os nomes dos parlamentares evangélicos acusados de envolvimento no escândalo dos sanguessugas, investigados pela CPI. A lista também destaca quanto cada um deles recebeu por fazer parte do esquema de desvio de verba para a compra de ambulâncias.
João Mendes de Jesus (PSBRJ) — No fim de 2004, recebeu R$ 40 mil, em 2005 mais R$ 45 mil e em 2006 outros R$ 70 mil. Sempre em dinheiro.
Magno Malta(Senador PL-ES) — Fez pessoalmente um acordo com o senador, prometendo 10% sobre uma emenda de R$ 1 milhão. Como “adiantamento”, entregou ao parlamentar um carro Fiat Ducato, mas Magno Malta descumpriu o acordo e não apresentou a emenda.
Marcos de Jesus (PFL-PE) — Ganhou R$ 24 mil, dos quais a metade em dinheiro, no próprio gabinete.
Pastor Amarildo (PSC-TO) — Também falou diretamente com os prefeitos sobre as fraudes. Ganhou um microônibus com palco para usar na campanha. A contabilidade registra dois repasses de R$ 30 mil no total. Tem emendas acompanhadas pelos empresários dos esquemas.
Agnaldo Muniz (PP-RO) — Recebeu R$ 10 mil de propina, na conta de Floripes Santos.
Bispo Wanderval (PL-SP) — Ganhou R$ 50 mil na conta de um assessor. Outros R$ 50 mil foram pagos a uma concessionária em Brasília como parte do pagamento de uma BMW comprada pelo parlamentar.
Almir Moura (PFL-RJ) — Ganhou R$ 20 mil, pagos no estacionamento de um restaurante no Rio. É radialista e ministro evangélico.
Almeida de Jesus (PL-CE) - No livro caixa eletrônico da Planam, é atribuído ao deputado um repasse de R$ 10 mil por intermédio de um terceiro. “Dep. Almeidinha de Jesus - CE”, informa a planilha. Está sob investigação em inquérito no Supremo. Membro e Obreiro da Igreja Universal do Reino de Deus.
Neuton Lima (PTB-SP) - Nos grampos, Luiz Antônio informa a seu pai que mandou “dez” (R$ 10 mil) para o deputado. Foi coordenador da bancada Parlamentar da Igreja Assembléia de Deus (1999-2002).
Jefferson Campos (PTB-SP) - Em novembro de 2005, o deputado liga para Darci Vedoin marcando um encontro. Outros empresários do esquema demonstram, nas escutas, conhecer o deputado. É radialista, advogado, e Ministro do Evangelho. Foi secretário de Ação Política do Estado de São Paulo.
Edna Macedo (PTB-SP) - As escutas mostram contato constante e direto da deputada com a quadrilha. Luiz Antônio pede (e obtém) os dados bancários de Otávio Bezerra, filho de Edna, preso na Operação Sanguessuga. É irmã do bispo Edir Macedo da Igreja Universal do Reino de Deus.
João Batista (PP-SP) - Há referência, nas escutas, a um suposto pagamento de R$ 5 mil para “Marcelo do João Batista”. De fato, o deputado tem em seu gabinete funcionário com esse nome. Os grampos mostram que Darci teria agendado encontros com o deputado e que acompanhava de perto suas emendas. Está em seu primeiro mandato político.
Lino Rossi (PP-MT) - Conforme a planilha contábil da Planam, teria recebido R$ 26,6 mil. Nas escutas da PF, o deputado ajuda o esquema: indica Darci Vedoin a dirigentes da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, que deseja comprar ambulâncias. “Um negócio bom”, diz ele. É investigado em inquérito do STF. É radialista e apresentador de televisão.
Isaías Silvestre (PSB-MG) teria recebido R$ 82 mil, segundo Vedoin
Vieira Reis (PRB-RJ) - Teve um funcionário seu __ Cristiano de Souza Bernardo _- preso da Operação Sanguessuga. Conforme os documentos da PF, os integrantes do esquema tinham as senhas pessoas do deputado para acompanhar emendas na Saúde. Reis é radialista está em seu primeiro mandato político.
Carlos Nader (PL/RJ) - Vedoin conta que ele exigiu propina até de um negócio que não deu certo, com um hospital do Rio. Foram R$ 32 mil, em espécie, no gabinete. Depois, recebeu R$ 40 mil de adiantamento por emendas, mas “revendeu-as” a um concorrente de Vedoin.Embolsou mais R$ 72 mil.
Paulo Baltazar (PSB-RJ) - Na contabilidade da Planam, os repasses para o deputado e alguns assessores somam R$ 87,5 mil somente entre 2001 e 2002. Está sob investigação formal no STF. 42. Deputado Paulo Feijó (PSDB-RJ) - Contabilidade registra R$ 15 mil em repasses ao deputado, que também tem o nome de um assessor registrado nas planilhas das empresas do esquema. Enfrenta investigação em inquérito aberto no STF. Está em seu terceiro mandato como deputado federal.
José Divino (PTB-RR) - Os grampos indicam contato direto do deputado com o empresário Darci Vedoin. O número da conta corrente de Divino no Banco do Brasil estava registrado nos arquivos da Planam. Radialista, exerce seu primeiro mandato como deputado federal. Foi vice-líder do PMDB em 2004 e 2005.
Zelinda Novaes (PFL-BA) - Nos grampos, empresários do esquema comentam que falaram com a deputada e eu ela “faz fazer (emendas) também”. Em 2004, o esquema tinha senha para acompanhar pelo menos uma emenda de sua autoria. A deputada foi integrante do Conselho de Ética e presidiu o PFL Mulher
Adelor Vieira (PMDB/SC) – Líder da bancada evangélica. Teria destinado, em 2005, R$ 560 mil para compra de cinco ambulâncias e uma unidade móvel à Sociedade de Assistência Social e Educação Deus Proverá, entidade ligada à sua igreja, a Assembléia de Deus. A verba foi proveniente de emenda individual do orçamento. (Fonte: Tribuna Catarinense)
Nilton Capixaba (PTB-RO) - Na contabilidade da Planam, constam repasses de pelo menos R$ 437 mil atribuídos ao deputado e a seus assessores. Ajudaria a expandir o esquema dentro da Câmara. Tem inquérito aberto no STF. Nilton foi afastado das funções de integrante da Mesa Diretora da Câmara. PPS, PV e PSOL pediram ao Conselho de Ética abertura de processo de perda de mandato por envolvimento no esquema dos sanguessugas.
Heleno Silva (PL-SE) — Recebeu R$ 50 mil de adiantamente, mas Vedoin só ganhou R$ 9,6 mil com suas emendas. Reclama que o deputado andava “esquivando-se dele” para não devolver o dinheiro.
Pastor Jorge Pinheiro (PL/DF)No depoimento prestado à Justiça Federal, Luiz Antônio Vedoin, um dos donos da Planam, afirmou que fez um acordo com Jorge Pinheiro para pagar 10% sobre o valor das emendas que o parlamentar apresentasse na área de saúde. Apresentou emenda ao Orçamento da União de 2004, no valor de R$ 750 mil, visando a destinação de recursos para aquisição de unidades móveis de saúde nos municípios do Entorno. O parlamentar também apresentou uma emenda ao Orçamento de 2005 destinando R$ 510 mil para a aquisição de equipamentos e material hospitalar para a prefeitura de Padre Bernardo (GO).
Cabo Júlio (PMDB-MG) — Fazia reuniões em sua chácara com os prefeitos e a Planam. Recebeu 14 pagamentos na própria conta bancária. Recebeu R$ 83 mil. Outro depósito, de R$ 2 mil, foi para “comprar um presente de aniversário para o deputado”. (Fonte: Globo Online)
Gilberto Nascimento (PMDB-SP) — Reclama que o deputado não cumpriu o combinado. Por isso, não pagou nada. (Fonte: Globo Online)
Josué Bengston (PTB-PA) – Não tinha percentual fixo de propina, mas recebia “ajuda”. Dois pagamentos de propina, no total de R$ 39 mil foram feitos em nome da Igreja do Evangelho Quadrangular para “construção de um templo”.Também recebeu dinheiro naprópria conta.
Marcos Abramo (PP – SP) – Ganhou R$ 54 mil em dinheiro, numa reunião no Hotel Meliá
Raimundo Santos (PL – PA) - Fez um acordo pessoal para receber 10% do valor das emendas. Parte do pagamento da propina teria sido paga a Ubiratan Lovelino Filho, um “agiota do Pará a quem o parlamentar estaria devendo”. Para disfarçar, quem fez os depósitos foi um motorista de Vedoin. O deputado indicou contas de assessores para os outros depósitos. Reclama que pagou R$ 104,6 mil a mais que o combinado e que o deputado não devolveu o “empréstimo”.
Reginaldo Germano (PP –BA) - Recebia 10%. Sua assessora, Suelene, falava com as prefeituras para direcionar os contratos. Entre os pagamentos,um de R$ 15 mil foi feito na conta do deputado, em 23/12/2005.
2006-08-17
16:59:11
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Anonymous
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