Evangelho de Jesus, segundo João, capÃtulo 14:
1 Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
2 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
3 E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
172. As nossas diversas existências corporais se verificam todas na Terra?
“Não; vivemo-las em diferentes mundos. As que aqui passamos não são as primeiras, nem as últimas; são, porém, das mais materiais e das mais distantes da perfeição.”
173. A cada nova existência corporal a alma passa de um mundo para o outro, ou pode ter muitas no mesmo globo?
“Pode viver muitas vezes no mesmo globo, se não se adiantou bastante para passar a um mundo superior.”
a) - Podemos então reaparecer muitas vezes na Terra?
“Certamente.”
b) - Podemos voltar a este, depois de termos vivido em outros mundos?
“Sem dúvida. à possÃvel que já tenhais vivido algures e na Terra.”
174. - Tornar a viver na Terra constitui uma necessidade?
“Não; mas, se não progredistes, podereis ir para outro mundo que não valha mais do que a Terra e que talvez até seja pior do que ela.”
175. Haverá alguma vantagem em voltar-se a habitar a Terra?
“Nenhuma vantagem particular, a menos que seja em missão, caso em que se progride aà como em qualquer planeta.”
a) - Não se seria mais feliz permanecendo na condição de EspÃrito?
“Não, não; estacionar-se-ia e o que se quer é caminhar para Deus.”
176. Depois de haverem encarnado noutros mundos, podem os EspÃritos encarnar neste, sem que jamais aà tenham estado?
“Sim, do mesmo modo que vós em outros. Todos os mundos são solidários: o que não se faz num faz-se noutro.”
a) - Assim, homens há que estão na Terra pela primeira vez?
“Muitos, e em graus diversos de adiantamento.”
b) - Pode-se reconhecer, por um indÃcio qualquer, que um EspÃrito está pela primeira vez na Terra?
“Nenhuma utilidade teria isso.”
177. Para chegar à perfeição e à suprema felicidade, destino final de todos os homens, tem o EspÃrito que passa pela fieira de todos os mundos existentes no Universo?
“Não, porquanto muitos são os mundos correspondentes a cada grau da respectiva escala e o EspÃrito, saindo de um deles, nenhuma coisa nova aprenderia nos outros do mesmo grau.”
a) - Como se explica então a pluralidade de suas existências em um mesmo globo?
“De cada vez poderá ocupar posição diferente das anteriores e nessas diversas posições se lhe deparam outras tantas ocasiões de adquirir experiência.”
178. Podem os EspÃritos encarnar em um mundo relativamente inferior a outro onde já viveram?
“Sim, quando em missão, com o objetivo de auxiliarem o progresso, caso em que aceitam alegres as tribulações de tal existência, por lhes proporcionar meio de se adiantarem.”
a) - Mas, não pode dar-se também por expiação? Não pode Deus degredar para mundos inferiores EspÃritos rebeldes?
“Os EspÃritos podem conservar-se estacionários, mas não retrogradam. Em caso de estacionamento, a punição deles consiste em não avançarem, em recomeçarem, no meio conveniente à sua natureza, as existências mal empregadas.”
b) - Quais os que têm de recomeçar a mesma existência?
“Os que faliram em suas missões ou em suas provas.”
179. Os seres que habitam cada mundo hão todos alcançado o mesmo nÃvel de perfeição?
“Não; dá-se em cada um o que ocorre na Terra: uns EspÃritos são mais adiantados do que outros.”
180. Passando deste planeta para outro, conserva o EspÃrito a inteligência que aqui tinha?
“Sem dúvida; a inteligência não se perde. Pode, porém, acontecer que ele não disponha dos mesmos meios para manifestá-la, dependendo isto da sua superioridade e das condições do corpo que tomar.” (Veja-se: “Influência do organismo”. cap. VII, para 2ª.)
181. Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpos semelhantes aos nossos?
“à fora de dúvida que têm corpos, porque o EspÃrito precisa estar revestido de matéria para atuar sobre a matéria. Esse envoltório, porém, é mais ou menos material, conforme o grau de pureza a que chegaram os EspÃritos. à isso o que assinala a diferença entre os mundos que temos de percorrer, porquanto muitas moradas há na casa de nosso Pai, sendo, conseguintemente, de muitos graus essas moradas. Alguns o sabem e desse fato têm consciência na Terra; com outros, no entanto, o mesmo não se dá.”
182. Ã-nos possÃvel conhecer exatamente o estado fÃsico e moral dos diferentes mundos?
“Nós, EspÃritos, só podemos responder de acordo com o grau de adiantamento em que vos achais. Quer dizer que não devemos revelar estas coisas a todos, porque nem todos estão em estado de compreendê-las e semelhante revelação os perturbaria.”
à medida que o EspÃrito se purifica, o corpo que o reveste se aproxima igualmente da natureza espÃrita. Torna-se-lhe menos densa a matéria, deixa de rastejar penosamente pela superfÃcie do solo, menos grosseiras se lhe fazem as necessidades fÃsicas, não mais sendo preciso que os seres vivos se destruam mutuamente para se nutrirem. O EspÃrito se acha mais livre e tem, das coisas longÃnquas, percepções que desconhecemos. Vê com os olhos do corpo o que só pelo pensamento entrevemos.
Da purificação do EspÃrito decorre o aperfeiçoamento moral, para os seres que eles constituem, quando encarnados. As paixões animais se enfraquecem e o egoÃsmo cede lugar ao sentimento da fraternidade. Assim é que, nos mundos superiores ao nosso, se desconhecem as guerras, carecendo de objeto os ódios e as discórdias, porque ninguém pensa em causar dano ao seu semelhante. A intuição que seus habitantes têm do futuro, a segurança que uma consciência isenta de remorsos lhes dá, fazem que a morte nenhuma apreensão lhes cause. Encaram-na de frente, sem temor, como simples transformação.
A duração da vida, nos diferentes mundos, parece guardar proporção com o grau de superioridade fÃsica e moral de cada um, o que é perfeitamente racional. Quanto menos material o corpo, menos sujeito à s vicissitudes que o desorganizam. Quanto mais puro o EspÃrito, menos paixões a miná-lo. à essa ainda uma graça da Providência, que desse modo abrevia os sofrimentos.
183. Indo de um mundo para outro, o EspÃrito passa por nova infância?
“Em toda parte a infância é uma transição necessária, mas não é, em toda parte, tão obtusa como no vosso mundo.”
184. Tem o EspÃrito a faculdade de escolher o mundo onde passe a habitar?
“Nem sempre. Pode pedir que lhe seja permitido ir para este ou aquele e pode obtê-lo, se o merecer, porquanto a acessibilidade dos mundos, para os EspÃritos, depende do grau da elevação destes.”
a) - Se o EspÃrito nada pedir, que é o que determina o mundo em que ele
reencarnará?
“O grau da sua elevação.”
185. O estado fÃsico e moral dos seres vivos é perpetuamente o mesmo em cada minuto?
“Não; os mundos também estão sujeitos à lei do progresso. Todos começaram, como o vosso, por um estado inferior e a própria Terra sofrerá idêntica transformação.
Tornar-se-á um paraÃso, quando os homens se houverem tornado bons.”
à assim que as raças, que hoje povoam a Terra, desaparecerão um dia, substituÃdas por seres cada vez mais perfeitos, pois que essas novas raças transformadas sucederão à s atuais, como estas sucederam a outras ainda mais grosseiras.
186. Haverá mundos onde o EspÃrito, deixando de revestir corpos materiais, só tenha por envoltório o perispÃrito?
“Há e mesmo esse envoltório se torna tão etéreo que para vós é como se não existisse. Esse o estado dos EspÃritos puros.”
a) - Parece resultar daà que, entre o estado correspondente à s últimas encarnações e o de EspÃrito puro, não há linha divisória perfeitamente demarcada; não?
“Semelhante demarcação não existe. A diferença entre ume outro estado se vai apagando pouco a pouco e acaba por ser imperceptÃvel, tal qual se dá com a noite à s primeiras claridades do alvorecer.”
187. A substância do perispÃrito é a mesma em todos os mundos?
“Não; é mais ou menos etérea. Passando de um mundo a outro, o EspÃrito se reveste da matéria própria desse outro, operando-se, porém, essa mudança com a rapidez do relâmpago.”
188. Os EspÃritos puros habitam mundos especiais, ou se acham no espaço universal, sem estarem mais ligados a um mundo do que a outros?
“Habitam certos mundos, mas não lhes ficam presos, como os homens à Terra; podem, melhor do que os outros, estar em toda parte.”
55. São habitados todos os globos que se movem no espaço?
“Sim e o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição. Entretanto, há homens que se têm por espÃritos muito fortes e que imaginam pertencer a este pequenino globo o privilégio de conter seres racionais.
Orgulho e vaidade! Julgam que só para eles criou Deus o Universo.”
Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o objetivo final da Providência. Acreditar que só os haja no planeta que habitamos fora duvidar da sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil. Certo, a esses mundos há de ele ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista. Aliás, nada há, nem na posição, nem no volume, nem na constituição fÃsica da Terra, que possa induzir à suposição de que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos semelhantes.
56. à a mesma a constituição fÃsica dos diferentes globos?
“Não; de modo algum se assemelham.”
57. Não sendo uma só para todos a constituição fÃsica dos mundos, seguir-se-á tenham organizações diferentes os seres que os habitam?
“Sem dúvida, do mesmo modo que no vosso os peixes são feitos para viver na água e os pássaros no ar.”
58. Os mundos mais afastados do Sol estarão privados de luz e calor, por motivo de esse astro se lhes mostrar apenas com a aparência de uma estrela?
“Pensais então que não há outras fontes de luz e calor além do Sol e em nenhuma conta tendes a eletricidade que, em certos mundos, desempenha um papel que desconheceis e bem mais importante do que o que lhe cabe desempenhar na Terra? Demais, não dissemos que todos os seres são feitos de igual matéria que vós outros e com órgãos de conformação idêntica à dos vossos.”
As condições de existência dos seres que habitam os diferentes mundos hão de ser adequadas ao meio em que lhes cumpre viver. Se jamais houvéramos visto peixes, não compreenderÃamos pudesse haver seres que vivessem dentro d'água. Assim acontece com relação aos outros mundos, que sem dúvida contêm elementos que desconhecemos. Não vemos na Terra as longas noites polares iluminadas pela eletricidade das auroras boreais?
Que há de impossÃvel em ser a eletricidade, nalguns mundos, mais abundante do que na Terra e desempenhar neles uma função de ordem geral, cujos efeitos não podemos compreender? Bem pode suceder, portanto, que esses mundos tragam em si mesmos as fontes de calor e de luz necessárias a seus habitantes.
2006-08-19 11:46:56
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answer #5
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answered by Antonio Vieira Sobrinho 7
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