A oração por aqueles que nos magoaram e feriram é um ato muito importante tanto para o nosso próprio bem quanto para aquele a quem oramos. Essa prática traz paz ao nosso coração, tira o ódio e no lugar de sentimentos negativos, alimentamos o sentimento de compaixão por aquele que nos feriu, compreendendo que nós mesmos poderíamos ter errado como ele errou conosco. Trouxe aqui algumas ótimas mensagens que falam sobre o Poder do Perdão e da Oração:
A cura pelo perdão
O perdão beneficia muito mais a quem o concede do que a quem o recebe. Porque, na prática, é muito mais lucrativo perdoar do que ser perdoado.
O perdão balsamiza, proporciona tranqüilidade e paz. A medicina psicossomática o recomenda como poderoso medicamento para a mente, o psiquiatra o receita como eficiente no alívio das tensões. Na Clínica Mayo, nos Estados Unidos, uma das mais conceituadas do mundo, os neurologistas ensinam a seus pacientes que o ódio e a mágoa envenenam, adoecem e matam as pessoas e que o perdão as recupera da doença e lhes devolve a saúde.
No Sermão da Montanha, o maior tratado de sabedoria de todos os tempos, Jesus revela que os misericordiosos, aqueles que verdadeiramente perdoam, são bem-aventurados, porque eles próprios obtêm misericórdia.
O esquecimento das ofensas é próprio das almas elevadas, que se situam muito acima de quaisquer insulto.
Quem ainda não aprendeu a perdoar é ansioso, desconfiado e cheio de fel.
Ao contrário, quem já assimilou o perdão é calmo, pleno de mansuetude, realizado na caridade e no amor.
Com que direito reclamamos perdão para nossas faltas, quando não perdoamos?
Haverá hipocrisia maior do que negar o perdão e rogar ao Pai, em oração: “perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos nossos ofensores?”
(do Livro “Pense nisso, seja Feliz”, de Jávier Godinho)
JESUS CONTIGO
Dedica uma das sete noites da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.
Prepara a mesa, coloca água pura, abre o Evangelho, distende a mensagem da fé, enlaça a família e ora. Jesus virá em visita.
Quando o Lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao museu. Quando a família ora, Jesus se demora em casa. Quando os corações se unem nos liames da Fé, o equilíbrio oferta bênçãos de consolo e a saúde derrama vinho de paz para todos.
Jesus no lar é vida para o lar.
Não aguardes que o mundo te leve a certeza do bem invariável. Distende, da tua casa cristã, a luz do Evangelho para o mundo atormentado.
Quando uma família ora em casa, reunida nas blandícias do Evangelho, toda a rua recebe o benefício da comunhão com o Alto.
Se alguém, num edifício de apartamentos, alça aos Céus a prece da comunhão em família, todo o edifício se beneficia, qual lâmpada ignorada, acesa na ventania.
Não te afastes da linha direcional do Evangelho entre os teus familiares. Continua orando fiel, estudando com os teus filhos e com aqueles a quem mais amas as diretrizes do Mestre e, quanto possível debate os problemas que te afligem à luz clara da mensagem da Boa Nova e examina as dificuldades que te perturbam ante a inspiração consoladora do Cristo. Não demandes a rua, nessa noite, senão para os inevitáveis deveres que não possas adiar. Demora-te no Lar para que o Divino Hóspede aí também se possa demorar.
E quando as luzes se apagarem à hora do repouso, ora mais uma vez, comungando com Ele, como Ele procura fazer, a fim de que, ligado a ti, possas, em casa, uma vez por semana em sete noites, ter Jesus contigo.
(mensagem extraída do livro "Messe de Amor")
A Oração, por um ex-ateu
Alexis Carrel, ganhador do Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, embora fosse ateu, escreveu “La Prière”, que foi traduzido para o português com o título “A Oração – Seu Poder e Efeitos”.
No prefácio, ele esclarece logo não ser teólogo nem filósofo, mas como cientista, “pela observação sistemática do homem que reza”, “poderemos aprender em que consiste o fenômeno da oração, a técnica da sua produção e os seus efeitos.”.
Nomeado Diretor de Pesquisas Médicas da Fundação Rockfeller, desenvolveu suas pesquisas nos hospitais e laboratórios daquela instituição, em Nova York. Contou, para isto, com o auxílio de uma equipe da mais alta qualificação, examinando centenas e centenas de pacientes de todas as condições sociais, culturais e de credo.
Vejamos algumas das conclusões de suas pesquisas científicas:
Longe de consistir numa simples recitação de fórmulas, a verdadeira oração representa um estado místico em que a consciência se absorve em Deus.
Para orar, basta somente o esforço de nos elevarmos até Deus; tal esforço, porém, deve ser afetivo, e não intelectual.
A melhor maneira de comunicar com Deus é, incontestavelmente, cumprir a sua vontade.
Onde e quando se deve orar? Pode-se orar em toda a parte: na rua, num automóvel, num vagão, no escritório, na escola, na oficina. Mas ora-se melhor nos campos, nas montanhas, nos bosques ou na solidão do quarto.
Deus não fala ao homem, se este não se mantiver calmo, sereno.
É só tornando-se um hábito que a oração atua sobre o caráter, sendo preciso, portanto, orar freqüentemente.
É absurdo que oremos de manhã e, no decorrer do dia, nos comportemos como bárbaros.
A oração é muitas vezes estéril porque os que oram são egoístas, mentirosos, orgulhosos e fariseus incapazes de fé e amor.
A oração atua sobre o espírito e sobre o corpo, por uma forma que parece depender da sua qualidade, da sua intensidade e da sua freqüência.
A oração tem comprovadamente efeitos curativos.
A oração tem efeitos que, por vezes, podemos chamar explosivos. Há doentes que têm sido curados quase instantaneamente.
Para que estes fenômenos se produzam, não há necessidade que o doente ore, caso das criancinhas... (Alguém, porém, orava perto delas).
A oração provoca a aceleração dos processos normais de cura.
Nos doentes que oram, e sabem orar, os remédios fazem efeito com maior eficácia; os processos de cicatrização são mais rápidos.
Todas as sociedades que põe à margem a necessidade de orar, estão em via de declínio.
É pela oração que o homem vai até Deus e que Deus entra nele.
Orar é um ato espiritual e um ato biológico. A oração exerce uma função normal no nosso corpo e no nosso espírito.
É vergonhoso orar – dizia Nietzsche.
Não é mais vergonhoso orar do que beber água ou respirar. O homem tem necessidade de Deus como tem necessidade de água e de oxigênio.
(Hélio Zenaide)
A tempestade e as gaivotas
Gigantesco transatlântico deixava, um dia, o porto de partida, e, como todos os navios que partem, era escoltado por uma nuvem de gaivotas prateadas.
Ao fim de meia hora de viagem, o tempo tornou-se ameaçador. Um vento violento levantava ondas de espuma. Esboçava-se no céu uma tempestade tremenda. Ora, ainda que lutando com toda a força de suas máquinas contra os elementos desencadeados, o possante navio avançava, penosamente, entre as vagas agitadas.
“Pobres avezinhas” dizia um viajante que olhava do tombadilho as gaivotas e as lastimava. “As nossas máquinas, que representam milhares de cavalos-vapor, com dificuldade resistem à tempestade. Como podem vocês, com as suas débeis asas, lutar contra o tufão, desamparadas no céu?”
E, de repente, aquele homem que tão compadecido se mostrava pelas avezinhas do mar, ficou atônito. É que as pequeninas gaivotas, estendendo as asas que o Criador do Universo lhes deu, abandonaram o navio na procela e ergueram-se acima da tempestade: passaram a voar numa região serena do céu.
Enquanto isso, o homem, com sua presunçosa ciência lutava, penosamente, para resistir à fúria dos elementos.
Repara bem, meu amigo. Esse navio é o homem que pretende lutar unicamente com meios próprios. As asas das gaivotas são as mãos débeis de quem ora.
Pelas asas poderosas da prece eleva-se o homem acima das tempestades da vida e pode voar placidamente, como as gaivotas ligeiras, numa região que jamais será atingida pelos vendavais das paixões.
(Malba Tahan)
2006-08-26 03:33:40
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answer #1
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answered by Antonio Vieira Sobrinho 7
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