Trouxe algumas mensagens aqui que falam sobre essa questão da riqueza:
Provas de riqueza e de miséria
814 Por que Deus deu a uns riquezas e poder e a outros a miséria?
– Para experimentar cada um de maneiras diferentes. Aliás, vós já o sabeis, essas provas foram os próprios Espíritos que escolheram e, muitas vezes, nelas fracassam.
815 Qual das duas provas é a mais terrível para o homem, a miséria ou a riqueza?
– Tanto uma como outra; a miséria provoca a lamentação contra a Providência; a riqueza estimula todos os excessos.
816 Se o rico tem mais tentações, não tem também mais meios de fazer o bem?
– É justamente o que nem sempre faz; torna-se egoísta, orgulhoso e insaciável. Suas necessidades aumentam com a riqueza e ele acredita nunca ter o suficiente.
☼ Neste mundo tanto as posições de destaque quanto a autoridade sobre seus semelhantes são provas tão arriscadas e difíceis para o Espírito quanto a miséria. Quanto mais se é rico e poderoso, mais se tem obrigações a cumprir e maiores são as possibilidades de fazer o bem e o mal. Deus experimenta o pobre pela resignação e o rico pelo uso que faz de seus bens e de seu poder.
A riqueza e o poder despertam todas as paixões que nos ligam à matéria e nos afastam da perfeição espiritual; é por isso que Jesus ensinou: “Em verdade vos digo que é mais fácil um camelo1 passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”.
1. Camelo: ao tempo de Jesus, as cordas de amarrar navios eram feitas de pêlos de camelo e eram conhecidas como camelo.
(Trecho extraído do Livro dos Espíritos, de Allan Kardec)
Contrabando
Meu amigo, por que viajas com tanta bagagem, rumo à fronteira do Além?
Terrenos e casas, dinheiro em papel e moeda, apólices e títulos, para que tanta bagagem?
Não sabes que tudo isso vai ser apreendido como contrabando, lá na fronteira do outro mundo?
Aprende a possuir o necessário, sem seres possuído pelo supérfluo.
Riquezas, honras e prazeres, tudo será confiscado, nem um só ato passará para além...
O que é material fica para o mundo da matéria, o que é espiritual passa para o mundo do espírito.
Pobre de ti, milionário da matéria e mendigo do espírito!
Veres-te subitamente de mãos vazias, tu, que andavas sempre de mãos repletas!
Não poderes salvar dos teus capitais um centavo sequer!
Por que não queres compreender, pobre analfabeto do espírito, a filosofia da eternidade?
Por que não procuras valores que possas levar para além da fronteira deste mundo?
Valores que circulem como moeda corrente no país para onde emigras?
Se tivesses de emigrar para o Japão ou a China, não te interessarias pelos valores que nesses países circulam?
E por que não pensas em cambiar em valor espiritual os teus títulos materiais?
Se a isto não te levar a religião e a fé, levem-te a isto a filosofia e o bom senso.
Que aproveita ao homem possuir mil valores materiais, se lhe faltar o único valor espiritual?
“Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se chegar a sofrer prejuízo em sua alma?”
Que tens tu, amigo, se tens o que não podes ter para sempre?
Que não possuis tu, amigo, se possuis o que sempre possuíras?
Aprende a possuir o que merece ser possuído, e despossuir-te do que não merece a tua posse.
Liberta-te da cobiça material com espontânea liberdade, antes que da matéria te despoje compulsoriamente a morte cruel!
Ser despojado é sorte de escravo, libertar-se é virtude de herói...
Abre o Evangelho de Jesus Cristo e aprende a filosofia da vida, porque é a filosofia de vida eterna...
A sabedoria da eterna felicidade...
A liberdade dos filhos de Deus.
(Do Livro “De Alma para Alma” – Huberto Hoden)
Os Três Amigos do Homem
Toda a milenar batalha do Evangelho na Terra consiste no esforço hercúleo por resgatar o espírito humano da prisão da matéria para a liberdade do espírito. Do vício para a virtude. Do tormento para a suavidade.
A dificuldade da redenção está no fato de que as sensações ligadas à matéria e ao momento que passa produzem prazeres imediatos, enquanto que as alegrias espirituais - conquanto incomparavelmente mais grandiosas - têm que ser cultivadas paciente e heroicamente nos embates do dia a dia.
Infelizmente, vivemos num meio cultural em que tudo parece empurrar-nos, desde a infância, rumo às atitudes do egoísmo individual e grupal, bem como ao imediatismo do aqui e agora. Quase toda a educação consiste em dotar os novos indivíduos para sobreviver e prosperar por si mesmos, tanto quanto possível, dentro de um entendimento pobre do que sejam sobrevivência e prosperidade.
Ao mesmo tempo, o espírito de grei como que aprisiona o ser ao estreito círculo familiar, primeiro ao de sua origem filial, depois ao da família que ele constitui e entende ser do seu dever preservar e projetar o mais longe e alto possível, ainda que à custa de elementares princípios de fraternidade e de solidariedade humanas.
O homem deveria compreender, no entanto, que, peregrinando por este mundo expiatório, não serão somente a comodidade e o contentamento imediatos, nem a projeção social, própria e do círculo de parentesco, que lhe garantirão a felicidade real, mas, ao contrário, quanto mais tenha feito em prol da autodisciplina e do bem dos semelhantes, independentemente de consangüinidade e de interesses outros, é que mais garantirá ventura inalterável.
A propósito dessa eterna disputa entre o material e o espiritual, o imediato e o remoto, vejamos um apólogo lá das terras do oriente, captado por Malba Tahan e constante do seu livro "Lendas do Céu e da Terra", sob o título "Os três amigos do homem":
"Era uma vez um homem que tinha três amigos. A todos dedicava grande interesse e não os esquecia um só momento.
Um dia o homem foi chamado a comparecer ao Tribunal, perante o Grande Juiz.
Assustado, na incerteza do que poderia acontecer, procurou o primeiro amigo e pediu-lhe auxílio.
- Nada posso fazer em teu favor - respondeu o primeiro amigo. Pagarei, apenas, as despesas de tua viagem!
O homem recorreu ao segundo. Este lhe disse:
_ Tenho muito medo desse Juiz que vai decidir sobre teu destino. Só posso levar-te, meu caro, até a porta do Tribunal.
Diante do embaraço em que se achava, apelou o homem para o último amigo que lhe restava.
O terceiro amigo atendeu, sem hesitar, ao pedido do homem: acompanhou-o até a presença do Juiz e esforçou-se, com dedicação e carinho, pela sua absolvição.
Sabem quais são os três amigos do homem?
O primeiro é o Dinheiro: o segundo, a Família e o terceiro, as Boas Ações.
Quando o homem morre e é levado ao Tribunal de Deus, o Dinheiro não o acompanha, apenas pode custear-lhe um féretro mais ou menos pomposo; a Família, compungida, vai levá-lo até o cemitério, passando a olvidar-lhe a memória desde o retorno. As Boas Ações é que vão com ele ao Supremo Julgador e falam alto em seu favor..."
2006-08-26 03:01:41
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answer #7
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answered by Antonio Vieira Sobrinho 7
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Ele quis dizer que pobreza é virtude e riqueza é um mal. Quis dizer que os que penam na pobreza serão recompensados, enquanto que os que gozam a riqueza serão punidos. Não concordo com esse "ensinamento" cristão. Muitas pessoas são pobres porque gastaram demais, não souberam, ou quiseram poupar e levaram vida desregrada. Outros são preguiçosos, e por isso vivem na pobreza. E existem pessoas que enriqueceram porque trabalharam duro, pouparam muito, tiveram disciplina, vida regrada e sem vícios, e ainda geraram empregos. Seria injusto condenar quem é rico só porque é rico.
2006-08-25 22:53:18
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answer #8
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answered by Falco 7
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