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Espiritismo: Reencarnação
Tipo: Seitas e heresias / Autor: Autores Diversos
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Os primeiros cristãos e a reencarnação
Alderi Souza de Matos
Uma caracterÃstica marcante do espiritismo brasileiro ou kardecismo é o seu desejo insistente de ser reconhecido como um movimento "cristão". Mais ainda, essa religião pretende ter a verdadeira interpretação dos ensinamentos de Jesus Cristo. Tanto é que o chamado "codificador" da doutrina espÃrita, o francês Léon Hippolyte Dénizart Rivail (1804-1869), mais conhecido como Allan Kardec, escreveu, entre outras, uma obra intitulada O Evangelho segundo o Espiritismo. No intento de defender o alegado caráter cristão dos seus postulados, os autores espÃritas costumam afirmar que as suas convicções mais básicas foram ensinadas por Cristo e amplamente aceitas pelos primeiros cristãos, apesar das flagrantes incompatibilidades que existem entre os dois sistemas religiosos.
Recentemente, causaram alguma sensação as declarações do excêntrico reverendo Nehemias Marien em defesa do espiritismo, declarações essas feitas em entrevista a uma revista espÃrita. Entre outras coisas, o pastor filokardecista afirmou que a reencarnação "fazia parte dos cânones da igreja" até que foi condenada pelo II ConcÃlio de Constantinopla no ano 553 (Revista Visão EspÃrita, janeiro de 2001). Anteriormente, o mesmo lÃder religioso havia declarado ao jornal Diário Popular (26-02-1999) que "a ciência espÃrita sempre integrou os cânones da igreja" até ser indexada pelo referido concÃlio. Todavia, uma coisa é fazer afirmações ousadas como essas; outra coisa é substanciá-las por meio de evidências.
Mas, afinal, o que é a reencarnação? Trata-se da crença de que a alma, ou o elemento psÃquico do ser humano, passa para um outro corpo depois da morte, fato esse que pode repetir-se muitas vezes com o mesmo indivÃduo. Outros termos aplicados a esse fenômeno são metensomatose, transmigração, metempsicose, regeneração etc. Apesar de elementos comuns, existem também algumas distinções entre esses conceitos. Por exemplo, a reencarnação indica o renascimento em outro corpo da mesma espécie, especialmente humano, ao passo que a metempsicose aponta para a travessia de fronteiras mais diversificadas: plantas, animais e seres humanos, demonÃacos e divinos.
O cristianismo majoritário nunca professou a tese da reencarnação, pois ela não somente está ausente das Escrituras, como também é contraditada por textos bÃblicos como Hebreus 9.27 e Lucas 23.43. (à somente por uma interpretação altamente figurada e tendenciosa de certas passagens que os espÃritas podem encontrar a reencarnação nas páginas da BÃblia.) Nos primeiros séculos, foram apenas alguns grupos cristãos periféricos, minoritários, que defenderam essa crença, como foi o caso dos gnósticos, com sua visão profundamente negativa do corpo e da matéria em geral.
O grande pensador cristão OrÃgenes (†254), de Alexandria, defendeu a pré-existência da alma, mas não a transmigração. A partir dele, surgiu uma corrente de monges que passaram a professar também a reencarnação e a salvação universal. Como o chamado "origenismo" se tornava fanático e tumultuava a Palestina, o patriarca de Jerusalém, no século 6, pediu ao imperador Justiniano (483-565) que interviesse. Justiniano, o maior dos imperadores bizantinos, escreveu um tratado contra OrÃgenes e levou o patriarca de Constantinopla a reunir um sÃnodo local em 543, que condenou teses relativas à pré-existência da alma e outras posições origenistas. Dez anos depois, em 553, o II ConcÃlio de Constantinopla encerrou definitivamente a chamada "controvérsia origenista".
Alguns dos mais destacados dentre os "pais da igreja" condenaram explicitamente a idéia da reencarnação. O apologista Justino Mártir (†165) opinou: "As almas não vêem a Deus nem transmigram para outros corpos". Em sua famosa obra Contra as Heresias, Irineu de Lião (†c.200) declara: "Portanto, [os gnósticos] consideram necessário que, por meio da transmigração de corpo para corpo, as almas experimentem todo tipo de vida... Podemos subverter a doutrina [gnóstica] da transmigração de corpo para corpo por este fato: as almas nada lembram de eventos ocorridos em seus [supostos] estados anteriores de existência... Platão, o antigo ateniense, foi o primeiro a introduzir essa opinião."
O notável Clemente de Alexandria (†c.220) observou em sua obra Stromata (Miscelâneas): "A hipótese de BasÃlides [um mestre gnóstico] diz que a alma, tendo pecado anteriormente em outra vida, experimenta punição nesta vida". Tertuliano (†c.220), o primeiro autor cristão a escrever em latim, se expressa muitas vezes sobre o assunto, como nessa passagem: "Quão mais digno de aceitação é o nosso ensino de que as almas irão retornar aos mesmos corpos. E quão mais ridÃculo é o ensino herdado [pagão] de que o espÃrito humano deve reaparecer em um cão, cavalo ou pavão!" (Ad Nationes, Cap. 19).
Hipólito de Roma (†c.236), escrevendo contra Platão, observa que Deus "efetuará a ressurreição de todos - não pela transferência das almas para outros corpos - mas pela ressurreição dos próprios corpos". O apologista e historiador Lactâncio (†c.320) expressa o pensamento dos seus contemporâneos cristãos: "Os pitagóricos e estóicos afirmavam que a alma não nasce com o corpo. Antes, eles dizem que ela foi introduzida no mesmo e que migra de um corpo para outro." Em outro ponto de sua obra As Institutas Divinas, ele afirma: "Pitágoras insiste que as almas migram de corpos desgastados pela velhice e pela morte. Ele diz que elas são admitidas em corpos novos e recém-nascidos. Ele também diz que as mesmas almas são reproduzidas ora em um homem, ora em uma ovelha, ora em um animal selvagem, ora em um pássaro... Essa opinião de um homem insensato é ridÃcula. à mais digna de um ator de teatro que de uma escola de filosofia."
à especialmente relevante a posição de OrÃgenes, o genial teólogo do terceiro século a quem se atribuem com freqüência noções reencarnacionistas. No Livro XIII do seu Comentário de Mateus, ele diz o seguinte, referindo-se a João Batista: "Neste lugar, não me parece que através do nome 'Elias' se esteja fazendo uma referência à alma. De outro modo, eu iria recair na doutrina da transmigração, que é estranha à igreja de Deus. Ela não foi transmitida pelos apóstolos, nem é apresentada em qualquer lugar das Escrituras."
Um último testemunho importante vem do maior teólogo da igreja antiga, Agostinho (†430). Ele estava familiarizado com as teorias de reencarnação tanto maniqueÃstas quanto platônicas do seu tempo. Em um comentário sobre Gênesis, ele rejeitou como contrária à fé cristã a idéia de que as almas humanas retornavam em corpos de diferentes animais, de acordo com a sua conduta moral (transmigração). Em A Cidade de Deus (Livro X, Cap. 30), o bispo de Hipona observa que, embora o filósofo neoplatônico PorfÃrio tenha rejeitado esse conceito ensinado por Platão e Plotino, e não hesitasse em corrigir os seus mestres nesse ponto, ele achava que as almas humanas voltavam em outros corpos humanos (reencarnação). Agostinho sugere que PorfÃrio se sentia constrangido em afirmar que a alma de uma mãe pudesse voltar em uma mula a ser cavalgada por seu filho, mas não em afirmar que ela voltasse em uma mulher que se casaria com o seu filho. Ele conclui afirmando quão mais honrosa é a verdade ensinada pelos profetas, por Cristo e pelos apóstolos de que as almas retornam de uma vez por todas para os seus próprios corpos.
Em suma, a reencarnação é uma idéia anterior ao surgimento do cristianismo e achava-se amplamente difundida no ambiente cultural em que surgiu a fé cristã. No entanto, desde o inÃcio os cristãos rejeitaram firmemente essa concepção, e o fizeram porque tinham uma convicção diametralmente oposta - a ressurreição do corpo. Enquanto a teoria da reencarnação ensina o retorno da alma a um corpo diferente do anterior, os primeiros cristãos aprenderam a crer e a confessar, com base na experiência do próprio Senhor Jesus, que a alma retorna somente uma vez, para habitar o mesmo corpo, agora ressuscitado e glorificado. Tão radical era esse conceito, que com freqüência sua menção provocava reações de desprezo e contrariedade (cf. At 17.32; 26.23, 24). Hoje, nestes tempos da Nova Era, pode estar na moda crer na reencarnação, como acontecia entre os gregos e os romanos antigos. Mas os cristãos conscienciosos sabem que não devem seguir os modismos culturais e religiosos que agradam à s pessoas, mas apegar-se à fé histórica originada em Cristo, transmitida por seus apóstolos e defendida pela igreja dos primeiros séculos.
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Alderi Souza de Matos é doutor em história da igreja e professor no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, em São Paulo, SP.
Não há porque confundir as duas doutrinas. Ressurreição é doutrina cristã; reencarnação é doutrina espÃrita. São caminhos que não se cruzam. A doutrina ou teoria do Espiritismo está contida no Livro dos EspÃritos, escrito pelos “espÃritos”, com 1009 quesitos, e em outros livros de autoria de Allan Kardec. As doutrinas básicas do Cristianismo estão detalhadas na BÃblia Sagrada, regra de fé e prática dos cristãos, escrita sob inspiração divina. A BÃblia é a palavra de Deus. O Cristianismo é único, exclusivo, e não se confunde com qualquer outra religião não cristã. Somente os que seguem a Cristo podem ser considerados cristãos. Dito isto, examinemos as duas doutrinas.
Reencarnação
Reencarnação é a volta do espÃrito ao plano material. Quando o homem morre, o corpo desce à sepultura e o espÃrito segue para o mundo espiritual. A doutrina da reencarnação sustenta que o espÃrito retorna à vida terrena, em novo corpo, tantas vezes quantas sejam necessárias. O objetivo desse retorno “é fazê-los chegar à perfeição” e proporcionar um “melhoramento progressivo da Humanidade”. “As reencarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porque o progresso é quase infinito” (Quesitos 132, 167 e 169 do Livro dos EspÃritos).
Ressurreição
De acordo com o ensino da BÃblia Sagrada, só há uma separação corpo-espÃrito, i.e., o homem só morre uma vez: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juÃzo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hebreus 9.27-28). Como vimos, o homem morre e fica aguardando julgamento. Haverá um dia em que todos serão julgados.
O Senhor Jesus ensinou que o injusto, quando morre, vai para um lugar de tormentos. O justo, para um lugar de paz. Tal ensino está na parábola do rico e Lázaro (Lucas 16.19-31). Todos ficam aguardando a ressurreição.
Ressurreição significa a vivificação do corpo morto, não importa quanto tempo esteja nesse estado. Significa o reencontro do espÃrito com o corpo original: “E, se o EspÃrito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais pelo seu EspÃrito que em vós habita” (Romanos 8.11). Na vinda do Senhor, “os que morreram em Cristo [i.e., os cristãos, aqueles que crêem em Jesus como Senhor e Salvador] ressurgirão primeiro”. Os que estiverem vivos na Sua vinda serão arrebatados e estarão para sempre com o Senhor (1 Tessalonicenses 4.16-17). Sob inspiração divina, o apóstolo Paulo declara: “Cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também cremos que aos que dormem em Jesus, Deus os tornará a trazer com ele” (v.14). A redenção dos cristãos abrange o corpo (Romanos 8.23).
Exemplos na BÃblia Sagrada se contrapõem à doutrina da reencarnação. Ao ladrão que se arrependeu, Jesus prometeu: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraÃso” (Lucas 23.43). Esse ladrão tinha motivos de sobra para reencarnar umas mil vezes até se tornar perfeito. Jesus perdoou seus pecados e lhe garantiu a vida eterna. Moisés e Elias apareceram na transfiguração de Jesus. Nada indica que tenham retornado à vida corpórea para serem purificados. Foram reconhecidos pela fisionomia original.
Assim, reencarnação, doutrina espÃrita, é uma coisa; ressurreição, doutrina cristã, é outra muito diferente.
COMO A DOUTRINA DA REENCARNAÃÃO CONTRARIA A PALAVRA DE DEUS?
Um dos argumentos dos que defendem a reencarnação é que Deus seria injusto se não desse mais de uma chance ao homem. O próprio Deus responde com Sua Palavra: "E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disso, o juÃzo" (Hb 9.27). O Espiritismo afirma que após a morte o espÃrito continua assumindo outros corpos, com o objetivo de atingir a perfeição. Deus diz que "o sangue de Jesus nos lava e purifica de todo pecado" (1 Jo 1.7-9). Ora, o sacrifÃcio de Jesus no Calvário foi perfeito e suficiente. Quem nEle crê tem a vida eterna, diz a Palavra. Na reencarnação, a perfeição seria atingida através de sucessivas vidas, no decorrer das quais haveria necessário sofrimento. Ora, por esse ensino, evitarÃamos até aliviar as dores do próximo, pois estarÃamos atrasando o seu passo rumo à perfeição. Jesus disse ao ladrão arrependido: "Hoje estarás comigo no paraÃso". (Lc 23.43). Jesus não lhe falou a respeito de um perÃodo de aperfeiçoamento. A doutrina da reencarnação é em tudo contrária ao ensino das Sagradas Escrituras.
2006-08-26 11:17:00
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answer #5
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answered by RAQUEL 4
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Penso eu, porque a BIBLIA, é o livro mas difícil de ser entendido, ou melhor, cada um entende de um jeito, mas como vamos saber quem está certo, uma vez, que cada um entende de um jeito, eu, acho que só os sábios,e verdadeiros adoradores de DEUS, são os que nos explicam a BÍBLIA , do jeito que tem que ser explicada, porque é muito difícil alguém que não tem sabedoria nenhuma se fazer entender, são pessoas que nem nunca pegara a BÍBLIA, para lerem, e, de repente, já se acham o bamba, aí e´aquela loucura, que dá nó na cabeça de todo mundo,e, quanto a reencarnação, é um tema muito polemico, as vezes eu até acredito, porque na verdade todos queremos que realmente exista a reencarnação, agora, uma coisa é certo, que a morte não é o final, porque na BÍBLIA DIZ: QUEM CRÊ EM MIM , NÃO MORRERÁ JAMAIS, MAS TERÁ A VIDA ETERNA.
2006-08-26 01:53:09
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answer #8
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answered by Joseli C. 7
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