Bom, inicialmente gostaria de dizer que evangélico não é apenas aquele que segue o protestantismo, mas todo aquele que de uma forma ou de outra tem sua doutrina baseada no Evangelho de Jesus, como os espíritas e os católicos, entre outros, afinal o Evangelho de Jesus não é privilégio de uma ou de outra religião. Além disso, quero dizer que sou espírita (ou kardecista, como muitos chamam o espiritismo, embora prefira o termo criado por Kardec, que é espiritismo e que é o correto), mas conheço um pouco de história das religiões antigas e contemporâneas.
Respondendo a sua pergunta nos termos usados por você, os evangélicos históricos ou tradicionais são aqueles que seguem as correntes protestantes oriundas de:
1) Lutero (são os LUTERANOS. Lutero queria denunciar falhas na condução do catolicismo e pregava mudanças no mesmo, se posicionando por exemplo, contra a venda de indulgências),
2) Calvino (são os PRESBITERIANOS e os CONGREGACIONALISTAS. Calvino queria reformar mesmo a religião, com uma maior observância da Bíblia e a princípios morais rígidos, de onde surgiram os antigos puritanos).
Além destas, temos como correntes protestantes históricas surgidas na Inglaterra:
3) ANGLICANISMO (é a igreja Anglicana, que surgiu apenas para satisfazer a um capricho do rei da Inglaterra, Henrique VIII, que queria se divorciar, contra a vontade do Papa. Criada a igreja, nomeou-se Chefe Supremo da Igreja da Inglaterra, que a nosso ver contraria o espírito da Reforma Protestante, que contestava exatamente haver uma liderança na igreja católica).
4) METODISMO (são os Metodistas. Inicialmente, eram discípulos de John Wesley, o qual deixou a igreja Anglicana para pregar nas ruas da Inglaterra. São conhecidos metódicos por sua estrita observância religiosa).
5) BATISTAS (Surgiram na Inglaterra e pode ser considerada dissidência da Igreja Anglicana. Rejeitam o batismo infantil (por aspersão de água) e adotaram um "batismo de fé" de adultos, pela imersão em água).
Depois a próxima corrente protestante a surgir foi o PENTECOSTALISMO, no início do século XX. Os pentecostais (Congregação Cristã no Brasil, Deus é Amor, Assembléia de Deus, Maranata, ...) eram os "crentes" estereotipados, ou seja: mulheres de cabelos compridos e saia, homens de terno e Bíblia na mão. Para os pentecostais, o ascetismo (recusa de usufruir dos prazeres da carne) e o sectarismo (isolamento do restante da sociedade) são necessários pois só assim, entendiam, poderiam se manter concentrados em Deus. Uma das igrejas pentecostais (a Deus é Amor) chega a proibir os fiéis de freqüentarem praia, praticar esportes ou participar de festas. Às mulheres ainda é vetado cortar o cabelo e se depilar. Ás crianças com mais de 7 anos, é proibido jogar bola, graças a uma interpretação de um versículo da Bíblia que diz "desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança". Para os pentecostais, o mundo é simples: o que não é de Deus, é o Diabo.
Até a década de 50, o PENTECOSTALISMO (oriundo dos EUA) foi o que imperou no Brasil, até a chegada da nova corrente evangélica (também oriunda dos EUA): era o NEOPENTECOSTALISMO. Os neopentecostais (Evangelho Quadrangular, Universal, Internacional da Graça de Deus, Sara Nossa Terra, ...) inauguraram no Brasil, com a chegada da Quadrangular, um PENTECOSTALISMO de costumes liberais. Com o NEOPENTECOSTALISMO sairam de cena os homens de terno (os fiéis, bem entendido, pois os pastores continuam a usar) e saíram de cena também as mulheres de pernas peludas e entram em cena pessoas que se vestem com roupas comuns e que não se adequam às normas rígidas de conduta. Para resumir, NEOPENTECOSTALISMO, quer dizer que Monique Evans, Gretchen, Marcelinho Carioca podem se considerar "crentes" sem deixar de ser o que já eram.
Para os neopentecostais, os homens não são responsáveis pelos atos de maldade que cometem: é o Diabo que os leva a pecar. Em uma sessão de descarrego (Ué? Eles usam termos da Umbanda?) da Igreja Universal, o pastor disse que, se o fiel enfrenta um problema há mais de 3 meses, é provável que esteja carregando um encosto (Ué, de novo um termo da Umbanda???), mas que se esse problema durar 1 ano ou mais, aí não haveria dúvida, a culpa seria do diabo (eita, pobre diabo do diabo que sempre leva a culpa de tudo).
O NEOPENTECOSTALISMO também apresentou a novidade da música gospel (que vem do, quem adivinha? Isso mesmo, dos EUA) e os pastores passaram a pedir palmas para Jesus, como num autêntico show... da fé. Porém, a inovação mais profunda do Neopentecostalismo foi a Teologia da Prosperidade que deu ao neopentecostalismo o apelido de "fé de resultados".
A Teologia da Prosperidade, segundo o autor de "Supercrentes - O Evangelho Segundo os Profetas da Prosperidade", o cientista da religião e pastor Paulo Romeiro, faz o fiel encarar Deus como um office-boy, pois o crente dá ordens e determina o que pretende. Não há qualquer reconhecimento das fragilidades humanas e das suas necessidades em relação a um Deus superior. E FOI UM PASTOR QUEM DISSE ISSO, NÃO EU.
Outra diferença entre eles, ainda em relação a Teologia da Prosperidade, é a existente entre a afirmação de Edir Macedo e a do líder da igreja Maranata, Pastor Paulo Cézar Brito. Com as igrejas neopentecostais o dinheiro passou a ter nova função: é preciso dar para receber, por isso Edir Macedo teria escrito que "devemos formar uma sociedade com Deus. O que nos pertence (nossa vida, nossa força, nosso dinheiro) passa a pertencer a Deus (esperto esse Macedo, não?) e o que pertence a Deus (as bençãos, a paz, felicidade, alegria e tudo de bom) passa a nos pertencer". Em oposição a essa posição vem o líder da Maranata dizer que a afirmação de Macedo "é uma contradição. A Reforma Protestante começou justamente porque Lutero se levantou contra a venda de indulgências". NOVAMENTE, FOI UM PASTOR QUEM DISSE ISSO, NÃO EU. O líder da Maranata, outra denominação evangélica, pentecostal, rejeita, portanto, a Teologia da Prosperidade, que é própria do NEOPENTECOSTALISMO.
No mais, os pentecostais e os neopentecostais são iguais, porém diferentes, residindo estas diferenças em detalhes, tendo faltado falar das diferenças do dízimo e do sexo. O dízimo para os pentecostais segue o que está na Bíblia (não que eu concorde, só estou dizendo que está lá) e para os neopentecostais também, com a diferença que dando o dízimo o fiel poderá exigir que Deus o recompense. Já relativamente ao sexo, os pentecostais dizem que ele só serve para reprodução e quem busca prazer sexual está se entregando ao demônio; já os neopentecostais vêem o prazer sexual como uma benção de Deus, desde que aconteça entre o marido e a esposa.
Finalizando, os Mórmons, os Adventistas e as Testemunhas de Jeová, embora tenham nascido no protestantismo, geralmente não são considerados evangélicos, porque além da Bíblia, baseiam as doutrinas em escrituras modernas.
Como visto, há várias correntes evangélicas e, nem sempre uma concorda com a outra e ao contrário, como visto também, os históricos, os pentecostais e os neopentecostais discordam em muitas coisas entre si e olhe que todos estudam e pregam a mesma Bíblia, que segundo eles, é a Palavra de Deus e ao que eu saiba Deus não erra. Então só há 2 alternativas: A Bíblia não foi ditada por Deus ou os erros que nela se verificam (tanto em sua elaboração quanto em suas interpretações são de origem humana). Na verdade, essas 2 alternativas ocorrem e se resumem numa única: a Bíblia foi um livro inspirado aos homens de outra época, em outro idioma; este livro sofreu adulterações, teve supressões e acréscimos em seu conteúdo e as interpretações errôneas que dela fazem, se devem a esses fatores e também se devem ao desconhecimento disfarçado de sabedoria e aos interesses menos nobres de alguns homens.
2006-08-23 16:15:23
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answer #1
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answered by Jorge Murta 6
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Historicos- os protestantes do seculo 16, Lueranos, Anglicanos, Calvinistas - igrejas fundadas nos primeiros anos da reforma protestante mas já marcados por divisoes entre si, por exemplo, lutero defendia a presença real de Jesus na eucaristia, calvino não, os teologos anglicanos fizeram uma especie de samba do crioulo doido, unindo a liturgia catolica e a doutrina protestante baseada na doutrina luterana.
Petencostais, movimentos derivados das principais igrejas protestantes historicas e nascidos nos sec 19 e 20, principalmente nos EUA ( Assembleia de Deus, Test. de Jeová e outras e que se baseiam na manifestação do Espirito Santo. O nome vem do petencostes , ou seja, da descida do Esp.Santo sobre os Apostolos, 50 dias após a Ascensão de Jesus, qdo estes, receberam os varios dons do Espirito, como falar em linguas, profetizar, ter visoes,etc etc. Dai terem aquelas praticas de gritar, falar em linguas q ninguem entende, verm coisas. São extremamente fundamentalistas, ou seja, interpretam a Biblia no sentido literal, sem exegese e sem contextualizaçao. São extremamamente proselitistas e agressivas na busca de novos adeptos.
Neo petencostais, são derivadas das petencostais acima, porem o seu diferencial é que são mais localizadas nso paises pobres ou entre os bolsões de pobreza dos paises ricos.
No Brasil são exemplos, a IURD, a renascer em Cristo, a internacional da graça, as batistas, e outras d emenor poder de fogo. Seguem os mesmos comportamentos das petencostais porem visam em ultima analise a "possessão do possuido" ou seja, fazem o individuo q os procura,acreditar q o demonio é a causa de seus sofrimentos e problemas e q, somente com sua adesão à tal igreja o infeliz vai conseguir se livrar do capeta e viver uma "vida nova". São os maiores difusores da teologia da prosperidade, ou seja, a pessoa tem a certeza q Deus a está abençoando na medida q consegue bens materiais tais como carro, apto, padrao de vida elevado. Em troca de coseguir tais favores de Deus o fiel terá de "provar" isso fazendo generosas ofertas em dinheiro para Deus, através da igreja q frequenta.Ai então Deus vai ver q a pessoa se entregou mesmo a Ele e vai providenciar o carro ou o apto ou os bens materiais, q ela deseja.
Estas seitas neo petencostais cresceram e multiplicaram muito nas decadas de 70 a 90 no Brasil e foram implantadas entre nós a partir da CIA americana, como forma de combater o engajamento politico de esquerda da Igreja Catolica durante o tempo da ditadura militar. Naquele periodo a Igreja Catolica, através das Comunidades eclesiais de base, era a unica força contraria à ditadura militar e denunciavam a exploração do capitalismo americano nos paises da A.Latina.
Hoje as seitas neo petencostais crescem a aprtir da miseria e das privaçoes de toda sorte da populaçao brasileira. Notorio é o crescimento delas em bairros de periferia e nas favelas das grdes cidade brasileiras exatamente devido ao abandono da populaçao pelos governos. Nesses lugares o povo sofrido realiza uma catarse coletiva e projeta no capeta a causa de todas as suas frustraçoes. Vencido o capeta, as frustraçoes e privaçoes estariam vencidas.
2006-08-23 16:38:40
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answer #2
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answered by Frei Bento 7
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A ORIGEM DOS "ANABATISTAS"
Como vimos no final do capítulo dois, com a desfraternização dos cristãos entre os anos de 225 a 253 A.D., surgiu dois grandes blocos de cristãos. O bloco dos anabatistas e o bloco das igrejas erradas. Neste capítulo trataremos especificamente com o futuro que tomou as igrejas fiéis cognominadas de "anabatistas".
QUEM FORAM OS ANABATISTAS?
Nos livros de história e em muitas enciclopédias encontraremos algumas notas sobre quem foram os anabatistas. Em alguns livros são chamados de "dissidentes", e em outros de "seita de heréticos". Há escritores que não querendo se comprometer com sua maioria de leitores católicos ou protestantes, chama-os de "fanáticos religiosos".
Observando estas poucas entre muitas referencias erradas sobre eles, podemos analisar cuidadosamente. Eram dissidentes? Não. Dissidente é uma pessoa que se separa de outro por algum motivo. Eles não se separaram de ninguém. Apenas não concordavam com heresias dentro da igreja. Se uma igreja tem 20 membros. Quinze resolve mudar a fé. Cinco permanecem fiéis. Quem dissidiu? Os quinze que estão no erro ou os cinco que permaneceram fiéis? É evidente que dissidente é aquele que saiu daquilo que está certo e firmado.
Chamá-los de um ajuntamento de heréticos é o mesmo que chamar os apóstolos de heréticos. Não foram os anabatistas que mudaram de fé. Nunca foi a intenção de um anabatista mudar aquilo que Deus ordenou. Heréticos foram os pastores e membros das igrejas erradas, os mesmos que posteriormente foram conhecidos como católicos. Os anabatistas não eram uma facção de cristãos. Eles eram os verdadeiros cristãos. Portanto, seita foi a igreja - Católica - que surgiu tendo como membros indivíduos e pastores excluídos por motivos biblicamente corretos.
Também não eram fanáticos religiosos. Seguir a Cristo como manda as escrituras não é ser fanático, é ser discípulo verdadeiro. Discordar de heresias não é fanatismo, é zelo pela palavra de Deus. Seria os apóstolos fanáticos? Zaqueu foi um fanático por querer fazer a vontade de Deus? Paulo foi um fanático quando condenou a idolatria? Pedro foi um fanático quando discordou da salvação pelas obras? De forma alguma. A maior prova de que os anabatistas não eram fanáticos está no exemplo dos primeiros cristãos mencionados no livro de Atos.
Podemos afirmar com certeza que os anabatistas foram os verdadeiros seguidores de Jesus entre os anos de 225 até os anos de 1600. Homens que amavam servir a Cristo. Eram cristãos que não concordavam com o erro grotesco de ver pessoas acreditando que o batismo ajudava na salvação; Cristãos que não aceitavam em ver um bispo monárquico querendo mandar no rebanho de Deus. Igrejas que tiveram a coragem de excluir do meio cristão original as igrejas heréticas. Foram eles os autênticos sucessores dos apóstolos na obediência a Jesus e a sua Palavra.
O QUE SIGNIFICA ESTE APELIDO?
O próprio título confessa que o sobrenome dado aos cristãos fiéis - anabatistas - é um apelido, e tem tudo a ver com o propósito para o qual ele foi dado. Anabatistas é uma palavra grega que significa "batizar outra vez". O prefixo "ana" quer dizer outra vez, e a raiz "batista" significa mergulhar ou batizar nas águas. Assim, quando uma igreja era chamada de anabatista por outra, significava que ela batizava outra vez os membros vindos das igrejas erradas.
ONDE E QUANDO SURGIU ESTE APELIDO?
Este apelido foi usado pela primeira vez na Ásia Menor para distinguir nesta região as igrejas fiéis das erradas. O local mais aceito como sua origem é na Frígia, local de onde saiu o pastor Montano para pregar contra os dois erros mencionados no segundo capítulo, os quais, corrompiam as igrejas cristãs. Montano foi um pastor muito itinerante, e por isso sua mensagem se esparramou por toda Ásia Menor, fazendo que as igrejas dessa região permanecessem fiéis a doutrina recebida pelos apóstolos. Montano viveu cerca de 156 A.D. Foi justamente nessa época que as igrejas da Ásia Menor resolveram rebatizar membros vindos de igrejas erradas. Então pela primeira vez uma igreja foi conhecida como "anabatista".
Oficialmente ele é usado em 253 A.D., pelo bispo romano Estevão que, indignado com o fato de ver sua igreja excluída pelas igrejas da Ásia, resolveu chamá-las de "anabatistas". O fato é que depois do bispo romano ter se manifestado, todas as igrejas que não concordavam com a idéia de Salvação através do batismo e da necessidade de um bispo monárquico, foram conhecidas como anabatistas.
O POR QUE DESTE APELIDO
Talvez o leitor esteja confuso e pergunte o por que dos cristãos ter a necessidade de receberem outro apelido além de cristão.
Um crente fiel ao Senhor tem muito amor aos ensinos da Bíblia. Jesus ao enviar a grande comissão dá três ordens: Fazer discípulos; batizar; e ensinar as coisas que ele ordenou; Então, uma igreja fiel irá: pregar, batizar e ensinar o que ele ordenou. Note que ele diz: "vos tenho ordenado". Ordem é ordem. Mandamentos são mandamentos. A igreja não pode fazer aquilo que não lhe foi ordenado, mas somente o que Jesus mandou. Por isso as igrejas fiéis não podiam e nem podem se submeter a erros heréticos como mudar o plano de salvação e a chefia da igreja!
A HISTÓRIA DAS IGREJAS ERRADAS APÓS A EXCLUSÃO
Os Pentecostais
Os Neo-Pentecostais
Os Carismáticos
OS PENTECOSTAIS
As primeiras manifestações pentecostais podem remontar até ao século XVIII, quando o metodismo foi implantado. Wesley, ao comentar algumas pessoas que entraram em êxtase em um de seus cultos comentou: "Essas manifestações podem ou não ser verdadeiras".
A ORIGEM DO PENTECOSTALISMO
O primeiro grupo de pentecostais conseguiram sua membresia das igrejas Holiness Weslyanas - um grupo de metodistas - e, em muitos casos, dos grupos renovados onde elas começaram (batistas, metodistas, presbiterianas). O primeiro grupo enfatizava o falar em línguas estranhas como evidencia do Batismo no Espirito Santo. Em termos de data, foi provavelmente a abertura do Bethel Bible College em Topeka, Kansas, dirigido por Charles Parhan, em outubro de 1900.
Em primeiro de Janeiro de 1901 os alunos deste colégio estavam estudando a obra do Espirito Santo, e uma das alunas, Agnes Osman, pediu aos seus colegas que lhe impusessem as mãos para que ela recebesse o Espirito. Ela falou em línguas, e mais tarde, outros estudantes falaram em línguas também.
Parhan abriu outra escola em 1905, na cidade de Houston, Texas. Foi de lá que William J. Seimor, um aluno negro, ao receber o mesmo dom, tornou-se mais tarde o líder de uma missão no numero 312 da Rua Azusa em Los Angeles, no ano de 1906. Falar em línguas se tornou comum nessa missão. Pessoas que vinham visitá-la tiveram experiências similares e levaram a mensagem para outros países. Pode-se dizer que a Missão da rua Azusa é a mãe do pentecostalismo mundial. Essa missão chamava-se "MISSÃO APOSTOLICA DA FÉ". Este nome durou até 1914 quando foi mudado para "ASSEMBLÉIA DE DEUS".
Muitos jovens pregadores e aspirantes a pregadores iam ter com William J. Seimor para receber os dons. Foi assim que Gunnar Vingren e Daniel Berg, os fundadores da Assembléia de Deus no Brasil, tornaram-se pentecostais em 1908,
Em 1907, um pastor chamado William H. Durhan, recebeu de Seimor os dons. Durhan abriu sua própria missão também em Los Angeles. Ficava na North Ave, 943. Foi nesta missão que Louis Francescon, futuro fundador da Cristã do Brasil, recebeu os seus dons.
OS PENTECOSTAIS NO BRASIL
O pentecostalismo no Brasil se divide em três grupos distintos que surgiram em três épocas diferentes. São eles: Os pentecostais históricos que surgiram na primeira década deste século (Assembléia e Cristã). Os pentecostais da segunda Geração, surgidos a partir da década de 50 (Quadrangular, Brasil para Cristo, Casa da Benção, Deus e Amor); e os neopentecostais, surgidos a partir da década de setenta sendo a principal a Universal do Reino de Deus.
A ORIGEM DA CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL
A Congregação Cristã foi a primeira igreja pentecostal a se instalar no Brasil. Foi fundada no Brasil pelo missionário Louis Francescon, um italiano nascido em Cavasso Novo, Udine. Veio para os EUA em 1890. Lá se tornou presbiteriano em 1891. Nessa igreja chegou a ser diácono e, na ausência do pastor, causou distúrbios a fé presbiteriana, indo-se batizar por imersão juntamente com outros 18 membros. Um irmão de sua igreja batizou-os em 1903, mesmo não sendo ordenado para o ato. Em 1907 recebeu os dons na Igreja de William H. Durhan. Nesta mesma igreja foi-lhe revelado que deveria pregar a colônia italiana, o que fez com presteza.
Francescon visitou a Argentina em Setembro de 1909 e em Janeiro de 1910. Chegou ao Brasil em Março de 1910 na cidade de São Paulo. Através de um contato direto foi parar em Santo Antônio da Platina, Paraná, onde organizou sua primeira igreja no Brasil com colonos italianos. Foram onze ao todo. O crescimento desta igreja foi tímido até o meado dos anos 50. A partir desta data cresce expressivamente. No Sul e Sudeste do pais, muitas igrejas do interior que professavam a fé presbiteriana foram alvos de renovação por parte dos adeptos da Congregação.
Interessante é notar o dom de línguas que possuía. Em seu diário ele diz que por suas mãos muitas pessoas conseguiram estes dons. Mas acaba entrando em contradição na página 23 do mesmo. Lá ele diz: "Outra dificuldade que encontrei foi não conhecer uma palavra do idioma portuguesa se achar sem dinheiro e doente". E o dom de línguas que possuía, servia para que?
A ORIGEM DA ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL
Em 19 de Novembro de 19l0 chegaram ao Brasil dois pastores. O primeiro era Gunnar Vingren, um ex-pastor batista que fora excluído do ministério pela Igreja Batista de Michigan. O segundo era Daniel Berg que também fora excluído da comunhão batista. Depois de receberem os dons de William Seimor, e para atender a um sonho de um irmão chamado Adolf Uldin, vieram para o Brasil.
Chegando em Belém de Pará se apresentaram a Eurico Nelson, um missionário batista no Amazonas. Identificando-se como batistas, ofereceram-se para ajudar no trabalho e pediram hospedagem. Como não tinham carta de recomendação, e nem podia ter pois eram excluídos, o missionário deixou-os usar o porão da igreja como casa.
Logo depois Eurico Nelson precisou viajar para o sul. Essa viagem deu oportunidade para que os dois recém chegados pedissem ingresso na igreja, declarando-se membros de uma igreja nos Estados Unidos. Vingren declarou sua condição de pastor e a igreja recebeu-os com alegria. Como não sabiam falar português e nem os membros inglês - com exceção de um - tudo ficou muito fácil. Nota-se uma certa desonestidade em como eles conseguiram a entrada na igreja. Primeiro que não falaram que eram membros excluídos. Depois porque não esperaram a volta do pastor titular que, naquele tempo, tinha que fazer a viagem de Belém de Pará ao Sul de Navio, e levaria meses para voltar.
Os dois foram mais desonestos ainda quando começaram a fazer cultos no porão da igreja. Só alguns membros eram convidados e as reuniões começavam após o término dos cultos regulares da igreja. Nessas reuniões havia estranhas línguas e estranhos ruídos. Alguns membros da igreja começaram a adotar as idéias dos falsos irmãos. Aumentando o número e chegando ao ponto de haver manifestações pentecostais numa reunião de oração da igreja, o evangelista Raimundo Nobre convocou, com o apoio da maioria dos diáconos, uma sessão extraordinária, e os adeptos de Vingren e Berg foram excluídos. Ao todo foram treze pessoas excluídas. (dezenove segundo o MP 06-96). No meio deles estava o moderador da Igreja, substituto direto de Eurico Nelson, José Plácito da Costa, homem culto e o provável tradutor das mensagens pentecostais nas reuniões do porão. A igreja contava com 170 membros, assim, é estranho que o historiador pentecostal, Emilio Conde, diga que a minoria excluiu a maioria.
Vingren e Berg não pararam por aí. Continuaram a fazer o trabalho de proselitismo dentro das igrejas batistas. Percorreram o Brasil inteiro na busca de novas renovações. Pode-se dizer que em muitos casos foram bem sucedidos. O próprio Vingren afirma em seu diário que: "Por onde íamos, buscávamos nas igrejas e nas casas dos batistas infundirem o novo batismo". Este novo batismo constituía de doar aos crentes já convertidos o dom de línguas.
Nisso Vingren também entra em contradição na questão dos dons de língua. Ele considerava-se o doador do dons de línguas a muitos crentes. Pois bem. Na página 34 de seu diário ele relata: "Agora com esforço começamos a estudar a língua, e durante esse tempo participamos dos cultos da igreja Batista. Por não termos dinheiro para pagar as aulas, Daniel teve de conseguir um emprego na fundição. Ali ele trabalhava de dia, enquanto eu estudava o idioma. Depois eu lhe ensinava de noite o que aprendera de dia. Assim, com esforço aprendemos o português." Esse foi o mesmo erro de Fancescon. Que dom era esse que não foi usado para o fim que a Bíblia deixou, pois, em Atos 2, diz que as línguas faladas pelos apóstolos coincidia com a necessidade de cada ouvinte; Romano ouvia em Latim. Grego em grego. E nenhum dos apóstolos tiveram que entrar na escola para aprender idioma nenhum. Em 1911 os dois fundaram a Missão de Fé Apostólica que posteriormente mudou-se de nome para Assembléia de Deus. Cresceram muito após a década de 50 e são hoje o maior grupo de pentecostais no Brasil chegando a mais de três milhões de adeptos.
A ORIGEM DOS PENTECOSTAIS DA SEGUNDA GERAÇÃO
A partir de 1950 multiplicou-se o número de denominações pentecostais. Esse fato deve-se principalmente pelas incentivadas cruzadas nacionais de evangelização que percorreu todo o país. Usavam-se tendas como templos improvisado e grandes anúncios nas rádios da época. Esse período é conhecido como a segunda geração de pentecostais.
Foi assim que nasceu a IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR. Ela foi fundada no Brasil pelo missionário americano Harold Williams em 1953 na cidade de São Paulo. Foi a inovadora em alguns pontos cruciais do pentecostalismo. Não eram tão intransigentes no uso da roupa e do cabelo como os assembleianos e os cristãs. Seus cultos eram ainda mais desorganizados que o de seus antecessores. Deixando a recomendação de Paulo em I Tm 2,8-13, atropelaram as escrituras e ordenam mulheres para o ministério, dando a estas o titulo de pastoras. Seus templos estão situados principalmente no Sul e Sudeste do país.
A febre do pentecostalismo estava a toda nessa época. Em 1956 o ex-pastor assembleiano e depois quadrangular, Manuel de Melo, iniciou uma divisão nestas duas igrejas. Dessa divisão surgiu a IGREJA O BRASIL PARA CRISTO. Esta igreja foi um pouco mais rígida que a quadrangular e um pouco menos exigente que a Assembléia. Seu crescimento foi espantoso. Na época áurea de Manuel de Melo ele chegou a ordenar mais de trezentos pastores num só dia (a maioria ex-presbíteros da Assembléia de Deus). Chegaram a ter o maior templo protestante no Brasil na cidade de São Paulo. Seus programas de rádio eram largamente ouvidos em todo o país. Chegaram a ter mais de um milhão de membros. Na ultima pesquisa feita o número foi de 197.000. Com a morte do missionário o trabalho deixou de ter o crescimento expressivo que marcou o seu início. Tem perdido muitos membros para as divisões das assembléias e para os neopentecostais.
As igrejas pentecostais continuaram a rachar. Em 1960 surgiu a IGREJA NOVA VIDA no Rio de Janeiro. O missionário David Martins Miranda, que tem origem assembleiana, deixou-a e fundou a IGREJA DEUS É AMOR em 1962. Esta igreja ainda está em ascensão. Cresce muito entre a população mais carente do país. O fato de seu fundador e líder ainda estar vivo ajuda muito a sua propagação. Seus programas de rádio tem grande audiência na camada mais pobre, e principalmente, nos morados da zona rural. Muito parelha a esta igreja em doutrinas e costumes a IGREJA SÓ O SENHOR É DEUS, que tem como fundador o missionário Miranda Leal ( Que dizem ser primo de Davi Miranda). Esta igreja que tem a sua sede em Maringá, no Paraná, e seus templos, quando construídos por Miranda Leal, tem a forma de uma Arca, como a de Noé. Em 1964 surge A CASA DA BENÇÃO, fundada pelo missionário Doriel de Oliveira. É quase inexpressiva nas cidade de pequeno porte, mas é bem representada nos grandes centros. Esta igreja até hoje costuma usar tendas improvisadas como templos para iniciar seus trabalhos.
OS NEOPENTECOSTAIS
Neopentecostalismo é o nome que se dá aos pentecostais da terceira geração. São assim chamados porque diferem muito dos pentecostais históricos e dos da segunda geração. Realmente é um novo pentecostalismo. Não se apegam a questão de roupas, de televisão, de costumes, e tem um jeito diferente de falar sobre Deus. Dualizam o mudo espiritual dividindo-o entre Deus e o Diabo. Para eles o mundo está completamente tomado por demônios, e é sua função expulsá-los. Pregam a prosperidade como meio de vida. Pobreza é coisa de Satanás. Doença só existe em quem não acredita em Deus e sua origem é o demônio. Seus cultos são sempre emotivos objetivando uma libertação do mundo satânico. Em muitos pontos pode-se dizer que suas doutrinas são bem parecidas com as doutrinas das religiões orientais, tais como Seicho-No-E, induísmo e budismo. Para eles o crente não pode sentir dor, ser pobre ou estar fraco.
Este movimento começou no início da década de setenta. Seu crescimento deve-se muito aos programas de rádio e televisão, nos quais, devido ao anuncio de curas e milagres, tiveram uma grande audiência. Seus ouvintes e telespectadores geralmente são recrutados para dentro de suas igrejas. O sistema de testemunho é forte, e isso certamente encoraja outros a tomar o mesmo caminho.
No Brasil a maior igreja neopentecostal é a UNIVERSAL DO REINO DE DEUS (IURD). Já conta com mais de dois mil templos em todo o Brasil e é a terceira maior igreja evangélica do país, ficando atras apenas da Assembléia e da Cristã. Fundada em 1977 pelo bispo Edir Macedo, tem procurado estabelecer um sistema episcopal como o católico. Possui um forte esquema de comunicação, que é sem dúvida o fator de peso na divulgação e crescimento de seus trabalhos.
Depois da Universal a maior igreja neopentecostal no Brasil é a IGREJA INTERNACIONAL DA GRAÇA. Esta igreja foi fundada em 1980 pelo missionário R. R. Soares no Rio de Janeiro. Na intenção de imitar o trabalho de Kenneth Hagen (um dos maiores apresentadores de igrejas televisionadas dos EUA), Soares investe muito na apresentação de seus programas. Outra Igreja forte no ramo neopentecostal é a RENASCER EM CRISTO, que trabalha principalmente com a camada alta da sociedade. Há pouco tempo quase comprou uma rede de Televisão. A tendência é crescer. Seu fundador se auto declarou "apóstolo".
AS DIVISÕES DO PENTECOSTALISMO
O pentecostalismo é um mal. Primeiro por que causa divisão. Segundo porque causa confusão. Só no Brasil são mais de duas mil denominações registradas em cartório como autenticas pentecostais. Por exemplo: A Assembléia nasceu em 1910. Só que hoje existe diversas Assembléias e todas nascidas de um racha dentro de outra Assembléia. A cristã é uma renovação da igreja presbiteriana. Mas hoje já existe a Cristã Renovada. Esse tipo de comportamento só serve para causar confusão. O método de aceitar membros de qualquer outra igreja, sem saber qual era sua vida na sua igreja de origem, faz com que prevaleça a desordem e a descrença denominacional.
Os pentecostais alegam que o aparecimento do Espirito Santo dentro das igrejas surgiu como resposta de Deus ao modernismo teológico (MP pg 04, 06-96). Quer dizer que o Espirito Santo tinha sumido das igrejas por quase dois mil anos? Poucos sabem, quando afirmam uma coisa dessas, que quando os pentecostais estavam renovando os trabalhos batistas no começo do século, estes mesmo "crentes frios", estavam dando suas vidas em campos missionários de todo o mundo. Antes de dividir as igrejas de Jesus seria bom que lessem Provérbios 6,19.
OS BATISTAS RENOVADOS
A renovação das Igrejas Batistas no Brasil como denominação começou no ano de 1958. Desde esta data até o ano de 1965, quando realmente houve a divisão, muitas reuniões foram feitas no intuito de evitar o racha nas igrejas batistas de todo Brasil.
O iniciador do movimento divisório nas igrejas batistas do Brasil foi um pastor da Igreja Batista de Vitória da Conquista chamado José Rego do Nascimento. Era um grande orador e logo conseguiu fazer fileiras e conquistar algumas pessoas de nome para o seu movimento. Foi o caso do pastor Enéias Tognini, pastor da Igreja Batista de Perdizes. Essa união de forças levou o caso a ser analisado várias vezes. Houve muitas reuniões de um comitê organizado para este fim, formado por 11 membros, buscando uma solução conciliadora para a questão pentecostal dentro das igrejas batistas. A decisão estabeleceu que: "A atuação do Espirito Santo na vida dos crentes, se faz através de um processo chamado santificação progressiva; que manifestações emotivas, por mais sinceras que sejam, não podem ser apresentadas como um padrão a ser seguido por todos; que a ênfase dada a doutrina do batismo no Espirito Santo tem causado reuniões barulhentas, carregadas de emocionalismo e provocado manifestações de orgulho espiritual, bem como proselitismo de crentes que não adotam tais idéias." Isso aconteceu em 1963.
Em 1965, ao realizar-se a Convenção em Niterói, com 3.035 mensageiros, as preocupações maiores era a grande Campanha de Evangelização marcada para o mesmo ano. No plenário mais uma vez surgiu o problema da renovação. O presidente vendo que isso atrapalharia a campanha pediu que a questão fosse resolvida no ano seguinte. Porém a intransigência dos reavivalistas foi tanta, que precisou ser resolvida naquela convenção. Decidiu-se então pela exclusão da comunhão as igrejas renovadas. Só naquele ano mais de trezentas igrejas se rebelaram e tiveram que ser excluídas. Juntas formaram uma convenção a qual denominaram CONVENÇÃO BATISTA NACIONAL. Assim, pela primeira vez, houve uma divisão entre os batistas brasileiros como um grupo.
OS CARISMÁTICOS
O movimento pentecostal iniciado em 1900 por Parhan conseguiu invadir todas as denominações antigas (batistas, presbiterianas, metodistas, etc.). Até então falar em línguas era para os pregadores pentecostais uma resposta de Deus condenando as denominações tradicionais. Todos os grupos renovados que saiam de suas igrejas originais condenavam os que não aceitavam o pentecostalismo. De repente o mundo pentecostal teve uma surpresa. Essa surpresa foi a chegada dos pentecostais católicos, ou CARISMÁTICOS.
No início de 1960 explodiu a mania carismática nas antigas denominações Episcopais da Califórnia. Seu líder principal foi Dennis Bennet de Van Nuys. Um discípulo dele, Jean Stone, espalhou o seu ensino através da revista Trinity entre os anos de 1961-66. Por esse mesmo período Larry Christensen liderou o avivamento carismático entre as igrejas luteranas nos E.U.A .
Em 1967 foi a vez da Igreja Católica Romana formar seu grupo de carismáticos. Tudo começou num retiro de Universitários na Universidade de Duquesne, Pittsbush. Houve muitos que falaram em línguas naquele retiro. O primeiro grande líder dos carismáticos Católicos parece ter sido Ralph Keifer. Em fevereiro de 1967 ele levou a mensagem carismática para a Universidade de Notre Dame, e muitos alunos e professores falaram em línguas.
De princípio tanto os pastores pentecostais, como padres católicos, condenaram o mais novo movimento pentecostal. Na verdade os padres até tinham uma certa razão, pois, era um ensino totalmente contrário as doutrinas do Vaticano. Já os pastores pentecostais condenavam mais por ciúme, afinal, a grande vantagem de falar em línguas, que foi a bandeira dos pentecostais por mais de seis décadas, estava agora na boca dos idólatras católicos. A diferença dos carismáticos com os pentecostais é: Primeiro que eles se renovam e permanecem nas suas próprias congregações, enquanto os pentecostais históricos dividiam as igrejas. Os carismáticos usualmente pertenciam à classe média, são separatistas, urbanizados, de tendência ecumênica e pluralistas em sua teologia. As igrejas pentecostais clássicas eram originalmente constituídas de operários e eram barulhentas em seus cultos. Na questão de barulho os carismáticos atuais já alcançaram seus primos pentecostais clássicos. Os carismáticos são idólatras e os pentecostais não. No demais são bem parecidos.
Os carismáticos católicos só conseguiram o agrado do Papa - não o aval - em 1975. Neste ano o movimento reuniu dez mil carismáticos em Roma. Num pronunciamento ecumênico o Papa Paulo falou simpaticamente à assembléia. Foi uma vitória ao movimento carismático. De princípio João Paulo II não aprovou muito o movimento. Mas atualmente ele é favorável, principalmente porque os carismáticos já se organizaram em quase todo o mundo, e no Brasil, que é o maior país Católico do mundo, o movimento está esparramado em quase todas as suas paróquias. Para dizer com mais sinceridade é o movimento carismático que está conseguindo deter o movimentos pentecostal e neopentecostal na América Latina, que aliás, é o grande reduto católico do mundo.
A grande pergunta é: Estavam certos os pentecostais de condenar o movimento tradicional? Que dizer de uma pessoa que acredita em purgatório, santos e imagens, cultos aos mortos, adoração de Maria, entre outras barbaridades, falar em línguas também? É preciso ter muito cuidado quando falamos desse assunto. Mais uma coisa é certa. O pentecostalismo só causou divisão nas igrejas. No princípio quando as igrejas são rachadas sempre fica a mágoa e a rixa dos grupos divididos. E isso eu posso afirmar com certeza, que tudo que divide o corpo de Cristo não é do agrado de Deus.
A exclusão das igrejas erradas em 225 A.D. pelas igrejas fiéis foi uma atitude necessária para a conservação do evangelho puro e original. Assim como um membro profano deve ser excluído do seio da igreja, da mesma forma uma igreja profana deve ser excluída da comunhão com as outras igrejas fiéis. O próprio Senhor Jesus nos ensina no livro de Apocalipse que o simples fato de uma igreja não ser fria nem quente é motivo de ser "vomitada". Queiram os ecumênicos ou não, já no segundo século havia dois tipos de cristãos: os fiéis ao evangelho e os infiéis. Os infiéis, excluídos em 225, já não tinham mais o direito de batizar, ao menos que se reconciliassem. Como isso não aconteceu perderam totalmente a ordem do batismo. Aceitar o batismo de uma igreja excluída é o mesmo que aceitar que um crente excluído saia por aí batizando todo mundo. Conclui-se que o rebatismo de membros vindos de uma igreja excluída é algo necessário, pois quem não recebe o batismo de uma igreja biblicamente aceita, não recebeu o batismo cristão.
Portanto, o apelido anabatista, só apareceu porque as igrejas erradas não quiseram arrepender-se de seus erros. Além do que, não se chamaram assim, mas foram pelas igrejas erradas assim chamados. O fato dos anabatistas não terem repudiado o apelido significa que o mesmo estava de acordo com uma realidade da época, ou seja, precisava ter rebatizadores para enfrentar as heresias das igrejas erradas.
2006-08-23 16:08:33
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answer #5
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answered by Marza 3
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