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17 respostas

Eu acredito no amar ao próximo como a ti mesmo, se fizermos isto, não importa quem disse, DEUS, BUDA, SHIVA respeitar o proximo, é o suficiente para este mundo, independente da crença ou ideologia.

2006-08-28 16:32:14 · answer #1 · answered by Anonymous · 3 0

Prezado Alfredo,

Sendo você um escritor, tenho a certeza de que será compreensível a extensão de minha resposta, pois você sabe então muito bem que às vezes poucas palavras são insuficientes para elucidar um pensamento.

Bem, é compreensível tanto discurso sobre Jesus tendo em vista que é o principal personagem da religião predominante em nossa cultura vigente. Por isto penso, ninguém aqui faz perguntas sobre Krishna, Buda ou Maomé, absolutamente, associa-se diretamente Deus com Jesus...crasso erro.

Há alguns aspectos importantes a se saber a respeito da Bíblia, inclusive históricos e atestados pelas autoridades teológicas, as quais começo por elas.

Primeiramente, a Bíblia não é o único nem o primeiro livro chamado sagrado na história da humanidade, nem o primeiro a contar uma “história divina”, há, por exemplo, o livro sagrado hindu, o Vedas, que conta a história de Krishna, uma história com muitas semelhanças com a de Jesus, inclusive Krishna teria nascido de uma virgem, feito milagres, lutado contra demônios, morrido e ressuscitado.

Historicamente, com evidências científicas e reconhecidas pelas "autoridades bíblicas", os evangelhos da Bíblia datam a partir do ano 60, alguns chegando ao ano 120, sequer existem vestígios de um pedaço que seja de um evangelho anterior a isto. Este fato demonstra, com o consentimento das autoridades teológicas, que os evangelhos foram provavelmente escritos por pessoas que não conheceram Jesus, mas que conheceram os apóstolos e ouviam suas narrativas. Algumas bíblias inclusive trazem em suas notas as explicações disto, está lá. Juntei algumas informações também estudando sobre o evangelho "Q".

Nos primórdios do cristianismo prevalecia a tradição oral, conforme a tradição judaica, tudo era contato verbalmente e passado de pessoa para pessoa, até que diante da situação de que os apóstolos já estavam velhos e morrendo, surgiu a necessidade de começar a escrever, segundo o que lembravam de suas histórias... Imagine quanta confusão, por isto havia tantos evangelhos divergentes, e tempos depois, a necessidade do Concílio de Nicéia para decidir quais seriam os "evangelhos oficiais", quando o cristianismo foi reconhecido como religião e oficializado por interesses pelo Império Romano, pois até então era uma simples seita.

Lucas, por exemplo, sequer conheceu Jesus, ele era um acompanhante das viagens de Paulo, sendo que Paulo também não conheceu Jesus nos tempos em que andava entre o povo. Paulo e Pedro discordavam em muita coisa, e isto também se observa na própria Bíblia. Está lá nas notas da Bíblia que Cefas era o mesmo nome de Pedro, e nas cartas de Paulo há várias menções de discordância com Cefas, sendo interessante que, segundo a própria Bíblia, foi diante de Cefas (Pedro) e dos outros apóstolos que Jesus deu seus ensinamentos. Há muitos fatos intrigantes, como por exemplo, ver que Lucas (que não estava lá) é o único a falar do milagre da viúva de Naim, e os demais evangelhos não fazerem nenhuma referência. Da mesma forma, observe que o milagre da transformação da água em vinho consta apenas em João, e ele diz que todos os apóstolos estavam presentes, se fosse verdade, pela grandiosidade deste fato todos não deveriam ter deixado registrado este acontecido? Os outros esqueceram, ou acharam irrelevante, e não escreveram a respeito? Da mesma forma, existiria inspiração divina nas cartas de Paulo que recomendam à mulher ser incondicionalmente submissa ao homem e calar-se diante dele? Uma mulher aceita isto como orientação inspirada por Deus?

Alguém me escreveu certo dia dizendo que questionar a existência de Jesus é como questionar a existência de qualquer outra figura histórica. Não é verdade, pois todos os outros personagens históricos estão registrados em documentos históricos, e todos eles deixaram seus escritos de próprio punho. A Bíblia não é um documento histórico, o novo testamento não foi escrito por Jesus, aliás, a Bíblia contém o único testamento que existe que não foi escrito pelo próprio testamentário.

Por isto, para mim, quando me refiro ao Jesus de Nazaré, considero a figura humana, um ser humano especial, sem artifícios fenomênicos como descreve a bíblia, que provavelmente, pela história que se criou em torno dele, ensinou muitas coisas a seu povo e deixou novos valores que foram transmitidos para a humanidade, mas penso que em cima de sua (provável) verdadeira história se criou uma religião, se criou dogmas e se criou um mito, muito parecido com outros preexistentes a ele, para atender interesses e privilégios mundanos. Penso que ele foi um idealista de uma nova humanidade e que ensinava novos conceitos, como foi Sócrates para os gregos, mas Jesus falava para as massas, falava o idioma do povo, e por isto se tornou querido entre as massas da época. Depois disto, foi questão de tempo para que os homens poderosos, com maus propósitos, oficializassem o mito criado em torno dele para atender a interesses de domínio e controle sobre estas mesmas massas e reforçassem seu poder. Penso que de forma alguma isto o desonra, muito pelo contrário, dignifica a imagem de alguém que conseguiu lutar contra uma cultura vigente na época sem precisar valer-se de privilégios sobrenaturais, o que penso ser mais difícil e mais honrado ainda. Mesmo que, infelizmente, possa-se ter criado religiões sobre seu nome, talvez até com princípios contrários ao que ele queria de verdade, que era homens livres do jugo espiritual.

Quando me referi acima de que aceito melhor a idéia da figura histórica de um Jesus que tenha sido um homem que atingiu algum grau importante de sabedoria sobre os mistérios da existência humana, também fundamento isto nas evidencias recentes de que Jesus provavelmente tinha alguma ligação com os essênios. Vejo-o então, como o Grande Essênio, um verdadeiro iniciado nos mistérios da existência humana, que assumiu uma missão humanitária de deixar algo novo para a humanidade tendo presenciado o caos espiritual que os homens viviam, ainda que, como já escrevi também, sua mensagem tenha sido deturpada e ido contra seu princípio de libertar-se do jugo espiritual. Também observo na própria Bíblia alguns fatos que podem indicar uma associação de Jesus com algum grupo desconhecido, que se dedicava a estes conhecimentos, como na passagem aonde Jesus orienta seus discípulos para prepararem sua última páscoa, de irem até a cidade e passarem numa determinada rua segurando um vaso de água, com a certeza de que alguém vendo isto se aproximaria perguntando “o que o Mestre deseja?”. Intrigante, não é mesmo? Chega a dar a impressão, implícita claro, de que Jesus possuía seus segredos, lembrando um Mestre de alguma fraternidade.

Sobre os milagres também tenho uma compreensão de que o verdadeiro significado deveria encerrar, em sua origem, um conceito espiritual, e não um fato físico. Não penso que Jesus tenha literalmente pegado um barril de água e transformado o líquido em vinho, mas que tenha um significado oculto, assim como o sentido dos alquimistas da antiguidade em transformar chumbo em ouro não era literal, ainda que alguns pensem que sim, ao contrário, era da busca de transformar o estágio de metal bruto sem valor em que os homens se encontravam (o chumbo), em um novo estágio de elevação e verdadeiro valor (o ouro). E assim penso que cada dito milagre deva encerrar algum significado que se perdeu, devido a toda a história de incompreensão, autoridade dogmática, mitos e mentiras pregados durante milênios à humanidade.

Por último, sobre este aspecto de Jesus, tenho a compreensão de que a Bíblia foi escrita de forma a favorecer a interpretação deste outro Jesus que considero o Jesus mitológico, talvez porque este tenha sido o interesse dos que escreveram de fato a Bíblia e fundaram as religiões farisaicas sobre a palavra do Grande Essênio. Digo isto porque é clara a ênfase num Jesus que fez coisas impossíveis, que contrariam as próprias Leis da Natureza que, em minha compreensão, representam a Vontade inexorável do Criador, num Jesus que redimiu a humanidade de seus “pecados”, ainda que eu pense que esta é a catequese de Paulo, a qual em alguns momentos penso que os demais apóstolos não concordavam. Também a Bíblia evidencia um Jesus que morreu, ressuscitou em corpo físico e ascendeu fisicamente ao céu, de onde irá retornar para o chamado juízo final, sendo que ele julgará os homens. Mais uma vez isto, para mim, evidencia que a Bíblia parece ter sido escrita com a intenção de parecer uma panacéia elaborada com referência de outros mitos preexistentes ao cristianismo, como neste caso o conceito egípcio do julgamento de Osíris e o próprio mito de Osíris, e em outros aspectos, as semelhanças de algumas referências entre o que a Bíblia fala de Jesus e o que o Vedas, livro sagrado hindu, fala sobre Krishna, como por exemplo, as narrativas semelhantes entre ambos de que tiveram um nascimento virginal, fizeram milagres, lutaram contra demônios, morreram e ressuscitaram (o Vedas é muito mais antigo do que o próprio judaismo).

Ainda há outro aspecto relevante. Existem muitas religiões no mundo, todas se dizem o caminho correto, mas a verdade é que muitas se contradizem. Então como afirmar que esta ou aquela é a “mais verdadeira”? Algumas se justificam com base em seu livro dito sagrado, outras pelas suas tradições e sua idade, como fica nossa inteligência diante disto? Todo o Universo criado por Deus está fundamentado em pura lógica e sensibilidade, tudo é inteligente no Universo, e justamente a Verdade não seria? Penso que a Verdade está na essência, no que é comum e verdadeiro a todos, sem exceção.

Quanto ao meu conceito sobre Deus, já lhe respondi em outra pergunta sua, mas não deixo de enfatizar o mesmo final que utilizei naquela resposta: eu também não creio no Deus antropomórfico, continue se valendo de sua inteligência, mas não se enclausure no preconceito de "Deus não existe", pois penso que é uma postura tão extremista quanto a de quem aceita um Deus que é divergente entre cada tipo de religião. Desta forma, para mim, é como acabam existindo dois tipos de crentes, o crente religioso e o crente no ateísmo...mas está é apenas minha compreensão, e como já disse, penso que a maturidade de nosso pensamento e de nossas compreensões surgem justamente da troca madura de experiências e aprendizados vividos.

Grato pela atenção e espero ter contribuído com minha compreensão.

2006-08-28 16:43:29 · answer #2 · answered by Fabiano SJ/SC 2 · 3 1

e quem disse q a reciproca eh verdadeira? bem q o mundo seria bem menos complicado se a gte nao gostasse de quem nao nos ama mas, infeliz/, a gte tbm nao pode ser dono de ninguem bjim, miguinha

2016-12-14 13:54:44 · answer #3 · answered by hust 4 · 0 0

Alfredo,

Acho que fé é uma questão de escolha. Apesar de ter sido batizada como católica quando ainda tinha só um ano de idade, escolhi continuar como católica ao longo da vida.

A Igreja Católica aceita o livre-arbítrio, e não o vê como uma contradição à graça divina. Ou seja, a pessoa opta por ter fé, devido ao livre arbítrio, e não por enganação.

Recomendo que você leia as obras de Agostinho de Hipona e de Tomás de Aquino, teólogos cristãos que abordaram bastante o tema do livre arbítrio.

Abraços, e tenha um bom dia.

2006-08-29 01:41:37 · answer #4 · answered by Verbena 6 · 0 0

Não há provas da existência de jesus, e nem de deus.
O "Santo Sudário" foi revelado como fraude medieval já há alguns anos. A suposta cripta de um parente, também.

As pessoas acreditam em qualquer coisa, mesmo.

2006-08-28 17:04:51 · answer #5 · answered by Júlio César 4 · 1 1

Alfredo só os tolos tem fé, porque a única coisa que move uma montanha é a sabedoria saber fazer, a consciência de como saber fazer e inspirado se ilumina na remoção da montanha e se tiveres uma mente flexível perceberas o que quer dizer montanha. E se Cristo existiu foi apenas um grande filosofo que percebia os argumentos em expressão dentro de uma etapa de evolução em três dimensões dentro do Universo, alem de perceber que cada ser não é nada mais que uma probabilidade e realidade única se expressando dentro de uma etapa de evolução tridimensionalmente, por isso perdoai-os porque não percebem as verdades iguais as minhas e como ele poderia responder a Poncio Pilatos do que seria verdade, se ate hoje quase ninguém compreende o que é uma verdade. Um exemplo mande uma pessoa que tem só fé fazer um bolo se ela não tiver sabedoria e todos os argumentos que citei acima, com certeza queimara o bolo com fé e tudo.

De minha autoria
Verdade é apenas um instrumento de justificativa que tudo existe e possui os seus argumentos em expressão em três dimensões, física mental e espiritual, mas a verdade não julga porque quem a assume somos nos e não ela que nos assume como verdades.
Então se você perceber esta justificativa do que é verdade vai te responder o seguinte que é só uma questão de escolha do que é verdade.
Um abraço

2006-08-28 16:41:31 · answer #6 · answered by filosofo 6 · 1 1

eu acredito q ha um Deus supremo q toma conta de mim e nele posso confiar já q hoje em dia fica dificil acreditar nas pessoas, sempre acreditei nele, Ele nunca me decepcionou

2006-08-28 16:24:45 · answer #7 · answered by aldynha 2 · 1 1

Primeiramente, apesar de não compartilharmos a mesma fé, te admirei devido a sua coragem de questionar.

Depois, vi que seus argumentos são interesseiros visando vender seus livros.

Perdi o respeito por você. E daí? Você nem me conhece!??? Mas acredito que não sou o único.

Suas perguntas não visam o menor crescimento humano nas pessoas. Quer seja para esclarecer, quer seja para aprofundar.

Suas perguntas visam o empobrecimento da alma, da psiquê e levam a maior imaturidade dos despreparados.

Em seu íntimo, duvido que sejas feliz. Apesar da risada que pode estar dando de minha resposta.

Que Deus o alcance!

Léo.

2006-08-29 03:52:43 · answer #8 · answered by Anonymous · 0 1

Não sei porque vc critica tanto quem não é ateu...
Ninguém fica criticando vc por ter escolhido um opção vazia...só quando vc provoca.

Se está tentando promover seu livro desse jeito não vai conseguir...é muito agressivo e estúpido em suas opiniões. Talvez seu livro seja realmente interessante, mas pense em outra forma de querer chamar a atenção, sem usar de grosserias.

Um abraço

2006-08-29 03:47:35 · answer #9 · answered by Jannys 2 · 0 1

Tenha uma experiencia com Deus e saberás!

2006-08-28 19:53:09 · answer #10 · answered by Karolyne 2 · 0 1

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