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não sei se toh viajando,............. ou talvez ouvi *****......mas jah axo q jah ouvi alguma coisa de crianças nascendo naturalmente na piscina e saindo nadando!!!

2006-08-22 11:52:19 · 2 respostas · perguntado por rafael 1 em Gravidez e Maternidade Bebês e Recém-Nascidos

2 respostas

sim é vero..dentro do utero vc acha q era oco/ q tinha oxigenio..de certa forma eles ficavam submersos ..

2006-08-22 11:55:33 · answer #1 · answered by bocaum 6 · 0 0

lógico eles pasam 9 meses dentro da barriga cheia de liquido


Sobre o parto e as ecografias a mais
Adoro o que escreve este médico sobre o parto!
Leia também este texto tão cheio de sabedoria e experiência:


"Lembram do parto "quiabo" de ontem, que nasceu na água e em casa?
Aquele trabalho de parto de pouco mais de duas horas.
Pois há mais um detalhe que eu esqueci de contar.
Esse bebê nasceu com 4 (quatro) circulares cervicais. Sim... quatro.
Tinha tanta circular que eu achei que ele era um “babalorixá”, que já nascia paramentado.
Não houve nem como desfazer as circulares; estavam firmes e a descida do bebê foi vigorosa demais. Nasceu cheio dos colares mesmo.
Ainda em baixo d'água desfizemos uma a uma as voltas de cordão... Enquanto isso, nosso pequeno convidado nadava solenemente, experimentando o espaço pela primeira vez.

Pergunto: como ocorreria um parto em que a equipe, a mãe e o pai soubessem da existência das circulares, num contexto médico de pânico relacionado a este episódio absolutamente corriqueiro (lembrem que 39% das gestações tem circulares cervicais)? Nossa paciente não realizou ecografias de rotina durante a gravidez; nunca houve indicações médicas para tal. Mas, caso tivesse realizado por “pura curiosidade”, nem todas as explicações do mundo poderiam devolver a tranqüilidade a esta mulher. As orientações com base em evidências científicas e observacionais poderiam atingir apenas a fina crosta envernizada que nos envolve de racionalidade. O núcleo pulsante de MEDO que carregamos no centro seria fortemente ativado, e não há racionalidade suficiente para amainar sua força. Nenhuma “sonda de racionalidade” seria larga o suficiente para diminuir por inteiro a sua pressão.
Como se comportaria esta mulher dominada pelo signo do medo?
Que tipo de entrega ao fluxo da vida seria possível?
Teríamos um trabalho de parto de 2,5 horas se esta família estivesse entregue ao pânico?
Como agiria a equipe diante de tal clima? Como reagiria à psicosfera reinante?

Não faço a apologia à "ignorância como mãe da felicidade".
Nada disso. Não acredito que ignorar os perigos nos livra deles, e nem acredito que os indivíduos imersos na ignorância de sua falibilidade ou finitude sejam mais felizes. Tampouco faço um ataque à tecnologia. Ela é uma das mais primitivas características de nossa espécie, e o seu uso deve ser estimulado quando ela puder oferecer qualidade à vida e alívio dos sofrimentos de quem quer que seja. O foco, entretanto, deve ser a pessoa, e não a tecnologia em si. Acredito, sim, que somente poderemos ser felizes através da liberdade. "Conhecereis a Verdade e ela vos libertará", já dizia o Nazareno. O saber e o conhecimento nos livram da escuridão da ignorância. Quanto mais luz, menos tememos as trevas. Entretanto, a questão que coloco é de outra natureza.

"Saber demais é perigoso, pois a verdade é ferramenta, e só pode ser usada como artefato na construção do bem", me dizia Maximilian, quando ainda éramos jovens e trazíamos o coração infenso à maldade dos nossos pares.
As informações que nos são oferecidas através de exames clínicos só têm serventia ser forem para prestar auxílio aos pacientes.
Exames laboratoriais não têm valor em si!!
São ferramentas que contém uma verdade, mas a verdade não pode ser usada como algo destruidor; seu uso só pode ser vinculado a um benefício para o paciente.
Com exceção das pesquisas clínicas autorizadas por pacientes, qualquer avaliação que se realize tem que oferecer vantagens para o paciente, e não o exercício do brilhantismo tecnológico estéril. Esta é a essência do humanismo: a pessoa como centro da atenção e da valoração.
Já a tecnocracia enxerga a tecnologia como o ápice do seu investimento.

As avaliações ultrassonográficas de rotina na gestação nunca se mostraram positivas para melhorar resultados. O aparecimento de alterações anatômicas, por exemplo, nas ecografias "morfológicas" de 20 semanas, nunca provaram ter qualquer valia nas populações estudadas, exatamente porque com esta idade gestacional nada pode ser feito para o auxílio de uma malformação.
A propaganda insistente deste tipo de tecnologia tenta reforçar virtudes que ela nunca comprovou, e jamais tangencia a questão da alteração emocional criada pelas informações inúteis que ela apresenta.
Chamo de "inútil" a informação que não se traduz em benefício para o paciente, mesmo que ela possa ter utilidade estatística, em pesquisa, etc.. Avisar que um bebê tem uma malformação renal não produz nenhum benefício para aquela mãe específica, apesar de poder ser usada como dado do número de crianças que apresentam tal malformação. Neste último aspecto poderia ser útil, mas que preço estaremos pagando para isso? Uma artificialização tremenda do processo de nascimento? A criação de medos, angústias, tônus adrenalínico durante os partos, pânico ou cesarianas a pedido por causa de circulares inofensivas?
Até quando suportaremos tais invasões?
Até quando permitiremos que as máquinas perscrutem a intimidade de nossos ventres sem apresentar nenhuma vantagem clara, apenas exercitando uma prepotência e uma arrogância extremada?
Bem sei da curiosidade que os casais tem de ver seus filhos ainda guardados no claustro materno, mas também sei que essa visualização com os olhos obscurece a mirada da alma.
Mães acostumadas a ver seus filhos através das máquinas param de sonhar com seus filhos, ou não conversam mais com eles, esperando a próxima visita ao ecografista para baterem um papo através da tela de chuviscos.
Não estaremos perdendo um pouco da nossa humanidade através da sedução das máquinas? Não estaremos entregando graciosamente o controle de nossos filhos para um equipamento que nunca provou ser útil em gravidezes que correm sem problemas, e cujas mães não possuem nenhum transtorno de saúde?
Sei apenas que o parto da nossa paciente L. foi marcado pela alegria e pela entrega plena ao estado alterado de consciência. Seus medos, que nunca deixariam de existir, estavam soterrados por um manto protetor de crenças positivas na bem aventurança de um nascer em paz. Talvez este seja o grande mistério, que guarda a chave de uma grande descoberta: deixar fluir o corpo, a mente e a alma, através do fluxo generoso da vida. Deixar o medo dormitar encerrado em seu mundo de trevas, enquanto colocamos o coração no ritmo das luzes. Entregar-se, deixar-se perder, voar.
Não será esse o tal "segredo tão bem guardado" de que tanto me falava Max?

2006-08-22 12:34:57 · answer #2 · answered by TIOZIM 5 · 0 0

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