O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) era considerado, até pouco tempo, uma doença rara, pois se levava em conta no estabelecimento de estimativas de sua incidência ou prevalência o pequeno número de pacientes que procuravam atendimento especializado. Hoje em dia, a procura ao tratamento especializado mudou esses índices significativamente.
A incidência do TOC é maior em pessoas com conflitos conjugais, divorciados, separados e desempregados. É maior também nos familiares de 1º grau (3 a 7%) de portadores de TOC, é igual entre homens e mulheres e um pouco maior em adolescentes masculinos (75%). O início da doença se dá em torno dos 20 anos, mas não é incomum em crianças.
O TOC é freqüentemente complicado por outros transtornos psiquiátricos, chamados de transtornos co-mórbidos, como por exemplo, o tique nervoso, transtornos depressivos, transtorno ansioso ou mesmo a esquizofrenia. Quando isso acontece há necessidade de tratamento psiquiátrico adicional e que tenha efeito terapêutico sobre o TOC e sobre o transtorno co-mórbido.
Alguns autores recomendam a monoterapia (um só medicamento) quando o TOC é patologia única e a combinação cuidadosa de diferentes terapias apropriadas quando existem condições co-mórbidas.
A maior dificuldade para o tratamento do TOC está, exatamente, em convencer o paciente que o que ele sente é uma doença (que existe em outras pessoas) e que é possível tratá-la. A grande maioria desses pacientes tem constrangimento em relatar seus sintomas à outras pessoas, incluindo aos médicos, com medo de que pensem que ele é "louco".
A terapia comportamental associada à farmacoterapia são consideradas hoje as primeiras opções de tratamento. Foi a resposta parcial aos psicofármacos que nos recomenda a associação de farmacoterapia com terapia comportamental como tratamento de escolha para os sintomas obsessivo-compulsivos. Felizmente, na maioria das vezes essa associação terapia-farmacologia consegue atenuar ou eliminar completamente os sintomas.
Um grande número de substâncias já foram experimentadas no tratamento do TOC, porém, parece haver um consensos, hoje, de que as drogas inibidoras da recaptação da serotonina, como é o caso da clomipramina (Anafranil®), fluvoxamina (Luvox®), fluoxetina (Prozac®), sertralina (Zoloft®), paroxetina (Cebrilim®), e mais recentemente, o citalopram (Cipramil®), são bastante eficazes na redução dos sintomas.
Por outro lado, infelizmente, mesmo com o advento desses inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS, veja), muitas vezes a melhora do quadro é acanhada ou nula. Apenas 20% dos pacientes ficam inteiramente livres dos sintomas, quando tratados com a farmacoterapia isoladamente e, entre 40 a 60 % obtêm benefícios parciais e variados (Goodman et al.,1992). Essa resposta tímida aos ISRS nos leva a pensar que outros sistemas neuroquímicos possam estar envolvidos, além do serotonérgico.
Na prática, principalmente na prática da saúde pública de nosso país, nem sempre os pacientes estão em condições de procurar uma terapia comportamental. Nesses casos a farmacoterapia costuma ser introduzida inicialmente. Para muitos casos essa poderá ser a única terapia ao alcance do paciente.
2006-09-05 04:52:38
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answer #1
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answered by nh 2
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Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é uma desordem da ansiedade. TOC é manifestada numa variedade de formas, mas é geralmente mais caracterizada pela movimentação obsessiva de um assunto para executar uma tarefa particular ou jogo de tarefas, compulsões denominadas geralmente de rituais.
TOC pode ser conhecido como um nome familiar, mas a diferença é notada Distúrbio de personalidade obsessivo compulsivo de DSM-IV definida como características da personalidade melhor do que problemas de ansiedade.
Sintomas e Prevenção
Pesquisas modernas revelam que o TOC é muito mais comum do que se pensava. Cerca de 2 a 3 % da população tem TOC ou demonstra sintomas.
O típico portador desse distúrbio realiza tarefas (ou compulsões) para se sentir aliviado dessas obsessões. Para os outros, essas tarefas podem parecer simples e desnecessárias. Mas para quem sofre dessa doença, essas tarefas podem se tornar fundamentais e mais importantes ainda em modos particulares em que a não execução dessa tarefa pode representar que algo ruím irá acontecer. Exemplos de algumas tarefas: ao estacionar, verificar repetidas vezes se o carro está fechado antes de sair; acender e apagar a luz uma série de vezes antes de sair do quarto; lavar as mãos diversas vezes em intervalos regulares de tempo durante o dia, ou alinhar os objetos do quarto simetricamente.
Portadores da doença podem ser supersticiosos, acreditanto que se não realizar determinado ritual, algo ruim pode acontecer, ou se sair de casa no dia 13, este sofrerá um acidente de carro. Estas compulsões são chamados de rituais mágicos.
O que pode contribuir para a manifestação ou intensificação do TOC é a realização de rituais, e a convicção do portador nas crenças disfuncionais (se não fizer isso, algo ruim acontecerá com alguém, pensar é o mesmo que agir, entre outros).
A maioria dos portadores de TOC está ciente de que tem esse distúrbio e seu comportamento não é racional, mas têm dificuldade para romper com o medo da mudança. Os portadores estão cientes de que essa prática é irracional mas precisam de auxílio para acabar com isso, TOC é frequentemente visto como um das maiores frustrações e problemas da órdem das disfunções de ansiedade.
Algumas (muito poucas) pessoas com TOC não notam nada de anormal com elas; elas tem prazer em explicar porque as ações "são racionais", e é impossível convence-las do contrário. Essa forma de TOC assemelha-se com problemas ilusórios.
Embora ainda seja um mistério para estudiosos, pesquisas apontam que a origem do transtorno tem um fator genético e de criação. As "crises" podem se intensificar em momentos de dificuldades, mudanças e incertezas.
É uma disfunção crônica, ou seja, não existe cura, o que se pode fazer é realizar um controle com a ajuda de medicação e terapias. Mas as vezes se é necessário testes com vários medicamentos até um efetivo sucesso. Esse tratamento deve levar em torno de 20-30 dias para que o indivíduo comece a sentir melhora.
Se não for realizado nenhuma espécie de tratamento, seja com remédios ou com terapia, o TOC pode intensificar-se, limitanto a vida do portador do transtorno ao extremo, fazendo-o tomar atitudes radicais, como não sair de casa.
Diversos especialistas apontam que o transtorno obsessivo-compulsivo é idealmente combatido quando o portador é capaz de realizar exatamente o contrario do que pede seu ritual. Dessa forma, a pessoa que convive com TOC se livra aos poucos de seus medos e apresenta significativa melhora em curto espaço de tempo. O apoio da familia e amigos é fundamental.
Opinião pessoal:
Acredito que os estudos sobre o T.O.C., vem avançando progressivamente ao longos de anos de estudos.
2006-09-04 15:04:06
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answer #2
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answered by Anonymous
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