A MALHAÃÃO à s religiões é fato antigo, leia abaixo:
O desenvolvimento da moralidade sexual cristã teve determinantes e imediatas influências do judaÃsmo e do gnosticÃsmo.
JudaÃsmo nos dias de Jesus afirmava a poligamia.
Gnosticismo pregava o celibato para os cristãos e subordinava o casamento à vida dos solteiros.
Em 1520 Martinho Lutero, pregador alemão, cita 1 Timóteo 4,2-3: "Nos tempos vindouros alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espÃritos embusteiros e a doutrinas diabólicas, proibindo o casamento"
No século VIII antes de Cristo, o profeta IsaÃas nunca fala de qualquer parto virginal.
Lê-se no texto hebreu IsaÃas 7,14: " Eis que uma moça (alma) conceberá e dará à luz um filho, e será chamado Emmanuel".
A palavra "VIRGEM" teve o aparecimento em Mateus 1,23 devido a tradução grega da BÃblia(Antigo Testamento), feita no século III antes de Cristo), feita pelos 70 tradutores que entendiam hebraico. Essa tradução ficou conhecida como SEPTUAGINTA (maioria das BÃblias que estão nas casas dos cristãos católicos ou não).
Os tradutores traduziram a palavra "ALMA" por "PARTHENOS" que é igual a "virgem". O vocábulo hebraico pode significar "Virgem", mas não significa que seria uma concepção virginal; significa que a mãe da criança era virgem antes de engravidar. A procriação da criança não se daria de forma sobrenatural.
IsaÃas quando falou com o rei Acaz em Jerusalém durante a guerra sÃrio-efrimita em 734 antes de Cristo, deu o "sinal" da moça que engravidaria, num futuro próximo, não sobre algo que ocorreria só depois de mais de 700 anos.
IsaÃas disse ao rei Acaz (IsaÃas 7, 15-16): "Ele será nutrido com manteiga e mel até que saiba rejeitar o mal e escolher o bem. Porque antes que o menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra, cujos 2 reis tu temes, será devastada".
Em 733 e 732 antes de Cristo os assÃrios conquistaram ambos os reinos, de Damasco e do norte de Israel, assim afastando o temor do rei Acaz.
No Novo Testamento, o primeiro autor é Paulo e ele jamais escreve sobre concepção virginal.
No 1º Evangelho, Marcos nada fala sobre tal concepção
No Evangelho de João, ele refere-se expressamente a Jesus como filho de José (1,45 e 6,42).
A LENDA da concepção virginal só é encontrada em Mateus e em Lucas e isso só ocorre nas partes mais recentes do texto. Nada se lê nas partes antigas.
Nos primeiros 2 séculos da Era Cristã, a atividade sexual foi julgada com severidade crescente. Sorano de Ãfeso, século II depois de Cristo, médico pessoal do Imperador Adriano, considerava a virgindade contÃnua saudável.
O pensamento dos homens daquela época, século VI antes de Cristo, continua influenciando a Igreja Católica Apostólica Romana até os dias atuais.
Pitágoras dizia que "devia-se satisfazer o sexo no inverno, mas não no verão, fazer uso moderado dele na primavera e no outono, embora fosse prejudicial em todas as estações"
Xenofonte, Platão, Aristóteles e o médico Hipócrates, no século IV antes de Cristo, todos viam o sexo como ato perigoso, difÃcil de controlar, prejudicial à saúde e extenuante.
Do ano 300 antes de Cristo a 250 depois de Cristo, essa visão cada vez mais implacável e redutora do sexo foi conformada pelo estoicismo(=comportamento austero, impassÃvel).
Os estóicos rejeitavam a procura do prazer, assim concentraram-se na atividade sexual no casamento. O casamento era tratado como uma concessão aos que não conseguiam se conter.
O prazer carnal se tornou suspeito e o casamento também.
O estóico Sêneca, que no ano 50 depois de Cristo, foi nomeado tutor de Nero (tinha 11 anos), o qual obrigou Sêneca a cometer suicÃdio no ano 65 depois de Cristo, argumentava sobre o casamento; " Todo o amor pela esposa de alguma outra pessoa é vergonhoso, mas também é vergonhoso amar a própria esposa desmesuradamente. Ao amar a esposa, o homem sábio toma a razão como guia, não a emoção. Resiste ao assalto das paixões, e não se permite ser levado impetuosamente ao ato conjugal. Não há gesto mais depravado do que amar a própria esposa como se ela fosse uma adúltera".
Os ensinamentos de Sêneca – " Não faças nada pelo simples prazer", agradou a Jerônimo, que viveu de 347 a 420 antes de Cristo, foi o tradutor da BÃblia, cuja tradução é conhecida por VULGATA, devido conter erros propositais, era apologista vigoroso e violento, ODIAVA SEXO – também ele agradou o atual Papa João Paulo II, quando fala em sua Carta 88,29 a mesma frase de Sêneca e endossada por Jerônimo.
Musônio, contemporânio de Sêneca, professor de filosofia estóica de muitos legisladores romanos, declarava que só o sexo conjugal visando à procriação, estava de acordo com a boa ordem.
Musônio considerava o amor entre marido e mulher como o elo mais forte da vida.
Aristóteles insistia na "virtude" inferior feminina e esta devia subordinar-se ao homen.
Musônio tinha homens e mulheres como virtuosamente iguais. Ele defendia a educação e os direitos iguais para homens e mulheres.
Da época de Tomás de Aquino em diante, Aristóteles foi elevado à condição de quase-padre na Igreja em questões relacionadas à mulher.
A idéia da virgindade não começou com o cristianismo. No século I depois de Cristo, Apolônio de Tiana, fez um voto de castidade que manteve por toda vida (relatado pelo seu biográfo Filostrato).
No Antigo Testamento, no livro de Tobias, composto por volta de 200 antes de Cristo, Jerônimo, o mesmo tradutor da BÃblia para o latim (VULGATA), adulterou o texto, desviando-o para o ideal da castidade.
Tobias originalmente disse citando Gênesis 2,18: "Não é bom que o homem esteja só".
Jerônimo, deliberadamente omitiu a frase original de Tobias e escreveu: " Ora, vóis sabeis, ó Senhor, que não é para satisfazer minha paixão que recebo minha prima como esposa, mas unicamente com o desejo de suscitar uma posteridade (Tobias 8,9).
Esta afirmação forjada foi citada por todos os teólogos rigoristas até hoje como argumento para a finalidade exclusivamente procriadora do casamento.
A adulteração do texto feita por Jerônimo num livro do Antigo Testamento, teve a intenção de fazer com que o judaÃsmo aceitasse e praticasse o celibato.(Veja o item 2.)
As traduções forjadas da BÃblia, feitas primordialmente por Jerônimo, bem como Agostinho e muitos outros, tiveram endereçamento certo: Tentativa de vincular a virgindade de Maria, mãe de Jesus, numa concepção sobrenatural da criança e posteriormente, atemorizar, através do ódio de Jerônimo pelo sexo, até os dias atuais, as pessoas menos esclarecidas, o que infelizmente é a maioria absoluta.
2006-08-24 06:29:41
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answer #7
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answered by Tango Sierra 3
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