois da vida continua sendo um tema apaixonante, e relativamente abandonado pela ciência, que não consegue encontrar ou definir o instrumental adequado para sua exploração.
O fato é que cabe a cada um saber até que ponto confiar nas mensagens enviadas pelo mundo espiritual, separando as informações válidas daquelas fornecidas por pessoas que apenas querem se aproveitar de uma curiosidade que vem acompanhando a humanidade ao longo de sua existência no planeta.Reencarnação
A Alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, pode acabar de depurar-se sofrendo a prova de uma nova existência (reencarnando). Depurando-se, a alma indubitavelmente experimenta uma transformação, mas para isso necessária lhe é a prova da vida corporal. Todos contamos muitas existências. Os que dizem o contrário pretendem manter-vos na ignorância em que eles próprios se encontram. Esse o desejo deles. Alma
A alma do Homem é dita espírita ou moral, por ser dotada de livre arbítrio. Percebe-se que a alma dos animais é ao mesmo tempo vital e instintiva, enquanto a do Homem é algo mais, visto que, neste último, sua propriedade espécie-específica é distinta pelo alto grau de desenvolvimento de que é tomada a inteligência pelo livre arbítrio.

2006-09-10 12:21:02 · answer #1 · answered by ALFREDO D 5 · 1 0

O retorno ha e não há ao mesmo tempo, dependendo da perspectiva adotada. Veja bem, ha um retorno do mesmo eu (da alma, se preferir usar este termo), mas dentro de um novo corpo, portanto dentro de uma circunstancia muito diferente da encontrada por esse eu em seu mundo. Isso equivale a dizer que não ha o retorno, porque o novo eu será muito diferente daquele que era, ja que seu corpo será diferente. Mas veja que se a condição de antes do nascer é a mesma da depois do morrer é plausível que o retorno a vida se dê novamente, ja que entao não ha impedimento para se nascer de novo: da mesma maneira que se nasceu um dia, por que nao outra vez?.

2006-09-10 12:00:11 · answer #2 · answered by Anonymous · 1 0

´´a morte é a curva no final da estrada, morrer é apenas deixar de ser visto``.

´´Nascer, morrer, renascer ainda, progredir continuamente, tal é a Lei`` (Allan Kardec)

ALÉM DA MORTE
Cumprida mais uma jornada na terra, seguem os espíritos para a pátria espiritual, conduzindo a bagagem dos feitos acumulados em suas existências físicas.
Aportam no plano espiritual, nem anjos, nem demônios.
São homens, almas em aprendizagem despojadas da carne.
São os mesmos homens que eram antes da morte.
A desencarnação não lhes modifica hábitos, nem costumes.
Não lhes outorga títulos, nem conquistas. Não lhes retira méritos, nem realizações.
Cada um se apresenta após a morte como sempre viveu.
Não ocorre nenhum milagre de transformação para aqueles que atingem o grande porto. Raros são aqueles que despertam com a consciência livre, após a inevitável travessia.
A grande maioria, vinculada de forma intensa às sensações da matéria, demora-se, infeliz, ignorando a nova realidade.
Muitos agem como turistas confusos em visita à grande cidade, buscando incessantemente endereços que não conseguem localizar.
Sentem a alma visitada por aflições e remorsos, receios e ansiedades. Se refletissem um pouco perceberiam que a vida prossegue sem grandes modificações.
Os escravos do prazer prosseguem inquietos. Os servos do ódio demoram-se em aflição. Os companheiros da ilusão permanecem enganados. Os aficionados da mentira dementam-se sob imagens desordenadas. Os amigos da ignorância continuam perturbados.
Além disso, a maior parte dos seres não é capaz de perceber o apoio dispensado pelos espíritos superiores. Sim, porque mesmo os seres mais infelizes e voltados ao mal não são esquecidos ou abandonados pelo Auxílio Divino.
Em toda parte e sem cessar, amigos espirituais amparam todos os seus irmãos, refletindo a paternal providência divina.
Morrer, longe de ser o descansar nas mansões celestes ou o expurgar sem remissão nas zonas infelizes, é, pura e simplesmente, recomeçar a viver.
A morte a todos aguarda. Preparar-se para tal acontecimento é tarefa inadiável. Apenas as almas esclarecidas e experimentadas na batalha redentora serão capazes de transpor a barreira do túmulo e caminhar em liberdade.
A reencarnação é uma bendita oportunidade de evolução.
A matéria em que nos encontramos imersos, por ora, é abençoado campo de luta e de aprimoramento pessoal.
Cada dia de que dispomos na carne é nova chance de recomeço.
Tal benefício deve ser aproveitado para aquisição dos verdadeiros valores que resistem à própria morte. Na contabilidade divina a soma de ações nobres anula a coletânea equivalente de atos indignos.
Todo amor dedicado ao próximo, em serviço educativo à humanidade, é degrau de ascensão.
***
Quando o véu da morte fechar os nossos olhos nesta existência,
continuaremos vivendo, em outro plano e em condições diversas. Estaremos, no entanto, imbuídos dos mesmos defeitos e das mesmas qualidades que nos movimentavam antes do transe da morte.
A adaptação a essa nova realidade dependerá da forma como nos tivermos preparado para ela. Semeamos a partir de hoje a colheita de venturas, ou de desdita, do amanhã.
Pense nisso.
(Divaldo Pereira Franco _ Espírito Otília Gonçalves)

Deus é eterno, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom.

Criou o Universo que compreende todos os seres animados e inanimados, materiais e imateriais. Os seres materiais constituem o mundo visível ou corporal e os seres imateriais o mundo invisível ou espírita, ou seja, dos Espíritos.

O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevivente a tudo. O mundo corporal não é senão secundário; poderia cessar de existir, ou não ter jamais existido, sem alterar a essência do mundo espírita.

Os Espíritos revestem, temporariamente, um envoltório material perecível, cuja destruição, pela morte, os torna livres.

Entre as diferentes espécies de seres corpóreos, Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos Espíritos que atingiram um certo grau de desenvolvimento, o que lhes dá a superioridade moral e intelectual sobre outros.

A alma é um Espírito encarnado, do qual o corpo não é senão um envoltório.

Há no homem três coisas: 1o – o corpo ou ser material análogo aos dos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2o – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3o – o laço que une a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.

O homem tem assim duas naturezas: pelo corpo, participa da natureza dos animais, dos quais tem o instinto; pela alma, participa da natureza dos Espíritos.

O laço ou perispírito que une o corpo e o Espírito é uma espécie de envoltório semi-material. A morte é a destruição do envoltório mais grosseiro, o Espírito conserva o segundo, que constitui para ele um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, mas que pode, acidentalmente, tornar-se visível e mesmo tangível, como ocorre no fenômeno das aparições.-

O Espírito não é assim um ser abstrato, indefinido, que só o pensamento pode conceber; é um ser real, circunscrito, que, em certos casos, é apreciado pelos sentidos da visão, audição e tato.

Os Espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais nem em força, nem em inteligência, nem em saber, nem em moralidade.

Os da primeira ordem são os Espíritos superiores, que se distinguem dos outros pela sua perfeição, seus conhecimentos, sua aproximação de Deus, a pureza de seus sentimentos e seu amor ao bem; são os anjos ou Espíritos puros. As outras classes se distanciam cada vez mais dessa perfeição; os das classes inferiores são inclinados à maioria das nossas paixões: o ódio, a inveja, o ciúme, o orgulho, etc.; eles se comprazem no mal. Entre eles há os que não são muito bons nem muito maus, mais trapalhões e importunos que maus, a malícia e as inconseqüências parecem ser sua diversão: são os Espíritos estouvados ou levianos.

Os Espíritos não pertencem perpetuamente à mesma ordem. Todos progridem, passando por diferentes graus de hierarquia espírita.

Esse progresso ocorre pela encarnação, que é imposta a uns como expiação e a outros como missão. A vida material é uma prova que devem suportar por várias vezes, até que hajam alcançado a perfeição absoluta. É uma espécie de exame severo ou depurador, de onde eles saem mais ou menos purificados.

Deixando o corpo, a alma reentra no mundo dos Espíritos, de onde havia saído, para retomar uma nova existência material, depois de um lapso de tempo mais ou menos longo, durante o qual permanece no estado de Espírito errante.

O Espírito, devendo passar por várias encarnações, disso resulta que tivemos várias existências e que teremos ainda outras, mais ou menos aperfeiçoadas, seja sobre a Terra, seja em outros mundos.

A encarnação dos Espíritos ocorre sempre na espécie humana: seria um erro acreditar que a alma ou Espírito possa se encarnar no corpo de um animal.

As diferentes existências corporais dos Espíritos são sempre progressivas e jamais retrógradas; mas a rapidez do progresso depende dos esforços que fazemos para atingir a perfeição.

As qualidades da alma são a do Espírito que está encarnado em nós; assim, o homem de bem é a encarnação do bom Espírito, e o homem perverso a de um Espírito impuro.

A alma tinha sua individualidade antes da sua encarnação e a conserva depois da sua separação do corpo.

Na sua reentrada no mundo dos Espíritos, a alma aí reencontra todos aqueles que conheceu sobre a Terra, e todas as suas existências anteriores se retratam em sua memória com a lembrança de todo o bem e de todo o mal que fez.

O Espírito encarnado está sob a influência da matéria; o homem que supera essa influência pela elevação e depuração de sua alma, se aproxima dos bons Espíritos com os quais estará um dia. Àquele que se deixa dominar pelas más paixões e coloca toda a sua alegria na satisfação dos apetites grosseiros, se aproxima dos Espíritos impuros, dando preponderância à natureza animal.

Os Espíritos encarnados habitam os diferentes globos do Universo.

Os Espíritos não encarnados ou errantes não ocupam uma região determinada e circunscrita; estão por toda a parte, no espaço e ao nosso lado, nos vendo e nos acotovelando sem cessar; é toda uma população invisível que se agita em torno de nós.

Os Espíritos exercem, sobre o mundo moral e mesmo sobre o mundo físico, uma ação incessante. Agem sobre a matéria e sobre o pensamento, e constituem uma das forças da Natureza, causa eficiente de uma multidão de fenômenos, até agora inexplicados, ou mal explicados, e que não encontram uma solução racional senão no Espiritismo.

As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos solicitam para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suporta-las com coragem e resignação; os maus nos solicitam ao mal: é para eles uma alegria nos ver sucumbir e nos assemelharmos a eles.

As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As ocultas ocorrem pela influência, boa ou má, que eles exercem sobre nós com o nosso desconhecimento; cabe ao nosso julgamento discernir as boas e más inspirações. As comunicações ostensivas ocorrem por meio da escrita, da palavra, ou outras manifestações materiais, e mais freqüentemente por intermédio dos médiuns que lhes servem de instrumento.

Os Espíritos se manifestam espontaneamente ou por evocação. Podem-se evocar todos os Espíritos: aqueles que animaram homens obscuros, como aqueles de personagens mais ilustres, qualquer que seja a época na qual tenham vivido; os de nossos parentes, de nossos amigos ou de nossos inimigos, e com isso obter, por comunicações escritas ou verbais, conselhos, informações sobre a sua situação no além-túmulo, sobre seus pensamentos a nosso respeito, assim como as revelações que lhes são permitidas nos fazer.

Os Espíritos são atraídos em razão de sua simpatia pela natureza moral do meio que os evoca. Os Espíritos superiores se alegram nas reuniões sérias onde dominem o amor do bem e o desejo sincero de se instruir e se melhorar. Sua presença afasta os Espíritos inferiores que aí encontram, ao contrário, um livre acesso, e podem agir com toda liberdade entre as pessoas frívolas ou guiadas só pela curiosidade, e por toda parte onde se encontrem os maus instintos. Longe de deles obter bons avisos ou ensinamentos úteis, não se deve esperar senão futilidades, mentiras, maus gracejos ou mistificações, porque eles tomam emprestado, freqüentemente, nomes venerados para melhor induzir ao erro.

A distinção dos bons e dos maus Espíritos é extremamente fácil. A linguagem dos Espíritos superiores é constantemente digna, nobre, marcada pela mais alta moralidade, livre de toda paixão inferior; seus conselhos exaltam a mais pura sabedoria, e têm sempre por objetivo nosso progresso e o bem da Humanidade. A dos Espíritos inferiores, ao contrário, é inconseqüente, freqüentemente trivial e mesmo grosseira; se dizem por vezes coisas boas e verdadeiras, mais freqüentemente, dizem coisas falsas e absurdas, por malícia ou por ignorância. Eles se divertem com a credulidade e se distraem às custas daqueles que os interrogam, se vangloriando da sua vaidade, embalando seus desejos com falsas esperanças. Em resumo, as comunicações sérias, na total acepção da palavra, não ocorrem senão nos centros sérios, naqueles cujos membros estão unidos por uma comunhão de pensamentos para o bem.

A moral dos Espíritos superiores se resume, como a do Cristo, nesta máxima evangélica: “Agir para com os outros como quereríamos que os outros agissem para conosco”; quer dizer, fazer o bem e não fazer o mal. O homem encontra neste princípio a regra universal de conduta para as suas menores ações.

Eles nos ensinam que o egoísmo, o orgulho, a sensualidade, são paixões que nos aproximam da natureza animal e nos prendem à matéria; que o homem que, desde este mundo, se desliga da matéria pelo desprezo das futilidades mundanas, e pelo amor ao próximo, se aproxima da natureza espiritual; que cada um de nós deve se tornar útil segundo suas faculdades e os meios que Deus colocou entre suas mãos para o provar; que o Forte e o Poderoso devem apoio e proteção ao Fraco, porque aquele que abusa de sua força e do seu poder, para oprimir seu semelhante, viola a lei de Deus. Ensinam, enfim, que, no mundo dos Espíritos, nada podendo ser oculto, o hipócrita será desmascarado e todas as suas torpezas descobertas; que a presença inevitável, e de todos os instantes, daqueles para com os quais agimos mal, é um dos castigos que nos estão reservados; que ao estado de inferioridade e de superioridade dos Espíritos são fixados penas e gozos que nos são desconhecidos sobre a Terra.
Mas eles nos ensinam também que não há faltas irremissíveis, e que não possam ser apagadas pela expiação. O homem encontra o meio, nas diferentes existências, que lhe permite avançar, segundo seu desejo e seus esforços, na senda do progresso e na direção da perfeição que é seu objetivo final.

2006-09-10 11:56:33 · answer #3 · answered by Antonio Vieira Sobrinho 7 · 1 0

eu acredito!!!!

2006-09-10 11:47:41 · answer #4 · answered by João Claudio 4 · 1 0

Claro que sim. Sou Umbandista e como todo bom Umbandista acredito nos preceitos fundamentais da Doutrina Espírita.

2006-09-10 11:43:10 · answer #5 · answered by Anonymous · 1 0

Sim, totalmente.

2006-09-14 11:16:07 · answer #6 · answered by Naonda do YR 7 · 0 0

nao

2006-09-13 13:43:19 · answer #7 · answered by Marcos,O Levita 4 · 0 0

Eu tenho certeza que isso não existe.

2006-09-11 06:57:52 · answer #8 · answered by diasvaleska 7 · 0 0

Acredito que sim. Porque das duas, uma, ou não há nada após esta vida e o assunto está resolvido e nem vale a pena preocuparmo-nos mais, ou há, como acredito e só faz sentido que haja reencarnação, pois numa só vida de alguns anos, não seria justo que aquilo que fizéssemos de mal fosse condicionar toda uma eternidade de sofrimento. Um Deus que nos castigasse por apenas essa vida, seria pouco misericordioso, justo e não nos deveria Amar muito. E Deus é Amor, como tal...

2006-09-10 15:53:13 · answer #9 · answered by carlossieuve 2 · 0 0

ACREDITO COMPLETAMENTE,POIS , A VIDA NÃO TERIA SENTIDO NENHUM ,SE APENAS NACEMOS , MORREMOS E PRONTO. DEUS É A INTELIGENCIA SUPREMA E ELE PENSOU EM TUDO , INCLUSIVE NOS NOSSOS PROBLEMAS QUE SÃO PROVAÇÕES PARA EVOLUIRMOS , ENFIM CRESCERMOS CADA VEZ MAIS . É POR ISSO QUE NÃO PODEMOS PERDER TEMPO PARA MELHORAR OS NOSSOS DEFEITOS, AJUDAR O PROXIMO E SER FELIZ!!!!!!!

2006-09-10 13:16:30 · answer #10 · answered by NINHA 1 · 0 0

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