O Cristianismo não oferece nenhum obstáculo aos ensinos espíritas, que são, ao contrário, uma retomada dos postulados básicos ensinados pelo Cristo já livres dos dogmas nele enxertados pelas organizações humanas que assumiram a posição de detentoras do legado de Jesus, como se Ele houvesse instituído uma organização religiosa e nomeado seus continuadores. Jesus não fundou nenhuma religião, os homens é que o fizeram e deram a ela a feição a que estavam acostumados.
Identificamos na Doutrina Espírita o Consolador prometido, porque ela realiza o que Jesus prometeu: traz o conhecimento que faz o homem saber de onde vem, para onde vai e porque está na Terra; ameniza a dureza das provações, porque acende em cada coração a luz da esperança; desperta em cada um o sentimento de religiosidade natural que prescinde de dogmas, templos e hierarquia sacerdotal para se externar. E, porque nos permite todo esse entendimento, a Doutrina Espírita nos aproxima do Criador e de seu maior mensageiro: Jesus. Podemos, pois, os espíritas que nos esforçamos por praticar a moral cristã nos dizermos espíritas cristãos.
E se você, amigo, acredita que Deus tem enviado mensageiros à Terra para esclarecer o homem, por que acharia que Ele não pode enviar também os bons Espíritos, para confundir os orgulhosos e lembrar de maneira mais precisa que somos todos Espíritos em trânsito para a evolução? Quem ousaria pôr limites ao poder de Deus e determinar o que Ele deve ou não fazer? Se essas reflexões lhe parecem lógicas, não se contente só com isso, leia "O Livro dos Espíritos" e as demais obras da codificação.
2006-08-20 15:48:00
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answer #1
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answered by ALFREDO D 5
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Kadulf, isso não é lugar para pregação. Vai pregar em outro lugar, no centro onde você frequenta, fóruns para discussões religiosas, o que for, mas você está sendo tão chato quanto os evangélicos que os espíritas adoram criticar.
2006-08-20 23:11:10
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answer #2
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answered by Lord_of_Dreams 7
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Acredito que sim.
Até agora, nenhuma religião se propõe a completar, ou seja, tomar o lugar do consolador que iria explicar o que ficou faltando, tal como o próprio Jesus disse, não pode dizer tudo que queria pois o homem não compreenderia na época.
Mesmo assim, completar o ensinamento não é uma proposta que todos aceitem, sendo mais fácil continuar ensinando o que já é tabu e negar novos ensinamentos ( principalmente os que não apóiam os atuais da forma que assim o são ensinados ) julgando suas fontes.
Mas isso é ainda uma questão de visão pessoal, e individual.
Mesmo a doutrina espírita, não responde a "todas" as minhas questões, mas é ainda a que melhor responde boa parte delas, e ao meu modo de ver, a mais coerente com a evolução moral.
2006-08-20 15:59:39
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answer #3
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answered by Hokus Phokus 7
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São muitas religiões no mundo, todas se dizem o caminho correto, mas a verdade é que muitas se contradizem, e então como afirmar que esta ou aquela é a “mais verdadeira”? Algumas se justificam com base em seu livro dito sagrado, outras pelas suas tradições e sua idade, como fica nossa inteligência diante disto? Todo o Universo, criado por Deus, está fundamentado em pura lógica e sensibilidade, tudo é inteligente no Universo, e justamente a Verdade não seria? Penso que a Verdade está na essência, no que é comum e verdadeiro à todos, sem exceção.
Para mim, Jesus de Nazaré foi um ser humano especial, sem artifÃcios fenomênicos como descreve a bÃblia, que provavelmente, pela história que se criou em torno dele, ensinou muitas coisas a seu povo e deixou novos valores que foram transmitidos para a humanidade, mas penso que em cima de sua (provável) verdadeira história se criou uma religião, se criou dogmas e se criou um mito, muito parecido com outros preexistentes a ele, para atender interesses e privilégios mundanos. Penso que ele foi um idealista de uma nova humanidade e que ensinava novos conceitos, como foi Sócrates para os gregos, mas Jesus falava para as massas, falava o idioma do povo, e por isto se tornou querido entre as massas da época. Depois disto, foi questão de tempo para que os homens poderosos, com maus propósitos, oficializassem o mito criado em torno dele para atender a interesses de domÃnio e controle sobre estas mesmas massas e reforçassem seu poder.
Alguém me escreveu certo dia dizendo que questionar a existência de Jesus é como questionar a existência de Platão, Napoleão, Shakespeare ou Santos Dumont. Não é verdade, pois todos os outros personagens históricos estão registrados em documentos históricos, e todos eles deixaram seus escritos de próprio punho. A BÃblia não é um documento histórico, o novo testamento não foi escrito por Jesus, e a própria Igreja Católica reconhece que a maior parte dos evangelhos sequer foi escrita pelos apóstolos, e sim por seguidores dos apóstolos, sendo que datam a partir do ano 60 em diante. Lucas sequer conheceu Jesus pessoalmente, e escreve o seu testamento com citações que não encontram apoio nos outros testamentos, como o milagre da viúva de Naim, que não aparece em nenhum outro testamento, aliás, a BÃblia contém o único testamento que existe que não foi escrito pelo próprio testamentário. Da mesma forma o milagre da transformação da água em vinho consta apenas em João, e ele diz que todos os apóstolos estavam presentes, se fosse verdade, pela grandiosidade deste fato todos não deveriam ter deixado registrado este acontecido? Os outros acharam irrelevante e não escreveram a respeito? Alguns dizem que isto se explica pela “inspiração divina” dos escritores bÃblicos. Existe inspiração divina nas cartas de Paulo que recomendam à mulher ser submissa ao homem e calar-se diante dele? Você mulher aceita isto como orientação inspirada por Deus?
Não penso que Deus seja o juiz que muitos acreditam ser, que fica registrando o que fazemos de bom ou de ruim para depois nos julgar se merecemos o “paraÃso” ou o “inferno”. Penso que esta é uma visão ainda medieval de Deus, penso que a felicidade ou a desventura que experimentamos são conseqüência da maneira como conduzimos nossa vida, individualmente e em sociedade. O Supremo Criador do Universo não poderia ser, penso assim, um ser antropomorfizado ou encapsulado numa religião, ocupado das atitudes mesquinhas dos seres humanos que não O compreendem, mas sim, uma Inteligência Universal que demonstra seu amor pela sua Criação através do cumprimento de Seus desÃgnios, dos princÃpios lógicos que demonstram que há uma inteligência por trás do Universo, e que nos dotou de um espÃrito, uma partÃcula divina, que nos permite compreende-Lo, ama-Lo e respeita-Lo, vivendo uma vida consciente e fundamentada no bem, aonde temos a oportunidade de evoluir e nos aproximar da compreensão deste Deus através das sucessivas etapas evolutivas de nossa existência humana, conceito este que é históricamente muito mais antigo do que o espiritismo.
Deus, para mim, é a Suprema Inteligência do Universo, Magna Ciência na qual o homem se inspira, ainda que inconscientemente, para criar sua ciência. à o Pensamento Criador que plasmou o universo e estabeleceu um princÃpio e Leis que regem esta Criação. Penso que nosso dever é evoluirmos como seres humanos conscientes e auxiliarmos Deus fazendo nossa parte, em manter em harmonia e paz este maravilhoso planeta, humanidade e universo, começando por nossa própria vida, que deve ser conscientemente vivida e fundamentada em princÃpios éticos e espiritualizados, sem fechar-se na estreiteza da incompreensão de dogmas ou suposições fenomênicas.
2006-08-20 15:46:34
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answer #4
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answered by Fabiano SJ/SC 2
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