Oi Guilherme! Há algumas mensagens muito bonitas que falam sobre essa questão importantíssima do amor a Deus, ao próximo e a nós mesmos:
Amar até que doa
Conta-nos Madre Teresa de Calcutá: Nunca esquecerei uma experiência que tivemos faz algum tempo em nossa cidade. Fazia meses que não tínhamos açúcar e um meninozinho hindu, de quatro anos, foi a sua casa e disse a seus pais: “Não vou comer açúcar por três dias, vou dar o meu açúcar a Madre Teresa”. Era tão pouquinho o que trouxe depois de três dias! Mas seu amor era muito grande.
É muito importante ter uma vida de paz, de alegria, de unidade. Para isso não creio que haja uma ciência maior que o amor pelo ser humano. Devemos aprender, como esse menino, que não é quanto damos mas sim quanto amor colocamos ao dar. Deus não espera coisas extraordinárias.
Depois que recebi o Prêmio Nobel, muita gente fez doações; alimentaram aos nossos, trouxeram roupas, fizeram coisas bonitas. Uma tarde encontrei um mendigo na rua, que, veio até mim e disse: Madre Teresa, todos estão te dando algo, mas hoje, por todo o dia, só consegui duas moedinhas e quero dar-te isso.
Não posso contar-lhes a alegria irradiante de seu rosto porque aceitei essas duas moedinhas sabendo que se ele não recebesse hoje algo mais, teria que dormir sem comer, mas sabendo também que o teria ferido muito se não as tivesse aceitado. Não lhes posso descrever a alegria e a expressão de paz e de amor de seu rosto. Só lhes posso dizer uma coisa: ao aceitar as duas moedinhas senti que era muito maior que o Prêmio Nobel, porque ele me deu tudo o que possuía e o fez com tanta ternura.
Essa é a grandeza do amor. Tratemos de colocá-lo em ação. Onde está Deus? Sabemos que Deus está em todas as partes. Na profundeza de nossos corações todos temos esse desejo, essa chama ardente, esse desejo de amor a Deus. Mas: como podemos amar a Deus, a quem não vemos se não o amamos nos outros a quem vemos?
Quando vocês vêem uma pessoa na rua, quem é ela para vocês? Seu irmão? Sua irmã? A mesma mão amorosa que o criou, criou a todos.
Nós, as irmãs e eu, temos visitado pessoas que não têm nada nem ninguém, pessoas às quais ninguém ama, nem cuida e não só na Índia. Na África e na Índia temos gente faminta de pão, mas na América, Europa e todos os lugares onde trabalham as irmãs, a pessoa tem fome de amor: de ser necessária, de ser amada, de ser alguém para os outros. Certa vez, creio que em Londres ou Nova Iorque, segurei a mão de alguém sentado na rua. Ele segurou a minha mão e me disse: “Oh!... esta é a primeira vez em muitos anos que sinto o calor da mão de alguém. Em tantos anos, ninguém nunca tocou minha mão. Não senti um calor humano ou o calor da mão”! Jamais me esquecerei disso.
(Madre Teresa de Calcutá)
Pegadas na areia
Uma noite eu tive um sonho...
Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e, através do Céu, passavam-se cenas de minha vida.
Para cada cena que se passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia; um era o meu e o outro do Senhor.
Quando a última cena da minha vida se passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas e notei que, muitas vezes, no caminho da minha vida, havia, apenas, um par de pegadas na areia.
"Senhor! Tu me disseste que, uma vez que eu resolvi Te seguir, Tu andarias sempre comigo, todo o caminho; mas, notei que, durante as maiores atribulações do meu viver, havia na areia dos caminhos da vida apenas um par de pegadas. Não compreendo por que, nas horas em que eu mais necessitava de Ti, Tu me deixaste!"
_ "Meu precioso filho! Eu te amo e jamais te deixaria nas horas da tua prova e do teu sofrimento. Quando viste, na areia, apenas um par de pegadas, foi, exatamente, aí, que Eu te carreguei nos braços."
(Autor Desconhecido)
Evocação do Natal
O maior de todos os conquistadores, na face da Terra, conhecia, de antemão, as dificuldades do campo em que lhe cabia operar.
Estava certo de que entre as criaturas humanas não encontraria lugar para nascer, à vista do egoísmo que lhes trancava os corações; no entanto, buscou-as, espontâneo, asilando-se no casebre dos animais.
Sabia que os doutores da Lei ouvi-lo-iam indiferentes, com respeito aos ensinamentos da vida eterna de que se fazia portador; contudo, entregou-lhes, confiante, a Divina Palavra.
Não desconhecia que contava simplesmente com homens frágeis e iletrados para a divulgação dos princípios redentores que lhe vibravam na plataforma sublime, e abraçou-os, tais quais eram.
Reconhecia que as tribunas da glória cultural de seu tempo se lhe mantinham cerradas, mas transmitiu as boas novas do Reino da Luz à multidão dos necessitados, inscrevendo-as na alma do povo.
Não ignorava que o mal lhe agrediria as mãos generosas pelo bem que espalhava; entretanto, não deixou de suportar a ingratidão e a crueldade, com brandura e entendimento.
Permanecia convicto de que as noções de verdade e amor que veiculava levantariam contra Ele as matilhas da perseguição e do ódio; todavia, não desertou do apostolado, aceitando, sem queixar, o suplício da cruz com que lhe sufocavam a voz.
É por isso que o Natal não é apenas a promessa da fraternidade e da paz que se renova alegremente, entre os homens, mas, acima de tudo, é a reiterada mensagem do Cristo que nos induz a servir sempre, compreendendo que o mundo pode mostrar deficiências e imperfeições, trevas e chagas, mas que é nosso dever amá-lo e ajudá-lo mesmo assim.
(Francisco Cândido Xavier)
Um dia para o homem Jesus
A humanidade está necessitando urgentemente de estabelecer um dia para reverenciar o homem Jesus de Nazaré.
Explico-me: o dia ou dias pretensamente a Ele dedicados não o são efetivamente. O escapismo humano tem conseguido, ao longo do tempo, desviar o foco das atenções. Abstrai-se daquilo que é essencial e que toca o âmago dos problemas, para ater-se, muito compungidamente, na aparência, às exterioridades. Assim é que, com relação à figura do Mestre, à medida que passa o tempo, mais se acentua e comemora tudo o que está ligado à Sua memória, com exceção dEle mesmo. Celebra-se tudo o que está em torno do Mestre e esquece-se o que constitui todo o motivo de sua vinda e sacrifício: o ensino moral!
Senão, vejamos.
No Natal, toda a Cristandade reverencia... o menino Jesus. Lembrando-se, ternamente, da figura do Redentor na manjedoura, evoca-se a sagrada família, exalta-se a ternura da criança excelsa, armam-se milhares de presépios e... todos entram na euforia do Natal. Distribuem-se presentes, o comércio age febrilmente, as propagandas intensivas e vistosas estimulam o consumismo de todos, a lei determina que os empregadores paguem um salário extra, para atender a tal regozijo, muitos viajam e outros tantos participam de ofícios religiosos solenes em torno do... nascimento de Jesus.
Em seguida, há a pausa de uns três meses e depois o movimento se repete, com uma diferença: o motivo agora é... a morte do Senhor. Na Semana Santa, com maior contrição, todos rememoram o grande sacrifício do Salvador. Histórias são contadas, filmes exibidos, textos das sagradas escrituras são lidos, sermões relembram as cenas tocantes da perseguição, o processo e a execução na cruz. Nalguns lugares, procedem-se até encenações em cenários naturais. Tudo em torno da morte, do sacrifício do Senhor. Legiões de pessoas, porém, estão menos preocupadas com o motivo da comemoração em si do que com os feriados e a oportunidade especial de viajar, passear, cumprir planos previamente elaborados.
Pouco mais de um mês após, é maio, o mês das flores, quando se comemora o chamado Dia das Mães. E a figura maior das comemorações é Maria, a mãe de Jesus, paradigma de todas as mães. A homenagem é muito justa, naturalmente, mas dirigida à mãe do Mestre e não a Ele próprio.
No mês seguinte, os homenageados são... os apóstolos do Senhor. E, estranhamente as comemorações são feitas com festas e mais festas, bailes, fogueiras, comidas típicas, alegrias ruidosas! Paulo, Pedro, João, o Batista e o Evangelista, personagens que deram o melhor de si em favor do Evangelho nascente, inclusive a própria vida; que viveram na austeridade e renúncia são homenageados paradoxalmente com festas muito pouco espirituais... De qualquer forma, os reverenciados são... os discípulos do Senhor. E então, em dezembro, tudo se repete.
Por que, afinal de contas, os homens parecem encontrar tão grande dificuldade em entender que a figura central disso tudo é Ele mesmo – Jesus, o Divino Mestre – enviado para redimir a Humanidade, indicando-lhe o caminho da Verdade e da Vida, para que se liberte do chavascal do erro e do sofrimento?
Ponderando-se a questão, concluímos que na verdade o que ocorre não é desentendimento quanto ao real sentido das coisas, mas comodismo mesmo, gosto pelas superficialidades e prazeres, com fuga deliberada dos deveres mais graves, porque centrando-se na figura do homem Jesus, seus objetivos, seus ensinos, encontra-se com muita coisa que incomoda e dá o que pensar.
“Não resistais ao mal. Se alguém vos bater na face direita, apresentai-lhe também a outra... Não negueis a quem vos pede emprestado. Se alguém vos obrigar a caminhar mil passos, ide com ele mais dois mil...” E há tanta gente reivindicando direitos, disputando vantagens, por métodos nem sempre pacíficos, promovendo movimentos paredistas, quebra-cabeças...
“Bem-aventurados os pobres de espírito... Não ajunteis para vós tesouros que a traça corrói, a ferrugem consome e os ladrões desenterram e roubam. Ajuntai tesouros do espírito, que não estão sujeitos a nada disso e que vos acompanham na passagem para a outra vida. É mais fácil fazer passar um cabo pelo fundo de uma agulha do que...” Mas as necessidades da vida material são tantas e a luta pela sobrevivência tão árdua! Até mesmo quando já se tem o suficiente para viver e garantir a família... será errado continuar ganhando, amealhando, melhorando cada vez mais as condições de vida? E o futuro, as necessidades dos dependentes? E os juros do overnight, do open market, a mais de 50%, Senhor?! E os dividendos, debêntures, ágios?... Como conciliar uma coisa com outra?
“Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei”. Mas, Senhor, há tanta gente antipática por aí!
“Perdoai não sete vezes, mas setenta vezes sete...” Bem, tem certas coisas que não dá para perdoar!
“Quando derdes um festim, convidai os pobres e os estropiados... Ide e pregai, curai os enfermos, limpai os leprosos, daí vista aos cegos, expeli os maus espíritos em meu nome...” mas, Senhor, conviver com essa gente? E será que conseguimos mesmo alguma coisa estendendo sobre eles as nossas mãos? Tem que rezar muito, abrir mão de muita coisa!...
“E aquele dentre vós que quiser ser meu discípulo, a si mesmo se negue, tome sua cruz e siga-me...”
Bem, já compreendemos porque o homem Jesus anda tão esquecido.
Basta o amor
Contam que um jovem sedento de afirmação espiritual procurou, certa vez, o pensador e sacerdote hebreu Shammai e o interrogou:
_ Poderias ensinar-me toda a Bíblia durante o tempo em que eu possa quedar-me de pé, num só pé?
_ Impossível! _ respondeu-lhe o filósofo religioso.
_ Então de nada me serve a tua doutrina _ redargüiu o moço.
Logo após buscou Hilel, o famoso doutor, propondo-lhe a mesma indagação. O interpelado, acostumado à sistemática da lógica e da argumentação, mas, também, conhecedor das angústias humanas, respondeu:
_ Toma a posição.
_ Pronto! - retrucou o moço.
_ Ama! - elucidou Hilel.
_ Só isso! E o resto que existe na Bíblia? - inquiriu, apressadamente.
_ Basta o Amor - concluiu o austero religioso _ Todo o restante da Bíblia é somente para explicar isso.
2006-08-26 06:09:15
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answer #4
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answered by Antonio Vieira Sobrinho 7
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