O termo agnosticismo foi cunhado pelo Professor Thomas Henry Huxley, avô paterno do escritor Aldous Huxley (Admirável Mundo Novo) numa reunião da Sociedade Metafísica, em 1876. Ele definiu o agnóstico como alguém que nega tanto o Ateísmo como o Teísmo e que acredita que a questão da existência ou não de um poder superior (Deus) não foi nem nunca será resolvida. Em outras palavras, um agnóstico é alguém que acredita que nós não sabemos nem poderemos saber se um deus existe.
Desde essa época o termo "agnóstico" também tem sido usado para descrever aquele que não acredita que essa questão seja intrinsecamente incognoscível, mas por outro lado crê que as evidências pró e contra Deus não são ainda conclusivas, ficando pragmático sobre o assunto.
Se existe um Criador, um Deus, do tempo, do espaço, da energia, da matéria, até chegar a nossa criação, que poderia até ser atribuída a uma outra raça, então, só descobrindo e explorando as coisas em sua suposta ordem inversa da criação que chegaremos ao Criador, até lá a simples existência da vida não prova a existência de Deus nem a prova da evolução das espécies a nega.
O agnóstico, à primeira vista, opõe-se não propriamente a Deus, mas sim à possibilidade de a razão humana conhecer tal entidade (gnose tem a sua origem etimológica na palavra grega que significa «conhecimento»). Para os agnósticos, assim como não é possível provar racionalmente a existência de Deus, é igualmente impossível provar a sua inexistência, logo, constituindo um labirinto sem saída a questão da existência de Deus, não se deve colocar sequer como problema, já que nenhuma necessidade prática nos impele a embrenharmo-nos em tal tarefa estéril.
Muitas pessoas (erroneamente) usam a palavra agnosticismo com o sentido de "ateísmo fraco" e usam a expressão "Ateísmo" apenas com o significado de "ateísmo ativo" (que afirma categoricamente a inexistência de Deus). O problema é que não se pode estabelecer realmente a crença de alguém simplesmente pelo fato de ele se intitular agnóstico. Pode haver, por exemplo, um teísta agnóstico que considere impossível descobrir por meio da razão se Deus realmente existe, mas que afirme crer em deus (ou deuses) por meio da fé. Há também aquele que não crê na existência dos deuses conforme descritos pelas religiões, mas acreditam na possibilidade de existência de um outro tipo de entidade sobrenatural (estes são comumente chamados de "deístas").
Cautela também com as palavras "ateísta ou ateu", porque elas têm muitos significados, ficando difícil definir e ocorrendo erros ao generalizar. Apenas poderemos afirmar, com certeza, que os ateus não acreditam em Deus, a posição agnóstica pode ser muito parecida, mas dando ênfase à dúvida.
"Agnosticismo" derivou-se da palavra grega "agnostos", formada com o prefixo privativo "a-" anteposto a "gnostos" (conhecimento). "Gnostos" provinha da raiz pré-histórica "gno-",que se aplicava à idéia de "saber" e que está presente em numerosos vocábulos da nossa língua, tais como ignorar, conhecer, ignoto, ignorância, entre outros.
2006-08-15 00:55:36
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Os "Ismos" Religiosos*
A busca do saber por parte do homem é conhecida teoricamente por Filosofia, de phÃlos, "amigo", "amante", e sophÃa, "conhecimento, saber", formado do adjetivo e substantivo gr. philósophos, "que ama o saber", "amigo do conhecimento".
A filosofia, segundo a tradição que remonta a Aristóteles, começa historicamente no século VI a.C., nas colônias gregas da Ãsia Menor, entretanto, sabemos que o ser humano começou a filosofar desde que intentou no seu coração afastar-se de Deus (Gênesis 3.1-7). Infelizmente, o pensamento humano, no intuito de descobrir ou redescobrir sua natureza, origem e razão de ser, tem criado os "Ãsmos" que na realidade afastam cada vez mais a criatura do seu Criador.
A pregação apostólica combate ferrenhamente a filosofia (I CorÃntios 1.22; Colossenses 2.8; I Timóteo 6.20) ou sabedoria dos gregos e ensina que a verdadeira sabedoria vem do alto, de Deus e nunca de esforços humanos: "Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida." (Tiago 1.5)
Reunimos aqui as escolas de pensamento filosófico mais conhecidas, e as suas falsas filosofias, no intuito de mostrar ao leitor uma sÃntese do esforço inútil do homem através dos séculos no propósito de adquirir a sua própria salvação ou redenção. O mais importante é que essas escolas de pensamento fornecem à s falsas religiões e seitas o material necessário à sua pregação. Há vestÃgios de uma ou mais filosofias seculares no contexto doutrinário de cada religião ou seita falsa em detrimento das verdades divinas registradas na Palavra de Deus. Um exame cuidadoso e sincero mostrará isso.
Agnosticismo - O vocábulo ing. agnosticism foi forjado em 1869 por Thomas H. Huxley, calcado, por oposição ao gnosticismo, no adjetivo gr. ágnõstos, "ignorante, incogniscÃvel". Filosofia naturalista e afeita à s coisas e relações da ciência experimental.
"à o sistema que ensina que não sabemos, nem podemos saber se Deus existe ou não. Dizem: a mente finita não pode alcançar o infinito. Ora, não podemos abarcar a terra, mas podemos tocá-la! (I João 1.1). A frase predileta do Agnosticismo é: "Não podemos crer". Um resumo de seu ensino é o seguinte: o ateÃsmo é absurdo, porque ninguém pode provar que Deus não existe. O teÃsmo não é menos absurdo, porque ninguém pode provar que Deus existe. Não podemos crer sem provas evidentes. Mentores do AgnostÃcismo: Huxley, Spencer e outros. Estão todos puramente enganados, porque Deus é facilmente compreensÃvel pela alma sequiosa, honesta e constante. Ler Romanos 1 .2O". (Introdução à Heresiologia)
Animismo - Uma das caracterÃsticas do pensamento primitivo, que consiste em atribuir a todos os seres da natureza uma ou várias almas. Segundo Edward Burnett Tylor (1832-1917) é também toda a doutrina de Ãndole espiritualista, em oposição ao materialismo. Essa teoria considera a alma como a causa primária de todos os fatos.
Ascetismo - Teoria e prática da abstinência e da mortificação dos sentidos. Tem como objetivo assegurar a perfeição espiritual, submetendo o corpo à alma. Há ainda o ascetismo natural (busca da perfeição por motivos independentes das relações do homem com Deus) que foi praticado pela escola pitagórica. à muito praticado pelas religiões e seitas orientais.
AteÃsmo - Teoria que nega a existência de um Deus pessoal. Desde a Renascença, o termo passou a indicar a atitude de quem não admite a existência de uma divindade. Chamam-se ateus os que não admitem a existência de um ser Absoluto, dotado de individualidade e personalidade reais, livre e inteligente.
Ceticismo - Se caracteriza por uma atitude antidogmática de indagação, que torne evidente a inconsistência de qualquer posição, definindo como única posição justa a abstenção de aceitá-las. Foi fundada por Pirro, filósofo grego em 360 a.C. Ensina que visto que só as sensações, instáveis ou ilusórias, podem ser a base dos nossos juÃzos sobre a realidade, deve-se praticar o repouso mental em que há insensibilidade e em que nada se afirma ou se nega, de modo a atingir a felicidade pelo equilÃbrio e a tranqüilidade. Tais pessoas não vivem, vegetam...
DeÃsmo - O deÃsmo distingue-se radicalmente do teÃsmo. Para o teÃsmo, Deus é o autor do mundo, entidade pessoal revelada aos homem, dramaticamente, na história. Para o deÃsmo, Deus é o princÃpio ou causa do mundo, infuso ou difuso na natureza, como o arquiteto do universo.
Elaborado dentro do contexto da chamada religião natural, cujos dogmas são demonstrados pela razão, o conceito deÃsta de Deus pode confundir-se com o conceito de uma lei, no sentido racional-natural do termo. Trata-se do Deus de todas as religiões e seu conceito não está associado à s idéias de pecado e redenção, providência, perdão ou graça, considerados "irracionais". à antes um Deus da natureza do que um Deus da humanidade e, como um eterno geômetra, mantém o universo em funcionamento, como se fosse um relógio de precisão. (History of Engiish thought in the eighteenth century)
O deÃsmo surgiu dentro do contexto dos primórdios do racionalismo sob a influência de Locke e Newton. Voltaire, um dos maiores contestadores da BÃblia dos últimos tempos, era deÃsta.
Dualismo - Em sentido técnico rigoroso, dualismo significa a doutrina ou o sistema filosófico que admite a existência de duas substâncias, de dois princÃpios ou de duas realidades como explicação possÃvel do mundo e da vida, mas irredutÃveis entre si, inconciliáveis, incapazes de sÃntese final ou de subordinação de um ao outro. No sentido religioso são também dualistas as religiões ou doutrinas que admitem duas divindades sendo uma positiva, princÃpio do bem, e outra, sua oposta, destruidora, negativa, princÃpio do mal operando na natureza e no homem. (The revolt against duelism; an inquiry concerning the existence of ideas).
Descartes (1596-1650) é quem estabelece essa doutrina no campo da filosofia moderna.
Ecletismo - Sistema filosófico que procura conciliar teses de sistemas diversos conforme critérios de verdade determinados. Procura aproveitar o que há de melhor de todos os sistemas. No século XIX o ecletismo espiritualista, que se preocupava com o uso do método introspectivo, deu origem ao chamado espiritualismo contemporâneo.
Empirismo - Posição filosófica segundo a qual todo o conhecimento humano resultaria da experiência (sensações exteriores ou interiores) e não da razão ou do intelecto. Afirma que o único critério de verdade consistiria na experiência. à essa a teoria do "ver para crer".
Epicurismo - Nome que recebe a escola filosófica grega fundada por EpÃcuro (341-270 a.C.). Afirma o princÃpio do prazer como valor supremo e finalidade do homem, e prescreve: 1) aceitar todo prazer que não produza dor; 2) evitar toda dor que não produza prazer; 3) evitar o prazer que impeça um prazer ainda maior, ou que produza uma dor maior do que este prazer; 4) suportar a dor que afaste uma dor ainda maior ou assegure um prazer maior ainda. Por prazer entende a satisfação do espÃrito, proveniente de corpo e alma sãos, e nunca de Deus. Buscar prazer e satisfação apenas na saúde ou no intelecto é não ter desejo de encontrar a verdadeira fonte da felicidade.
Esoterismo - Sistema filosófico religioso oculto. Doutrina secreta só comunicada aos iniciados. O esoterismo é ocultista e caracteriza-se pelo estudo sistemático dos sÃmbolos. Há simbologia em tudo o que existe e no estudo dessa simbologia o homem poderá compreender as razões fundamentais de sua existência. Vem a ser uma ramificação do Espiritismo.
Espiritualismo - Denominação genérica de doutrinas filosóficas segundo as quais o espÃrito é o centro de todas as atividades humanas, seja este entendido por substância psÃquica, pensamento puro, consciência universal, ou vontade absoluta. O espÃrito é a realidade primordial, o bem supremo.
O Espiritualismo é dualista, pluralista, teÃsta, panteÃsta e agnóstico. E o espiritismo com um nome mais sofisticado. E doutrina de demônios. Aceita a reencarnação e a evolução do espÃrito.
Estoicismo — Escola filosófica grega fundada por Zenão de CÃtio (334-262 a.C.), sua doutrina e a de seus seguidores. O nome deriva do gr. stoa (portada) porque Zenão ensinava no pórtico de Pecilo em Atenas. O estoicismo afirma que a sabedoria e a felicidade derivam da virtude. Essa consiste em viver conforme a razão, submetendo-se à s leis do universo, a fim de obter-se a imperturbabilidade de espÃrito (ataraxia). E uma forma de panteÃsmo empirista que pretende tornar o homem insensÃvel aos males fÃsicos pela obediência irrestrita à s leis do universo.
Evolucionismo - O Evolucionismo é uma filosofia cientÃfica que ensina que o cosmos desenvolveu-se por si mesmo, do nada, bem como o homem e os animais que existem por desenvolvimento do imperfeito até chegar ao presente estado avançado. Tudo por meio de suas próprias forças. à preciso mais fé para crer nas hipóteses da Evolução do que para crer nos ensinos da BÃblia, isto é, que foi Deus que criou todas as coisas. Gênesis 1.1; 1.21,24, 25 (Introdução a Heresiologia).
Gnosticismo - Do verbo gr. gnõstikós "capaz de conhecer, conhecedor". Significa, em tese, o conhecimento mÃstico dos segredos divinos por via de uma revelação. Esse conhecimento compreende uma sabedoria sobrenatural capaz de levar os indivÃduos a um entendimento completo e verdadeiro do universo e, dessa forma, à sua salvação do mundo mau da matéria. Opõe-se radicalmente ao mundo e ensina a mortificação do corpo e a rejeição de todo prazer fÃsico. à panteÃsta e, segundo a tradição, (Atos 8.9-24) deve-se a Simão Mago com o qual o apóstolo Pedro travou polêmica em Samaria a sua difusão no meio cristao (Apologia).
Humanismo - à a filosofia que busca separar o homem e todo o seu relacionamento, da idéia de Deus. O homem, nessa filosofia, é o centro de todas as coisas, o centro do universo e da preocupação filosófica. O seu surto se verificou no fim do século XIV. Marx é o fundador do humanismo comunista.
Liberalismo - à liberdade mental sem reservas. Esse sistema afirma que o homem em si mesmo é bom, puro e justo. Não há um inferno literal. O nosso futuro é incerto, a BÃblia é falÃvel e Deus é um Pai universal, de todos, logo, por criação somos todos seus filhos, tendo nossa felicidade garantida.
Materialismo - Afirma que a filosofia deve explicar os fenômenos não por meio de mitos religiosos, mas pela observação da própria realidade. Ensina que a matéria, incriada e indestrutÃvel, é a substância de que todas as coisas se compõem e à qual todas se reduzem e que a geração e a corrupção das coisas obedecem a uma necessidade não sobrenatural, mas natural, não ao "destino", mas a leis fÃsicas. Segundo essa filosofia, a alma faz parte da natureza e obedece à s mesmas leis que regem seu movimento e o homem é matéria, como todas as demais coisas.
Monismo - Os sistemas monistas são variados e contraditórios, entretanto têm uma nota comum: é a redução de todas as coisas e de todos os princÃpios à unidade.
A substância, as leis lógicas ou fÃsicas e as bases do comportamento se reduzem a um princÃpio fundamental, único ou unitário, que tudo explica e tudo contém. Esse princÃpio pode ser chamado de "deus", "natureza", "cosmos", "éter" ou qualquer outro nome.
PanteÃsmo - Do gr. pas, pan, "tudo, todas as coisas" e théos, "deus". Como o próprio nome sugere, é a doutrina segundo a qual Deus e o mundo formam uma unidade; são a mesma coisa, constituindo-se num todo indivisÃvel. Deus não é transcendente ao mundo, dele não se distingue nem se separa; pelo contrário, lhe é imanente, confunde-se com ele, dissolve-se nele, manifesta-se nele e nele se realiza como uma só realidade total, substancial (Spinoza et le panthéisme religieux).
Pietismo - Teve inÃcio no século XVIII através da obra de Philipp Spener e August Francke. E uma teoria do protestantismo liberal que dá ênfase à correção doutrinária sem deixar lugar para a experiência da fé. Interpreta as doutrinas do Cristianismo apenas à luz da experiência sentimental de cada indivÃduo.
Pluralismo - Não é bem uma Escola de Pensamento, mas uma doutrina que aceita a existência de vários mundos ou planos habitados, oferecendo um âmbito universal para a evolução do espÃrito. Naturalmente, para cada "mundo", um tipo de "deus". à a doutrina desposada pelas filosofias espÃritas ou espiritualistas.
PoliteÃsmo - Crença em mais de um Deus. As forças e elementos da natureza são deuses. Há deuses para os sentimentos, para as atividades humanas e até mesmo deuses domésticos. Os hindus têm milhões de deuses que associam à s suas diversas religiões.
Positivismo - Doutrina filosófica pregada por Auguste Comte, (1798-1857) que foi inspirado a criar uma religião da humanidade. Em 1848 fundou a Sociedade Positivista, da qual se originou a Igreja Positivista.
O positivismo religioso ensina que nada há de sobrenatural ou transcendente. Suas crenças são todas baseadas na ciência, com culto, templos e práticas litúrgicas. à o culto às coisas criadas em lugar do Criador (Romanos 1.25).
Racionalismo - A expressão racionalismo deriva do substantivo razão e, como indica o próprio termo, é a filosofia que sustenta a primazia da razão, da capacidade de pensar. Considera a razão como a essência do real, tanto natural quanto histórico. Ensina que não se pode crer naquilo que a razão desconhece ou não pode esquadrinhar.
Unitarismo - Fundado na Itália por Lélio e Fausto Socino. Segue a linha racionalista de Erasmo de Rotterdan. Filosofia religiosa que nega a Divindade de Jesus Cristo, embora o venere. à uma filosofia criada dentro do protestantismo que afirma dentre outras coisas, a salvação de todos. Não crê em toda a BÃblia, no pecado nem na Trindade. Semelhante ao Universalismo.
Universalismo - Pensamento religioso da Idade Média que estendia a salvação ou redenção a todo gênero humano. Ã, talvez, o precursor do movimento ecumênico moderno. O centro da história é o povo judeu, por sua aliança com Deus e depois, a Igreja cristã. Afirma que a redenção é universalmente imposta a todas as criaturas...
* extraido do livro "Religiões, Seitas e Heresias" - J. Cabral - Universal - Universal Produções.
CENTRO APOLOGÃTICO CRISTÃO DE PESQUISAS
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Pr. João Flávio & Presb. Paulo Cristiano
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2006-08-15 07:58:06
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answer #5
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answered by fr_bezerra 3
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