Vc tem razão, inclusive há alguns textos muito bons que falam justamente sobre esse assunto:
MIRAGENS
Eram encargos normais, saudáveis: cuidar dos filhos, dirigir o lar, instruir a doméstica, efetuar compras... Mas Zilda aborrecia-se. Sentia-se frustrada. Ninguém parecia reconhecer seu esforço... Além do mais, sonhava trabalhar fora, ter seu próprio dinheiro, freqüentar uma Faculdade, alargar horizontes...
Irritava-se com frases pomposas, tipo "rainha do lar" ou "doadora da Vida'', que lhe pareciam engodos masculinos para estimular a submissão das mulheres.
Resolveu consultar um psicólogo, desses bem modernos, idéias arejadas, ''pra frente''... Expôs-lhe suas dúvidas e anseios, suas angústias e mágoas...
- Minha cara Zilda - disse-lhe o profissional, após ouvi-la. - Seu problema fundamental é um só: aprender a gostar um pouco de si mesma! É preciso soltar-se... Conquiste seu espaço no Mundo! Realize-se!
- O senhor tem razão! Anseio por vôos mais altos, além da rotina... No entanto, estou amarrada, os encargos domésticos são numerosos, a família precisa de mim, alguém deve ficar na retaguarda...
- Esqueça. No momento é preciso cuidar de seu bem-estar. Em sua existência ninguém deve ser mais importante do que você mesma! Liberte-se! Seja autêntica! Exercite suas próprias asas...
E, sob orientação do psicólogo, Zilda começou a mudar. Encontrou tempo para a massagista, o tratamento de beleza, a ginástica. Importante afinar a silhueta, rejuvenescer... Em breve matriculou-se em curso de nível superior, conseguiu pequeno emprego, entrosou-se com novas amigas, igualmente "avançadas"...
Sem tempo para o lar, este começou a apresentar problemas, o desleixo tomou conta, os filhos foram descuidados. O marido, perplexo, indagava-lhe o porquê de tantas mudanças...
- É preciso cuidar de mim mesma. Tenho sido uma escrava. Chegou o tempo de minha libertação. Vocês "se virem..."
Empolgada pela própria audácia, Zilda distanciou-se progressivamente da família até que, concluindo que precisava de mais espaço, partiu para cidade distante, integrada em novo emprego. Aparecia apenas nos fins de semana, visita em sua própria casa, "era preciso cuidar de si mesma!... "
Todavia, não chegou a parte alguma, alienada das realidades mais simples, perdida em caminhos tortuosos. Embora livre para movimentar-se, jamais se libertou da angústia e da insatisfação, nem da impertinente sensação de que talvez fosse mais feliz como simples "rainha do lar"!...
No dicionário da Vida, felicidade é sinônimo de doação. Por mais sofisticadas e brilhantes sejam as idéias, não resolveremos o problema de nossa estabilidade íntima, nem nos realizaremos como Filho de Deus, enquanto pensarmos muito em nós mesmos. Quem se fecha em si, sufoca-se em estreitos limites, ainda que se julgue na amplidão.
Os movimentos feministas são respeitáveis quando reivindicam os direitos da mulher como ser humano, com aspirações inerentes à sua condição. Cometem, entretanto, grave engano quando, pretextando sua libertação, a induzem a aborrecer-se com os encargos domésticos, negligenciando as sagradas tarefas da maternidade, em que a mais nobre, a mais sublime de todas as missões lhe é confiada: preparar os filhos para a Vida, tarefa que lhe confere o supremo encargo de colaboradora de Deus.
(Richard Simonetti - Transcrito "Correio Fraterno do ABC")
Por um dia somente
Por um dia somente, poderemos fazer o que quisermos. Portanto, hoje vamos perder o medo da vida e o medo da morte, enfim, o medo de sermos felizes, a fim de gozarmos a alegria de cada minuto de harmonia, beleza, paz e saúde que nos seja concedido.
Apenas por hoje, vamos viver um só dia, esquecendo o ontem e o amanhã, não procurando resolver imediatamente todo o problema da vida. Lincoln disse que "o homem é, exatamente, tão feliz quanto queira sê-lo". Vamos resolver sermos felizes, só por hoje; ajustando-nos à nossa família, nossa realidade, nossa profissão, nosso destino. Reformar o mundo para ajustá-lo ao nosso gosto é impossível e essa aspiração não é saudável. Se não podemos ter aquilo de que gostamos, talvez possamos gostar daquilo que temos.
Portanto, só por hoje, vamos ser amáveis, compreensivos, alegres, carinhosos; vamos ser o melhor que pudermos, vestir o melhor possível, caminhar tranqüilamente, elogiar as pessoas pelo que fazem, ao invés de criticá-las, pelo que não podem fazer. E, se encontrarmos alguma falha, vamos perdoar e esquecer.
(Autor desconhecido)
O Sonho impossível?
A boa vontade é algo contagioso; esse artigo explica porquê.
Recentemente fui à cidade e peguei um táxi com um amigo meu. Quando chegamos, meu amigo disse para o motorista: “Muito obrigado, você guia muito bem.”
O motorista do táxi ficou estupefato, por um segundo. Então, disse: “Está querendo me gozar, meu chapa?”
“Não, meu caro, de jeito nenhum. Admiro a forma como você consegue ficar calmo no meio desse trânsito todo.”
“Falou”, disse o motorista, e foi embora.
“Mas, que conversa era essa?!” indaguei, meio perplexo.
“Estou tentando trazer o amor de volta”, disse ele. “É a única coisa que pode salvar essa cidade.”
“E como é que um homem só, pode salvar essa cidade?”
“Não é um homem só. Acho que fiz esse motorista de táxi ganhar o dia. Suponha que ele vá pegar mais uns 20 clientes. Vai ser simpático com eles, porque alguém foi simpático com ele, também. Aí esses clientes vão ser mais amáveis com os seus empregados, com os balconistas das lojas, até mesmo, com seus próprios parentes. Estes, por sua vez, serão mais simpáticos com as outras pessoas.
“Eventualmente, essa atmosfera de boa vontade pode se alastrar e atingir, pelo menos, umas mil pessoas. Nada mal. Não acha?”
“Mas, você está dependendo desse motorista, para transmitir sua boa vontade aos outros.”
“Não estou”, disse meu amigo. “Estou ciente de que o sistema não é infalível. Hoje, sou capaz de contatar com 10 pessoas diferentes. Se, em cada 10, conseguir fazer três felizes, então, posso acabar influenciando, indiretamente, o comportamento de três mil pessoas ou mais.”
“Parece boa idéia”, admiti, “mas, não estou certo de que dê resultado.”
“Se não der, não se perde nada. O fato de dizer àquele homem que estava fazendo um bom trabalho não me roubou tempo nenhum. Qual o problema, se ele não ligou? Amanhã, haverá outro motorista de táxi para eu elogiar.”
“Acho que você está meio pirado”, disse eu.
“Isso demonstra o quanto você se tornou cético. Fiz um estudo a esse respeito. Por exemplo: que é que falta, além de dinheiro, evidentemente, aos empregados dos correios? É que alguém lhes diga que estão fazendo um bom trabalho.
“Mas, eles não estão fazendo um bom trabalho!”
“Eles não estão fazendo um bom trabalho, porque sentem que ninguém se interessa se fazem ou não. Por que é que ninguém lhes faz um elogio?”
Estávamos passando por um prédio em construção e cruzamos com cinco operários que estavam de folga. Meu amigo parou. “Vocês têm feito um excelente serviço. Deve ser um trabalho difícil e perigoso.”
Os cinco homens olharam-no, meio desconfiados.
“Quando é que esse prédio vai ficar pronto?
“Em outubro, resmungou um deles.
“Ah! Isso é fantástico. Vocês devem estar bem orgulhosos!”
Afastamo-nos. “Não conheço ninguém como você!” disse-lhe eu.
“Quando esses homens pensarem nas minhas palavras, vão se sentir muito melhor e a cidade vai se beneficiar da felicidade deles.”
“Mas, você não pode fazer isso sozinho!” protestei. “Você é apenas um!”
“O mais importante é não nos deixarmos desencorajar. Não é fácil fazer com que os habitantes da cidade voltem a serem amáveis, mas se conseguir convencer outras pessoas a aderirem a minha campanha...”
“Você acaba de piscar o olho a uma mulher bem feiosa”, disse eu.
“Eu sei”, replicou. “Se ela for uma professora, os alunos vão ter um dia fantástico.
(Art Buchwald - Condensada de “Los Angeles Times”.)
2006-08-20 07:31:16
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answer #1
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answered by Antonio Vieira Sobrinho 7
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