Reportemo-nos antes à lenda transcrita nas Acta Sanctourm dos Bolandistas (J. Bolland, jesuita que teve muitos seguidores), cuja tradução merece crédito. Hei-la resumida em algumas linhas: Crispim e Crispiniano pertenciam à aristocracia romana. Eles eram irmão e ambos haviam se convertido ao cristianismo. Banidos de Roma por perseguição no fim do século III, eles partem para a Gália juntamente com São Quentim e outros adeptos da nova fé a fim de lá converter os pagãos. Eles se estabelecem em Soissons, pregando o Evangelho durante o dia e trabalhando à noite para ganhar o pão.
Suas origens nobres não os havia impedido de aprender, com essa finalidade, o ofício de sapateiro que naquele tempo não era bem considerado na hierarquia social. Crispim e Crispiniano dão aos pobres os calçados que confeccionam. o exemplo de suas vidas e prédicas multiplicam os prosélitos, mas ao mesmo tempo lhes criam inimigos. os anos passavam, e eis que chega à Gália o general romano Maximiano Hércules, proclamado Augusto e associado ao Império por Diocleciano (288 - 303). Os inimigos denunciam os dois apóstolos-artesãos ao general o qual faz com que eles sejam imediatamente jogados na prisão, colocando suas sortes nas mãos do mais rigoroso dos juízes, pró-consul Rictorivaro, implacável inimigo dos cristãos. Crispim e Crispiniano são entregues aos algozes os quais os estendem sobre o cavalete de tortura, flagelando-os, enfiando-lhes pontas de ferro (sovelas, talvez?) sob as unhas e lhes arrancando a pele das costas, chibatadas após chibatadas. Mas as pontas de ferro saltam dos dedos martirizados e se cravam nos torturadores, matando uns e ferindo outros. O pró-consul então faz jogar os dois postulantes, uma pedra(mó) de moinho atada ao pescoço, no Aisne recoberto por uma camada de gelo.
Mas este suplício, bem como os outros, ainda não acarreta a morte de Crispim e Crispiniano. Com efeito, as mós se soltam e logo os dois irmãos são vistos surgindo do rio quebrando o gelo e ganhando a margem.
Após isto são mergulhados no chumbo derretido de onde saem incólumes enquanto um olho de sue julgador é vazado pelos estilhaços do metal.
Depois do chumbo, o breu fervente, mas o anjos os retiram dali. Então, Rictiovaro louco de raiva se precipita nas chamas; o juiz se faz justiça. Mas o que nem as águas geladas do Aisne, eram o chumbo em fusão, nem o breu fervente puderam fazer, a espada o consegue. As cabeças dos dois mártires romanos rolam sobre o solo, e as testemunhas vêem no mesmo instante anjos levarem suas almas aos céus. Os despojos, abandonados aos animais selvagens, são por estes respeitados, é novamente os anjos intervêm para ordenar a um velho e sua irmã que tomem conta dos corpos e os sepultem.
Segundo outra lenda, os restos dos dois santos teriam sido levados à Roma, por cristãos, para serem inumados na igreja São Lourenço de Panisperma.
No século IX teriam sido transferido para Osnabruck, cidade da qual desde então os dois mártires são os padroeiros. Em soissons, onde eles exerceram seu santo ministério lhes foi dedicada uma igreja pela população.
Sem dúvida, a vida dos santos Crispim e Crispiniano pertence, juntamente com as de tantos outros mártires, ao tesouro das mais antigas narrações que uma piedosa nos transmitiu. Ela se centraliza no tema do "triunfo da vida sobre a morte", o qual os historiadores de literatura dizem que procede essencialmente de fontes orientais.
A memória dos dois sapateiros mártires foi exaltada em toda a cristandade. Daí as inúmeras obras de arte que os representam, ou relembram os episódios de suas lendas. Elas são, na maioria, de mestres desconhecidos. É que o anonimato, para os artistas da idade Média, era via regra. As mais antigas destas obras ilustram um martirológio de meados do século XII. É necessário citar também o relicário ornado de imagens dos dois santos patronos dos sapateiros e da cidade, que a catedral de Osnabruck tem em seu tesouro.
2006-08-12 06:58:31
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answer #1
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answered by WillyBigDog 5
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Santo é invenção da Igr.Católica,,,,não acreditem nisso não!
2006-08-16 05:59:54
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answer #2
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answered by Cristiano R 3
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LIVRO APÓCRIFO DE SABEDORIA - BÍBLIA CATÓLICA
Sab.14: 8. mas maldito é o ídolo, ele e o que o fez; este porque o formou, aquele porque, sendo corruptível, leva o nome de deus.
9. Com efeito, Deus odeia tanto o ímpio quanto sua impiedade,
10. e a obra sofrerá o mesmo castigo que o autor.
11. Este é o motivo porque também os ídolos das nações serão julgados, porque, na criação de Deus, eles se tornaram uma abominação, objetos de escândalo para os homens, e laços para os pés dos insensatos.
12. É pela idealização dos ídolos que começou a apostasia, e sua invenção foi a perda dos humanos.
13. Eles não existiam no princípio e não durarão para sempre;
14. a vaidade dos homens os introduziu no mundo. E, por causa disso, Deus decidiu a sua destruição para breve.
15. Um pai aflito por um luto prematuro, tendo mandado fazer a imagem do filho, tão cedo arrebatado, honrou, em seguida, como a um deus aquele que não passava de um morto, e transmitiu, aos seus, certos ritos secretos e cerimônias.
16. Este costume ímpio, tendo-se firmado com o tempo, foi depois observado como lei.
17. Foi também em conseqüência das ordens dos príncipes que se adoraram imagens esculpidas, porque aqueles que não podiam honrar pessoalmente, porque moravam longe deles, fizeram representar o que se achava distante, e expuseram publicamente a imagem do rei venerado, a fim de lisonjeá-lo de longe com seu zelo, como se estivesse presente.
18. Isto contribuiu ainda para o estabelecimento deste culto, mesmo entre os que não conheciam o rei; foi a ambição do artista,
19. que, talvez, querendo agradar ao soberano, deu-lhe, por sua arte, a semelhança do belo;
20. e a multidão, seduzida pelo encanto da obra, em breve tomou por deus aquele que tinham honrado como homem.
21. E isto foi uma cilada para a humanidade: os homens, sujeitando-se à lei da desgraça e da tirania, deram à pedra e à madeira o nome incomunicável.
22. Como se não bastasse terem errado acerca do conhecimento de Deus, embora passando a vida numa longa luta de ignorância, eles dão o nome de paz a um estado tão infeliz.
23. Com efeito, sacrificando seus filhos, celebrando mistérios ocultos, ou entregando-se a orgias desenfreadas de religiões exóticas,
24. eles já não guardam a honestidade nem na vida nem no casamento, mas um faz desaparecer o outro pelo ardil, ou o ultraja pelo adultério.
25. Tudo está numa confusão completa - sangue, homicídio, furto, fraude, corrupção, deslealdade, revolta, perjúrio,
26. perseguição dos bons, esquecimento dos benefícios, contaminação das almas, perversão dos sexos, instabilidade das uniões, adultérios e impudicícias -
27. porque o culto de inomináveis ídolos é o começo, a causa e o fim de todo o mal.
28. (Seus adeptos) incitam o prazer até a loucura, ou fazem vaticínios falsos, ou vivem na injustiça, ou, sem escrúpulo, juram falso,
29. porque, confiando em ídolos inanimados, esperam não ser punidos de sua má fé.
30. Contudo, o castigo os atingirá por duplo motivo: porque eles desconheceram a Deus, afeiçoando-se aos ídolos, e porque são culpados, por desprezo à santidade da religião, de ter feito juramentos enganadores.
31. Pois não é o poder dos ídolos invocados, mas o castigo reservado ao pecador, que sempre persegue as faltas dos maus.
2006-08-16 02:33:14
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answer #3
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answered by RAQUEL 4
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Dentre tantas respostas santas, podemos intitular também São Crispim como padroeiro das sandálias da humildade e entregar uma a uma para cada crente que não entende bulhufas de santidade e de tradição cristã.
2006-08-15 15:53:32
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answer #4
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answered by Mantofuku 3
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São Crispim
Neste dia especial, lembramos o primeiro santo canonizado pelo Santo Padre, o Papa João Paulo II: São Crispim, que nasceu em Viterbo, na Itália em 1668. Tão cedo ele perdera os pais.
Ao ir morar alguns familiares, teve a oportunidade de estudar com os Jesuítas, porém entrou para o noviciado franciscano ao ser despertado pela piedade dos jovens noviços. Na sua família religiosa serviu na cozinha, horta, enfermaria e principalmente pedindo esmolas e ofertando a Jesus, pois tinha-se feito pobre para enriquecer com Deus as Almas.
João Paulo II enfocou a santidade da alegria, deste Santo que falava o que vivia: "Quem ama a Deus com pureza de coração, vive feliz e depois morre contente". Disponível, irmão dos pobres e inimigo do pecado, São Crispim, que entrou no Céu em 1748, era um irmão franciscano que amou de todo coração a Virgem Maria, confiou-se inteiramente aos cuidados da Divina Providência, por isto alcançou esta graça que Deus tem para todos nós, seus filhos: a SANTIDADE.
São Crispim, rogai por nós!
2006-08-14 05:01:55
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answer #5
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answered by Tatiana F 3
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Crispim nasceu em Viterbo a 13 de novembro de 1668. Foi batizado a 15 do mesmo mês na igreja de São João Batista com o nome de Pedro. Com a morte do pai, esse lugar foi assumido pelo irmão Francisco, um sapateiro a ele muito afeiçoado e que levou o sobrinho a freqüentar a escola dos jesuítas e a trabalhar como aprendiz na sua sapataria.
Pedro vestiu o hábito Capuchinho no dia 22 de julho de 1693, dia de santa Maria Madalena, assumindo o nome com o qual é conhecido na história da santidade: Crispim de Viterbo.
No perfil biográfico de Frei Crispim de Viterbo ficaria uma lacuna muito grande se não fizéssemos referência aos seus ditos, sentenças, máximas, reflexões ou exclamações em que ele, como autêntico mestre, sabia condensar o suco das suas convicções mais profundas e dos seus sentimentos. Homem reflexivo e cortês, gostava das semelhanças e das imagens. Sobretudo, sabia encontrar palavras e maneiras justas, quando se tratava de "advertir" pessoa de qualquer condição.
Vida Longa, vida cheia, vida santa. Foi assim a vida de Frei Crispim de Viterbo. Estava sempre presente em todos os atos da fraternidade, de dia e de noite. Era todo de Deus. Tinha chegado aos oitenta anos. Sente que as forças já não dão para mais nada.
Agudas dores artríticas atacam-lhe as mãos e os pés. Uma grande debilidade de estômago vai arruinando-o cada vez mais. Já não podia pedir esmolas. Entretanto, o padre guardião permite que o acompanhem fora do convento para ajudar a missa.
Os males agravam-se. Enviam-no novamente para Roma. E em Roma, com São Félix e junto de São Félix, preparará a última caminhada para a eternidade. Antes de morrer, quis pedir perdão a todos os irmãos de tudo o que os pudesse ter ofendido e escandalizado.
Foi beatificado por Pio VII a 7 de setembro de 1806 e canonizado por João Paulo II a 20 de junho de 1982.
2006-08-12 07:03:07
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answer #6
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answered by Anonymous
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Se surgiu trata-se de mais um entre tantos que foram criados pela imaginação dos homens que negam a excelência do Deus verdadeiro, expresso também na pessoa de Jesus Cristo. Não esqueçamos "todo homem é mentiroso"(está na Bíblia). Isso explica muitas "explicações".
2006-08-12 07:01:06
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answer #7
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answered by RONALDO BUSS 1
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